“Campanha orquestrada”. A entrevista da PGR foi fácil. A sua demissão também devia ser fácil

Afinal não custou muito à senhora Procuradora-Geral ir à televisão responder a perguntas. Eis o contexto que justificou esta maçada.

Desde 2019 (tomou posse em Outubro de 2018) que não há notícias sobre as actividades da instituição a que preside, apesar do aumento do número de assessores de imprensa de que entendeu rodear-se, conforme fez questão de assinalar no início desta entrevista, sabe-se lá porquê, pois ninguém notou qualquer afã ou empenho comunicacional da parte do Ministério Público nestes seis anos*, pelo contrário. Não há contas prestadas sobre coisa nenhuma. (Esta dos assessores foi uma primeira argolada, que podia ter sido mais explorada.)

O relatório referente a 2023, que, a pedido do Parlamento, vai ser enfim apresentado, não está sequer feito, obrigando a um pedido de adiamento da comparência perante os deputados. Vergonhoso. (Onde estão os outros, pergunto eu.)

O acompanhamento de processos, sobretudo os mais mediáticos e políticos e com consequências graves no funcionamento da democracia, não foi actividade a que a senhora PGR se tenha dedicado por aí além nestes anos, confissão da própria, “dada a extensão e a minúcia” dos mesmos e a “impossibilidade humana” de tudo conhecer. Palavras da própria. (Qual extensão e qual minúcia no caso Influencer?). Já suspeitávamos do alheamento, mas está errado.

Não se vislumbrando, pois, na actividade de Lucília Gago qualquer indício de transparência, competência ou responsabilidade, foi preciso uma inédita queda de governo por via judicial (por outras palavras, um golpe) e que um coro de vozes indignadas se viesse manifestar contra o silêncio da senhora procuradora-geral para finalmente esta se dignar a falar em público. Estão em causa abusos, absurdos e ilegalidades/crimes do Ministério Público. Não é coisa pouca.

E aqui chegámos. À cadeira televisiva. Lucília Gago falou, mas poderia perfeitamente ter continuado calada. Se não compreende o alarido, realmente terá pouco a dizer. E pouco disse. Viu-se que estava melhor sossegada. Como defesa, acusa quem a tirou do sossego de orquestrar uma campanha. Exceptuando umas greves de funcionários judiciais numa altura menos própria, considera que está tudo impecável no Ministério Público, mais uma vez não compreende “o alarido”.

Confirmou, porém, aos nossos olhos, a incompetência, a ignorância, o desconhecimento da vida política e a perversidade do MP de que todos já suspeitávamos. Os processos não se fecham porque pode sempre surgir qualquer coisa. Uma vez suspeito, eternamente suspeito. É o lema deste Ministério Público. E nunca erra. Está apenas e para todo o sempre à espera de um dado novo. O direito das pessoas à liberdade e ao bom nome não colhe para este MP e para os juízes que caucionam os seus abusos.

Um governo cai por suspeitas canhestras do MP e parágrafos ilegais e precipitados, cidadãos são presos dias e dias infindáveis para depois serem soltos sem qualquer acusação grave, ministros são escutados durante anos, numa devassa total da vida privada, para no fim se pescarem dois almoços oferecidos, ordenam-se fugas de informação venenosas programadas para prejudicar alvos políticos em determinadas alturas políticas, mas tudo no MP está perfeito! A leveza com que esta mulher atropela pessoas é inacreditável.

Com esta postura, a entrevista não a fez suar. A roupinha preservou-se. Lucília Gago não esteve sequer sentada numa cadeira, ela pairou. Problemas não existem. Vítimas da incompetência ou da politização dos procuradores, o que é isso? Existe, sim, uma campanha.

Dona Lucília, a senhora está no ar. E, uma vez aí, pode ir mais depressa para casa. Não é que os problemas do MP fiquem resolvidos com isso, porque a incompetência e os vícios são muitos, mas ter à frente do MP alguém com autoridade, isenção e conhecimentos (da lei e da vida) e que dê a cara já não era mau. Porquê esperar três meses?

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*Diz que consultou os assessores para escrever o famoso parágrafo

23 thoughts on ““Campanha orquestrada”. A entrevista da PGR foi fácil. A sua demissão também devia ser fácil”

  1. Hehehehe! Ver o poder judicial resistir-vos é muito inspirador. Não me retira preocupação quanto ao ataque incessante em que vocês se manterão (têm-no como parte do vosso processo de sobrevivência), nem elimina a necessidade de melhorar muitas coisas na justiça em geral. Mas dá-me esperança.

  2. Quando surge vestida com aqueles longos visons, não sei porque mas o que me ocorre é a da sua imagem parecida com as “donas das casas das meninas” da Lisboa Queirosiana!!!

  3. “Ver o poder judicial resistir-vos é muito inspirador.”
    É inspirador de quê?

    “Não me retira preocupação quanto ao ataque incessante…”
    Qual preocupação? Qual ataque incessante?

    “nem elimina a necessidade de melhorar muitas coisas na justiça em geral.?
    Quais coisas?

    “Mas dá-me esperança.”
    Que esperança? Que tem tal esperança em vista?

    Esta é a técnica do fascismo em geral; martelar frases feitas de grande efeito sonoro as quais, se for preciso, tomam como argumento um único acontecimento como se fora a generalidade, o país. São as grandes “tiradas” verbais recitadas como ideias feitas, slogans, clichês, repetições de ideias fixas que levam, a quem não tem conhecimentos para um pensamento próprio, a intuir e expressar-se facilmente por ideias primárias. São incessantes insinuações e ameaças deixadas no ar sem nunca enunciarem os propósitos próprios, sem nunca informarem qual a solução, ou uma qualquer única solução para para os males que denunciam: disso apenas fazem segredo, porquê?
    Para perceber bem e e profundamente este tipo de linguajadura basta ler o recém-editado livro de de Emílio Gentile titulado “História do Fascismo” Volume 1 que não é mais que a história de Mussolini e dos Fascios, da qual Salazar aplicou a Portugal uma cópia rasca.

  4. O sr. Miguel Elias, politicamente, situa-se aonde? Mais ali pró…, ou mais acolá pró…? Tome cuidado que pode tropeçar e, depois, diz que não era pró…., nem pró… Julgo que me estou a fazer entender. É que nós na vida, às vezes, sem que nós saibamos bem porquê, fazemos coisas de que acabamos por nos envergonhar.

    Desculpe estar a ser demasiado filósofo. Mas o sr. Elias exige isso.
    ………..
    Sobre a entrevista de ontem, tenho apenas a dizer isto: estivemos a ouvir um monstrinho.

  5. Vá chamar fascista à sua tia. Já lhe disse que pare de usar o velho truque comunista: “acusa-os do que és, do que fazes”, é uma tentação irresistível mas é feio.

    …as grandes “tiradas” verbais recitadas como ideias feitas, slogans, clichês, repetições de ideias fixas que levam, a quem não tem conhecimentos para um pensamento próprio”…
    Refere-se a quê, a prosas inteiras de Pedros Marques Lopes e outros iguais ilustres dos 50 + 50, fabricantes em massa de pseudo-ungidos Josés Neves?
    O tempo que anda acusar os outros do que você é, volte lá para o escuro e pense com tempo nas questões que me pôs, serão um belo exercício para si que é tão preparado.

  6. Obviamente que o problema está no regime dito «Democracia».

    Nele, o Coppola explica muito bem o que é o dito «poder judicial« em “O Padrinho”.

    Obviamente que o Poder (seja individual, social, nacional, etc.) não existe separando o «executivo», o «legislativo» e o «judicial».

    Ao se separar isso, termina o Poder.

    Logo, que o detém efectivamente não permite que essas três coisas sejam separadas. Quem o não detém, vive dentro dessa separação.

    O logro democrático é exactamente esse.

  7. Vá chamar fascista à sua tia.

    A última tia do José Neves morreu há 150 anos, pá.
    É dura como ele: sendo um octogenário temos de levar com ele mais uns tempos.

  8. Vê Fernando: é esse o mal de se deixar comandar pelos José Neves desta vida. Ainda por cima alguém que, como já lhe disse, me parece bom homem. Não se esqueça é de onde se situa Fernando, se necessário, ate um pequeno baraço de pano ao punho, quando se sentir perdido olhe para baixo e diga a si mesmo: “é pá estou aqui”, e descanse.
    Envergonhar-me do quê? De vir aqui defende-lo e você não perceber? Não se preocupe.

  9. O IMPRONUNCIÁVEL já defendeu aqui tudo e o seu contrário assim como já atacou tudo e o seu oposto.
    Um filme, qualquer filme, quer seja de Coppola, de Chaplin, de Eisentein, quer de António Pedro Vasconcelos é sempre uma visão particular acerca de um assunto seja este filosófico, político, religioso ou de costumes, etc. Tal como qualquer livro seja acerca de que tema for é, sempre um ponto de vista pessoal; jamais pode ser considerado como exemplo matemático.
    O que não existe na democracia submetida aos três poderes de Montesquieu é o “poder absoluto” de um só. O poder está repartido, precisamente, para evitar o tal poder absoluto de um só. Ao separar os poderes em três, claro, o poder como absoluto não existe. Contudo, sendo tendencial e intencionalmente mal aplicado qualquer dos poderes o sistema entra em desequilíbrio. É tal como se passa numa geração de corrente eléctrica trifásica, logo que há defeito numa fase todo o sistema de geração pode cair.
    Evidentemente, por isso mesmo quem o detém não mais o quer largar, vide, os regimes que se dizem comunistas ou outros de partido único como o foi o salazarismo. E quem o não tem e critica ostensiva e alarvemente a democracia pretende, pura e simplesmente, substituir o regime democrático por um autocrático com um ungido salvador ao leme. Sob o poder absoluto do tal ungido reina a quietude da servidão consentida ou forçada e tudo aparenta correr no melhor dos mundos até à insustentabilidade humana e então uma revolta ou revolução aconteça.
    O jogo democrático é, exatamente, o contrário do logro do poder absoluto.

  10. José Neves, «o sim e o seu contrário», «a esquerda e a direita», «o bem e o mal», «o verso e o anverso», e todas essas dualidades que limitam o discernimento humano, é aquilo que causa o facciosismo e o impasse nas soluções.

    É essa «estrutura dual, opositiva, isomorficamente simétrica» que é a causa da incapacidade cognitiva humana. É por essa razão que critico todos os argumentos e opiniões que são o contrário das outras, e vice-versa. Os factos mostram que tenho razão. Basta constatar o que se passa nos países da dita «UE», em que tudo se transformou numa «geringonça», na qual «os de direita usam uma máscara de esquerda», e «os de esquerda usam uma máscara de direita». Ora, isso, essa decadência e corrupção, deriva exactamente dessa «infecção dual simetricamente oposta».

    O «regime Democrático» ao roubar a «junção e a interdependência» entre esses três factores, obrigando o Povo a viver com a «separação», está a usar a Democracia para roubar a liberdade às pessoas e as subjugar de modo fascista e ditatorial.

    A «Democracia» é o instrumento ideológico e político de uma ditadura fascista, em que quem detém o Poder obriga as pessoas a não terem acesso ao Poder.

  11. “A «Democracia» é o instrumento ideológico e político de uma ditadura fascista, em que quem detém o Poder obriga as pessoas a não terem acesso ao Poder.”

    as democracias são o contrário das ditaduras, caso ainda não tenhas tenhas percebido e não estejas numa de sonso.
    em democracia poder é entregue por votação e candidata-se quem quer. em ditadura, na melhor das hipóteses votas no putin durante 40 anos seguidos, ninguém abre a boca e se não votares no palhaço sofres consequências.

    portantes vai pró caralho com essa conversa anarco-artificial de comuna falhado.

  12. “Vive la France”, é mentira.

    A «Democracia» diz de si própria que é o melhor regime, e que os outros não são permitidos. Logo, é uma ditadura fascista.
    A «Democracia» obriga a que as pessoas que estão sobre o seu jugo não tenham acesso ao Poder (que é a condição de haver alternativa). Faz isso «separando os poderes» (judicial, legislativo, executivo), pois é essa separação que inviabiliza qualquer acesso ao Poder.
    A «Democracia» é comandada por um pequeno grupo de oligarcas que não são escrutinados pelo voto (os que mandam na economia, os que mandam nas decisões judiciais, os que detêm as armas), e essa excepção de escrutínio é imposta e escrita nas próprias leis da Democracia.

    No regime fascista e ditatorial da «Democracia» qualquer país, nação, ideologia, religião ou ideia pode ser proibido pelo critério quantitativo do voto de uma qualquer maioria de mais numerosos, cuja validação judicial será decidida por essa pequena oligarquia que não está submetida ao voto.

  13. Há alguns aspectos que merecem reflexão neste Post de Valupi.

    Por exemplo, se o governante Albuquerque não se demitiu e o governante António Costa se demitiu, e se essas duas decisões opostas são permitidas pela lei, então, se depende do acusado-indiciado a decisão de se demitir ou não, onde está a culpa do MP para essas duas decisões opostas?

    Se a «presunção da inocência» até à última decisão de um Tribunal é uma lei que está em vigor, e se o MP não pode interferir com essa decisão judicial, então, não é o humor ou o oportunismo político dos acusados-indiciados que está em causa?

    Quem anda a ‘orquestrar’, é o MP, serão os acusados-indiciados, ou são os dois lados?

    Seja como for, quem vai decidir (o Tribunal) não é escrutinado pelo voto.

  14. Esta postada está foi mouche!!

    No principio era o verbo, agora é a pgr.

    A entrevista desta coisa que ocupa o lugar de pgr, fez-me lembrar aquelas entrevistas que os capos mafiosos entretanto engavetados, por vezes concedem. Também as declarações prestadas pelos criminosos nazis durante o julgamento de Nuremberga estão na mesma linha.

    Tanto os capos mafiosos, como os criminosos nazis, como a pgr não são, não se sentem, responsáveis por nada, nada fizeram de censurável, foram ou são injustamente perseguidos e acusados, cumpriram apenas o que o dever e a sua consciência lhes ditou e se algum excesso cometeram foi porque ponderosas razões, estranhas e hostis, o impuseram (no caso da pgr nem isso).

    Mas é assim sem surpresa.
    Esta coisa, a pgr, é ela própria o cruzamento daqueles dois mundos, o do crime e o da manipulação e perseguição políticas.

  15. entrou na luz e foi morrer nas trevas do sns para não foder a taxa de mortalidade dos privados.

    “Morreu esta terça-feira aos 68 anos a ex-procuradora-geral da República Joana Marques Vidal, adiantou o jornal Observador e confirmou o Expresso. Joana Marques Vidal estava internada, em coma, no Hospital de São João, no Porto, onde deu entrada no dia 6 de junho transferida de uma unidade hospitalar privada, Luz Arrábida, onde havia sido submetida a intervenção cirúrgica, na sequência de “doença neoplásica prolongada e muito complexa”, sabe o Expresso.”

    https://expresso.pt/sociedade/justica/2024-07-09-morreu-joana-marques-vidal-ex-procuradora-geral-da-republica-666629da?utm_term=Autofeed&utm_medium=Social&utm_source=Twitter#Echobox=1720538448

  16. «A leveza com que esta mulher atropela pessoas é inacreditável.»

    Atropela? Quem nos dera. Os pulhas e trafulhas do PS – e os do PSD, e os do CDS, e… – continuam de saúde e à solta. O governo só caiu porque o Bosta queria tacho melhor. De resto tudo na mesma. Como é óbvio, não serão as instituições da partidocracia a assustar os donos da partidocracia.

    Ver esta PGR lembra-nos que continuamos subordinados a estas múmias da república, estes fantoches de laca e brilhantina que se arrastam pelos corredores do poder e do tacho. Nada de bom ou de útil se pode esperar deles; são escolhidos justamente pelo que não fazem e jamais farão.

  17. Esta e qualquer outra/o PGR e MP não são escrutinados pelo voto. O regime «Democracia» dá-lhes completa autonomia e separação de poder, e obriga os povos a sujeitarem-se a essa ditadura fascista.

    Eles e elas, portanto, fazem o que querem. Não se percebe porque se queixam, se são acólitos e crentes no regime que institui isso.

    Basta que um país estrangeiro (ou uma organização mafiosa, ou a oligarquia que inventou a democracia para impedir uma qualquer alternativa ao seu Poder) avence este «poder separado» para dominar e conquistar um país (impedindo judicialmente o país de mandar na sua produção própria e nos seus projectos de desenvolvimento em favor dos estrangeiros que avençam este «poder separado da Justiça».

    Acordem, andam a dormir como meninos de escola, comidos pelo truque da democracia.

  18. A dúbia, manhosa e matreira ex-PGR Vidal morreu em paz? Quando prenderam Sócrates, sob o espetáculo de auto-de-fé organizado entre magistrados e media, a senhora perguntou, segundo os jornais, aos seus ajudantes se tinham analisado bem o processo. Depois o preso esteve engavetado sem ser tido ou achado quase durante um ano e a senhora nunca foi, ela própria, analisar o processo que, ainda hoje passados dez anos não está concluído por falta de provas para alem de insinuações, suposições, falsas deduções e sob escuta eternamente (o costume) na pesca de arrasto à espera que a prova venha na rede.
    Também como hábito nesta categoria de gente foi ludibriada pela saúde privada; estes venderam-lhe uma operação com possibilidade de sobrevivência, provavelmente, contra o parecer do serviço público e depois, aflita e pior do que estava, voltou ao SNS para morrer. Aconteceu algo parecido com uma cunhada minha a qual gastou as economias de uma vida e foi morrer no Sintra-Amadora que lhe haviam prognosticado “caso sem solução”, isto é, para paliativos.
    Queria viver. É inerente à existência humana. Ela, que dirigia a Lei da República interpretando-a a seu belo prazer sem a mínima preocupação com o outro, o semelhante (A Gago imita-a para pior) , nunca pensou ou lhe avisaram que há uma Lei Geral não escrita que tem como Lei Constitucional uma lei única; Tudo que nasce, tem morte certa.
    Este é o determinismo inescapável a reis, tiranos, ateus, papas, políticos e presidentes de tudo e PGRs e de todos os credos e pessoas anónimas, normais, além de plantas e animais. Assim, todas as pulhices, maldades, atrocidades praticadas durante a vida ativa nunca são perpétuas e terminam sempre num frente a frente com o horror da degenerescência e podridão física e mental perante a morte. A Vidal, tal como os tiranos ditadores, os heróis proclamados, os autoritários infalíveis, os imperativos de grande e pequena estirpe que usam e abusam do poder feito e usado à sua medida pessoal autoritária contra terceiros por ressentimentos e vinganças mesquinhas acabam, infalivelmente, frente à cova escura, tal como o poeta, sem contudo deixarem algo de que os vindouros agradeçam, antes pelo contrário.
    Esta Vidal, agora, dá contas à natureza mas outra sua aluna tornou-se discípula e para pior dado ser mais burra. Tal como Cavaco fez escola de delinquentes e corruptos a Vidal fez escola de uma PGR que distribui injustiça à la carte por cor política. Pode fazer apodrecer politicamente novos Sócrates, Galambas e outros mas, ela própria, apodrecerá conjuntamente perante a Lei geral não escrita; tornar-se-á nada como todos.
    Paciência, donas!

  19. «Quando prenderam Sócrates…»

    Foi realmente chocante: prender o Trafulha só pelas trafulhices pessoais, tarde e porcamente, e não por ter enterrado o país em calotes mafiosos durante gerações. E depois soltaram-no!

    Desde os pardieiros da Guarda que o FDP devia estar preso, quanto mais após Freepotes, Covas da Beira, Sovencos, Varas, Rodeo Drives, livros aldrabados, luxos lisboetas e parisienses, tantas trafulhices que podíamos aqui estar todo o dia. Mas o pior para o país foram as PPP, os BES, as PTs e TVIs, os aumentos da FP antes das eleições com o país já falido, os Cagalhães, ‘festas’ como a Parque Escolar e tanta obra ruinosa para encher Motas e Lenas, tudo isto em cima da célebre ‘crise internacional’.

    Quando fala nos “tiranos ditadores, os heróis proclamados, os autoritários infalíveis … que usam e abusam do poder … contra terceiros por ressentimentos e vinganças mesquinhas”, acerta em cheio: o Trafulha é mesmo assim. E é um aldrabão compulsivo, um biltre, um merdas. É o PS escarrado.

  20. quando é que o sócras foi preso, quais os crimes que cometeu e as fortes suspeitas de perigo de fuga. bem, é que já passaram mais de 10 anos, decretaram a falência dum banco no valor de 10 mil milhões, tal prova irrefutável da culpabilidade do sócras, que o ricciardi vendeu ao passos coelho e ainda estamos na casa de partida. será que vão alterar o código penal para validar a merda que fizeram por mais 10 anos?
    pela maneira como cagas acusações deves ter uma resposta para isto.

  21. O Sócrates está completamente inocente. Não fez nada do que é acusado. Não há uma única prova que confirme qualquer acusação que lhe foi feita. Foi uma maquinação partidária que conduziu a acusação dos Procuradores encarregados de o perseguirem. É por isso que têm medo de o julgar, e os do PSD metidos no MP demoraram tanto tempo a investigar (um até foi assessor do Portas no governo do Passos). No caso do Cavaco, há provas e decisões dos tribunais, que confirmam os roubos e crimes no BPP, BPN, SLN, etc.

    Mas o mais inverosímil é constactar que agora o Montenegro, PNSantos e A.Costa, e outros, vêm dizer que as obras estratégicas e estruturais para Portugal (TGV, aeroporto, informatização, modernização das escolas, construção de hospitais, renováveis, desenvolvimento sustentável de acordo com o PNED, etc.) eram aquelas obras que acusaram o Sócrates de despesismo. Que feitas agora gastam mais milhões de milhões do que se tivessem sido feitas há 12 anos. E nem sequer têm vergonha na cara, perante esse seu cínico despudor.

    Ou seja, os invejosos do Sócrates (por ele ter sido quem propôs um ‘modelo de desenvolvimento’ que rompia com o ‘modelo dos baixos-salários, precariedade, baixas-qualificações’ do Cavaco) esguicham desesperados a tentarem meter o Sócrates no mesmo saco deles.

  22. Não o sabia tão engraçado, IMP: soa mesmo como uma daquelas viúvas do Trafulha, tipo Câncio, que engolem as ‘campanhas negras’ como uma estrela porno engole… outras coisas.

    O mundo está cheio de cretinos e de otários, mas é preciso um talento especial para crer neste pulha que aldrabou e trafulhou a vida absolutamente toda – e que parece exactamente aquilo que é. Até um esquimó, sem perceber uma palavra de português, leva cinco segundos a topá-lo.

    A cereja no bolo é juntar a velha posta ‘ele não foi julgado’ (ou condenado), como se isso provasse algo nesta bandalheira corrupta a que chamam país, e mencionar as ‘estratégias’ da máfia xuxa, i.e. as obras e contratos mafiosos-ruinosos que lhes encheram os offshores e as mansões parisienses, como se fossem coisas maravilhosas para o triste povo que tem de os pagar. Muito bom!

    Talvez devesse é pôr um ‘/sarc’ no final, não vá alguém pensar que fala sério e que lambe o cu a tal FDP. Sabe, há gente com fraco olho para humor e ironia, que acredita em tudo o que lê.

  23. Oh Flips… tu tambem nao foste julgado nem condenado por nada… qual e o teu posto que ocupas na monumental mafia xuxa que so os super-herois do PGR impedem de causar o terceiro peido mundial?

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