“Eu, como primeiro-ministro de um governo, estive cinco meses em gestão.” Foi com esta baboseira que Cavaco respondeu na Madeira a uma pergunta sobre se não era urgente a nomeação de um novo primeiro-ministro.
Aquilo a que se referia passou-se em 1987, quando o seu governo minoritário foi derrubado por uma moção de censura do PRD apoiada pelo PS e pelo PCP (3 de Abril). Seguiram-se negociações entre o PS de Constâncio e o PRD chefiado por Eanes, que juntamente tinham mais deputados do que a direita. O presidente Mário Soares – cometendo, aliás, a maior asneira da sua carreira política – não aceitou essa alternativa de governo que lhe foi apresentada e, no pleno uso dos seus direitos, decidiu dissolver a AR. Foram convocadas novas eleições, que decorreram a 19 de Julho. A 17 de Agosto tomou posse o novo governo, também liderado por Cavaco, mas já com maioria absoluta. A 28 de Agosto o programa de governo passou na AR. Não houve qualquer arrastar da situação pelo presidente, mas apenas os passos normais que se dão num regime de democracia parlamentar, quando um governo é demitido a meio do mandato. De resto, a decisão de Soares foi mais tarde considerada por Cavaco como uma “benesse”. Enorme hipocrisia a sua vir agora queixar-se de 1987!
Que analogia existe entre a crise de 1987 e a de 2015? Nenhuma. O PR não tem agora poder para dissolver a AR, enquanto em 1987 tinha-o inteiramente – e exerceu-o. Estamos agora no período de formação de um governo após eleições legislativas, enquanto em 1987 o governo minoritário saído das eleições de 1985 já governava há dois anos. Houve agora a rejeição de um programa de governo, enquanto em 1987 se tratou de uma moção de censura a um governo em exercício. Já nem menciono o facto de ser agora urgente aprovar o Orçamento, que Bruxelas exige todos os dias. Só uma mente chicaneira se lembraria de sustentar qualquer analogia com 1987 para tentar justificar o injustificável: um mês e meio passado sobre as eleições, ainda não há sombra de novo governo. Em 1987, um mês e dez dias depois das eleições, já havia governo e o seu programa já tinha sido apreciado na AR.
Cavaco está, de facto, a gozar com o pagode, como já disse o director da TSF. Ora um presidente que decide gozar com o pagode arrisca-se a levar com ovos podres. Como recusa fazer o que a Constituição lhe impõe, só lhe resta uma saída constitucional: renunciar ao cargo. Por isso, sr. Cavaco, preste um serviço ao país e demita-se quanto antes!
Que se poderá esperar de alguém que só tem um neurónio a funcionare que neste momento está ocupado a pensar, como deixar este demitido governo em gestão?
José Sócrates demitiu-se , não foi derrubado.É feio mentir….
Veja lá se o Prof. Cavaco Silva não lhe faz a vontade, podendo assim recandidatar-se a novo mandato e ainda acaba eleito outra vez.
Portanto o Presidente Soares fez o mesmo que o Presidente Casaco… Ambos para defenderem seus respetivos partidos… pois… é bom que se saiba.
o cavaco ladra e a caravana do governo não passa. essa é que é essa. :-)
O PC anda com o ar responsável de quem manda no país.
As cachopas do BE andam cada vez mais esganiçadas e histéricas, mas a dar bailinho ao BOSTA
O PS anda com o ar dos irresponsáveis dos que não sabem o que andam a fazer.
Centeno é um fanático.
Costa um ilusionista.
Ferro um louco.
Estamos entregues à geringonça a que Cavaco dará posse se não vomitar o bolo rei e a fava para cima deles todos na cerimónia.
ó palerma Heredia poderia explicar-te differenças fundamentais entre uma situação e outra mas como não tenho paciência para o primarismo dos teus argumentos deixo-te aqui um excerto do insuspeito editorialista direitoide Paulo Baldaia:
«Mas qual é a pressa? O Presidente não tem nenhuma. Argumenta que esteve cinco meses em gestão nos idos de 1987, há quase 30 anos, numa altura em que não havia euro, nem semestre europeu, nem Bruxelas a pedir-nos um draft do orçamento.
O país é ele e se ele pôde esperar, o país também pode. Argumenta igualmente com 2009, que afinal é 2004 e 2011, esquecendo que os governos em gestão dessa altura estavam longe de ter que apresentar um orçamento e, portanto, também não tinham essa pressão. Coisa que agora também podia não existir, se o mesmo presidente tivesse antecipado as eleições, dando tempo a si próprio para estudar melhor todos os cenários que já estavam estudados.
Um Presidente que nos informa que está “a recolher o máximo de informação junto daqueles que conhecem a realidade social, económica e financeira portuguesa para dar indicações ao poder político quanto às linhas…” e que acrescenta que sabe muito bem o que aconteceu quando esse tal poder político não cumpriu essas “orientações adequadas”. É o mesmo Chefe de Estado que ouve confederações patronais e depois associações disto e daquilo, associações que fazem parte das confederações que já tinha ouvido, achando que são elas que têm de dizer aos representantes do povo que caminho devem seguir.
Estará convencido da inevitabilidade do seu raciocínio e convencido igualmente que todos os candidatos à Presidência da República estão errados quando lhe dizem que é preciso rapidez na decisão e que até Marcelo Rebelo de Sousa, da sua área política, diz o mesmo e lhe sugere que dê posse a um governo que possa governar.
Está tão bem instalado no Palácio de Belém que, tendo entrado já no período em que pode anunciar a data das eleições presidenciais, não o faz. Deixa para Marques Mendes, comentador e conselheiro de Estado. É no dia 24 de janeiro. Pode confirmar senhor Presidente ou o pagode não precisa de ter pressa nenhuma?»
Que isto sirva de aviso aos Portugueses nas próximas presidenciais…
Concordo com o Rui Silva, o Marcelo é um Cavaco II, nunca me esqueço que após a gigantesca manifestação contra a TSU ele perdeu…. 30 segundos com o tema na televisão! E o apreciador de bananas da Madeira tão seguidista da dupla “coelho/irrevogável” cheira-me a trela apertada feita de couro do Banco dos Negócios Maravilha…. ou fazes o que mandamos ou sai algo comprometedor para a rua…
Não fossem os tomates do Algarvio Cavaco, que mais parece um transmontano de trás dos montes, e esta calminha de brandos costumes tinha-se transformado há muito numa baderna da porra que foi o prec.
Ainda não houve gáz lacrimogénio como em Atenas, que nós não nos podemos dar a esse luxo.
A merda lá virá, mas devagarinho, até às próximas eleições para termos que repôr tudo em ordem daqui a um ano.
Tudo com a nossa calminha lusa.
Grande Cavaco, ninguém esperava tanto dele.
Costa e o futuro são imprevisíveis.
Tudo o que se passa foi absolutamente imprevisível até ao dia das eleições.
E com Costa vai continuar tudo imprevisível.
o futura aos “acordos” secretos do Costa pertencem.
só não é imprevisível a mentira dos pafúncios. cada vez que abrem a boca, mentem garantidamente.
anónimo,cavaco é um ser simplesmente desprezível.ainda recordo a inventona das escutas! e aquela do não ganhar para comer.(sitei de memoria,mas o sentido é este).o ódio à esquerda mesmo que democratica,roça o absurdo!
septuagenário.antonio costa,vai governar o país,durante os próximos 20 anos.à direita não há alternativa,a um homem inteligente e de afectos.
fifi, Costa 20 anos? à direita não há alternativa? fifi, há 40 anos marchas esquerdo, direito, um dois, peito para dentro, barriga para fora, direita volver, esquerda volver..
Com Costa? Concordias? é melhor olho no burro, olho no cigano!
Conselho de amigo, que não nos conhecemos de lado nenhum!
O conselheiro de economia da Catarina tem ciúmes do Centeno..
O Costa tem que chamar à atenção aquele pessoal que estas não são as prioridades daquela banda.
Mas não sem antes chamar a Belém a APCC (Associação Portuguesa de Criadores de Caracol) e a APPO (Associação Portuguesa de Produtores de Orégãos).
Neste momento só Cavaco não está crispado.
A Cambada de crispadinhos da esquerda, da direita, da extrema dum lado e do outro, têm que bater a bola baixinho.
Cavaco ainda vai ser reconhecido como um dos homens mais criteriosos do momento.
E vai ser o próprio Costa a reconhecer esse facto.