Na SIC-Notícias, a inenarrável editora de política da estação e o seráfico Nuno Rogeiro analisam o debate. Resumo da coisa: elogios e mais elogios à «inteligência» de Cavaco, por se ter recusado a responder aos reptos e argumentos de Louçã. Referências às gaffes e inconsistências do candidato da direita: nenhuma.
Ou eu estou louco, ou eles estão cegos e surdos, ou simplesmente não assistimos ao mesmo debate.
Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão.
Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
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É essa última parte: “não assistimos ao mesmo debate”. Pelo menos, eu e tu, não ao mesmo.
Fazendo um paralelismo com as eleições americanas creio que Cavaco comete a proeza de juntar a destreza intelectual de Bush com a descontracção de Kerry! Um achado que, numa democracia madura, estaria perdido…
Quanto a esse tal de Nuno Rogeiro: estamos a falar daquele cosmo-paranóico que, (entre outros episódios inenarráveis) no momento em que o mundo assistia incrédulo à desintegração do Shuttle Columbia, alertava para a possibilidade de “se tratar de um ataque terrorista pelo facto de ir um israelita a bordo”. É o mesmo não é!?
E diz lá, Rogério, esteve bem o Cavaco? Ou levou mesmo um tremendo bailinho, como a mim também me parece?
:-)
Estou como o Rogério: pelo menos não viu o debate que eu vi!
Do que eu vi, resultou um zero do candidato que se propõe a limitar a entrada de estrangeiros pelo bom senso. O meu? O dele? Cada um por si?
Enfim…
Um tremendo bailinho? Olha, Luisinho, o problema deve ser meu. Cá às berças chegou um debate diferente. Depois mostra-me o real.
“Resumo da coisa: elogios e mais elogios à «inteligência» de Cavaco, por se ter recusado a responder aos reptos e argumentos de Louçã.”
Não me espantava que te chamassem louco por causa disso, mas acho que não te devias importar, um elogio é sempre bem vindo!
Não ZM, eles viram o mesmo. Repara que como dizes apontam a «inteligência» de Cavaco, por se ter recusado a responder aos reptos e argumentos de Louçã. Ou seja, concordam que ele não respondeu. Arranjam é a interpretação de que foi por inteligência, aquilo foi manha, entendem? Ele até podia arrumar o adversário, mas por esperteza preferiu não responder. É essa a interessante mensagem.
Já percebeste, Rogériozinho? Se nem os apoiantes arranjam melhor elogio para o homem do que ter fugido!