Para a direita, a culpa do crescimento do Chega é exclusivamente do PS. São os descontentes com a governação socialista que têm feito crescer a extrema-direita.
Claro que com esta lógica estão a passar um atestado de incompetência a si próprios, mas como ninguém lhes pergunta por que razão esses descontentes decidem não votar PSD, pode ser que ninguém repare.
Ora, nos Açores, o Chega foi o partido que mais cresceu. Tudo indica que na Madeira o cenário é idêntico. Que explicação tem a direita para o crescimento do Chega nestas regiões? Má governação?
O ‘Chega’ nestas eleições nos Açores foi um dos derrotados.
Os eleitores (que supostamente são o dito ‘Povo’) percebeu muito bem quem é o ‘Chega’. Não lhe deram aquela almejada e apregoada votação que o colocaria a par do PSD.
Cresceram, mais foi um crescimento anão, isto é, muito aquém da narrativa de que era uma ameaça ao PSD.
Essa é, na minha opinião, a principal ilação a retirar dos resultados eleitorais. Provavelmente acontecerá o mesmo em 10 de março (não destruturará o PSD, e não terá mais de 12%).
Este facto deveria alertar o PS, para não subestimar a ‘AD’ em 10 de março.
P PS deve abandonar a histeria ingénua e imatura de gritar loas contra as centenas de milhares de eleitores indecisos e descontentes que votarão contra o PS pela irritação de andar sempre a atacar o ‘Chega’.
Acresce que, se não fossem os 5 deputados do ‘Chega’ nos Açores, o PSD ganhava com «maioria absoluta».
não. o crescimento do chega é inevitável. as pessoas associam o ps e psd a corrupção , querem castigá-los . além disso , não governam nada de jeito , continuamos na merda da cauda da europa.
e depois , bamos lá ber , quem tem mais a perder com isto ? a população não é. a não ser que o chega consiga que votemos num referendum a saída da ue , continuará preso pelos tomates às directrizes europeias. a sua liberdade de agir é muito limitada , e nós sabemos. além disso , estará sempre sempre a constante vigilância dos senhores do centrão. são os politicos de sempre que têm mais a perder. percam , percam , vamos gostar de ver.
é ameaça nenhuma , o chega. vem aí o papão ? já não somos crianças.
muito , mais muito mais perigoso para nós , população emedada , é a iniciativa liberal. uma espécie de berloque de direita. esses sim , amigos da blackrock e vanguard , são um perigo.
Yo!!! tretas!!! Chega, IL e AD todos vassalos da blackrock e vanguard. Ate o PS esta cheio de vassalos. hoje andaram dois ministros a fazer tristes figuras na Ucr*ania. O ventura e mais um bolsonaro e/ou trump. Nem a merda de um AFD sabe ser.
não sei , o chega parece “Deus , Pátria , Família ” , nmuito nacionalista já os outros que menciona parecem todos ” lucro” e a coisa do ” capital não tem pátria”. morro de medo dessa gente , o chega faz-me rir.
e depois , é assim , há montes de cenas de que fala o chega que tem razão :
é um absurdo continuar a haver “pensões sociais ou não contributivas” e pensões contributivas completas , 40 anos de descontos , trabalho a full time , inferiores ao ordenado minino do ano em que se reformam.
o sistema de ” reformas sociais ou não contributiva ” foi pensado após o 25 de abril de 74 para todas as pessoas que trabalharam sem descontar durante o estado novo porque não havia o que houve depois .
ora , todas as pessoas que a partir de aí trabalharam sem descontar para a ss foi porque lhes deu na real gana. ou porque não trabalharam porque não lhes apeteceu ( excluo , como é evidente , todos aqueles que por deficiência , não puderam , e devem receber ajuda) , e estas pessoas , que usando do seu livre arbítrio , decidiram não descontar , devem receber do estado 0 .
por outro lado , todos os pensionistas que sempre descontaram , e com carreiras contributivas completas e trabalho a ful, time , jamais deveriam receber menos do que o salário minino . é da mais elementar justiça. é o lógico. acresce que as indeminizações por despedimento são calculadas a partir do último salário recebido. o patrão tem mais obrigações que o estado ? vão à merda.
ou seja , para o caso de ter sido confusa ; a cena das “pensões sociais ou não contributivas ” devia acabar amanhã. , não faz sentido nenhum hoje em dia. a cena das pensões de carreiras contributivas completas inferiores ao salário minino , idem.
Dois comentários:
1 – CHEGA.
O ‘Chega’ talvez seja uma reação físico-química de compensação (homeostase) perante uma falha/desequilíbrio no ‘sistema Ambiental político’ (status quo).
Em termos matemáticos, até se poderia afirmar que: «Quanto maior for e mais tempo durar o desequilíbrio, maior será a reação de reposição do equilíbrio. Até que seja reposta novamente a ‘simetria dos opostos direita-esquerda’, que comanda a ideologia vigente desta época histórica (i.e., programa-software cognitivo inserido e codificado no cérebro dos eleitores).
2 – IDA DE MINISTROS À UCRÂNIA.
De facto, irrita a ida desses dois portugueses-as (ministros da defesa e educação) à Ucrânia. Irritou muitos milhares de portugueses-as, porque APARENTEMENTE fere a ‘cultura portuguesa’. São milhares de portugueses que sentiram essa irritação. Talvez, por uma questão intrínseca à sua alma e ao seu sentir humano (a dita ‘cultura’). E portugueses-as que não são comunistas nem de ‘esquerda, mas que não estão de acordo com a posição da Nato e UE em ralação ao conflito na Ucrânia que é propagandeada nos Media e pelos atuais Políticos.
Porém, se me for permitido o desplante, diria que mais destruturador e destruidor do que as bombas para o atual regime que governa a Ucrânia é exatamente essa ida de pessoas com a ‘cultura portuguesa’. A aceitação da ida pelo atual regime ucraniano (e as recentes condecorações ao ministro e embaixador portugueses) é, aliás, um sinal disso.
Pois, provavelmente, não haverá no mundo uma ‘cultura’ com tanta capacidade transformadora como a ‘portuguesa’. Refiro-me à capacidade de transformar ‘aquilo que se é e foi’ noutra ‘coisa que não é aquilo que fomos e somos’. Ou seja, a capacidade de construir o Impronunciável, ‘aquilo que há-de vir’. Aquilo que, por ainda cá não ter chegado, e não sabermos exactamente o que será, não existem disponíveis ainda palavras para o pronunciar.
Essa ‘nova Ucrânia’, que será a solução de perdão e compromisso que resolverá esse conflito humano, talvez esteja a ser forjada com a ajuda da ‘cultura portuguesa’.
Mais do que possa não parecer.
Sobre esta influência da ‘cultura portuguesa’ que se esconde da Evidência, e é mais forte do que parece, age na escala do impronunciável. Mas é terrivelmente transformadora. Houve dois grandes portugueses que o disseram: “Mais do que prometia a força humana” (Luis Vaz de Camões) … “Todo-o-Mundo mente, e Ninguém tem razão” (Gil Vicente).
O contributo que a ‘cultura portuguesa’ (a inserção de um vírus cultural português) provavelmente está a dar, a um nível e escala invisível (educacional, humanitário, de aceitação das diferenças, da tolerância para com os pecados cometidos, para a convivência impronunciável dos afectos, para a entreajuda desinteressada e genuinamente humana, etc.), para uma modificação da mentalidade do atual regime ucraniano talvez seja algo que está a ser menosprezado, e que a ida desses dois ministros é apenas a ponta de um iceberg.
“A cultura portuguesa é um pouco de todo o mundo, é por isso que é rica e um motivo de orgulho para mim” (disse um JOVEM numa entrevista à SIC em 04/02/2024). Não é esse «ser um pouco de todo o mundo», misturando esse pouco à sua maneira, que define ‘O QUE É SER PORTUGUÊS’?
Não será por essa razão que o ‘ADN português’ tem tanta percentagem de genes oriundos de povos que habitaram a atual ucrânia e rússia? Basta ler os três mais recentes estudos feitos pelas universidades mais prestigiadas do mundo, e publicados em três das mais prestigiadas publicações científicas do mundo (Nature, Science, PNAS).
— Iñigo OLALDE, et al., 2019, “The genomic history of the Iberian Peninsula over the past 8000 years”, Science, 15 mar 2019, vol 363, pp.1230-1234).
— Jonathan A. HAWS, et al., 2020, “The early Aurignacian dispersal of modern humans into westernmost Eurasia”, The Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), September 28, vol. 117(41)].
— Ludovic, ORLANDO, 2023, “Ancient genomes show how humans escaped europe’s deep freeze”, Nature, 1 march 2023.