Será possível conjugar numa obra de arte os fantasmas de Gary Kasparov, do Deep Blue e de Descartes? Tudo acompanhado por uma dramática evocação das possibilidades da engenharia genética?
Move 36, do brasileiro Eduardo Kac, é tudo isso. Uma instalação complexa que inclui projecções e uma planta geneticamente alterada de acordo com uma transposição para código ASCII da famosa sentença cartesiana: Cogito ergo sum. A planta assenta raízes precisamente no quadrado onde se deu a famosa jogada que levou Kasparov a irritar-se com as capacidades inesperadamente inventivas do seu adversário cibernético.
Será isto uma corajosa exploração das fronteiras entre o inanimado e o inteligente, entre o artificial e o natural, entre a Arte e a Ciência? Ou apenas uma obra um pouco cerebral demais?
Podem ler aqui um completo texto do artista e uma crítica à peça, que esteve exposta há muito pouco tempo, em Paris.
O Dr. Silva ganhou-me um jogo do supracitado, dias atrás. Sem espinhas.
Esta obra é totalmente lúdica; e a sua justificação, pantomineira. O que não tem mal, como sabemos.
Pois. Bem me queria parecer, pela elaborada modéstia com que ele sempre descreve a sua actividade escaquística, que o homem era mesmo craque.
Boa Pácoa.
Dr. José Mário Silva? Não estou a ver quem é. Só conheço o Zé Mário.
;)
Estava a referir-me ao eminente biólogo do mesmo nome, que tem andado na clandestinidade ultimamente..
Gostei do resultado: CAATCATTCACTCAGCCCCACATTCACCCCAGCACTCATTCCATCCCCCATC