Ontem de manhã, reparei que a minha cadela tinha sangue no focinho. Quando lhe abri a boca, vi que a parva tinha estado a roer um pedaço de vidro branco muito afiado com cerca de dois centímetros e que sangrava das gengivas. Retirei o vidro e perguntei-me onde teria ela encontrada esse pedaço de vidro absolutamente triangular e aguçado que nem uma lâmina. Fiz uma rápida inspecção à casa, temendo o pior, mas não consegui encontrar nenhum objecto partido. Deitei o pedaço de vidro no saco do lixo e, como medida de precaução, tive a pachorra de fechar o saco e de o deitar lá fora, no contentor da rua. Quando voltei, desinfectei o corte na gengiva da cadela, que parou imediatamente de sangrar.
Durante a noite, fui acordado abruptamente por um estrondo. Lembro-me vagamente de um movimento brusco do braço e de sentir a mão bater num objecto. Ao tentar acender a luz, não encontrei o candeeiro – ele tinha caído ao chão, partindo-se em mil bocados. A cadela, assustada, começou a ladrar. Lá me levantei muito contrariado para apanhar os pedaços de vidro espalhados pelo quarto e foi então que reparei num pedaço de vidro branco. Com cerca de dois centímetros. Absolutamente triangular. E aguçado que nem uma lâmina. Uma lâmina manchada de um sangue que não era meu.
Olha; eu andei a tentar ensinar o meu canídeo a comer ervas daninhas e tive muito menos sucesso do que tu com o vidro.
Brrrrrrrr… Conta mais!
Será um ataque de pitagorismo?
A física quântica invade a tua casa num focinho de uma cadela?
Brrrrr… mesmo. É só questão de dar tempo ao tempo a ver se ela (já agora, tem um nome, Mia) navega de nova para fora do fluxo espaço-temporal…
joão allen poe? gostei!
A tua cadela Mia?
lol. Claro, Fred, os animais do JP são híbridos, monstros imaginários como os centauros, os dragões, os basiliscos, etc. O JP, por exemplo, é uma mistura de homem com leão (a juba). Nunca reparaste, Fredinho?
muda , muda, para ela começar a ladrar. assim, também eu miaria.
A minha cadela é tudo menos muda. É conhecida por ser muito má, atira-se ao tornozelos das velhotas de Igreja. Adoro-a.
JP,
vim ver o que andavas a fazer e fiquei duplamente satisfeito.
1. vejo que continuas o mesmo.
2. descobri o texto do Luís Rainha.
P.S. Este blog tem alguns paradoxos interessantes, uma cadela Mia, e um Luís Rainha.
P.P.S. E já há muito que não encontrava o Fred e a Susana na mesma caixa de comentários, beijos e abraços, respectivamente, por ordem inversa.
Paradoxos? Prefiro oxímoros.
Olá Jorge, bons HTMéis te vejam. Abraço
Podia explicar esta frase deixada no Sharkinho: “Onde é que se compra um Manu?”.
O meu portugues é limitado mas sou curioso. Obrigado.
A@+