Num questionário online intitulado “Vamos falar de menstruação?”, que tem por objectivo “realizar um diagnóstico de situação sobre saúde menstrual em Portugal”, a DGS convidou a participarem “todas as pessoas que menstruam”.
Parece-me que a formulação correcta, para incluir as pessoas “trans”, devia ser a do título acima. No entanto, achei piada, muita piada mesmo, a um comentário no Twitter (X) da “Revista Minerva Universitária“, que diz o seguinte:
“Mas não é uma generalização abusiva pensar que toda a gente se identifica como uma “pessoa“? Pode sugerir-se a formulação “aglomerados de átomos com probabilidade de constituírem vida consciente sujeitos a fenómeno ovulatório de periodicidade mensal“? Não custa nada.”
Mas a ovulação e a menstruação não são danos-colaterais de uma determinada estratégia da Vida (a dita ‘humana’) produzir cópias (crias)?
Para cada estratégia de cópia há um determinado tipo de custo (dano-colateral).
Na Evolução, todas estas diferentes estratégias de reprodução (cópia) estão em competição para sobreviverem à Continuidade.
Logo, não será perante esse desafio evolutivo que terá ou não relevância debater a menstruação-ovulação?
O ser-humano é o corpo-humano?
O comentário tem piada porque expõe o ridículo da mania trans nesta altura da nossa evolução. Claro que para wokistas nada disto é ridículo e dizer “pessoas que menstruam” é ser inclusivo, não palerma, e criaturas como o Dylan Mulvaney, o chulo-palhaço transexual que há uns tempos lixou as vendas da cerveja (quer dizer, cerveja… mijo americano), são mui fantásticas e ‘corajosas’.
(Aqui o palhaço em corajosa cavaqueira com o Biden – https://youtu.be/B9258AnO_Bk – imagine-se o que o velhote pensa realmente dele; o que a pulhítica obriga um tipo a fazer.)
A questão não são os direitos que os transexuais podem – e devem – ter; é o narcisismo agressivo da minoria que fala por eles, e dos seus ‘aliados’ pamonhas na suposta esquerda.
A páginas tantas acho que as pessoas estão tão predispostas a encontrarem motivo de confusão que acabam por passar por totais idiotas.
Se a conversa é para falar de menstruação e o conselho da DGS é para apenas pessoas que menstruam participem, tal de facto implica que mulheres Trans não possam participar, e homens Trans possam.
Mas note-se que a categoria das mulheres na menopausa também não são aconselhadas a participar.
Na minha pequenez diria que esta categoria é bem maior, e contudo não vejo ninguém a falar dela.
Exato! Se amanhã acordar e me identificar com uma cadeira, além de um idiota, não me podem chamar «pessoa».
Os «acordados», em vez de andarem a aborrecer os outros com as suas palermices, deveriam ir para o terreno melhorar a vida das pessoas que necessitam de ajuda. Isso, sim, seria um contributo para a sociedade e a humanidade, da qual excluo as cadeiras e outros idiotas… e outras… e outres…
mas os trans não extirpam os ovários ? é que assim não são trans , são travestis no masculino.
«Se … o conselho da DGS é para apenas pessoas que menstruam participem, tal de facto implica que mulheres Trans não possam participar, e homens Trans possam.»
Seja qual for o for o conselho da DGS, se o objectivo é “realizar um diagnóstico sobre saúde menstrual”, mulheres trans não podem participar porque não menstruam. Não menstruam porque não são mulheres. Nem todas as mulheres menstruam; mas todas as pessoas que menstruam são mulheres.
Dizer “pessoas que menstruam”, “pessoas com útero” ou “pessoas que engravidam”, sobretudo vindo de uma instituição como a DGS, soa estranho, forçado, absurdo. Muitas mulheres sentem-se ofendidas ao ouvi-lo, e é até certo ponto compreensível. Talvez no futuro não seja assim, por agora é.
as pessoas que menstruam são as pessoas que têm ovários a funcionar normalmente. se têm ovários são mulheres -:) e mesmo que um trans ainda não se tenha feito operar e os ovários estejam lá , se faz terapia hormonal , logo , não menstrua… se não faz terapia hormonal é porque não quer virar homem amenorreico _:)
Pessoa e Vida?
Porque não uma cadeira, árvore, ou átomo? Aquilo que os habita (energia, movimento, interação, etc.) tem Vida, e não há nenhuma prova ou demonstração científica de que não possam ser conscientes da sua existência enquanto coisas.
Se Vida for definida independentemente do que é ‘vida humana’ (i.e., se for um caso particular ou tipo de vida, aliás, tal como é actualmente definida pela ciência), e se “Pessoa” for definida pelo critério do auto-reconhecimento ou consciência (i.e., «uma vida que tomou consciência de si enquanto existência»), então, «AQUILO QUE PODE SER VIDA E PESSOA» ultrapassa a presunção de que o corpo-humano é o único suporte que permite Vida e Pessoa. «Vida e Pessoa» ultrapassam a mera conjuntura humana (masculino/feminino, X/Y, e todas as combinatórias provocadas por manipulação humana biológica do corpo humano).
Assim sendo, a menstruação e a ovulação servem apenas para tentar incutir a ideologia positivista e naturalista de que o «ser-humano» é o «corpo-humano» (que é onde ocorre a telenovela masculino/feminino/trans-).
Logo, o «ser» que habita o «corpo-humano» não tem género, não tem ovulação, não tem menstruação, e provavelmente nem é, nunca foi, nem nunca virá a ser ‘humano’. O hinduísmo chama-lhe ‘atman, o catolicismo chama-lhe ‘deus’, e assim sucessivamente noutras crenças e religiões, outros nomes totalmente diferentes de aquilo que a palavra ‘humano’ actualmente significa e pressupõe.
O que o ‘Impronuncialismo’ constacta (sem margem para qualquer dúvida, perante a maioria dos comentários e pelo tom deste Post de Penélope), é que querem continuar a ser o que são.
Ou seja, não permitem que o ser que habita o corpo anatómico seja outra coisa senão uma coisa humana. Querem que o ser seja masculino, feminino, trans-, e lgbt+, etc. Ao fazerem isso, impedem que o ser evolua e se transfira para outro suporte que lhe daria maior liberdade, poder e sobrevivência.
O que o ‘Impronuncialismo’ pergunta, ao impedirem o ser que habita o actual corpo anatómico (e a sua respectiva mentalidade e limitação cognitiva) de ser outra coisa (senão um pedaço de carne repleto de nervos, excrementos, sangue e vísceras), é, se não estarão a cometer um crime contra a Vida, a Pessoa e a Natureza? Se, não estarão a cometer um crime contra a Liberdade e a Evolução?
«Querem que o ser seja masculino, feminino, trans-, e lgbt+, etc. Ao fazerem isso, impedem que o ser evolua e se transfira para outro suporte que lhe daria maior liberdade, poder e sobrevivência.»
Há realmente uma resistência à mudança, uma dificuldade em conceber algo diferente. Os próprios trans limitam-se a repetir (e a exagerar) estereótipos: as mulheres são assim, os homens são assado. A sua negação da realidade – “pessoas que menstruam” – é pífia, porque nem sequer almejam algo novo e melhor; apenas a mesmíssima condição de todas as mulheres desde sempre.
Em cima da rejeição cultural de marmanjos armados em meninas, há a compreensível rejeição intelectual de quem tenta forçar uma óbvia irrealidade não para avançar a sociedade, mas tão-só para moldá-la ao seu narcisismo. Uns tipos fingirem ter períodos não irá melhorar o mundo.
É provável que isto dos sexos, da reprodução, do que hoje temos como natural e binário venha a poder ser escolhido e alterado. Mas deve ser uma evolução, não uma mera mania.