Na pré-campanha eleitoral que já aí se perfila, a direita está deliciada com a colaboração inestimável que BE e PCP estão dispostos a prestar-lhe. Estes dois partidos têm revelado todos os dias que só estão interessados em agitar o espantalho da maioria absoluta do PS, algo que uma dementada Catrina ainda ontem descreveu como a a incerteza absoluta do povo (sic) e um perigo para a vida dos trabalhadores (re-sic).
Votar contra a maioria absoluta do PS – na prática, votar contra o PS – será o slogan comum dessa fantástica frente eleitoral formada pelo BE, PCP, PSD, Chega, IL e CDS. Depois de juntos terem chumbado o orçamento de 2022 e precipitado a anunciada dissolução do parlamento, aqui os temos de novo de braço dado na campanha eleitoral, sob uma única e mesma bandeira: impedir o absolutismo ou “tirania” socialista, como há dias escreveu um destrambelhado qualquer no Público.
A direita sabe muitíssimo bem que só pode voltar ao poder em 2022 com um PS fraco e uma esquerda dividida. Ora é precisamente no enfraquecimento do PS e na divisão da esquerda que o PCP e o BE estão a apostar todo o seu argumentário. É esse o programa da nova geringonça, que vai do Bloco ao Chega, passando pelo PCP e o PSD. Pode só durar até às próximas eleições, mas espero que semelhante farsa fique para sempre gravada na memória da gente de esquerda de Portugal. Votar no Bloco ou no PCP é investir no regresso da direita ao poder. São hoje os mesmos que há dez anos, quando, movidos pelo ódio a Sócrates e ao PS, estenderam a passadeira vermelha com fanfarra ao governo do Passos Coelho e às políticas de assalto que foram “mais longe do que a troika”. A traição virou ponto programático fixo para PCP e BE.
Sem qualquer margem para dúvidas.
Finalmente! Eu já tinha chamado à atenção, aqui, para o comportamento do PCP e do BE, para a campanha suja, odienta, que estavam a fazer contra o PS, no fundo, também contra a estabilidade do país. E, infelizmente, apoiados por alguns sectores.
Conto os dias até 30 de Janeiro, para lhes esfregar o argumentário no focinho.
Li há pouco uma entrevista que João Ferreira /PCP, deu ao Poligrafo ( !) e a minha opinião é que é mais do mesmo ! Tudo o que foi bem feito durante a geringonça foi por obra e graça do PCP,.,,
Nem a roupagem de uma linguagem mais jovem disfarça o cheiro a naftalina. Mais, nunca a direita é atacada, mas o que é preciso malhar do principio ao fim nos malandros do PS.
Noto que na entrevista , o putativo secretário geral do PCP nunca refere a “politica alternativa patriótica e de esquerda” , tão cara aos seus representantes. Mudança de chavão ????
E o que é que ocorreu de mais surpreendente ontem à noite no Estádio da Luz? No sentido mais prejudicial para o país? A Sérvia ter-nos enviado para os playoffs de apuramento do Mundial do Catar com toda a justiça ou milhares e milhares de portugueses a conviver alegremente uns com os outros e a esmagadora maioria sem máscara? Como se vê claramente na televisão e o PR não conseguiu ver mais uma vez in loco?! Quando já estamos todos a par do grande recrudescimento da pandemia na UE. Para não falar dos nossos números atuais. Responsabilidade coletiva do Estado ou irresponsabilidade individual?
Se é como relata F. Soares, e não há motivo para duvidar, João Ferreira, “o putativo secretário-geral do PCP”, é uma triste desilusão. Quer dizer, o PCP voltou a vestir a fatiota de bolchevique, se é que alguma vez a despiu, para uma vez mais perseguir e desacreditar os odiados mancheviques.
Votei nele nas presidenciais, mas a seita nunca mais me apanha um voto, qualquer que seja a eleição.
Não atirem tão depressa os bolcheviques às malvas ! Se forem ler a História verão quantas vezes os bolcheviques se uniram aos mencheviques para derrotarem os czaristas ! E ficaram juntos quase até à Revolução de Outubro !
Para derrotar a direita temos de estar em maioria ! Subtilezas teóricas não são para os bestuntos deste pessoal ressabiado ,e logo numa altura destas !
Um pouco mais de asa, s’il vous plait !
Quando o cavalheiro das 19.21 se refere, ofensivamente, sem o terem ofendido, aos “bestuntos deste pessoal ressabiado”, está a referir-se a quem? Aos bolcheviques ou aos mencheviques? Olhe que os primeiros parece não estarem a fazer nada para derrotar a direita, pelo contrário. só os leio e ouço a malhar na esquerda (naquela que eles, como bem sabemos, não suportam). Com toda a correcção, se faz favor.
Bolcheviques e mencheviques, onde isto já chegou! Duas cambadas de criminosos elevados à categoria de modelo político…
Para o PCP e o BE nada melhor que um governo de direita. Quanto mais radical e cego pelo dogma neoliberal melhor. Isso legítima o discurso das manifestações de rua, das greves da função pública, a paralisação dos hospitais e escolas públicas com a consequente degradação dos serviços públicos. Assim podem retomar o discurso contra a alegada destruição os serviços públicos para a qual o PCP e o BE contribuíram objectivamente de duas formas – com as greves e ao aliarem-se a direita rejeitando uma alternativa mais equilibrada.
Quando a escola pública e o SNS forem reduzidos a condição de serviço mínimo para os mais desprotegidos, estes partidos vão derramar lágrimas de crocodilo pela destruição destas conquistas de Abril. Que a generalidade da população fique ainda mais vulnerável às incertezas do COVID e do cenário económico pouco interessa.
Agora, o que é importante é lançar a confusão com uma narrativa inventada para encobrir a falta de frontalidade desta pseudo-esquerda do “quanto pior melhor”. Onde pulula o sectarismo e os interesses de clique não há patriotismo nem uma réstia de solidariedade. Uma chocante demonstração de oportunismo e miséria moral é o que o PCP e o BE estão a dar ao país..
Caro Manojas : náo simule não compreender o que está escrito por mim. Quando falo em bestuntos falo no plural ! E o plural sente-se ofendido de qualquer modo ,como o sr. Msnojas, já revela.
Com mencheviques e bolcheviques destes, tão sensíveis e de nervos à flor da pele , o Czar Nicolau ainda hoje passava feitas ns Criméia, com todo o seu Estado Maior, masculino e feminino!
Eu com tanto cuidado e ,por um TRIZ ,ia falar do armário…