A direita portuguesa vai perder as eleições de 2019, segundo as últimas sondagens continuam a dizer. O desespero e a raiva assomam já nos seus colunistas e porta-vozes. Tudo é de esperar dessa cambada raivosa, desde apelos indirectos aos incendiários até elogios à utilização da organização judicial para fins políticos.
Uma equipa sinistra, já muito experimentada, vai estar no terreno, mas não é para apagar incêndios. O seu objectivo é supostamente combater a corrupção, para suposta defesa da democracia. Na verdade, muito insatisfeita com uma democracia que dá vitórias à esquerda, pretende virar contra ela uma justiça politicamente enviesada, ou seja, corrupta. Depois de Sócrates, o seu alvo será agora António Costa, como é óbvio.
A equipa alinha assim (é só a ponta do iceberg):
Fernando Negrão – Foi director-geral da PJ entre 1995 e 1999, durante o governo de Guterres. Foi demitido pelo ministro socialista da Justiça, Vera Jardim, e acusado pela PGR de Cunha Rodrigues de violação do segredo de justiça no caso da Moderna (ainda se levava a sério o segredo de justiça). O STJ arquivou a coisa em 2001, por alegada falta de provas. Deputado do PSD desde 2002 até hoje. Breve ministro de Santana Lopes (2004-2005). Foi derrotado nas eleições para a câmara de Setúbal em 2005. Foi derrotado por António Costa nas eleições para a câmara de Lisboa em 2007. Brevíssimo ministro da Justiça do governo fantasma de Passos Coelho (Outubro-Novembro de 2015). Actual líder da bancada parlamentar do PSD (com apenas 35 votos dos 88 deputados), depois de ter perdido a eleição para presidente da Assembleia da República. É um frustradão calejado em derrotas, mas que, em compensação, adora puxar cordelinhos nos bastidores.
Jorge Rosário Teixeira – A sua carreira foi lançada por Fernando Negrão (ver acima), que o meteu na PJ para chefiar a Direção Central de Investigação e Combate à Criminalidade Económica e Financeira. Saiu da PJ em 1999, não se sabe porquê, quando Negrão foi demitido. Em 2004 caiu de para-quedas no DCIAP, na PGR. É o procurador que tem os processos mais importantes do DCIAP desde que para lá entrou. É o mago da Operação Marquês, de que a direita esperava o desaparecimento do PS da cena política e a recondução do governo de Passos Coelho. Propôs em 2014 ao juiz Carlos Alexandre a prisão de Sócrates para depois o investigar, como a PIDE fazia noutros tempos.
Carlos Alexandre – Juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal desde 2004 e, durante muitos anos, o único. Trabalha desde 2004 com o procurador Rosário Teixeira, a quem faz todas as vontades, nomeadamente no processo Sócrates. Embora o juiz de instrução seja incumbido de fiscalizar o procurador nos processos que este conduz, Carlos Alexandre tem basicamente estado às ordens de Rosário Teixeira. É muito pio e participa nas procissões da sua terrinha. Já uma vez disse que a sua vocação era ter sido padre. Noutros tempos teria dado um eficaz juiz do tribunal da Santa Inquisição.
Joana Marques Vidal – Procuradora-geral proposta por Passos e nomeada por Cavaco em 2012, nem é preciso dizer mais nada. Filha de um antigo director-geral da PJ que se gabava de odiar a “classe política” (da democracia). Irmã de um célebre João, ex-chefe do DIAP de Aveiro, que pôs a circular o boato de que Sócrates tinha um fantástico plano para “controlar” os meios de comunicação social. É a responsável máxima de tudo o que a PGR fez e não fez desde 2012. P’ra inglês ver, mandou já duas vezes (2015 e 2018) investigar fugas de informação e violações do segredo de justiça no processo de Sócrates, mas nunca se apurou porra nenhuma. Em Julho de 2018 vai, felizmente, ser despejada da PGR, deixando muitas saudades à direita. O clã Marques Vidal vai, porém, continuar operacional através do mano João, que já é procurador-geral adjunto.
António Ventinhas – É presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, reeleito em Janeiro em lista única. Foi alvo de um inquérito mandado instaurar pelo Conselho Superior do Ministério Público (por 8 votos contra 5) por ter declarado a culpabilidade de Sócrates em 2016, antes mesmo de haver acusados no processo. Defendeu-se com o especioso argumento de que é sindicalista e ficou tudo em águas de bacalhau. Tem acusado o governo de António Costa e a ministra da Justiça de quererem “controlar” o MP para que este não possa investigar a corrupção. Afirmou recentemente estar contra o controlo hierárquico do MP pela PGR, porque lhe cheira que o próximo procurador-geral não será de direita. Elogiou a Operação Marquês e a actuação de Rosário Teixeira e Joana Vidal nesse processo. É o palhacinho deste quinteto, com ventinhas a condizer.
Em todos os regimes, os verdadeiros donos disto tudo contaram sempre com o zelo dos funcionários públicos e a humildade e beatice dos servidores da pátria.
São o nosso “Bando dos Cinco” . Só que António Costa não tem coragem de lhes dar o mesmo caminho que que o bando homónimo chinês…..
Verdadeiro serviço público o teu, amigo Júlio, para memória futura.
” Saiu da PJ em 1999, não se sabe porquê, quando Negrão foi demitido.”
sabe… sabe, foi por tentar safar o portas.
“Em 2004 caiu de para-quedas no DCIAP, na PGR. É o procurador que tem os processos mais importantes do DCIAP desde que para lá entrou.”
sabe… sabe, foi lá metido pela cardona para safar o portas.
* “Jorge Rosário viria a acrescentar o apelido Teixeira ao seu nome depois de casado. É esse o apelido da esposa, uma médica de quem tem um filho.”
https://www.publico.pt/2017/03/19/sociedade/noticia/rosario-teixeira-pode-uma-virtude-ser-o-seu-grande-defeito-1765684
Desculpem-me, talvez não venha nada a propósito, mas apetece-me transcrever o que escrevi no meu blogue no dia 25 de Abril: “Não basta gritarmos: “25 de Abril, sempre”, só no dia 25 de Abril, é imperioso que todos os dias sejam, para nós o, “25 de Abril, sempre”. Sim, vencemos o fascismo, mas não eliminámos o fascismo. O fascismo é como a peste, se lhe virarmos as costas, ele retorna. Atentemos nos sinais inquietantes que nos chegam desse mundo a que pertencemos, de que não estamos imunes, e cuidemo-nos, ou o futuro poderá não ser nada risonho”.
Será interessante acrescentar o resto da equipa do bando sinistro designadamente,
a sua componente na comunicação social, onde pontificam grandes profissionais da
comunicação travestidos com carteira profissional de jornalista mas, na realidade
não o são! Uns são moços de recados dos operacionais acima indicados, publicando
as tretas que lhes dadas para criar o tal ambiente de condenação dos visados nos
processos encomendados não para combate da corrupção antes, para atacar o PS
não se importando de mentir tantas vezes quanto as necessárias para passar por
verdade! Agora são as PPP e a gestão danosa, coisas “descobertas” pelo presidente
do sindicato dos medíocres que existem no M.Público … como muito bem o ex PGR
Pinto Monteiro afirmou sem papas na língua!!!
Como o Costa já deu a volta a todos, desde o Seguro até ao Sócrates e ao Passos, e nem Marcelo escapa,, e o BE e PCP já estão no papo há muito tempo, as eleições contra o Rio, vão ser um passeio turístico.
Falta pelo menos um cabeçudo. O dos juízes. Nomeadamente o presidente da ASJP. E aí está a selecção dos justiceiros portugueses que em conluio com os sabujos dos media impõe que hoje em Portugal ‘condenação’ na imprensa é condenação quase certa em tribunal. Independentemente da prova produzida, alguns acusados, são ‘culpados’ desde os primeiros artigos nos jornais – sem defesa ou direito a contraditório – até à primeira audiência em julgamento e muitas vezes até à sentença. Onde Juízes com anos e anos de avaliações negativas continuam a julgar.
A justiça é enviesada, mas a Manela bem avisou o povo que era enviesada, mas mesmo assim calaram-na.
Agora pode abrir a “bocarra” à vontade que toda a gente fica de bocarra aberta…e diz que ela tinha razão.
Ela e Seguro devem ser gente muito feliz
mesmo assim não é um bando tão sinistro como o formado por armando vara , antónio josé morais ( que criou crendo ser sua uma filha do vara , coitado, o vara nem os colegas de quadrilha respeita) e o zézito.
Assim está tudo claro.
Currículos exemplares para movimentos de atribuição a postos chave da justicialite aguda de direita com que intoxicam o país e fazem gato-sapato das Leis e Constituição de Portugal
Igualmente muito obrigada pelo exemplar Serviço Público.
Outra pista deve ser levada em consideração, na Justiça estão muitos elementos
que pertencem ao clube da “moamba” originários de Angola, tudo gente que nunca
perdoou ao PS o ter liderado a independência das colónias, onde as suas famílias
podem ter perdido um estatuto superior para lá dos bens materiais que, não conse-
guiram transportar quando do forçado retorno!
Por outro lado, haverá o clube do “caril” retornados de Moçambique que, se infiltra-
ram nos meios de comunicação social e decerto para lá de ser a forma de ganhar a
vida dão vazão a sua própria agenda!
Por isso, todo este afã de combater a “corrupção” é a capa perfeita para servir a frio
a sua vingança, não uma busca de Justiça antes, procuram diluir os traumas que
possam ter sofrido, pois alguns deles eram muito jovens quando do regresso força-
do e as suas cabeças foram formatadas pelos progenitores que perderam os privi-
légios de pertenceram à classe superior e terem criados para os servir!
Não se compreende a posição de António Costa com o repetir “à Justiça o que é da
Justiça”, o PS que se cuide, a campanha está em força e as últimas posições tomadas
foram um dar, desnecessário, do flanco e vão ter as “hienas” à perna!!!
Estranho, eu tinha a impressao que uma percentagem relevante de membros do governo do 44 ja foi constituida arguida, e/ou condenada em justica (com provas evidentemente), ao passo que as pessoas listadas neste post sao funcionarios publicos de renome e nao sao arguidas em nenhum processo.
Qual e mesmo a vossa definicao de “bando sinistro”?
Este Madeira não compreende que António Costa também pertence ao clube do caril.
Este Madeira saiu-me cá um insinuador!
Até o Pacheco Pereira se atira contra o PS porque não viu quem era Sócrates.
Basico, os teus “funcionarios publicos de renome” (tens cada chalaça) nunca serão arguidos de nenhum processo enquanto dominarem a justiça portuguesa, como é óbvio. Nem eles nem os amigos deles. Dois dos sinistros, o Rosário e o Alexandre, já foram listados, em rankings diferentes, entre os 20-30 indivíduos mais poderosos de Portugal, mas o enorme poder deles advém-lhes do bastidores mafiosos da política direitista, não da democracia nem do mérito. Se não percebes o que é um bando sinistro, volta à escola.
O d. rosário peixeira e o d. carloto alexandre são tão ou mais poderosos e sinistros como outrora foram o Rosa Casaco e o outro assassino comparsa.
Mas um dia podem acabar pior do que eles.