Em 2008 houve uma crise financeira internacional de grandes proporções. Nas crises, as coisas correm mal. Pessoas perdem o emprego, países ficam económica e financeiramente ameaçados, empresas vão à falência, investimentos ficam congelados ou perdidos, casas ficam por vender ou por pagar, bancos ficam com dívidas por cobrar. Até a Europa, na sequência da crise que teimou em agravar, se desagrega, de súbito transformada em campo de batalha (silencioso, para já, apenas com ocupação dos mais fracos pelo mais forte) entre credores e devedores. É uma cadeia de acontecimentos que frustra expectativas e deixa muitos na miséria.
Querer agora apontar à Caixa Geral de Depósitos a culpa por ter concedido empréstimos, bem antes da crise, a empresas que se propuseram investir em Portugal e desenvolver certas regiões, mas que, devido à balbúrdia da crise financeira, viram os seus negócios «borregar» deixando o credor em apuros é totalmente desonesto. Mais, selecionar um só administrador da Caixa como responsável pela “catástrofe” que é a necessidade atual de capitalização do banco público, gerido nos últimos cinco anos por pessoal do PSD e do CDS e auditado sob os seu auspícios, quando todos os outros bancos, cá e no estrangeiro, também a sentiram, muitos deles tendo falido, é, além de desonesto, uma perseguição. Uma panca. Ainda por cima, não dizendo J. M. Tavares nada de especialmente desabonatório de Vara na crónica (não teria conhecimento das matérias para fazer de outro modo), aliás, completamente superficial. Apeteceu-lhe, como sempre lhe apetece, caluniar seletivamente para o ar. Para isso, bastou-lhe falar em Vara, Sócrates (claro) e Caixa. Como se Faria de Oliveira, que se seguiu na administração, não tivesse concordado com a avaliação feita antes de si ao interesse de financiar Vale do Lobo e outros projetos.
Uma crónica digna do Correio da Manhã ou do i. Um cronista que não se compreende estar ainda no Público.
*O Valupi já aqui referiu esta mesma temática, mas, já que tinha o post escrito, decidi publicar.
«Como se Faria de Oliveira, que se seguiu na administração, não tivesse concordado com a avaliação feita antes de si ao interesse de financiar Vale do Lobo e outros projetos»?
Penélope, tu existes?
Qual é o teu problema Eric ?
Estás surpreendido porque a Penélope não mencionou o estranho caso de Sérgio Monteiro ?
Aquele extraordinário negócio em que a Caixa empresta dinheiro aos chineses da Fosum para eles lhe comprarem a Fidelidade Seguros (empréstimo acrescido de mais uns “bonbons” no valor de 300 ou 400 milhões – para que bolso terão ido ?), só um dos activos mais valiosos (senão o mais valioso) da Caixa ?
Aquela Fosum que está cheia de dívidas até ao pescoço, e meteu as acções da Fidelidade Seguros a rodar na roleta asiática ?
Certamente a Penélope não mencionou porque se esqueceu, mas era bom o pateta do António Costa dar ordens para atacar esta coisa da Caixa antes que seja tarde.
Leia-se, antes que SÓCRATES se veja obrigado a FAZÊ-LO.
Depois que não se queixe, e que não venha mandar certas canetas de aluguer escrever para “Sócrates se calar”!
o vara nunca foi presidente da caixa.
a caixa, entre 2003-10, deu 4.206 milhões € de lucros depois de impostos e entre 2011-15 deu 1.978 milhões € de prejuízos depois de ter vendido património como não há memória. só à fosun foram 1.000 milhões € da fidelidade, care e multicare. ganhem juízo que ainda arranjam maneira de irem todos presos.
Só para ajudar a avivar certas mentes retardadas.
O Armando Vara há-de ser tão responsável como uma senhora chamada Celeste Cardona. Lembram-se de quem ela era amiga ? … sim, daquele que agora tem 7 ofícios …
a cardona foi a ministra da justiça que salvou o paneleiro da moderna e que o vingou com prisões, perseguições e humilhações, naquela coisa pia que dava bónus a quem denunciasse um socialista ou andasse lá perto. tamém era um bom assumpto para uma comissão de inquérito ao partido do panasca chefiado pela santinha.
Ó ignatz
Havia uma amiga do submarino amarelo como administradora da Caixa.
Se me enganei no nome peço desculpa. Era outra Celeste qualquer.
Mas uma Comissão de Inquérito à Caixa é uma atitude de bombista suicida por parte dos direitolas.
É a última esperança de salvar a Operação Marquês e vai ser o princípio do enterro de muitos deles.
Bela malha, Jasmim.
Ricardo Salgado tentou explicar a crise no BES com a crise financeira internacional e tinha alguma razão, se não fosse a crise desencadeada a partir dos EUA a situação no BES ficaria oculta, pelo menos durante mais algum tempo. Mas o que sucedeu no BES foi o mesmo que assistimos noutros bancos, foi um caso de corrupção, de esquemas mafiosos, de negócios sujos.
O BPN chegou a ser apresentado no jornal Expresso como um caso de sucesso, Ricardo Salgado era um Deus na banca portuguesa e era bajulado por políticos e jornalistas, o BANIF era na Madeira o banco do regime, o BCP era apontado como um modelo de sucesso da b anca privada. Cavaco apontava a banca privada como um caso de sucesso.
A CGD era o patinho feio ao lado da gestão de excelência na banca privada, mas quando esta ruiu muitos portugueses transferiram as sua poupança para o banco do Estado, era o único porto seguro. A ideia que se tinha era a de que na CGD a gestão tinha em conta a defesa do interesse público, que os créditos eram concedidos com rigor, que os seus gestores defendiam o interesse público.
De repente percebe-se que a CGD perdeu a virgindade, que a ganância tinha atingido as suas chefias, de repente sabemos que há milhares de milhões de euros concedidos sem que tenham tido como contrapartidas garantias válidas. A CGD não foi vítima de qualquer bolha imobiliária, das desgraças de um grupo empresarial associado ao banco ou da crise financeira. A CGD parece ter sido vítima das decisões de concessão de credito por parte dos seus responsáveis a todos os níveis.
A ideia que tínhamos era a de que na CGD era tudo mais rigoroso, as taxas de juro eram menos competitivas, os créditos eram concedidos com grandes exigências. Mas de repente sabemos que os administradores, directores de crédito e gestores das suas agências era gente muito generosa, gente que dava crédito primeiro e cuidava dos interesses do banco e do Estado depois, gente muito descuidada a exigir garantias.
E digo que são gente generosa porque não quero falar em ganância, em esquemas de prémios fáceis ou mesmo de corrupção. Fala-se muito de alguns administradores e de alguns negócios, mas a verdade é que o forrobodó na CGD pode ter tido uma extensão mais generalizada
Na Quadratura do Círculo o advogado e comilão Louco Xavier disse exactamente o mesmo , a culpa é do Vara , do Vale do Lobo e, claro, do Sócrates.
Eles andem por aí, ai andem, andem.
Jasmim das 20:11, deixa-me dizer-te que verdadeiramente pouco me surpreende na articulação da Penélope. A saber, dois exemplos: quando escreveu sobre a Fernanda Câncio pura e simplesmente “esqueceu-se” de elaborar correctamente o problema (no caso, a persona pública de PM, ex-PM e ex-futuro qual de José Sócrates, que seria o ponto de partida). Conclusão: que mal é que tem um amigo pedir emprestado dinheiro a outro amigo para o mata-bicho e para o pronto-a-vestir e para as viagens desde Orly, para a gasosa do Mercedes e para as férias e para e para e para, como se o São José fosse um zé-ninguém que só a Penélope, o Valupi, [o Armando Vara] e tu (?) conhecessem na intimidade? Agora, pede boleia às bronquices que o JMT vai escrevendo sobre o José Sócrates e acaba por concluir, completamente a despropósito, que o Faria de Oliveira ou lá quem for é que são, afinal, os “culpados” dos empréstimos que a instituição CGD fez a partir de… 1876. Nada disto é o que está em causa, porque como será óbvio institucionalmente a CGD assumiu compromissos com os seus clientes e tomou decisões mediante a “análise de risco” que foi efectuada pelo A ou pelo B (inusitadamente o ex-bancário Armando Vara era vice com o pelouro da atribuição de crédito, socorro!) .
O resto é atirar areia para os olhos, é fazer um jogo sujo, e até me custa perceber que hajam tipos e tipas que à borla se prestam a esse trabalho. Aparentemente, sem pilim.
… o qual deveria ser ex-futuro qualquer coisa de José Sócrates, mal ou bem entendido.
sabes, penélope, nunca é demais nem amar nem descascar. dá-lhes! :-)
«Certamente a Penélope não mencionou porque se esqueceu, mas era bom o pateta do António Costa dar ordens para atacar esta coisa da Caixa antes que seja tarde.
Leia-se, antes que SÓCRATES se veja obrigado a FAZÊ-LO», …?!
Em tempo, Jasmim. Não será verdadeiramente surpreendente mas pior só tu.
Vão por maus caminhos ; deixem de dar tiros nos pés, matando os mensageiros e tratem da mensagem, essa sim digna de bons posts.
“Havia uma amiga do submarino amarelo como administradora da Caixa.
Se me enganei no nome peço desculpa. Era outra Celeste qualquer.”
começou como controleira do pcp na lisnave, mas como aquilo não dava para o tabaco dedicou-se a despostos radicais nas finanças, especializou-se em fuga & evasão fiscal com o mestre saldanha sanches, trabalhava para o estado e explicava aos contribuintes como pagar o menos possível. embrulhou-se com um lateiro do cds e foi a menistra da justiça para safar a paulette da moderna e vingar-se dos socialistas não terem abafado o caso, criando um caso falso, a casa pia para implodir o ps. como paga disto deram-lhe uma reforma como administradora da cgd.
“Mas uma Comissão de Inquérito à Caixa é uma atitude de bombista suicida por parte dos direitolas.
É a última esperança de salvar a Operação Marquês e vai ser o princípio do enterro de muitos deles.”
os gajos estão-se nas tintas para o país e querem vingar-se dos portugueses não lhes terem dado votos suficientes para viabilizar um governo-não-há-alternativa, portantes o inquérito é cinco-em-um:
1 – rebentar a caixa para privatizar de seguida
2 – em vez de 4 mil milhões, botamos lá 10 milhões ou seja mais austeridade
3 – insucesso da geringonça, descontentamento popular, mais intenções de voto nos pafúncios
4 – o banco estrangeiro que comprar a caixa mete lá 2 dúzias de catroguinhas à semelhança da edp.
5 – é mais um balão de oxigénio para o caso marquês.
quando chumbaram o pec4 foi a mesma fita, até a merckla ficou com os cabelos em pé e expressou bem o seu descontentamento, o que levou o trio passólas, gasparólas e marilú a níveis de subserviência nunca vistos ou imagináveis para ganhar a confiança que tinham acabado de destruir. portanto, desta canalha, que anda a vender o país ao desbarato desde o miguel vasconcelos, há que esperar tudo. a paulette com aquela brincadeira da irrevogabilidade custou ao pais 2,3 mil milhões de euros em juros e rating da dívida portuguesa, mas a justiça está interessada é nos cabritos do santos silva que têm de ser do sócras, dê por onde der.
Simplesmente VERGONHOSO !
http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/socrates/2016-06-17-Feitas-novas-buscas-no-ambito-da-Operacao-Marques
Meanwhile …
http://visao.sapo.pt/actualidade/economia/2016-06-15-ADSE-Ministerio-Publico-ainda-vai-decidir-se-leva-ex-governantes-a-tribunal
A sério, pá ?
Crescem :
– enjoo, ira e revolta pela baixeza sem freio das armas de arremesso político apanágio do actual psd .
O pacheco mais o xavier disseram tudo bem certinho na redonda quadratura :
– isolar o momento da caixa-de-pandora, para malhar, apoiados pela pasquinagem, nos suspeitos do costume :
Vara e Sócrates.
i.é. PS&PS&PS&PS e sempre PS.
A dama ferreira leite mostra vergonha pelo seu gang de maltrapilhos políticos demarcando-se da escumalha básica que lidera neste momento o seu amado psd cavaquista.
O coelhone não tem unhas para os parceiros que usam e abusam do espaço-suposto-sério em degradação acelerada.
Está na hora de convidar José Sócrates para se fender ali e agora daquele dois “cérebros” que destilam sem contraditório tamanho ódio desconexo sem provas, falando de crimes como qualquer leitor de tasca do mãnhas.
Quando terminará este escândalo/pesadelo para os visados com o alto patrocínio da justiça em caixa baixa?
Eu avisei, não avisei ? logo no 2º comentário a este post.
Ora cá está, se era isto que queriam, vão ter:
http://www.tsf.pt/opiniao/interior/a-caixa-simular-a-leste-para-atacar-a-oeste-5236810.html#.V2ckSJHilKs.facebook
Suponho que a Direita lhe quer dar o palco na Assembleia da República. Sim, porque se o atacam ele irá exigir falar na AR na tal Comissão de Inquérito, ou não tinham pensado nisso ?
E querem mesmo que ele volte à ribalta política pela porta grande para malhar na Direita todos os dias, dias e dias a fio, com exposição em prime-time televisivo ?
A minha alma está parva com semelhante haraquiri direitola !!!!
o faria de oliveira,descobriu o filão em espanha abriu agências a torto e a direito,para pouco tempo depois encerrarem por falta de freguesia! vitor gaspar,baixou as calças à empresa brasileira camargo correia e lá foi à vida boa posição da cgd na cimenteira cimpor! é tudo gente séria. a grande reversaõ da direita é mandar o 25 de abril para o caralho!