Perguntas simples a uma Ministra da Justiça difícil de acompanhar

Os preços dos registos foram, sem explicação, aumentados. Os preços, portanto, o exercício de direitos fundamentais dos cidadãos, de actos das nossas vidas: estou a falar do divórcio, de comprar uma casa, de constituir uma empresa, de a extinguir, isto num banco público.
Diz a MJ que estes aumentos absurdos (o divório, por exemplo, aumenta 100 euros) serve para “aumentar a competitividade e promover o crescimento económico”.
Mas de quem?
Disse-me a MJ em resposta a uma pergunta “que era necessário atualizar os preços”. Ponto.
Era?
Mas por quê?
Não o foram recentemente?
A MJ é, isso sim, corporativista e perigosa. Neste caso, à conta de todos nós, dos nossos bolsos, privilegia uma classe, a dos notários privados, como é tão evidente que dói.
Agora, com os preços públicos devidamente aumentados, poderá aquela classe aumentar os seus, concorrendo bastante mais acima.
Eis a concorrência. É esta e não outra. Uma concorrência oferecida como um serviço a uma classe. À nossa custa.
Mas não se esqueçam. Ai de quem tentar parar a MJ. Ela sabe o que quer e para onde vai e como usa dizer “não me vão conseguir parar”.

5 thoughts on “Perguntas simples a uma Ministra da Justiça difícil de acompanhar”

  1. Bolas… só falta dizer como o velho de Santa Comba – «está tudo bem assim e não podia ser de outra forma!»

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