5 de Junho já passou e correu mesmo bem, agora toca a unir esforços, até porque o povo tem mais é que sofrer depois de ter andado a votar naqueles criminosos que gastaram o dinheiro todo mal gasto em serviços públicos e apoios aos desfavorecidos e investimentos em educação, tecnologia e ciência, que nojo

Durante muito tempo vivemos a ilusão do consumo fácil, o Estado gastou e desperdiçou demasiados recursos, endividámo-nos muito para lá do que era razoável e chegámos a uma “situação explosiva”, como lhe chamei há precisamente dois anos, quando adverti os Portugueses para os riscos que estávamos a correr.

[…]

Somos todos responsáveis. Esta é a hora em que todos os portugueses são chamados a dar o seu melhor para ajudar Portugal a vencer as dificuldades. Trabalhando mais e apostando na qualidade, combatendo os desperdícios, preferindo os produtos nacionais. Deixando de lado os egoísmos, a ideia do lucro fácil e o desrespeito pelos outros.

[…]

Nenhum Português está dispensado deste combate pelo futuro do seu País.

Este é um tempo de união de esforços. De nada adianta dividirmo-nos em lutas e conflitos sem sentido. Não devemos desviar as energias daquilo que é essencial para enfrentar os desafios do presente.

Não é combatendo-nos uns aos outros que conseguiremos combater a crise.

Diz que é uma espécie de Presidente da República

14 thoughts on “5 de Junho já passou e correu mesmo bem, agora toca a unir esforços, até porque o povo tem mais é que sofrer depois de ter andado a votar naqueles criminosos que gastaram o dinheiro todo mal gasto em serviços públicos e apoios aos desfavorecidos e investimentos em educação, tecnologia e ciência, que nojo”

  1. “há precisamente dois anos, quando adverti os Portugueses” (bruxo de Boliqueime).

    De facto em Janeiro de 2010 ainda ninguém tinha percebido que havia uma crise.

    Ganda besta!

  2. Somos todos responsáveis, mas uns mais responsáveis que outros, sobretudo o gang do BPN ou o incontente mental da Madeira.

  3. Um texto de José Vegar na revista “Grande Reportagem” de Janeiro de 1993 (pág.s 74 a 78) lembra aos esquecidos quem são os esbanjadores de dinheiros públicos. Tenho o artigo em ficheiro PDF e não sei como colocá-lo aqui.

  4. Dizer que este é o discurso da hipocrisia é muito pouco. Saber que o Jose Seguro faz suas a palavras de Cavaco é exacatamente o que se esperava. Este senhor Cavaco continuar a insistir que que as culpas do aperto financeiro e derrocada economica de Portugal devem ser atribuidas aos desperdicios da governação (leia-se PS-Sócrates) e dos portugueses revela a cegueira, quase loucura, da presidencia da republica cavaquista.
    A mentir deste modo, não vamos a lado nenhum. Nem quando o barco se está a afundar há coragem ou um pingo de dignidade para falar verdade.
    Nem uma palavra para a justiça que deixa impunes indefinidamente os criminosos do BPN e outros desmandos do cavaquismo.
    A cada discurso deste desgraçados Presidente da República emorece um pouco mais a esperança dos portugueses. E ainda faltam quatro anos de discursos deprimentes!

  5. O Mário tem toda a razão .É pouco eu chamar a este discurso ,o discurso da hipocrisia.Mas dizer mais ,acho desnecessário tal é a evidência de tanta falta de vergonha.Que infelicidade termos na Presidência este homem.A República não merecia isto,especialmente nesta situação em que está a Europa.

  6. Se somos todos responsáveis, ninguém é verdadeiramente responsável. Logo, somos irresponsáveis. Há aqui um fundo de verdade…

  7. Desperdício? Despesismo?
    Como diria o CRonaldo: perguntem ao Cavaco!
    Exemplo – revista “Grande Reportagem”, número de Janeiro de 1993, artigo de José Vegar, a páginas 74/78.

  8. Faço minhas as palavras do Mário, a quem saúdo cordialmente, acrescentando somente que, em relação às responsabilidades pela situação actual, deve deixar-se aqui bem vincado que NÃO SOMOS TODOS RESPONSÁVEIS PELA SITUAÇÃO ACTUAL! Os responsáveis não são os portugueses mais pobres que têm que viver quase de esmolas, nem tão pouco a classe média que tem vivido dos proventos do seu trabalho, sempre a apertar o orçamento para chegar para as despesas do mês, ou os pensionistas (o meu caso, depois de 40 anos a descontar para a S.S.), que pensavam ter direito a uma velhice com um mínimo de dignidade. Os responsáveis são todos aqueles que se têm lambusado à mesa da manjedora do estado, seja para obter mordomias, seja para fazer negócios, donde o estado sempre sai a perder, mas que dão à outra parte lucros obscenos São os que têm amigos que lhes permitem fazer negócios de compra e venda de acções com lucros de 170%, num curto prazo de 2 anos e sem sequer passar pela bolsa. ESSES SÃO OS VERDADEIROS RESPONSÁVEIS.

  9. Excelência
    A resolução, para a qual nos convocou, dos problemas gerados pela actual situação do país, já que todos temos vivido acima, muito acima, das nossas possibilidades, criou neste pobre idoso um insustentável sentimento de culpa do qual passo a dar conta a V. Exª.
    Então é assim. de imediato me dirigi ao leito aonde até à meia-noite conservei os olhos no tecto em profunda introspecção. Devo confessar-lhe que nada encontrei nos recônditos mais profundos do meu passado que apontasse para este amargo sentimento de culpa. Não tenho dívidas, nem telemóvel, a viatiura auto-própria na qual me locomovo tem quase vinte anos, 20. Tenho em dia as contas com o fisco. Nunca joguei na bolsa ou especulei em títulos ao abrigo de qualquer informação privilegiada. Consumo apenas produtos de marca branca, almoço na Junta de Freguesia e uso apenas lâmpadas de 20W. Aonde é que eu terei errado, Deus meu?
    1 da manhã.
    Inicio uma noite de voltas na cama. Ao meu lado a patroa começa a protestar à medida que se avolumam as minhas culpas e interrogações.
    2 da manhã.
    Começa a assaltar-me a dúvida se num dos meus passeios semestrais ao Guincho, onde fico a ouvir o relato enquanto a patroa faz o seu ponto-cruz, não terei sido visto por alguns dos que tanto trabalharam em prol dos país e de si próprios, pensando que este pobre idoso ía entrar no dito Hotel ou quiçá no Porto de Santa Maria.
    O sentimento de culpa não me deixa dormir. Porquê eu? Não sou depositante do BPN ou do BPP, não conheço o Moraes, nunca falei ao Lima, não sou utente da Brisa, nunca me cruzei com o Amarral, só recebo uma reforma. A patroa ameaça fazer-me a cama no “ólio” de entrada onde temos um divã para quando nos visitam uns parentes afastados da provícia.
    3 da manhã.
    Levanto-me e vou ao WC, tropeço no gato, espremo a próstata, não consigo urinar. O sentimento de culpa reteve-me as urinas. SOCORRO!!!
    4 da manhã.
    A patroa cumpre a ameaça. Faz-me a cama com o respectivo resguardo para qualquer eventualidade.
    5 da manhã.
    Faço uma lista, aproveitando a iluminação pública que penetra numa das janelas, de medidas de ajustamento. Entre elas conta-se a redução a metade da comida, alimentando-me eu e a patroa em dias alternados. Aos domingos comemos os dois a mais o gato. Em caso extremo usaremos o granulado do bichano, depois de devidamente humedecido para não danificar as placas, numa nutritiva “omileti”.
    6 da manhã.
    Levanto-me. Não faço a barba e vou à Portela ver se apanho o voo que chega ás 7 do Brasil para ir buscar o Ensonso e o Martelo que foram passar o réveillon a Terras de Santa Cruz. Devem ter discutido imeeeensas medidas de ajustamento…..para nós, é claro.
    No casio de os apanhar sempre poupam o dinheiro do táxi.
    7 da manhã.
    Não vieram, ou perderam o avião, ou já se foram embora. Que pena!!!
    Excelência, não aguento mais este sentimento de culpa que me inunda o ser. Rumo à Igreja dos Santos Reis Magos do Campo Grande, paróquia do meu nascimento, a adorar o Santíssimo. Se Ele estiver exposto, pode ser que me fale. Se o não estiver, dado a sua omnipresença, com toda a certeza será o meu amparo. Se, por acaso, não me passar cartão, lavo a cara na pia baptismal e regresso a penates a Alcãntara.
    Poupe-me Excelência, não aguento esta culpa.
    E.R.M. (Espero Real Mercê)

  10. …adorei a resposta que o tipo da mercearia deu ao cavacal a propósito dos sacrifícios…vaarwel …como quem diz…tchau ao laura….eh!eh!

  11. Meu caro jafonso, aceita lá um grande abraço por este texto fabuloso. Estou aqui com uma dor nas costelas de tanto me rir. Precisamos de mais “aspirinas” da tua categoria, senão… que há-de ser de nós com a corja que temos à perna e que só dá vontade de chorar. Obrigado!

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