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Às seis e meia da tarde de domingo, vi Clara Pinto Correia actuando na pista de «Dança Comigo», da RTP. Senti dó. Horas depois, já quase meia-noite, vi Rosa Lobato de Faria na série «Aqui não há quem viva», da SIC. Voltei a sentir dó. De bailarina, Clara não tem nada. De actriz, Rosa nada tem.
Clara escreveu, em 1985, um dos nossos grandes romances das últimas décadas, Adeus Princesa. Rosa, também ela, escreveu, em 1996, um dos nossos grandes romances das últimas décadas, Os pássaros de seda. Uma e outra escreveram muito mais, e conseguiram, aqui e ali, encher-nos de novo as medidas.
Posso ser eu o esquisito. E sei que os biscates das senhoras não são da minha conta. Mas preferia não vê-las assim.
Vi a Clara e tentar dançar… mas coitada, pareceu-me que nem sequer sabe andar com sapatos altos, quanto mais dançar…
Todos nós sabemos que o nosso país o ridiculo não mata nem sequer cria borbulhas (e às vezes até davam jeito umas bexigas doidas)…
Tenho pena da Clara. Eu admirava aquela beleza e aquele talento dificilmente igualáveis. Vê-se que perdeu uma e talvez a outra. Fico com pena de mim.
ugh! Dessas nem falo, mas esta era uma grande senhora:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1321407&idCanal=14
Do maravilhoso programa da RTP2, há já uns anos, uma tertúlia,que a Clara moderava, à figura triste de um programa tb. ele triste «dança comigo», vai a distância de um abismo………..
Porque será que pessoas inteligentes caiem na esparrela de fazer figuras tristes?
era sim, z.
Ah, Fernando Venâncio, que me fez agora lembrar do Paulo Bento…
Em 92 a Clara ainda escrevia coisas da sua autoria?
Ó sharkinho, faz lá as pazes comigo, que agora tiveste piada
fernando, lembro-me de ter lido o «adeus princesa» antes dos 20, pelo que não poderia ser dos anos 90. fui verificar e confirmei: o livro saiu em 1985.
shark, em 92 a Clara ainda escrevia?
Mas o que mais me espanta no meio disto tudo é como é que tanta gente viu uma coisa chamada “Dança Comigo”. Isso é o quê? A versão moderna do Folclore do Pedro Homem de Melo?
Felizmente não vi nem um nem outro…
Volta, Nik, que tamos perdoados.
sharky, nik,
Coisa mai linda! Estou que nem posso, fui à lágrima naquela parte do abrir das barbatanas. Porra, entornei as pipocas.
(qual martelo, branco, tigre, azul, touro ou cinzento-dos-recifes: és um tubarão-sentimental, uma espécie de ‘Finding Shark’ da disney… só te fica bem, digo eu, de mexerico.)
susana,
Hum…aaa….não pude deixar de reparar que já fizeste 20 anos. Ooops.
Desculpa, sim?
Susana,
Perfeito: 1985. Alguma coisa me dizia…
Está corrigido.
O mérito é todo do Nik, Rui. Mas fico feliz por te termos proporcionado um pequeno instante de tréguas neste mundo desavindo.
Ouves o rouxinol que canta lá fora? (Ou será a cotovia?)
Temos poeta, temos.
Cláudia, na melhor nódoa cai o pano.
LOL
Esta malta quer é aparecer seja como e onde for. Aparecer, aparecer. Não percebem que ser conhecido não é o mesmo que ser importante.
Aqui é que falaste bem, jcfrancisco. Tanta gente importante desconhecida…
e desconheçante importida
No tempo do Cesário Verde o conhecido era o Cláudio Nunes, no tempo do Eça o conhecido era o Pinheiro Chagas, no tempo do Camilo Pessanha o conehcido era Augusto Gil. Como dizem os algarvios TÁJAVÉR?
O tempo é um grande aliado.
Caro Fernando Venâncio,
A Dona Clara (na minha opinião) dança «também» como escreve.
Atentemos numa crónica recente no jornal 24 horas (sim, a senhora é cronista no 24 Horas).
http://santamargarida.blogspot.com/2008/01/1177-gorgulho.html
http://santamargarida.blogspot.com/2008/01/1178-orgulho-sem-g.html
(«clicando» nas imagens elas aumentam).