Vinte Linhas 694

México 1970 – mas Garrincha não estava lá

As recentes manifestações populares contra o anunciado encerramento da Linha do Oeste ao trânsito de passageiros (ficando apenas com as mercadorias) motivaram dois artigos de opinião no jornal «Gazeta das Caldas» – edição de 25-11-2011.

Como antigo utente habitual da Linha do Oeste desde os seis aos vinte e dois anos e sempre no percurso Caldas – Lisboa, fiquei interessado. Os dois textos são assinados por Dina Paulo e Paulo Vaz. A primeira recorda os comboios de Lisboa, já os inter-cidades, pejados de «estudantes, magalas e gente crescida que por lá trabalhava». O segundo refere em memória «os mágicos Pelé e Garrincha no Mundial do México de 1970».

Ora os jogadores brasileiros na final do Mundial de 1970 foram os seguintes: Félix, Carlos Alberto, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo e Gérson; Jairzinho, Tostão, Pelé e Rivelino. Os quatro golos contra a Itália foram marcados por Pelé, Gérson, Jairzinho e Carlos Alberto. Fizeram parte da convocatória os seguintes jogadores suplentes: Ado, Baldochi, Dario, Edú, Fontana, Joel, Leão, Lima, Marco António, Roberto e Zé Maria. Garrincha não estava lá porque deixou de jogar em 1966 no Mundial de triste memória para o Brasil. Depois de vencer a Bulgária mas ter perdido Pelé por lesão (uma entrada violenta de Voutzov), o Brasil perdeu com a Hungria e, no jogo contra Portugal, o treinador colocou a jogar oito novos elementos que nunca tinham jogado juntos. Mas o pior foi ter apostado num Pelé ainda não recuperado da lesão do jogo com a Bulgária. O «tudo ou nada» não resultou nem podia resultar. Alguns palermas ainda hoje escrevem que Morais lesionou Pelé em 19-71966 quando Pelé já estava lesionado desde 12-7-1966. Mas isso é outra história.

9 thoughts on “Vinte Linhas 694”

  1. «Pá» não! Se te autorizasse a falar comigo o meu primeiro nome seria sempre «senhor». Vai morrer longe, maluco!

  2. É sempre curioso ver alguns artigos meterem água que uma simples consulta aos arquivos evitaria.
    A calaceirice é amiga desta profissão de jornalistas de (a)prove(i)ta.

  3. Peço desculpa todos os leitores – a data na penúltima linha é bem 19-7-1966 e não como por lapso escrevi.

  4. obrigado pelo recordo do Brazil campeão em Mexico 70.
    Foi para mim o primeiro recordo vivido do futebol a preto y branco. Ficaram toda a minha vida as imagens , apanhadas de criança, desa final e de tudo o mundial. Assim namorei-me do futebol, e tive sempre na minha retina, o Jairzinho, o Rivelino, o Tostão, o Gersom … e o grande Pelé.

    Sempre dis que numca vira uma equipa coma aquela na minha vida. Tal vez sea esagero da mitificação da infancia, mas e o que a mim me tocou viver, e cada um tem os seus mitos. Hoje o vê-lo acho que são muito grandes ainda que o melhor não tamto como ficou no imaginario daquela criança que sonhou com muito tempo com o futebol.
    Grazas a internet temos hoje a mau o que há uns anos às gentes de comùm nã tinhamos. Fazendo uma pequena pesquisa estamos lá na altura daqueles mitos.
    Ahí fica, ja não á branco y preto um pequeno recordo.

    À verdadeira final brazil chogou-na com Uruguai amtes da final real. À rivalidade era máxima.

    http://www.youtube.com/watch?v=am_EhbIYMHc&feature=fvsr
    mexico 70 BRAZIL
    http://www.youtube.com/watch?v=GCuE37ZGLRw&feature=related

    brazil uruguay mexico 70

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