A promessa ominosa já tinha ficado, logo no congresso que o apeou: “eu vou andar por aí”. Agora, a profecia cumpre-se, embora ainda de forma mitigada e pouco incomodativa.
Por enquanto, este regresso de Santana Lopes restringiu-se a meia página do “Expresso”. Num artigo de opinião desvairada, ele entreteve-se a proclamar ao mundo a irremediável distância a que dele se exilou. O homem ainda não percebeu mesmo nada. Não reparou no resultado das eleições legislativas. Não deu pelo seu ex-parceiro de coligação a admitir que a maioria de direita estava condenada desde a fuga de Durão: “Hoje podemos dizê-lo: eu creio que o contrato de confiança entre o povo e a maioria caducou nesse dia”. Não acordou para o facto de ninguém querer saber dele para nada.
Esta versão lusa dos fantasmas do “Sexto Sentido” emigrou mesmo para um universo alternativo. Ele vive num país que chora a prosperidade perdida com o fim do seu governo, numa nação indignada com a prepotência de Sampaio, num sítio estranho que ainda lhe liga. Não que este divórcio seja coisa nova; logo quando primeiro se viu na iminência de perder o tacho para que se julgava predestinado, ele lançou o lamento: “porquê agora, quando há sinais de retoma económica e de avanços nas reformas estruturais?” E até Cavaco Silva pode começar a tremer: Santana ainda não sabe se o vai apoiar ou não!
Fico sem perceber se a figura deste has-been é cómica ou apenas triste e patética.
Triste e patética, para mim.
Faz-me dó…
Santana Lopes é um caso perdido do “Chicoespertismo tuga”
Já não vai lá!
Aposto que o “Bigornas” vos deu a “honra” de ser o primeiro comentador do blogue!
Luís,
até me assustei a abrir o “aspirina”!
Cruzes credo! May I say cruzes? :)
eu acho que e’ co’mica e triste e pateta.
tenho muitas saudades daqueles 5 ou 6 meses em que havia sempre entrete’m nos jornais e na tv.