De quando em vez, vou sabendo de mais um par, de mais um casal que se conheceu na blogosfera. O rapaz tem um blogue, a rapariga tem um blogue. Acabam, com a conhecida inevitabilidade destas lindas histórias, por reparar nos blogues um do outro. Aí, arriscam comentar um post ou uma ideia que lhes surge como mais admirável. Dias depois, os mails a transbordar admiração sincera e desinteressada começam a sulcar o éter do ciberespaço, para cá e para lá. Não tarda até que se instale a ideia inabalável de que tudo no blogue amado é escrito tendo em vista um só (secreto) destinatário: eles mesmos, claro está. Quando o coup de foudre físico por fim acontece, num qualquer encontro da especialidade ou num lanche aprazado a medo, é apenas o cumprir de uma formalidade que os ditames da vida impõem: a paixão iria por certo ignorar qualquer desilusão com pormenores anatómicos e outras minudências.
Não deixa de ser engraçado ver a blogosfera como um repositório de milhares e milhares de paradas nupciais. Os voos lexicais mais arriscados substituem o peito inchado; a elegância conceptual toma o lugar das plumas coloridas; o arrojo da prosa emula a pose rampante. Assim se vão revelando e atraindo, post a post, os futuros amantes.
E parece-me mesmo bem, que se escolha quem tão bem já se conhece. Para alguma coisa de jeito haveria isto de servir. Ainda por cima, dá-me ideia que por aqui é sempre Primavera.
Que bonito, zé mário. ;)
a observação é pertinente e globalmente bonita. Só me pergunto se ir comentar aos blogues de outras(os) poderá ser considerado adultério…
Luís, meu amor, o teu nome soa a Adamastor. Não me queres dar o teu e-mail? Já agora vai dar uma vista de olhos ao meu blog. É que nunca se sabe… (lolada).
Cláudia,
Desculpa lá, mas receio sermos incompatíveis: não gosto nada de Nutella…
…assim se afirma o espírito, qual pele da carne posterior…
Um abraço
Morfeu
been there, done that.
Talvez através de um contacto virtual algumas pessoas consigam ver noutras o que a opacidade egoísta da vida do dia-a-dia não deixa.
Luís: LOL. Não sabes o que perdes!
(…)”o arrojo da prosa emula a pose rampante”??
Raios!! Com esta comigo arrasaste!!
Quando posso ir buscar o meu exemplar das Coisas da Terra?
luis, meu amor, tenho ideia que é desta que vais ver para que serve de facto um blog.
Hum… suspeito que na maioria dos casos tudo redunda numa brutal decepção.
Eu cá estou contigo Cecília… Aliás, é mais que uma suspeita, quase uma certeza…
Mas enfim, acho que estes sentimentos ficam muito bem ao Luís…
“Os voos lexicais mais arriscados substituem o peito inchado”:
– Nina, curtias parar um bocado no Chapitô?
– Tótil!
Não há nada uma decepção. O Zé Mário tem razão. A cecília e a M. têm é tido azar.
Não há nada uma decepção? Mas que porra?
O que eu queria dizer: É falso! É falso que tudo redunde numa brutal decepção! Entretanto devo ter feito tilt.
Falso, Monty? Coméquesabes? Não me digas que o teu encontro tão aguardado, com o João Garcês, preencheu as tuas expectativas :D
Não, isso não. Um flop completo. Mas é a excepção à regra.
(assobiando e olhando para o HTML…)
to a extudar exa matéria no 5º ano
!!
ta bue fixe cntnua axim!!