Eu era um cabo miliciano
Vivia na Rua dos Mercadores
O correio dum amigo veterano
Trazia um relatório de horrores
Passei hoje à porta dessa casa
Vi a janela do primeiro andar
O sol caía como uma brasa
Queria estar de novo nesse lugar
Sob a ameaça duma guerra
Onde o aerograma transmitia
O drama que esse fado encerra
A morte visitada a cada dia
Hoje guerra é apenas memória
Desse aerograma tão semanal
Junto a estas pedras com história
Nasceu uma mudança em Portugal
Pelo amor de Deus!!!
Quem toca à guitarra? O valupi ou o daniel pinto, o que se diz sousa?
Eu posso tocar bateria, com os pés. Interessados?
Mas qual amor e qual Deus, oh trambolho? Que queres tu, ave de arribação?
Ai mãe!!!
Ai nha mãezinha que chegou ao osso!!!
Eheheheh
Ave de arribação! eheheeheh
Vá responde-lhe. Com um soneto à maneira, para veres se acalmas o homem.
Ó senhor, acalme-se, acalme-se senhor.
Toma aí uma quadra aspirinica
Tem paciência JFK
Não te enerves por favor
Que fazes mal ao coração
E vais desta pra melhor
Publica aí. É um original.
Para fazer a vontade ao «tou-te a ber», embora não seja um soneto:
Quando um poeta constrói
poemas de pé-quebrado
acreditem que mais dói
do que um osso fracturado.
Porque um osso e sua «teia»
acabam no lugar certo
já um poeta sem veia
é uma voz no deserto.
Mas se o vate é malcriado
vocifera, fica fulo
passa a ser bicho-de conta
preso no próprio casulo!
Bons versos, guys. Esperemos que o Zé use o senso de humor que lhe resta quando responder a isso. Vêm aí palavrões, en garde!
Eu era um cabo dos trabalhos
Vivia na Rua do Chouriço
O correio dum vendedor de alhos
Trazia um relatório do serviço
Passei hoje à porta do canil
Olhei pela janela do rés do chão
Depois de bater com a cabeça no lambril
Acompanharam-me até ao portão
Sob a ameaça duma gastrite
Que me dava uma certa azia
O drama que esse fado transmite
Resolve-se com meio litro de sangria
Agora a gastrite já só vem
Com periodicidade mais que mensal
E o duodeno lá se entretém
Com doses diárias de omeprazal
ERRATA: leia-se «bicho-de-seda» e não «bicho-de-conta». Desculpem lá, mas acontece…Como estava a pensar no nosso poeta dos fados, associei-o também ao bicho-de-conta. É o que ele faz quando foge às perguntas que lhe fazem: ou se enrola nas respostas, ou se cala, a fazer de conta que a conversa diz respeito ao vizinho do lado.
Eu era um cabo de vassoura
Vivia na Avenida dos Cordões
O correio duma senhora
Trazia-me as refeições
Passei hoje em frente da mercearia
Mas não consegui passar da porta
Porque esta já não abria
E soube que a tal senhora estava morta
Sob a ameaça dum meliante
Com um bife da vazia
Qualquer drama que este fado cante
É melhor que o hálito da minha tia
Hoje o meliante passou à história
Arrependeu-se e vive no Cacém
Bebe todos os dias a sua chicória
E rebate com um pastelinho de Belém
Pé quebrado??? Eu partia-te os pés se soubesse onde estás.
Agora passas às ameaças, pá?! Só apetece mandar- te pró caralho! Olha-me este!
ehehehehehehehehe
ehehehhehehehehehhe
ehhehehehhehehe
JFK, você é um prato. Ainda por cima você dá o flanco. Pois não percebe que se está a brincar consigo?!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1
Logo hoje que não me posso rir. Seriedade é ordem do dia.
Não sejas dramático, Mário. Isso é apenas jogo de pés, um tripúdiozito do Zé para manter o respeito e lembrar a toda a gente que ganhou o “pluma” de Karate nos campeonatos de Vila Franca.