Quem ler a crónica do Tavares, José, hoje no Público, tem direito a mais uma das suas despudoradas insinuações: desta feita a de que o Governo afastou o IHRU (Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana) do processo de reconstrução das habitações ardidas em 2017 em Pedrógão e desconsiderou a lista de edifícios prioritários por ele elaborada, porque, no fundo, quis abrir a porta ao favorecimento das pessoas que queriam reabilitar segundas habitações como se fossem primeiras. Em resumo, é isto e é forte. Porém, altamente estúpido.
E quem consulta o Tavares para corroborar o seu ponto de vista e fundamentar o seu auto? Ora, Vítor Reis, o ex-presidente do IHRU, nomeado para esse cargo por Passos Coelho em 2012 e substituído em finais de 2017 pela arquitecta Alexandra Gesta (que liderara o processo de Guimarães a cidade Património Mundial da Humanidade). A nova presidente do IHRU (desde finais do ano passado), claro está, não foi interrogada. Chama-se a isto uma crónica bem apoiada e sobretudo isenta. Duplamente isenta – por o Tavares já ser bestialmente isento e por o dito Vítor Reis se apresentar em condições de ser o mais isento que há.
(ex-presidente)
Pelo caminho, o Tavares acusa Valdemar Alves, o actual presidente da câmara de Pedrógão, de fraude na atribuição dos fundos, baseando-se apenas numa reportagem da Ana Leal da TVI (a mesma dos objectos suspeitos encontrados e que eram a prova provada de crime concertado dos madeireiros no incêndio do pinhal de Leiria) e na abertura de uma investigação ainda sem dados nem arguidos e sem ainda sequer saber o que apurou a PJ das recentes buscas à câmara e à Casa da Cultura de Pedrógão.
Mais: o Tavares até é capaz de ter percebido, num dia de calmaria mental, que as pressões da presidência da República, por um lado, e da oportunista e estouvada oposição de direita, por outro, para acelerar todo o processo, acelerar, acelerar e continuar a acelerar a todo o custo (até à hipotética fraude, diria eu, para depois virem com este número) podem ter levado o Governo a optar por processos mais directos que dispensam certas burocracias que o IHRU implicava (algumas razões dá-as o próprio Tavares: “Escapar a um processo demasiado burocrático, ultrapassando o quadro legal em vigor. Apostar numa intervenção descentralizada e mais próxima da população. Aproveitar a maior flexibilidade do fundo Revita. “ ). Talvez tenha percebido isto e muito mais, mas o que lhe interessa perceber? Perceber é um “minuto do bem” que não cabe na sua missão ou caderno de encargos. O lançamento de lama sobre tudo o que é socialista, que governe, tenha governado ou possa governar, é a prioridade, como sempre, e foi com esse intuito que decidiu preencher 4/3 do espaço que lhe reservam no jornal a insinuar coisas.
Para quando a transferência deste rancoroso para o Observador? É que só se estragava uma casa. Não é que o Público esteja muito bem entregue e que a presença deste caluniador profissional destoe, pois a Ana Sá Lopes emparelha bem com o género execrável do Manuel Carvalho, mas o Observador é o coito da moda para os verrinosos da direita e asilo para muitos pacientes com a patologia do Tavares do Governo Sombra.
Esterco mental nao leio. Suja as Maos. Votos de resto de boa semana.
Diga-nos então que jornais podemos ler, por favor…
https://m.youtube.com/watch?v=6uT6KKWgvQU
Meu, podes ler a merda que quiseres, estamos num país livre!
Eremita, qual é a tua opinião sobre o texto do JMT que a Penélope comentou desta maneira?
estou como o João. Não for ele artigo e não saberia o que o esterco do tavares escrevinhou. À lama o que lama, e mesmo assim há lamas bem menos pestilentas do que este tavares.
Eremita: Nenhum em geral. Então notícias nacionais é sempre de pé atrás. No comentário, é um constante “cherry picking”.
O Tavares não passa de um monte daquilo que se agarra às solas e não é lama. Uma bosta, pois!
O jmt não é falado pelo que diz, pelo contrário, diz o que diz para ser falado.
Este método é a sua táctica que usa como escadote para escalar até onde puder. Provavelmente até ao ‘observador’ se for lá que pagam melhor aos ‘pensionistas’ caluniadores dos media.
Este tavares já cheira mal e todos os eleitores sãos o topam e tapam o nariz quando ele fala.
Pior, porque mais subtis no modo de engodar o zé, são os outros dois ‘governo sombra’ que sob a capa do ‘bloquismo’ ou da ‘doutrina social da igreja’ vendem insidiosamente um pensamento tão liberal como o dos ‘observadores’ sem o parecerem.