Era para escrever sobre os Deerhunter, mas terá que ficar prá próxima, pois agora estou aflito com 3 vídeos que urge partilhar. Não é que não achasse piada à fase electro-clash, mas confesso que fiquei entusiasmado quando li há alguns meses que o novo álbum de Goldfrapp marcava um regresso às sonoridades cinematográficas do disco de estreia. Na verdade, não há regresso nenhum, mas uma síntese perfeita de todos os ingredientes dos três discos anteriores com um mais-valia absoluta: a electrónica deixa de ser ornato para passar a textura. Para prová-lo, há este delicadíssimo «A&E», cujo vídeo foi realizado por Dougal Wilson, o bacano que já tinha sido responsável por esta pequena maravilha (não é por acaso que os mais atentos conseguirão vislumbrar a fugaz aparição de uma bicicleta). Outra surpresa é o novo single de Moby, o tal rapaz que prometia imenso há uns dez anos e que depois se espetou com grande aparato no mainstream. «Alice», para além de ser um excelente tema hip-hop, vem acompanhado por um fenomenal e muito lynchiano exercício de VJing saído da mente do grande Andreas Nilsson (vejam, por exemplo, este brinquinho). Para terminar, deixo-vos ainda com o pedagógico «Back Out On The…» de Kevin Drew (Broken Social Scene). É favor de mostrar à chavalada para ver se eles aprendem, de uma vez por todas, o que é o rock’n’roll.
Este blogue continua, com muito gosto da nossa parte, a constar das “Ligações” na barra lateral do nosso blogue colectivo.
Um óptimo fim-de-semana para todos.
http://atribulacoeslocais2.blogspot.com/
Iá.
João, obrigado por teres posto aí uma canção para até um bota-de-elástico como eu gostar. Não digo qual é, mas de certeza que imaginas.
daniel, não é difícil. eu, que não me julgo bota de elástico, foi a que mais gostei, também. no entanto, gostei bem mais do outro videoclip, que creio não ser o do link que puseste, joão, mas este…
http://www.youtube.com/watch?v=n1wnOUH2jk8
fico espantada a pensar que às tantas o rock’n’roll nunca terá sido a minha onda.
Minha nunca foi, Susana. Eu sou mais dos clássicos, incluindo os Beatles, o flamenco, a música coutry e a céltica.
Ah, e obrigado por teres tirado os espaços a mais que eu pus na fome do Duque. Todas as vezes faço uma asneira. Espero já as ter esgotado todas.
ah, mas desta não fui eu, daniel. já apanhei o duque como está.
Então escusavas de ter sabido… Lá revelei mais uma patetice…
Um beijinho, na mesma. (Eu seria capaz de me enganar de propósito para poder agradecer-te a ajuda com um beijinho.)
bom, então eu agradeço o teu beijinho com outro. :-)
(tem graça, o meu bicho agora não bochecha, gosto de bichos que se auto-melhoram)
JP, obrigado pelo Moby. Ouvi dezenas de vezes noutros tempos aquele em que ele está com o capacete de astronauta, muito bom
(não esqueças os m., agora não se pode dizer porque além de sagrado e secreto ainda por cima esgota logo)
Daniel: é música tem este dom (cuidado que vem aí um lugar comum) de superar as (ai) barreiras geracionais. Ainda bem que gostaste de Goldfrapp.
Susana: obrigado pela correcção. Não te preocupes com a tua onda, isto é apenas um tema.
z: os m.?
acho que é uma piada de mau gosto andar a tentar mostrar à ‘chavala’ o que é rock’n’roll com uma banda que nem distorção como deve ser usa; quanto muito, e com ajuda do público, um ‘rock’n’roll light’ ou um ‘lounge soft rock’n’roll’.
se isso é rock’n’roll explique lá à ‘chavala’ o que é isto.
ou puxando a brasa à minha sardinha única e indomável, isto.
ou até estas coisas já feitas pela própria ‘chavala’!
senhor costa, não leve a mal mas lá pelos seus estimados ouvidos, com a idade, estarem a ficar mais melosos(leia-se lcdisados), não brinque com coisas sérias.
obrigado.
filhos de myrtus
Pixicultor: adoro todos os temas dos teus links, apenas lamento o facto de 1) não ter aprendido nada com eles e 2) o mais recente já ter, vá lá, uns quatro ou cinco anitos. Não andarás meio desactualizado? Quanto ao fel, meu lindo menino, tens ainda muito para afinar.
muito coisa
O que se passa com a malta do Aspirina que é só xutos e pontapés na gramática?
Caro João,
Não subscrevendo, de forma alguma, aquilo que o pixicultor escreve (antes do mais, não costumo subscrever coisas com má redação e erros ortográficos, chamem-me esquisito…), devo dizer-lhe que, contrariamente ao que geralmente encontro aqui, estes 3 vídeos eram bastante mauzitos. É pena. Considerando o propósito ambicioso do último vídeo, acho que poderia ter reflectido um pouco antes de se espalhar tão javardamente… Poderia ter-se poupado a este disparate. Mas não se zangue. Continuo a guardá-lo no coração.
Tiago querido,
é óbvio que o espalhanço javardo é uma das minhas especialidades. Apesar disso, reafirmo o que escrevi no post, apesar de saber que o Andreas Nilsson (vídeo do Moby) é um daqueles realizadores que ou se ama ou odeia (eu AMO). O vídeo do Kevin Drew mexe muito comigo porque está lá o Mascis e o som inconfundível da sua guitarra num ambiente improvisado que é raro no universo dos videoclipes. Se quiseres, o vídeo funciona como uma espécie de passagem de testemunho entre duas gerações talentosas do rock’n’roll. Quanto ao disparate, guilty as ever. Tenho este tom muito exagerado e apaixonado de escrever sobre as coisas. Oh yeah.
Todos déjà vu mas que se podem continuar a ver, ouvir e repetir. São cíclicos.
Eu ri-me à farta com o espalhar javardamente…
meu lindo menino, pensas que não te topei? fizeste-me rir aleph
levas uma mordidinha na orelha enquanto crescem os juros de mora, mas esses não são contigo mas com o Estado
também gostei bem do vídeo do moby. mais que da música.
Obrigado por me teres feito ver a luz no que ao rock’n’roll diz respeito ;-)
Também gostei do videoclip e música do moby. O rapaz afinal não está perdido.
manda mais, please