Será que algum dia a casa vai abaixo, ladies?

No Diário de Notícias

 

Um dos prazeres das crianças enquanto não são adultas e não podem ter uma carta de condução é conduzir carrinhos de choque. Um cheirinho de algo proibido, uma ousadia, um teste de orientação e destreza, sobretudo quando já podem tomar o volante sozinhas. Uma experiência, uma fase da infância, em suma. Mas aqui trata-se de mulheres adultas que simplesmente estão proibidas de conduzir.  E sobre as quais impende a ameaça de humilhação, violação ou morte se ousarem autonomizar-se neste e noutros aspetos da vida. Tenho verdadeira vergonha de certos animais com forma de espécie humana. Está tudo tão, mas tão errado nestas sociedades, que é difícil escalonar os motivos de espanto. Por exemplo, há parques de diversões só para mulheres. Os trapos pretos que as cobrem não visam mais do que esconder o corpo dos olhares dos machos (bestas incontroladas, pressupõe-se), pois quando sozinhas, é como quiserem. Isto faz algum sentido?

Não há nada neste mundo que mais me custe a entender do que  a perenização destas sociedades e a total passividade das mulheres. E não há nada que menos me espante do que o choque das respetivas mentalidades com o modo de vida ocidental, nele incluindo o da China e do Japão (e peço desculpa se ignoro que estes países se enquadram, para efeitos históricos e sociológicos, no chamado “mundo ocidental”). Mundo ocidental esse de cujos avanços tecnológicos não hesitam, porém, em tirar partido, apesar de serem fruto da cabeça de filhos de Satanás. É triste. E pior do que isso: os transtornos psíquicos que tal fechamento causa matam.

19 thoughts on “Será que algum dia a casa vai abaixo, ladies?”

  1. e ainda dizem que o islamismo não é fundamentalista, sendo que nesse país onde a fotografia é tirada, a indumentária obrigtória das mulheres é apenas simbólica das atrocidades por que passam. já para não falar das penas de morte aplicadas com sabre e do que a pode fundamentar (adultério, homossexualidades, patati, patatá). isso é na arábia saudita, de onde provém o 2º maior financiamento da hipócrita paladina das liberdades das mulheres e das minorias, hillary clinton. o tal país cujas fortes ligações ao 9/11 constavam de 28 páginas do relatório final, mandadas censurar por um escroque chamado gw bush e que um traidor de nome hussein obama prometeu às famílias divulgar mas que nunca o fez. deve-se também a hussein obama, a recente abominável censura à transcrição das conversas do assassino de orlando com o 911 no dia do ataque?

  2. e nao, a casa não está para ir abaixo, pelo contrário, querem dar abrigo a essa ideologia infame com incentivos a mais mesquitas, em vários países ocidentais, nomeadamente em lisboa.

  3. há anos no carnaval,um tipo mascarado, tinha que ir a um quarto do salão de baile tirar a mascara para nos identificarem.estes cromos andam aqui de cara tapada, por tudo que é sitio,somos roubados e depois é o “caralhinho”. para descobrimos o ladraõ ou ladra!.

  4. olinda, gostem ou não (desde logo é fácil gostar de uma realidade desconhecendo-se outra melhor ou sendo ensinado desde criança a respeitar uma ignomínia), nós não gostamos e podemos decidir como queremos que nos nossos estados, de maior ou menor direito, mas ainda assim de direito, e após muitas conquistas, se tratem as mulheres. a dignidade das pessoas é, acima da liberdade individual, uma questão de ordem pública, duma ideia de liberdade e de justiça social que queremos que prospere e não regrida. se realmente querem submeter-se a tratamentos desumanos e deixar que os homens as espanquem ou decapitem impunemente, se houver homossexuais que querem ser abusados, violentados, gozados ou discriminados, se houver mulheres acham que são bruxas e que querem ser queimadas em autos de fé, pois então que, dentro da sua liberdade individual, busquem um outro país e uma outra ordem pública.

  5. “Tozé” toma lá, não precisas de e pensa. BPN, BES, Banif e CGD que estão, ou que estiveram, na ordem do dia de repente parece-me que tanto podem ser furto ou dado ou burla ou extorsão ou ou (enquanto ficas a pensar no problema, pelo menos não te exaltas).

    Queixa Electrónica – Queixa Eletrónica
    https://queixaselectronicas.mai.gov.pt/SQE2013/default.aspx#tag=MAIN_CONTENT

    Tipos de Queixa

    OFENSA À INTEGRIDADE FÍSICA SIMPLES
    VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
    MAUS TRATOS
    TRÁFICO DE PESSOAS
    LENOCÍNIO
    FURTO
    ROUBO
    DANO
    BURLA
    BURLA RELATIVA A TRABALHO OU EMPREGO
    EXTORSÃO
    DANIFICAÇÃO OU SUBTRAÇÃO DE DOCUMENTO E NOTAÇÃO TÉCNICA
    DANOS CONTRA A NATUREZA
    USO DE DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO OU DE VIAGEM ALHEIO
    POLUIÇÃO
    AUXÍLIO À IMIGRAÇÃO ILEGAL

  6. Adenda, escaparam

    ANGARIAÇÃO DE MÃO DE OBRA ILEGAL
    CASAMENTO DE CONVENIÊNCIA

    Este último até é um bom ponto de vista para pensar o que se passa entre o PSD/PS/CDS na Caixa Geral de Depósitos, uma enxovia antiga de geometria variável.

  7. Ola Penépole,

    Como é obvio, a sujeição da mulher e negação dos seus direitos e liberdades mais fundamentais, ou a negação da sua condição de cidadã livre merecedora de respeito e de um tratamento igualtitario, suscitam a mais clara reprovação. Não aceito, nem alias compreendo, tal parvoice, seja aqui, seja na Conchinchina.

    Não me parece haver grande dificuldade com isso.

    Agora concluir dai à injunção feita às mulheres de despir o véu que elas escolheram vestir de maneira perfeitamente livre, ainda que apoiando-se em convicções religiosas, vai um passo importante, que não pode encontrar o minimo apoio em argumentos inteligentes… Da mesma forma, concluir que as pessoas oriundas de paises onde, infelizmente, reinam ditaduras sanguinarias, são elas mesmas apologistas destes regimes, ou bestas selvagens indignas de consideração, seria uma perfeita idiotice. Presumo que concordaras com isto também…

    Boas

  8. Penélope (irra que ha aqui um automatismo bizarro). Penélope e não Penépole. Sra desta ?

  9. o viegas esquece-se que nāo são conhecidos casos de mulheres ou homens que livremente optam por andar de véu. exceptuando desfiles de moda excêntricos, o uso de capacete, escafandro, ou banditagem, o facto de ocultar o rosto decorre, em praticamente todos os casos, de uma imposição de uma ideologia extremista e incompatível com os nossos valores, ou seja, a chamada religião islâmica.

  10. Tive o cuidado de falar em argumentos inteligentes, e não em argumentos que convençam o enapa. As duas coisas não têm nada a ver.

    Boas

  11. ó altissima inteligência viegana, procurei em http://www.seti.org e nada, pelo que tenho de dar o braço a torcer e pedir-te que nos fales então dessas extraordinárias mulheres que usam o véu/levam pancada “de maneira perfeitamente livre”.

  12. OK. Encontra antes um argumento inteligente nos teus comentarios, e eu depois trato disso.

    Boas

  13. joao viegas: O que estás a dizer é que, em França (penso que é lá que vives), não se deve proibir o uso do niqab? É isso? Se sim, discordo. Na rua, nas sociedades ocidentais, a identidade das pessoas não pode andar oculta por trás de panos (e de forma algo anti-higiénica), o que acontece tanto com o niqab como com a burka. Em privado, as mulheres que se cubram (ou descubram) como quiserem. Cá fora, e exceptuando a altura do Carnaval, o rosto deve andar regularmente destapado. O mesmo não direi do chador e do hijab. Nas escolas, porém, e além disso, as miúdas não devem poder recusar-se a cumprir disciplinas curriculares por recusa em mostrarem os cabelos, nem a frequentarem aulas mistas. Estamos no Ocidente, o Estado é laico e os planos de ensino foram traçados para todos. Não gostam, emigrem (este assunto é sempre tratado com delicadeza, dadas as dependências comerciais de certos países, pelo que há que ter jeito). Sabemos, e tu sabes, o que está por detrás desse encobrimento do corpo feminino. Se o encobrem voluntariamente (e resta saber se será bem assim), é com elas, mas nas circunstâncias que atrás refiro, não.

    Sabemos, e tu também sabes, que é fácil “adormecer” as mentalidades, hipnotizar mesmo uma parte da população, ao ponto de a maior parte das mulheres árabes já nem se questionarem. Mas era bom que o fizessem. E se eu puder contribuir para isso, fá-lo-ei. Considero-me igual a ti, por exemplo. Por isso, revolve-me as entranhas ver este estatuto de menoridade com que vivem as mulheres muçulmanas. Estatuto esse que não abandonam facilmente ao virem para o Ocidente, dado que não vêm sós e, se por acaso vêm, não podem evitar vizinhos, primos ou conhecidos.

    Quanto ao Enapa, temo que uma deixa que lhe agrade o leve a ir por aí fora até ao ponto de esquecer que o mundo não gira centrado no seu escritório. É quase sempre pior para a paz mundial ostracizar oficialmente certas sociedades do que permitir que, por via dos negócios pelo menos, se abram um pouco mais ao mundo.

  14. Cara Penélope,

    Independentemente da questão das distinções que fazes, sobre as quais haveria muito a dizer (mas repara so que eu não recuso a ideia que possam existir limites racionais à liberdade de se vestir : nenhuma liberdade é absoluta), o que eu estou a dizer é simples.

    A guerra feita ao véu (pois é disso que se trata, com efeito, contrariamente ao que pensas, os muçulmanos cumprem a lei, mesmo a lei absurda, portanto os problemas de que que falam os jornais dizem respeito, em mais de 90 % dos casos, a situações onde se pretende proibir sem que haja nenhuma interdição legal) é perfeitamente imbecil pelas seguintes razões :

    1/ Numa sociedade liberal, a liberdade deve ser a regra e pensar que ela deve ser limitada por principio, ainda que seja em nome da ideia que gostamos de ter do homem ou da mulher livre é sempre um erro. Por vezes, é mais do que um erro, é o começo do totalitarismo.

    2/ O respeito da liberdade e da dignidade da pessoa começa necessariamente pelo respeito das suas escolhas. Como é obvio, qualquer obrigação de vestir o véu imposta de fora é completamente inaceitavel, e alias punivel penalmente. Em contrapartida, não vejo como se pode respeitar a liberdade de uma mulher a quem começamos por negar a capacidade de fazer escolhas de maneira livre. Isto não é teoria. De facto vivo em França, onde existem inumeras mulheres que decidem reivindicar o direito de usar véu. Aparece por ca quando quiseres e posso apresentar-te umas dezenas delas, para ver se és capaz de lhes dizer na cara que elas não são livres…

    3/ Mas o mais preocupante nesta historia, é que a posição de que te reclamas assenta numa contradição insanavel. Acreditas que é mais racional não usar véu do que usa-lo, pelas razões todas que expões e mais algumas que imagino. Seja. A priori posso admitir que sim, pelo menos não me parece descabido defender tal posição. Eu sou ateu. Não uso véu, nem a minha mulher, nem as minhas filhas, e eu seria o primeiro a ficar supreendido se elas o fizessem. Mas se é racional, então porque raio queres proibir a escolha contraria ? Que raio de falta total de confiança na razão te leva a quereres, num ordenamento liberal como os nossos (em França ou em Portugal), limitar a escolha das mulheres neste capitulo, ou alias em qualquer capitulo ?

    4/ Resta o perigo da “islamização” progressiva das nossas sociedades. Es inteligente demais para dar ouvido a estas histerias, mas como vejo que a casa é frequentada por quem tem medo do papão, ca vão algumas considerações. Não ha islamização na Europa. Ha, quanto muito, uma substituição de fluxos migratorios, que agora provêm mais de paises muçulmanos, o que implica que haja mais muçulmanos nos paises ricos da Europa. Mas, como é obvio, entre as populações de origem muçulmana, tal como sucedeu outrora com as populações originarias de paises catolicos como Portugal (onde as mulheres usavam também véu, por sinal), o apego à religião esta a diminuir, ou seja elas estão sujeitas ao mesmo movimento que leva as outras populações dos mesmos paises a identificarem-se cada vez menos com a religião. Isto esta estudado e não oferece qualquer duvida. Por outro lado, se exceptuarmos o caso da Enapolândia onde continua a vigorar a lei de 23 de Outubro de 1954 que autoriza os atentados à bomba e as operações de guerrilha urbana, desde que sejam levadas a cabo em nome de Mafoma, não existe nenhuma força com expressão politica significativa, na Europa, que se proponha transformar a França, ou Portugal, ou qualquer outro pais da UE, num Califado.

    Em suma. Liberdade é liberdade. Por exemplo, és livre de não respirar fundo. Mas olha que te faz mal…

    Boas

  15. quer dizer que a penelope faria negocios com o nazismo? negocios com certas sociedades nao as abre ao mundo, infetam as nossas. é preciso saber onde esta o limite do que as nossas sociedades toleram. toleram o genocidio?

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