E a grande pergunta é: “Houve roubo em Tancos?”

Vasco Lourenço escreveu aos membros da Associação 25 de Abril uma comunicação dando conta das suas perplexidades, e, segundo o próprio, das suas teorias da conspiração, sobre o alegado assalto aos paióis de Tancos.

Eis algumas das perguntas que deixa no ar, segundo a notícia do DN:

“quando se deu o desaparecimento do material” ou como desapareceu (“todo de uma vez ou, como muitos opinam, por várias vezes e durante um espaço concreto de tempo? E, neste caso, durante quanto tempo durou o desaparecimento do material?”) ou ainda (“hipótese mais grave ainda”), o material desaparecido “chegou a entrar nos paióis ou foi apenas acrescentado à carga dos mesmos”. Seja como for, conclui, “parece indubitável que não teria sido possível fazer o que porventura se fez sem a participação ativa de elementos da estrutura interna das unidades responsáveis pelos paióis”

Ora, há um outro jornal que noticia, citando a SIC Notícias, que “Algum do material roubado da base militar de Tancos é coincidente com o material que já tinha sido apreendido anteriormente pela Polícia Judiciária ao desmantelar uma rede de tráfico de armas material“.

O material tem, pelos vistos, andado por aí. Pode ainda andar.

E o buraco na rede? Foi ou não foi para despistar e criar um alarido de incúria e cativações da parte do Governo? Até que encaixa bem. É ver os olhinhos do Nuno Magalhães a brilhar.

Mas que diabo se passou, afinal?

O que Vasco Lourenço diz mais adiante no seu texto não é nada que não me tenha passado pela cabeça:

Afirmando-se adepto de “teorias da conspiração”, Vasco Lourenço pergunta-se, face que aconteceu em Tancos, “porquê agora”. E responde: “Sendo o objetivo principal o descredibilizar este Governo, provocando (ouro sobre azul…!) a sua queda, há que juntar aos resultados de uma tragédia natural (até agora nada nos diz que tenha sido provocada) um escândalo de tal natureza que leve à conclusão de que este Governo é incapaz, não serve, tem de cair.” “O facto é que tudo o que se seguiu, a que temos assistido e vivido, nos permite consolidar a nossa teoria”, lê-se no texto.

Pode o coronel Lourenço estar louco. A mim, já nada me espanta. Nem uma possível loucura do coronel, nem a falta de travões éticos da direita. É que, em 2011, houve quem mandasse o país para o charco enquanto decorriam negociações críticas para evitar o resgate só porque viram nisso uma oportunidade para chegar ao poder. Agora, alguém pode estar a rir-se com o “desaparecimento” das armas.

14 thoughts on “E a grande pergunta é: “Houve roubo em Tancos?””

  1. O Vasco Lourenço tem razão.
    E a hipótese do material nem ter chegado a existir é para levar a sério; sobretudo para o material mais pesado que não poderia ter sido levado num saco. É a mesma cena da sobre-facturação nas cantinad da força aérea. Nós pagamos o material mas não foi comprado, o dinheiro foi pro bolso de alguém …

  2. será que o material “furtado” alguma vez entrou em tancos?
    na tropa costumam assinar guias de remessa com material que não é entregue para o fornecedor pagar o reembolsar em notas de € 20,00 com desgaste e numeração não sequencial.
    o esquema de roubar às mijinhas não requer grande organização, pode ser qualquer praça, sargento, mulher a dias ou securitas, é entrar, meter ao bolso, tá feito e o risco é ser apanhado com 1 kg de trotil no bolso. a modalidade virtual com recurso a escrita aldrabada já implica organização e mete oficialada, é ver como os gajos reagiram com aquela cena das espadas, manifesto e mais o que andam para aí a ameaçar nas redes sociais.

  3. e quando é que as armas foram compradas ? e quem confere as encomendas e entregas ? têm a certeza que o Vara não era fiel de armazém ? e o godinho o arruma paletes ?

  4. Que interessa o Vasquinho e o material de guerra, se já não temos mais país, que foi para o charco em 1911?

    Que se lixem os tancos!

  5. Aposto que o denominador comum acabará por ser Sócrates: largou fogo ou pagou a sequazes seus para que largassem fogo a Pedrogão; do mesmo modo, assaltou ou encomendou o assalto a seus facínoras ao paiol de Tancos. Não tenho qualquer dúvida, em ambos os casos, Sócrates é a mão que se esconde por trás do arbusto, ou da G3, tanto faz para o caso.

  6. Ninguém acredita nelas, mas que elas existem, existem. É vê-las desenfreadas nos jornais, na TV, na rádio.
    E não só as bruxas, mas também os bruxos, com o diabo à espreita.

  7. quando é que foi feito o último inventário ? quem fez o inventário ? há armas inventariadas que já tinham sido apreendidas pela polícia ?
    antes de irem atrás do chapeleiro maluco respondam a perguntas básicas de funcionamento de qualquer armazém.

  8. Penélope, a autora do escrito, nem sabe a diferença entre roubo e furto.
    Vasco Lourenço, esses divaga acerca do desaparecimento.
    Se e quando o material for recuperado pelas autoridades, dar-se-à o aparecimento .
    Estará então criada a figura jurídica do, “aparecimento” .

    Por este andar, ainda se concluirá que existe aqui, mão de ilusionista. O que coloca, na lista dos suspeitos, Luís de Matos. Refiro-me ao hospital psiquiátrico.

  9. O teu “Brutoguês” combina com o teu “processo” mental.

    Daí que conheças tão bem o «Hospital Luís de Matos». De certeza que já moraste no Pavilhão 7 da Rua das Murtas, ali a seguir ao LNEC…

  10. Grande Vasco Lourenço!

    A “mérdia” comunicacional-propagandística pode até vomitar asneiras minuto a minuto, durante semanas a fio, que quando a VERDADE for conhecida ninguém mais se irá lembrar do que essa cãzoada ladrou.

  11. Ah !
    Confirmas que andas a violar as bases de dados do Min. da Saúde.
    Grande coscuvilheira !
    Olha, tás feita ao bife, segue directamente para a PGR .
    Não tenho culpa, tú é que te auto-incriminaste .
    Só te enganaste numa coisa, foi na data da saída .
    Saí a um Domingo, heheh .
    Também tenho direito, não é só o coiso ( o engenheiro com certificado domingueiro ) .
    Quanto teve a inglês técnico ?
    Em inglês corrente, é o que se vê : bed engeliche .

  12. Penélope, acrescento uma pergunta :
    É preciso saber se o roubo foi no paiol, ou no paiolim .
    Há uma diferença !
    Se foi no paiol, tem que se seguir a pista dum bando .
    Se foi num paiolim, tudo aponta para um bandolim . Já não dum bando !
    E depois, não é só granadas de mão. Também há granadas de pé !
    Será o caso de uma granada cilindrica ofensiva, armazenada ao alto . Acho eu .
    Tudo isso, se pode investigar, in loco, pela posição do copo .

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