«A Batalha das Lágrimas» de Joana Ruas
Trata-se de um romance de 749 páginas que conta as histórias da História e cujo pano de fundo é a vida em Timor entre 1870 e 1910, um período que apanha em pleno o Ultimato britânico. Nesse tempo o governador de Timor repetia muitas vezes: «Estou aqui para governar e governar é submeter!».
Um viajante recém-chegado define assim o território: «Timor não tem uma biblioteca, nem um grémio, nem um teatro, nem um bilhar, nem uma orquestra, nem um meio qualquer de distracção do espírito». Resta fazer política: «Fazer política aqui reduz-se a discutir se se é pelo governador ou contar o governador». A diversidade religiosa é complicada: «Há quatro religiões aqui: a animista, a católica, a islâmica e a budista. E há a considerar a pressão do calvinismo a partir do Timor Ocidental».
A autora explica o que entende por povo de Timor: «Esta sociedade incaracterística, sem tradições definidas, invadida e perturbada pela massa de estrangeiros que a explora e abandona, continha muitas raças sem que houvesse um povo».
Poderia chamar-se este livro «O governador e a rainha» mas não. Primeiro esqueceria o papel de João Maurício, o brasileiro que liga habilmente os diversos fios da narrativa. Depois não poderia esquecer que «A batalha das lágrimas» é o nome que ficou para sempre nos relatórios escritos dos militares portugueses e na memória dos habitantes de Timor. Este livro é mais do que um livro; é um acontecimento…
(Editora: Calendário das Letras, Capa: Miguel Madeira)
Ano de edição?
Edição de 2008 – livro apresentado pelo escritor Mário de Carvalho.
Não entendo. Porque passaste do 103 para o 105?
Já vi. Tu metes a carroça à frente dos bois.
Nem carroça nem bois. As carroças são puxadas por machos ou mulas – animais híbridos que não podem ter filhos. Os bois puxam carros. É outra coisa. Mas aqui não percebo porque perguntas. Então não viste que saiu primeiro o 104??? E sabes porquê??? Porque não tenho secretária e tenho montes de tarefas – na REvista «Ler», na «Gazeta das Caldas», no «Diário Insular», na RDP Açores. Além disso sou um «sem-abrigo informático» e mudei de estado civil – sou avô. É muita coisa…
Eu adoro as tuas respostas.
Estavas à espera de quê? Que te convidasse para ser minha secretária para os textos saírem sempre na ordem? Não tenho dinheiro para pagar a uma secretária…
LOL. Tu és tão metódico e ordenado que achei estranho, apenas, estes saltaricos textuais.