afecto
Desde que comera o pai, após o seu suicídio, habituara-se a farejar os mortos em busca da proximidade mórbida. Não era gula que sentia, apenas a necessidade de preencher um espaço sombrio que se insinuava entre o ventre e o coração. Ora, como era frágil de estômago, vomitava quase de imediato. E embora não tivesse público, sentia-se sempre envergonhada. O velório do marido foi, assim, uma vitória pessoal. Perante uma assistência relativamente vasta, comeu primeiro o nariz, depois uma orelha, e por fim, na euforia da recém descoberta capacidade de retenção, atacou com volúpia a coxa direita do homem. O sucesso foi notório. Todos vomitaram, excepto ela.
eu sei que tu sabes quem sou
Um mimo. Muito bom.
rsrsrsr…o keith richard teve uma aventura semelhante…
O final fez-me recordar o modo como se comportou a generalidade das pessoas que assistiram comigo à projecção do filme “J’irais Comme Un Cheval Fou”, de Fernando Arrabal, na segunda metade da década de 70 do último século. Inesquecível!
Sinceramente, estranho que nunca acompanhes, para evitar ficares embatocada, estas refeições com dois ou três copos do mênstruo que deves guardar no fridge para tingires as tuas blusas de vermelho se contingências políticas futuras te obrigarem a isso. Deixa-me adivinhar o que é tens no menu para a próxima semana: um menino de coro, mal passado, virginal de preferência? Não arrotes que ficará mal.
Perdi por completo o respeito a estes canibalismos androfóbicos desde a primeira nota desta série onde te amandaste com fomes furiosas a um “octagenário” e tiveste a pouca vergonha de nos deixar no escuro sobre o número de octanas que encontraste no acepipe.
substantia, reitero que não sou autora destes textos. e não é porque não gostasse de ter sido, é apenas porque não assumo os créditos de mãos alheias.
mas olha que um arrotinho fica sempre bem, se sair de uma boquinha delicada como a minha.
Susana,
Então serás uma procuradora zelosa. Pelo menos. Redime-te pondo aqui a apologia dum neto que comeu o cadaver do avô lá para as bandas da Ilha de Bornéu e não ficou mais inteligente por isso.
substantia, viveste na ilha de bornéu?
Não, mas perto, nas Molucas.
diabo, lembras-te quando ele comeu o último ossinho e ficou a flashar, ora ele ora o amigo? O amigo ficou vivo nele
z, lembro-me de na altura ter pensado ” Ite, Missa est”.
Susana:
Se não é a autora destes textos, porque não indica o nome dos seus verdadeiros autores? Nem todos têm conhecimentos tão vastos de literatura. O seu a seu dono. Ou não existem direitos de autor na blogosfera? Assim dá a impressão que o texto é de sua autoria, quando isso não corresponde à verdade. Resta-me saber quantos posts já publicou desta abusiva maneira.
Ana
ana marta, por acaso eu assinei os textos? e não acabei de dizer que não sou autora destes textos. e não é porque não gostasse de ter sido, é apenas porque não assumo os créditos de mãos alheias.? então, ana marta, pense: se não digo mais, talvez o autor seja um mistério. (e vou ignorar essa boca palerma do fim.)
Mas eu não ignoro, a menina (Ana Marta) pelos vistos é que é uma maldosa. Vá ali ao link da Sociedade Anónima e leia alguns dos textos da Susana (Cecília). Nenhum deles foi “roubado”, como implica essa boca, não palerma, como diz a Susana que é gentil demais, mas rasteirinha, para não dizer mais. Sabe uma coisa que se calhar não lhe passa pela cabeça? Há pessoas que não se apropriam de textos de outras pessoas e mais: há pessoas que escrevem textos de qualidade excepcional, como estes em itálico que a Susana aqui tem colocado e que não querem ser conhecidas nem que se saiba quem são.
E sim, desta vez este post é a defender a minha irmã e a hombridade da nossa família. Não se acusa ninguém de plágio assim sem mais nem quê e eu, que já estive nos dois lados (acusada e plagiada) nem sei bem qual dos dois custa mais a quem é pessoa honesta.
diabo: já aprendi uma, obrigado. Se bem me lembro atravessas o movimento,
Alô, alô!
Lovecraft, estás aí?
VOLTA, QUE ESTÁS PERDOADO!
mana, muito obrigada; uma vendetta, aqui, vinha mesmo a calhar.
sarah, fizeste muito mal em pô-lo de castigo.
lol fica descansada que eu não tenho mais nada que dizer (e a ser, seria no meu blog, já com outro vernáculo mais apropriado).
z, panique? pós-surrealista? perpétuo? Decide-te.
mas eu estou descansada. com uma defesa assim, só posso. :))
Realmente, não consigo entender. Devo ser muito burra, não é, Susana? Por baixo de cada post vem, por exemplo: «Publicado por Valupi às 22:27 em Valupi», No seu: «Publicado por Susana às 22:28 em Susana». No caso do poeta e articulista José do Carmo Francisco, a mesma coisa. Sendo assim, os textos são ou não são da vossa autoria ou apenas os publicam no blog? Repare que só após o comentário feito por SUBSTANTIANIGRA a Susana informou que o texto não era seu mas de alguém que preferia o anonimato. Tê-lo feito antes seria mais correcto, parece-me. Aliás, concordo que textos como esses, doentios, deprimentes, tolamente desagradáveis na intenção de chocar e impressionar (mal) os leitores, devam ser anónimos. Não vá algum leitor encontrar o «génio», por aí e vomitar-lhe em cima.
Já agora, uma pergunta: porque razão a Susana me trata por Ana Marta? Não é verdade que assinei no meu comentário apenas Ana? A não ser que não saiba inglês ou as regras da blogosfera. O que fez foi utilizar o meu mail. Foi um abuso, sabia? Vá ao Leave a Reply e leia: «Mail (will not be published)».
Também não tenciono prolongar a conversa. Mas deixo um conselho à «gata assanhada» da Catarina C: não estique demasiado as unhas porque pode arranhar-se a si própria.
Ana
ana, peço imensa desculpa pela publicação do nome. abro os comentários nos bastidores e nem reparei que desta vez não tinha assinado com o nome todo, como em posts anteriores. assim, tratei-a como da outra vez. se quiser que apague essa parte e a referência que agora lhe faz, na boa.
quanto ao resto, está a abusar. como é lógico os posts que assino são escritos por mim. neste caso, se reparar, eles estão em itálico e têm uma assinatura, um pseudónimo: eu sei que tu sabes quem sou. talvez desconheça as regras académicas da citação, mas o que foi feito está em perfeita conformidade com elas. e quem se pode queixar dos direitos de autor é o próprio, que no caso, é conivente. estamos entendidas?
do seu gosto pelos textos nada tenho a dizer. mas acho pouco recomendável que ande a vomitar em cima dos autores de textos de que não gosta, isso é manifesta falta de educação.
hum? nada disso, διάβολος
quartos de final portanto
sim, querida, obrigadíssima pelo conselho. Se tivesse vagar,dedicava-lhe um postal, mas para quê?
z, e Nostra Signora di Caravaggio no Chelsea a partir de Julho. Lá se vai o dolce far niente ao sol de Cascais.
dolce far niente? tomara eu, mas desde que descobri que esquentador é um esquentamento no pensador lixei-me
(falta de chapéu)
(mas acho bem que o Scolari vá para lá, estou enjoadíssimo dele, sensu Valupi et al., embora não fosse suposto dizer isso hoje -> xonex)
Susana, deixe-me dizer-lhe o seguinte: quando se vomita para cima de alguém, nunca poderá dizer-se que é «falta de educação». Poderá dizer-se que foi um incidente desagradável, uma situação tão inesperada que não deu tempo ao «desvio» acautelado. Aqui, não. Trata-se de um autor com tendências canibalísticas, imaginação mórbida e agoniativa. Dispõe mal. Dá volta ao estomago. Daí ser natural que um percaço desses lhe possa vir a acontecer se estivermos a seu lado um dia e nos disserem: «é este o autor dos tais posts do aspirina!». E pronto, o vómito será incontrolável. Mas nunca poderá ser considerado como «falta de educação»!
Outro nunca: NUNCA assinei aqui nenhum comentário (dos poucos que fiz) com o meu nome: Ana Marta. Não poderá pois dizer que o lapso foi por «desta vez não ter assinado com o nome todo». Tal NUNCA aconteceu antes, caríssima Susana. Foi apenas um acto de retaliação da sua parte, estou convencida. Simplesmente, o meu nome é bastante bonito. Pode deixar ficar. E não é pseudónimo, como pôde verificar.
Catarina C: o género de textos que deu origem a esta «discussão» são para si, como diz, de «excepcional qualidade». Lamento que tenha tão mau-gosto. O que dirá, então, dos verdadeiros textos de qualidade dos nossos grandes autores? Seria interessante saber a resposta…
Ana
ana, confusão minha, evidentemente. pensei que se tratava da mesma pessoa que aqui:
https://aspirinab.com/susana/entre-dois-folhetos-publicitarios-presos-pelo-limpa-para-brisas/
mas estou convencida, até porque aquela ana* tinha gostado dos textos e era uma rapariga simpática e cordial. quanto ao pseudónimo, posso verificar? mas como, não me explica? tenho o e-mail de ambas (o que é coisa nenhuma, pode até nem estar aberto…), não me mandou nenhum BI autenticado…
mas eu nada tenho contra pseudónimos, como imagina. nem a ana, dado que esta não é a sua única assinatura por aqui.
quanto aos vómitos, sugiro-lhe que se dirija ao hospital mais próximo. isso de vomitar por ter um gosto limitado deve ter tratamento. e falta de educação, sim. haja um pouco de contenção. ou então primperan.
*anamartafortuna, peço-lhe desculpa pela confusão, que entendo ofensiva para si…
Susana, julguei que a conversa tinha terminado, mas não. Devo dizer-lhe que não sou a ANAMARTAFORTUNA. Belo nome em tempo de crise como aquela que atravessamos! Nos tempos que correm é uma sorte ter tal apelido (?).Mas eu, não sou ela. Sou mais modesta: apenas Ana, ou Ana Marta, como a Susana resolveu tratar-me ao assinar a resposta ao meu comentário. O que reparo, é que não se pode desgostar de um texto, aqui no aspirina. Quem gosta é rotulado de «rapariga simpática e cordial». Quem não gosta leva roda de «mal-educado» e de possuir «gosto limitado»! Além de se lhe recomendar medicamentos como o primperan. Não sofro do estomago. Não necessito da sua «receita». Mas gostaria de a «ler» mais contida. Menos nervos à flor da pele. Mais imparcial nos comentários que faz. E, sobretudo, mais educada com aqueles que vêm a este blog dar livremente uma opinião. A Susana tem-se tornado aos poucos na Senhora Dona Susana directora-geral deste blog. Poderei dizer-lhe que a «promoção» lhe subiu rapidamente à cabeça? Ou que será melhor para essa agressividade tomar uns lexotans?
Ana
anamartafortuna: acha que foi muito «ofendida» por mim, como diz, dramaticamente, a Susana?
ana, como expliquei, tomei-a pela ana marta, sem segundas intenções, mas com o seu reparo percebi de imediato que não podiam ser a mesma pessoa. mistura duas razões separadas. uma é o facto de ela ter gostado, e a ana não, o que, como compreenderá seria desconexo. a outra é a da antipatia.
no que respeita à segunda nada tem a ver com o facto de não ter gostado dos textos, mas com o ataque e a má-fé do seu primeiro comentário acima. que se prolongou nos seguintes. a ponto de se revelar disposta a vomitar sobre alguém cujos textos detesta. a agressividade é toda sua, eu tenho estado calma e até divertida. a ana diverte-nos muito. que chorrilho de parvoíces maravilhoso. volte sempre.
Que manienta me saiu, Susana! Voltar aqui, talvez: a entrada é livre, parece-me. Mas não para dialogar com impertinentes como você, minha amiga. De impertinentes está o mundo cheio. Assim, exactamente, auto-convencidas como a Susana. A palavra «vomitar» só não a incomóda no texto do seu amigo. Mas «proíbe» que os outros vomitem ao ler autênticos atentados à boa digestão. Eu também me divirto, sabe? Se assim não fosse acha que estava aqui a uma hora destas? Cheguei de uma festa de amigos e resolvi dar uma olhada. Fiz bem. Eu sabia que a Susana não gosta de dar parte de fraca…Mas que «chorrilho» de pretensão! Vê-se que está tremendamente irritada. Durma bem, enquanto eu vou fazer o mesmo. As suas argumentações, de tão inconsistentes, também se tornam deliciosas, acredite. Repare só nos vocábulos ofensivos com que me responde: «agressividade»,«ataque»,«má-fé», «parvoíces». Agora, compare as suas com as palavras que usei nos meus comentários. Viu a diferença? Pois é. São estas coisas que fazem a diferença entre as pessoas. Quando há classe não se usa chinelo no pé.
Bons sonhos!
Ana
então está a dialogar com quem? limitei-me a identificar características como a má-fé, etc, mero levantamento. quem apareceu com acusações injustificadas e ameaças de vómito para cima de pobres autores foi a menina. ou só os heterónimos que são seus amigos têm direito ao respeito?
mas fiquei cheia de inveja dessa festa, confesso. já a imagino, à festa, com umas cervejolas e amena cavaqueira à volta da piscina… hum…
Susana, tenho pena de não ter heterónimos meus amigos. Acho que fazem sempre jeito; se fossem bons como o Pessoa, claro. Só não sei onde foi buscar essa ideia tão fora do contexto da nossa «discussão»! Agora cervejolas é termo que não uso e é coisa de que não gosto. Nunca bebi uma cerveja em toda a minha vida. «Amena cavaqueira à volta da piscina»…Lamento desiludi-la de novo, mas é luxo ou regalia que não tenho. Fomos a um barzinho simpático, onde o grupo vai às vezes. No sítio onde moro há apenas a piscina municipal, por sinal bastante boa, mas que também não frequento. Se lhe disser que nem sei nadar, é capaz de não acreditar. Mas creia-me sincera. Gosto do mar, sim, da praia, pelo sol, pela companhia. Mas duas semanas passam tão depressa!
Se ficou «cheia de inveja», um destes dias posso convidá-la a vir com o grupo. «cervejolas e amena cavaqueira», garanto que ficam à disposição. Agora piscina, não pense nisso. A não ser que, até lá, me saia o euromilhões!
E pense noutras coisas mais agradáveis do que em «vómitos». A repetição é preocupante e o dia está lindo!
Anasemfortuna
Susana, aqui fica uma informação que talvez seja «importante»: os meus irmãos servem-se do meu computador e, por consequência, do meu mail. E também comentam, de vez em quando, aqui no aspirina. Mais eles, até, do que eu. Com pseudónimos, como calcula. Quem sabe, daí, tanta confusão?
Ana
Susana:
O mais provável é este comentário ficar sem resposta. Passei por aqui por acaso ao percorrer os posts. Reparei que não respondeu à minha amabilidade de convidá-la a sair comigo e com os meus amigos para beber «umas cervejolas em amena cavaqueira». Não encontro grande ligação entre a minha saída à noite (e entrada tarde) e as «cervejolas e a cavaqueira» à roda de uma piscina. Mas, enfim…Agora fiquei a pensar que o diálogo se esgotou porque vivo num T2 sem piscina. Foi isso que a desiludiu, Susana? Ou só passa cartão a quem tem piscinas? E, naturalmente, mordomo também. Acertei? Não resisti a deixar-lhe este recadinho. E são estas as pessoas de esquerda…
Ana – que continua sem fortuna.
ana, não pude responder logo e depois passou-me, estava cá para baixo. muito obrigada, então, pelo convite. vou ter que decliná-lo, mesmo se muito grata, porque disponho de pouco tempo livre e ele está todo contadinho e dedicado. reivindica a sua amabilidade e com toda a razão: as amabilidades devem ser cobradinhas, se não cedo, então a tempo.
mas francamente, um t2 sem piscina – nem sequer um jacuzi?! eu passo-lhe um cartão, claro, de um picheleiro. urge corrigir essa lacuna.
Eh eh eh o que eu me divirto nestas caixas de comentários.