Quando pessoas de bom senso e sensibilidade se vêem do mesmo lado da barricada que malta da extrema-direita, algo de estranho aconteceu. Neste caso, aconteceu mais uma entronização das touradas no renovado altar do grunhismo nacional. Mesmo a tempo de prolongar esse êxtase do lusitanismo obscurantista que são as cerimónias da Cova da Iria e fazendo já a ponte para mais uma gloriosa jornada de patriotismo descartável a propósito do futebol.
Quando alguém aplaude como espectáculo uma encenação em torno da agonia de um animal, está a desistir de muitas das coisas que nos tornam humanos. Será folclórico, será do agrado dos turistas, será cultura… mas é por certo um momento de júbilo para o que há de mais negro nas nossas almas.
100% de acordo.
Os animais somos nós, os Homens. Bárbara manifestação de “espectáculo”, nesse campo pequeno.
Sejam gentes de direita ou esquerda, estou contra todos eles.
(olha entrou. podes apagar.)
esse argumento da cultura e da tradição é do mais obnóxio que há. também a arena romana era cultura e tradição, como foi o cinto de castidade e ainda é a excisão do clitóris.
a Vaca Cowpiright já apareceu, na Ajuda ao pé da faculdade de Medicina eterinária, acompanhada de um letreiro onde se lia:
“Mais vale uma vaca no Monsanto do que duas no Campo Pequeno”
eheheh
toca a gamar as outras chocas todas da palhaçada da cowparade!
Muúúúú: estou consigo!
“A esquerda acusa a direita de não respeitar os costumes e tradições dos outros povos. Penso que a prática indiana do «suttee», ou seja, o hábito entre as viúvas de se imolarem, ou de serem imoladas, na pira funerária dos respectivos maridos, deveria ser restabelecida no nosso país. Assim o Louça e a anã Drago ficariam sexualmente mais contentes.” –Dra. Kity in “O sexo e a Esquerda”, Revista “Espírito”, nº 30, 2006.
Extrema-esquerda e extrema-direita na mesma luta anti-taurina. Bonito. Comovente até. Ó ideal com i pequeno.
o-anti-pirético
Sou contra as touradas, absolutamente, mas o nosso país tem problemas mais graves para resolver.
Uma delas é o assalto do Governo às Magistraturas (outra vez): o Sócrates quer meter o advogado pessoal dele (Proença de Carvalho) como Procurador-Geral da República. Vergonha.
Não sou propriamente um aficcionado, mas caramba…o que é que aconteceria aos touros se não houvesse touradas? Simples: deixavam de ser criados e desapareciam. Assim como assim, os bichos já têm de ir para o matadouro.
E mais uma coisa: se o argumento da “cultura e tradição” nem sempre é feliz, então que dizer daquele que compara humanos e animais? O que é que cintos de castidade têm a ver com touradas?Um pouco mais de lucidez, SFF.
claro que o cinto de castidade nada tem a ver com as touradas. estava só a referir o absurdo que é esse argumento, absurdo que é mais facilmente apreensível neste contexto. o argumento da tradição e da cultura não colhe, na minha opinião.
de qualquer modo, não ter prazer (pelo contrário) com o sofrimento de animais é uma extrapolação que se tira dessa empatia comum, característica de humanidade. quando pensamos no sofrimento do bicho, pensamos no sofrimento, porque pensamos.
E daí num sei…
Não gramo a tourada mas também num lhe consigo chamar simplesmente folclore. É muito mais atávico do que “tudo” isso. Remete-nos precisamente para o combate entre o homem e a fera (que pode muito bem estar dentro de nós). Dadas as coisas, e quando nela tropeço, ponho-me a trocer pelo Touro, e nunca mas nunca me sorrio em circunstância alguma. Ninguém se deve sorrir perante cerimónias de carácter místico. Mesmo se proto-arcaica, de desde antes… das coisas. Lembram-se das Grandes Caçadas ao Mamute? Pois eu também já não.
Em Lisboa, há vacas e touros para todos os gostos, até o “Pires”…
Ah! E a bandeira portuguesa desfraldada nas janelas, nos relvados,como símbolo do kitch nacional. A alma portuguesa é linda!
Já repararam no tal de “Luis em maio”, um esquerdóide, ateu ou agnóstico ou o raio que o parta, a falar da alma humana? Quando lhes convém despodoradamente falam na alma, quando também lhes convém dizem que não acreditam na alma. É mesmo à esquerdóide farisaico.
Bastava ao anónimo ter lido qualquer coisa como “O Homem à Descoberta da sua Alma”, para ver que esse conceito não é exclusivo da religião.
Mas isso talvez fosse esperar muito de quem não percebe que “em maio” é o princípio da data do post, não o nome cá do “esquerdóide”…
Eu sou um brasileiro paneleiro! Rima e tudo.
Porque é que Deus nos deu uma vozinha que é sempre apaneleirada?
Coitada da Extrema Direita, nesta luta esta’ muito mal acompanhada. De qualquer forma, voces das Extremas, se nao percebem o que e’ a tourada que nao se pronunciem. Deixem os aficcionados em paz. E’ curioso darem mais valor a um touro que a um bebe antes de nascer.
Que giro… Ganhei mais um gájinho de estimação capaz de grandes trabalhos só para se meter cúmigo (que engraçado). Cóquentão paneleiro brasileiro??? ahahahahahahah
…mas, já agora – machão – podias-te ter esforçado uma beca mais e inventado, sei lá, um emailzinho…
Da discussão nasce a luz (ou não) mas,Oh!, por favor, não metam os bébés ao barulho. Fale-se de touradas e fique-se pelas touradas. Se querem falar de bébés (ou da fome, ou das guerras, ou do aborto…) procurem outro fórum.
Já agora: quem retira prazer com o sofrimento que não o seu próprio chama-se sádico!
O regresso das touradas ao Campo Pequeno é a prova provada do atraso português. Mas há, apesar de tudo, alguns sinais de esperança: v.g. a média de idades altíssima dos frequentadores da tourada, o que demonstra que é um espectáculo com os dias contados em Portugal.
a tourada é um espectáculo para sádicos.quem é que pode ter prazer em assistir à turtura de um animal, ainda por cima fechado e com os cornos serrados e empanados para não se poder defender? espectáculo bem ao nivel de um povo que tem as taxas mais altas do mundo civilizado ( será? ) de violência sobre crianças e mulheres. que nojo…