9 thoughts on “O capitalismo a Caminho”

  1. a caminho não edita um único autor de verdadeiro interesse literário (sim, eu sei… o Saramago, mas esse tem apenas valor comercial).

  2. A Caminho não edita um único autor de verdadeiro interesse literário….

    Escreve uma douta e anónima personagem …..

    A ignorancia escrita assim com todas as letras, faz rir…..

    Ao menos antes de botarem faladura vejam o catalogo.

    Há o Saramago é comercial….,pois…. leiam o Memorial , do Convento, um dos grandes romances portugueses do seculo XX, e deixem-se de conversa fiada.

  3. Pois é. Se tal notícia se concretizar é uma triste notícia. Por diversas razões, políticas, culturais, literárias, mas sobretudo pelo fim de um projecto único. Compreende-se a questão e o espanto do José Mário Silva. Por outro lado, é preciso analisar porque é que estas notícias surgem. E aí, os jornalistas culturais também têm alguma culpa. Quando se assiste ao encerramento de suplementos, de secções de cultura e sobre livros, que muitas vezes reaparecem reduzidas a uma mera soma de pequenas colunas, podemos pensar que esta situação também contribui para que outras notícias destas venham a surgir. E aí os jornalistas culturais também se deveriam insurgir. Porque têm a força de poder escrever e ser lidos. Porque é que não surge um movimento de jornalistas culturais que lute por um espaço mais visível para a cultura? O repto fica lançado, Zé Mário.

  4. Serge, na realidade, o jornalismo, o cultural e o outro, acabou. Ainda não tinha dado por isso? Os jornais andam convencidos que os seus leitores não gostam de ler, mas apenas de ver os bonecos. É curioso que esta inquietação não se estenda aos outros orgãos de informação. Nunca ouvi ninguém dizer que os ouvintes (de rádio) não gostam de ouvir ou que os telespectadores (de TV) não gostam de ver… Mas também é curioso que, na sua futurologia suicída, os jornais estejam a ser ultrapassados, não pela WEB, como previam unicialmente os velhos do Restelo, mas pelo Metro

  5. Não creio ter percebido qual a sua posição. Para uma jornalista não é preocupante que se abandonem ideais como o de uma informação séria, esclarecedora, que convide à escolha responsável e responsabilizadora da opinião pública? Não concorda que a edição, quer de suplementos culturais, quer de livros, deve obedecer a um princípio de identidade? Não considera importante que um leitor siga os seus artigos por se identificar com o seu estilo e a sua organização discursiva? Não tenho nada a apontar ao fenómeno dos jornais gratuitos, acessíveis ao público indiferenciado. Faz parte de uma estratégia de aproximação. O que não deixa de me entristecer é que ninguém arrisque outras estratégias, seguramente frutíferas, de aproximação personalizada. Não enriquece, não concorre, mas garante o seu lugar, pequeno mas gratificante. Porque precisamos todos de pertencer a qualquer coisa tão avassaladora, que nos condiciona? O que ganhamos a cada cedência que fazemos?

  6. Andreia, a minha posição é que os jornais e a imprensa escrita em geral têm vindo a perder leitores, não só por causa da crise (com menos dinheiro, cortar nos jornais é uma medida de primeira necessidade) mas tb. porque a sua qualidade baixou. Não há reportagens a sério (as reportagens custam dinheiro), não há bons textos (escreve-se cada vez pior) e os assuntos repetem-se em alegre monotonia. Perde-se demasiado espaço com as tricas partidárias, que interessará os partidos mas não tanto (como se pensa) a generalidade dos leitores, e. muitas vezes, quem lê sabe mais dos assuntos do que quem escreve. Isto é a morte do artista!!! Muitas vezes, encontram-se coisas mais sérias e menos comprometidas na WEB do que nos jornais (veja-se o caso do diploma do primeiro-ministro). Por isso, não ganhamos nada a cada cedência que fazemos. Mas não somos nós que temos poder para despedir jornalistas, pois não? Há quantos anos é que o grande repórter José Amaro Dionísio deixou de escrever em jornais?! É que isto não vai lá com boa vontade… Lembremos apenas que o próprio John Le Carré garantia no final do seu livro O Fiel Jardineiro, sobre a industria farmacêutica, que não se tratava apenas de ficção

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