9 thoughts on ““o interesse nacional””

  1. E a chantagem ao “interesse nacional”, de que a direita não tem tido, infelizmente, o exclusivo, tem um nome bem claro, de que os democratas portugueses não podem estar completamente esquecidos : “fascismo”.

    O PS marcaria um importante ponto politico, e agiria conforme os principios de que diz inspirar-se, se lembrasse esta evidência com alguma firmeza. Mas, infelizmente, ha muito mais hipoteses de vermos esse partido jogar pelo Seguro, correndo embora o risco de deixar orfão o eleitoral progressista e democrata…

    Boas

  2. João Viegas, o interesse nacional é aquilo que os portugueses esperam que os políticos defendam. A direita fez a sua jogada. Diz que este acordo é que defende o interesse nacional – em princípio vão conseguir avançar com a sua jogada. Se o fizerem, é esperar que o povo esteja atento e quem estiver na oposição a esta política como de interesse nacional que lute como pode e como julgar melhor pelo esclarecimento de outras alternativas.

    Dizer que a ideia de interesse nacional é coisa que pertence acima de tudo o fascismo é, na verdade, proteger e promover o fascismo.

  3. Caro João,

    Julgo ter falado na “chantagem ao interesse nacional”, ou seja na proclamação de que, em nome deste ultimo, se devem calar as divergências partidarias acerca do que ele possa ser.

    Mantenho que isso é fascismo. E’ mesmo o que define o fascismo : a crença mistica numa integração univoca das forças politicas e sociais da nação, organizadas em volta de um projecto politico unico identificado com a salvação da patria. Infelizmente, hoje em dia, esta chantagem não é apanagio da direita. Por exemplo, quem defende, em coerência com as decisões politicas tomadas pelo povo português a partir dos anos 80, que Portugal deve integrar-se num espaço politico democratico europeu, é logo acusado de trair a patria. Ja Salazar, que mergulhou o pais numa situação de atraso cronico em grande parte responsavel pelas dificuldades actuais, é cada vez mais visto como um patriota.

    Repare que eu, que sou a favor da liberdade de expressão, não sou contra o direito de essa ideologia se exprimir, e mesmo de concorrer a eleições. Mas sou a favor de chamar os bois pelos nomes : a chantagem à “salvação nacional” é uma forma de fascismo, nem sempre assumida, mas isso não interessa…

    Boas

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