Para desespero da direita, ainda não foi desta que Bloco e PCP roeram a corda do Orçamento. O resultado das Autárquicas alimentou-lhes a esperança da vinda do tão esperado novo ciclo, como não aconteceu, alguns atacam o documento agora aprovado, enquanto outros usam como única arma de arremesso político a tragédia dos incêndios. E há ainda os que misturam tudo como faz o Pedro Marques Lopes, esta semana, na sua crónica no DN.
Diz ele que “o Orçamento do Estado para 2018 é uma espécie de documento de “depois logo se vê”.” Confesso que demorei um bocadinho, mas acabei por concordar. Afinal, há aqui uma diferença, os orçamentos da direita eram mais do tipo “vê-se logo”. Via-se logo que eram inconstitucionais, via-se logo que as contas estavam aldrabadas e que seriam necessários vários orçamentos rectificativos e, sobretudo, via-se logo que o País continuaria a marcar passo. Mas fiquei a pensar e o “depois logo se vê” deve ter sido inspirado na campanha dos candidatos à liderança do PSD. É que, tirando o campeonato dos afectos, não se lhes conhece ideia alguma para o futuro do País. Aliás, “depois logo se vê” podia ser o lema do velho ciclo da direita. Adiante.
Mais abaixo, o Pedro Marques Lopes, informa-nos que “a grande questão é que este Orçamento revela o labirinto sem saída desta solução governativa”, e que “o Orçamento grita isso, está bem à vista que os entendimentos em aspectos fulcrais para o país são impossíveis com esta solução governativa”. Até aqui, os aspectos fulcrais para o País têm sido o défice, a dívida, o crescimento da economia, o desemprego, etc.. Como esses aspectos estão bem encaminhados, e o Orçamento assim o prova, no entender de PML, e se calhar bem, os aspectos fulcrais passaram a ser “as mudanças na Segurança Social, prioridades para o investimento público, reformas no ordenamento do território, acordos para reformar a Justiça, entre outros.” E que os mesmos “são impossíveis de obter no quadro da geringonça.” Não sei se é impossível o Governo realizar essas reformas com o apoio do BE e do PCP, mas sei, e o PML também, que sem o acordo do PSD, pelo menos, são reformas com muito pouco alcance. Ou seja, não são reformas, são apenas umas medidas que o governo seguinte revogará assim que tiver oportunidade.
O que me leva ao tal labirinto. Ao contrário do que diz o PML, os labirintos normalmente têm uma saída e o PS, o BE e o PCP têm conseguido encontrá-la. Já no PSD não se movem num labirinto, isso implica percorrer caminhos, sendo que alguns até os poderiam levar ao entendimento com a esquerda para os tais aspectos fulcrais. Movem-se em campo aberto, mas, tendo em conta as coisas sem nexo que gritam, devem andar todos de olhos vendados.
Este Marques Lopes vive de avenças… Devia era ir trabalhar para o campo.
João Pedro
Está enganada, o PML não mistura nada porque todo o encadeado do discurso e toda a sua mensagem é directa segundo o fado corrido do actual discurso dos actuais candidatos à chefia do PSD.
PML é, como sempre, mais um doxativo pacheco e como outros que mal surgem eleições no seu PSD logo se põem em bicos de pé para serem vistos ou agachados debaixo da mesa na tentativa de apanhar migalhas que caem no chãoe.
Este mesmo PML é o mesmo que levou dezenas de “eixos” antes das eleições de de 2011 a proclamar: «eu só sei, e disso tenho a certeza absoluta, que Cavaco Silva foi o melhor PM de Portugal e que Passos Coelho será melhor PM que Sócrates». Este era o seu slogan para chamar a atenção de Passos para a sua persona. A coisa correu mal e PML acabou a ter de criticar Passos contra natura, contudo, pela mistela do seu artigo no DN tudo voltou à normalidade de pensamento PML em prefeita sintonia com os candidatos à liderança PSD.
Só os tolos andaram e ainda podem ir na opinião oportunista do politicamente correcto à la mode de PML.
Não sabia que este PML teve a visão que Passos ia ser melhor que Sócrates.
Melhor que Sócrates?, só se for-na-china!
falando de eixos, então e a clara(mente) que se farta de dizer, desdizer e contradizer, que me dizem da pseudo-maestrina ?
As profecias da vinda do DIABO, do profeta Passos, estão-se concretizando de várias maneiras.
O Diabo dos eucaliptos, o Diabo da legionela, os caixotes das balas de tancos, a rasteira involuntária aos comunas na câmara de Almada, o baixar da cueca às jeitosas do bloco…nem o Passos adivinhava tanta falta de manha no Costa, para dar a volta a estas coisas, como fez com Seguro e com a criação da geringonça.
a oposição alimenta-se de catástrofes e o braço-armado ministério público ajuda como pode, neste caso rouba cadáveres para armar a confusão.
http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/ministerio-publico-diz-que-nao-recebeu-qualquer-declaracao-de-obito-das-vitimas-do-surto-de-legionella
Que nojo de piadola, pázinho.
pedro marques lopes ,não precisa de trabalhar, é filho de pai rico! deve ter pago para andar a fazer comentários!