Os deputados socialistas que propuseram a antecipação do Congresso conseguiram aquilo que Passos/Relvas/Gaspar e restante pandilha nunca conseguiram: enfurecer Seguro. Perante as políticas desastrosas do Governo não passa da abstenção violenta. Perante as críticas à sua liderança, aí sim, fica furioso. E, pelos vistos, os seus apoiantes acompanham-no na fúria, acusando os colegas de partido de deslealdade, de conspiração e outros mimos.
Ontem, ouvi o Alberto Martins defender com unhas e dentes a legitimidade política e programática de Seguro, os socialistas elegeram-no e o mandato é para cumprir. Como se as críticas dos deputados tivessem surgido do nada. Como se chovessem elogios à forma como Seguro faz oposição ao Governo. Estes deputados limitaram-se a dar voz ao descontentamento geral e aos apelos para que surja um outro líder socialista, mas os apoiantes de Seguro, talvez por andarem tão entretidos a contar espingardas, ainda não se aperceberam. Já para não dizer que se Seguro tem legitimidade política o Governo também a tem. Como é que alguém tão zeloso no cumprimento do seu mandato anda para aí a falar de programas eleitorais e de maiorias absolutas a meio do mandato dos outros?
E ainda há o argumento das Autárquicas. Parece que o PS, nos próximos tempos, não vai ter tempo para mais nada. O Governo agradece. E, já agora, qual é o problema de haver mudança de líder antes das Autárquicas? Será que só por esse motivo a esperada derrota do PSD passa a vitória?
Se está furioso, pena é não dirigir essa fúria violenta contra o des-governo que,
de forma nunca vista tem “martelado” os portugueses a pretexto de um memo-
rando subscrito pelo anterior Governo na fase gestionária de acção e avalisado
pelo PSD e CDS-PP e que, após a primeira revisão passou a ser ditado pela maio-
ria sem dar cavaco ao ministro da oposição o furioso Tózé!
Esta passividade não tem sido compreendida por quem vota no PS sem ser mili-
tante, centenas de milhares de eleitores ora, num universo de 80 mil militantes
existem os “assalariados”, os “colocados” e, os “aparelhistas” que, de algum mo-
do estão mais preocupados com a sua vidinha do que, com os reais problemas
e a destruição de muitas das conquistas que foram alcançados, ao arrepio do que
a Constituição estabelece!
O que Silva Pereira disse face ao acelarar do Tózé foi elementar, se o caminho era
esse, tornava-se urgente fazer os TPC e, naturalmente. marcar um congresso pa-
ra sua aprovação … a liderança não foi atacada, o que está em causa é saber se
o PS quer apresentar uma verdadeira alternativa de governo ou se prefere seguir
a via da alternância ou seja a via da chamada meia-dose que o Tózé tem proposto!!!
…sobretudo DESCONTENTAMENTO GERAL.
Se SEGURO não vê, é porque não quer.
De certeza que nas próximas directas há pelo menos 1 voto que já não vai ter.
Quem diria… Um partido que passava o tempo a proclamar o fim do governo, que o Relvas ia sair do governo, que o Álvaro não aquecia o lugar, etc, etc. Hoje parece ao povo afinal, que o segundo a cair é o Seguro, o primeiro foi o Louçã.
Pobre Seguro!
Quer ele, quer os seus apoiantes deveriam ter vergonha da oposição que fazem ao (des)governo atual, e da falta de solidariedade institucional para com outros militantes.
Se Seguro entende que o governo anterior fez asneira, que venha à praça, anuncie o que entende que foi mal feito e diga o que faria diferente e como.
Se calhar não sabe, nem quer saber, pois alguém permitiu que ele se escondesse para fazer o seu trabalho de sapa no interior do aparelho com a ajuda de muita hente de qualidade mais do que duvidos.
Amigos
Finalmente Antonio Prost avança para tentar tirar a liderança a Seguro. Se ganhar, nao conquista nada, pois nada fez, até agora, para a merecer. Nao apontou politicas alternativas às de Seguro. Não denunciou nada do acordo que o PS negociou com a Troika. Pura e simplesmente, se limitou a esperar e conspirar contra a ingrata missão que coube a Seguro desempenhar.
Seguro quando chegou à liderança do PS, a Troika tinha acabado de chegar e o Governo ainda estava em “estado de graça”. Estava-se no início da implementação das políticas macroeconómicas necessárias ao ajustamento acordado entre o Estado português e a Troika. Seguro nao teve muito espaço de manobra para fazer diferente. Havia um sentimento geral que era necessario fazer reformas em todos os sectores do Estado, para assegurar a sua sustentabilidade e, para isso, era imperativo reduzir o endividamento do Estado, cortando na despesa e reduzindo as funçoes que cabem a este assegurar.
Sempre que Seguro tentou mostrar as diferenças, falhou. Por falta de jeito, por falta de capacidade, por falta de tudo. O novo PS, mais urbano, sofisticado e arejado na defesa de políticas fracturantes, criado por Sócrates, nunca se reviu em Seguro. Este representa o PS tradicional, que eu sempre conheci. É este PS que hoje critica e se acha vítima da herança de Socrates.
Antonio Costa, não representa nem o PS de Sócrates, muito menos o de Seguro. Percorreu, sempre, o seu caminho político, acompanhado de meia dúzia de acólitos que não têm expressao, nem a nível nacional, nem local. O seu discurso está muito longe de ser entendível pelas bases do partido, para não falar do país. Terá muitas dificuldades em se impor, como Sócrates o fez. Sofre de uma forte falta de carisma. A meu ver, será, no caso de chegar à liderança, também, um lider de transição. Continuo a achar que Socrates, seria a melhor alternativa para recuperar o PS. Mas como nao gosto de meter-me nos problemas domésticos dos outros partidos, deixo estas bizantinices para a tribo socialista resolver.
Abraço
O TótóZé está furioso? Tem todos os motivos para isso.
Para quem quer ser PM desde pequenino, ao fim de ano e meio de oposição a uma governação vergonhosa e sem semana que não nos apresente mais uma decisão ou declaração infame ou provocatória, ao fim deste ano e meio só conseguir estar ela por ela nas sondagens com o principal partido da governação, só pode estar destrambelhado e furioso consigo próprio e com os dirigentes que escolheu para o acompanhar.
Ele, no fundo, está é farto daquelas lancharadas com o Pedrocas de Portugal sobre o tempo de escola e nem água vai nem água vem. Gosta é de estar ligado à máquina. Eutanásia, nunca.
Enquanto os PS lutam entre si, os trabalhadores e o povo lutam contra as políticas das troikas (interna e externa).
A postura de hoje do António Costa é a do PR: estabilidade e vamos ver o que isto dá.
Se ele tem o coração maior do que a caixa, recomendo-lhe um TAC. Para mim, está esclarecido que este AC não serve nem para SG do PS, nem para PM e nem para PR
.
Pede a unidade do partido e não questiona a actual Direcção sobre qual é a parte da História do partido que renegam? E porquê? Está o caldo a ficar entornado.
Calculismo e tacticismo enjoam-me. Nunca votarei nele para lado nenhum.
Cidadãos preocupados reagem à fúria de Seguro:
http://www.youtube.com/watch?v=pJQGuWTtTD4&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?v=M_coh6fUFLo&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=OJAioFb3IOA
http://www.youtube.com/watch?v=MYpJUOFIwNc
Sou militante do PS e nas anteriores diretas votei com convicção no Assis, pois eu tenho memória do que o Seguro fez antes ser SG:
– dos jantares do Seguro ainda o Sócrates era PM e SG do PS;
– da preparação, sem vergonha, da queda do Sócrates onde os “moralistas” de hoje telefonavam a destacados membros das secções “para preparar a sucessão”;
– a vergonhosa figura que fez no dias das eleições, da declaração, em frente ao elevador.
Nem me apetece falar do que fez enquanto SG, mas as declarações de hoje dele e dos seus faz-me querer as eleições e o Congresso o mais rápido possível para correr com aquela gente e eu que defendia as eleições do PS para depois das autárquicas (belos candidatos os do PS em Cascais e Matosinhos, vergonhoso), mas é tempo de dizer BASTA!!!
Caros amigos
O Antonio Costa, esta noite, so mostrou aquilo que é. Mais palavras para quê! Quem confia mais num politico destes?
Abraço