Com 8 anos e 8 meses de atraso

Recordo-me bem da surpresa da vitória do NÃO em 98. Ninguém imaginou que tal fosse possível, tirando os que nada percebem das situações onde se encontram. O voto da rua, a minha — urbana, jovem, classe média —, era maciçamente pelo SIM. Quem se anunciasse pelo NÃO era visto com estranheza, até repúdio, como se fosse um anacronismo ambulante e falante. Não fazia parte do Portugal da Expo 98, do aparecimento da Optimus com a promessa de telemóveis para todos, da feérica abundância consumista de Guterres. E tal estado de ausência de espírito era também uma consequência da demissão dos nossos pais, os quais se tinham alheado da discussão desde sempre, desde a educação em casa que nunca fizeram. Por outro lado, a ideia de que Portugal era um país católico configurava uma grotesca anedota. Portugal já não é católico, sequer cristão, desde o século XIX, desde 1820 — e é para ser brando, pois o povo, em nenhum período da nossa História, se mostrou muito católico, e as elites ainda menos. Acontecia, apenas, que as igrejas e os clérigos faziam parte da economia e da vida social; coisa bem diferente de terem sido influenciadores de ideias e comportamentos, pois não o foram. Não havia estádios, cinemas, televisão, discotecas, centros comerciais, havia igrejas, missas, festas religiosas. Era só isto, não tem mistério.

Pois a rua não mostrava transcendência, e a única imanência era a da mulher grávida, senhora da vida e da morte. Por isso as sondagens diziam em 1998 o que os resultados deste domingo de 2007 repetiram: a maioria dos portugueses, se obrigada a tomar uma decisão, escolheria a despenalização total do aborto. Tudo bem, venceu a democracia, dirão os democratas. E se o NÃO tivesse ganho? Alguns dos que na noite passada louvaram o discernimento dos portugueses votantes teriam vindo falar em manobras e conspirações das forças ocultas, não teriam sido capazes de encontrar uma vitória comum na sua derrota pessoal. Também o ódio surdo à democracia faz parte da democracia, essa fêmea que a todos alimenta.

E agora? Agora, alegremo-nos com a subida da participação num referendo. Portugal não tem uma cultura de discussão intelectual, apenas de conflito pífio. As mudanças geracionais demoram gerações a acontecer, se não estou em erro. Por isso, haja paciência, a maior de todas as virtudes. Demora — e pede um tipo especial de intelectual — a criar uma comunidade de pensadores. Os pensadores precisam de aliar ao consumo da informação a disponibilidade para sacrificar o seu produto. Os debates são verdadeiras lutas, onde se corre o risco de se ser ferido numa convicção, ver mutilado um raciocínio, morta uma ilusão. Entretanto, nem a escola, nem a universidade, nem a imprensa se interessaram por ensinar os portugueses a pensar. Claro, os políticos ainda menos se interessam, pois os nossos actuais políticos sobrevivem à custa da manutenção do charco onde sobra em lama o que falta em profundidade. Acreditei, e ainda acredito, que os blogues podem contribuir para essa causa do crescimento intelectual. Daí, os textos reflexivos e polémicos que foram saindo, e vão continuar a sair, relativos a estas fascinantes temáticas da nossa vida comunitária.

Quanto ao aborto, todas as boas vontades estão unidas nos mesmos propósitos, e o futuro assim o mostrará; pouco importando onde deixaram hoje a cruz, ou para onde a carregaram.

26 thoughts on “Com 8 anos e 8 meses de atraso”

  1. Em Portugal não há uma «comunidade de pensadores»? Quer dizer, aberta, ousada, sem demasiados preconceito e inércia? Com o Valupi, já existe metade do mínimo dela.

  2. Olha que a loquacidade não equivale a inteligência, I’m afraid…
    O homem que resolveu, sozinho e de uma penada, a questão que atormentou centenas de perguntadores em todo o mundo civilizado… com uma pergunta absurda e abstrusa é o fundamento de uma comunidade de pensadores em Portugal? Mal andamos.

  3. E se o NÃO tivesse ganho? Alguns dos que na noite passada louvaram o discernimento dos portugueses votantes teriam vindo falar em manobras e conspirações das forças ocultas, não teriam sido capazes de encontrar uma vitória comum na sua derrota pessoal. Também o ódio surdo à democracia faz parte da democracia, essa fêmea que a todos alimenta.

    Descreves-te bem, valupinho. Pois não serão esses trastes iguaizinhos aos que levaram quase dois meses a massacrar os ouvidos e a paciência dos portugueses com a fraude da “pergunta mentirosa”? Verdadeiro ódio à democracia tem quem usa a mentira sistemática para alcançar o poder ou fazer vingar as suas convicções ou aquilo que pretende fazer passar por tal coisa. Verdadeiro ódio à democracia é o de quem tem dela a noção exclusiva de campo de batalha táctico onde vale tudo para ganhar. Quem, nomeadamente, perante uma pergunta concebida para ser o mínimo denominador comum com o qual fosse possível encontrar um leque amplo de acordo, decide torpedeá-la, subvertendo o significado das palavras e (deixem-me usar um eufemismo) “interpretando-a criativamente”, nunca assumindo – salvo honrosas excepções como o César das Neves, honra seja feita a esse fanático – aquilo que realmente pretende.

    E depois querem fazer-se passar por intelectuais, estes bacocos.

    Como diria o amigo americano, intelectual my ass. Saltimbanco de feira, isso sim, a tentar levar os pacóvios com truques baratos. Que alguns se deixem levar é um facto da vida. Sempre aconteceu, e se calhar sempre acontecerá. A humanidade é imperfeita. Mas felizmente nem sempre os pacóvios são maioria.

    Pensador, um gajo como tu? Ha! Deixa-me rir.

    Pensador é quem lida com factos, quem os enfrenta mesmo que lhe desagradem, quem os não deturpa nem retorce ao sabor das suas conveniências. Uma discussão intelectual que o seja de facto não se pode nunca basear em torpeza desonesta, pois quando esta se passa a dominar a conversa a única resposta possível, para lá de um pano encharcado nas trombas, que muitas vezes apetece mas normalmente não fica bem, é o tal “conflito pífio”. É do uso descarado da aldrabice que nasce o que de pífio os conflitos terão. É por a dado ponto se tornar cristalino aos pensadores que o único objectivo daqueles com quem tentam entabular conversa é endrominar os néscios que se torna impossível a conversa.

    Volta mas é para Balnibarbi, pois – com grande dose de boa vontade – o lugar certo para ti é Lagado. Pedaço de yahoo armado aos cágados.

  4. também é essa a minha intuição, de que as melhores vontades se empenharão na diminuição dos números, ainda que descriminalizados, e no combate à parcela que inevitavelmente continuará clandestina.

  5. O amigo Jorge,

    Fui lá dar um Jiro ao teu blogue de jornalista desempergado e, vi lá a espreção, Os talibãs do Não, essa é phoda sabias, és israelano algarvio? Se és diz pá, a gente não levamos a mal, todos temos direito a falar com os ditâmes da nossa religião mas acho que é abuzar um pouco, mas quando te pois a escrever pro jornal de olhão sobre pedophilia não seria melhor da-res uma olhãodela ào talmude para estares mais bem entrenhado no assunto das idades das criancinhas, alem disso o Valupi gosta muito das americanas ricas, e isso é contraprodecente pois vais perder um putencial friend, do Não, difícil mas pelo que li és um gajo que ainda andas às caroladas com a politica, admiras-te com as aldarbices da sindical nas greves e, esperas muitos dos deputados da assembleia para te fazerem uma lei bonita do aborto, etc e outras coisas, sabes o q é que te digo tens mas é inveja do valupi e de não ganhares oito centos e tal euros por mês e, digo que se tudo o que tens está naquela viterina do blogue vais percisar de mais estoufo por que rir com despreso não é enough, isto, é, não é discussão. Ca fico à espera da tua reacção mas não chames talibans aos Nãos porque se não phoude-to, ou então levas com a tualha e, se calhar o meu inglês ainda é muito melhor que o teu e não perciso de ser inteletual e aqui em Barminhgham todos conhecem-me. E não me apanhes com essa do Barmingham eu sei que é:Birmingham que dizemos e se é na Inglaterra or no Alabama isso é ca comigo.Capixe, e recommendations à Sally.

  6. Valupi, concordo com muita coisa, mas acho que na matriz rural ainda hoje a igreja católica domina, em forma explícita, e em todo o Portugal, a dissimulação, a hipocrisia, patentes transversalmente, ainda são sua herança. E má. Vês a excomunhão contra-natura a conviver alegremente com o abuso de menores pelos clérigos, calada pelo medo.

  7. :D para o chico estaca. de facto, chamar «talibãs» aos que têm uma opinião contrária à da minoria é uma demonstração fantástica de amor pela democracia! Faz lembrar aquela «podes pensar como quiseres, desde que penses o que eu acho bem».

  8. «E se o NÃO tivesse ganho?(…)As mudanças geracionais demoram gerações a acontecer, se não estou em erro. Por isso, haja paciência,(…)

    Postado por Valupi em fevereiro 11»

    NÂO ganhou há quase, e durante, nove anos!
    …e o q é q mudou relativamente a todas as medidas q defendiam e tornaram a defender agora, para evitar recorrer-se ao aborto???? bahhhhhh

    Mudanças geracionais neste caso??? Mas quais mudanças e quais gerações? sendo suposto serem ‘os velhos’ os q mais se opõem à mudança e despenalizar o aborto é mudar, continuar a pretender prender as mulheres q o façam foi o q sempre defendeu a maioria…até agora!, ora ver gente das gerações mais novas defender a não-mudança e pretender-se uma mudança geracional…q raio de coisa é esta???

    Por estas e outras é q a discussão fica inquinada desde o início e depois ponham-se a palrar em reciocínio intelectual, respeito pela verdade e pelo outro…pois, pois…:=>

  9. Fv

    Serás, então, a outra metade? É que se fores, já temos comunidade.
    __

    Anonymous

    Olha que não dizes nada de jeito. What else is new em ti?…
    __

    Jorge

    Noto que te andas a esforçar, mas tens ainda que vir aos treinos mais vezes. Como TPC, vais copiar 100 vezes a redacção que o tio Chico fez o favor de te deixar. Depois, lavas as mãos, bebes um copo de leite e voltas aqui a juntar-te aos crescidos; pois ainda tens muito que aprender e nós queremos fazer de ti um homem. Ou até, e porque não?, um intelectual.
    __

    Susana

    Great minds think alike.
    __

    Tio Chico

    Estou rendido à pujança do estilo. É uma honra tê-lo por cá, titio.
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    Py

    Na matriz rural, manda a ruralidade. Pouco importa que haja ou não catolicismo, ou mesmo cristianismo. A vida rural é conservadora, fechada, medrosa, conspirativa. São fenómenos antropológicos, não carecem de explicações do foro religioso.

    Quanto aos pecados da Igreja, todo um outro assunto, e também ele antropológico (mas não só, sendo uma complexa questão que envolve as dimensões da sexualidade e do “mentalismo”).
    __

    Amok

    Tens de gastar menos tempo com os negritos e mais com as nódoas ortográficas. São os teus leitores, os teus fãs, que to pedem.

  10. Oh Chiquinho, pá, tu tens piada mas eu percebia-te melhor se soubesses escrever. Lê uns livros que isso passa.

    E à Susana que descobriu, vá-se lá saber como, que os talibãs do não são todos os votantes e apoiantes do não, fica aqui a minha vénia. O Tico e o Teco estão em forma, hã?

    Quanto ao valupi, coitado do yahoo. Agora deu-lhe para pensar que tem piada, vejam só.

  11. jorge, tomei o comentário do chico como referência presumindo que ele está de facto a citar-te naquela dos talibãs. se não é o caso, peço desculpa, mas também não vou ler o teu blog, tem paciência. se não percebeste o que eu disse, explico melhor: numa democracia é suposto respeitarmos, no mínimo, as opções e convicções dos outros e eventualmente até darmos o benefício da dúvida quanto à nossa certeza. quando vocês dizem que estes estão a querer impôr a vontade deles à vossa, estão a esquecer que o inverso também está a acontecer. por isso, quando o valupi diz que deveria ser assim ou assado está apenas a exercer o seu direito democrático, nós podemos é não concordar com ele, mas insultá-lo por isso?! faz-me lembrar aqueles que se indignavam muito com o luís rainha e os seus ataques à bomba; nunca percebi essa indignação porque há liberdade de expressão e não há pessoas nem ideias intocáveis.
    já agora, deves ter entendido a frase de resposta do valupi para mim de forma distorcida. ele não estava a falar de nós dois, mas de todas as pessoas, de um lado e do outro, que têm um propósito comum: combater o aborto. isto porque o valupi sabe o que tu talvez não saibas, que eu sou (fui) pelo «sim» e escrevi vários posts no meu blog com esse sentido.

  12. Não, Susana, não.

    Vamos por partes, lá dizia o velho Jack.

    Em primeiro lugar, quanto ao meu blog: lê-o ou não, é contigo. Mas convenhamos que comentar o que lá se escreve com base no que alguém diz que lá se escreve não é lá muito prudente. Se queres comentá-lo, lê-o, e se não queres lê-lo, não o comentes. Isto parece-me uma regra básica. Podes ter a certeza que eu, que tampouco leio o teu, não me vou pôr aqui a comentar o que lá dizes ou deixas de dizer.

    Em segundo lugar, a democracia: certíssimo que numa democracia é suposto respeitarmos as opções e convicções dos outros, mas tu pareces pensar que esse respeito deve ser constante e perene, independente do que os outros façam ou digam. Eu não penso assim. Para mim, as convicções dos outros são respeitáveis até começarem a desrespeitar a minha inteligência tentando enganar-me com aldrabices. Aí, perco o respeito, porque aí saímos da democracia e entramos na fraude.

    Vou tentar deixar isto claro com exemplos. Eu respeito as convicções do César das Neves. Acho-o um autêntico talibã do cristianismo, e por ser essa a minha convicção digo-o, mas respeito-lhe as convicções. Acho que ele tem todo o direito a possuí-las e a divulgá-las, tal como eu tenho todo o direito a denunciar aquelas ideias frontalmente como aquilo que acho que são: talibanismos. É como respeitar as opiniões de um fascista, que devem ser respeitadas, mas macacos me mordam se me vou coibir de afirmar que são opiniões fascistas. De igual modo, respeito por inteiro as convicções de todos aqueles que, sem embarcar em talibanismos à César das Neves nem em fraudes à Rebelo de Sousa, acharam que deviam votar não e o fizeram exercendo o direito absoluto de o fazer.

    O que eu já não respeito são as fraudes à Rebelo de Sousa. Não tenho o mais pequeno respeito por quem procura ganhar votos através da manipulação e da mentira, particularmente quando são sistemáticas. Não tenho respeito rigorosamente nenhum por quem procura transformar a democracia, que deveria ser uma escolha de cidadãos livres com base em informações verdadeiras, num exercício fraudulento de ilusionismo. Não tenho qualquer respeito por líderes partidários que declaram a imparcialidade do seu partido para depois usarem os tempos de antena para fazer propaganda apenas a um dos lados. Uma democracia verdadeira, habitada por gente que a respeita, seria uma sociedade em que se partiria sempre dos factos para a sua análise e interpretação conforme as inclinações ideológicas de cada um. Não seria nunca aquilo que tantas vezes se vê por aí: um exercício de táctica em que o que mais conta (e frequentemente a única coisa que conta) é o jogo de espelhos que permite esconder intenções, ganhar vantagens assentes em falsidades e sugerir ou afirmar mentiras.

    Muitas vezes a linha que separa a interpretação da manipulação é ténue, e nesses casos convém dar o benefício da dúvida. Mas outras vezes é clara. Quando se pretende fazer crer que uma pergunta que fala explicitamente em despenalização pretende na verdade uma liberalização está-se a cometer uma fraude óbvia e cristalina. E eu isso não respeito, nunca respeitarei e acho mesmo que só quando ninguém respeitar esse tipo de manobras teremos a possibilidade de viver numa democracia completa.

    Quanto ao valupi, tenho-o solidamente na conta de um imbecil, mas não é de hoje, é já de há muitos meses. É de lhe ter acompanhado os escritos ao longo de muito tempo, e de outras conversas, bem mais antigas, nas caixas de comentários. Estas tentativas de fraude que ele cometeu nos últimos dias da campanha, ou a incapacidade de compreender uma frase simples que demonstrou, não alteraram em nada essa certeza; limitaram-se, quanto muito, a dar-lhe mais sólidas bases. Não é porque ele é contra a despenalização do aborto que o acho um imbecil, e achá-lo-ia igualmente imbecil se fosse a favor.

    Não sei se leste as Viagens de Gulliver. Se não leste não perceberás as referências a Balnibarbi ou Lagado, mas estas explicam exactamente o principal motivo porque acho o valupi um imbecil.

    De ele ser um imbecil não segue necessariamente que não o respeite, nota. Ninguém tem culpa de ser pouco dotado de massa cinzenta. Mas o valupi não se limita a ser imbecil. O facto de não ter tomates para assumir um nome ajuda. Mas a minha falta completa de respeito por ele vem principalmente da completa ausência de respeito que ele demonstra por quem usa nestas conversas argumentos que não percebe ou com que não concorda. Foram largas dezenas de respostas do género de “olha que não dizes nada de jeito. What else is new em ti?…”, muitas delas em troca de argumentário inteiramente válido que o poço de imbecilidade arrogante que escreve neste blogue resolve descartar displicentemente do alto da torre de marfim (falso, de plástico endurecido colado com cuspo) a que se acha com direito. Tem-se em muito alta conta, o idiota, apesar de se mostrar incapaz de sustentar discussões que fujam dos parâmetros estreitos a que está habituado.

    E é isso, pá.

  13. Jorge

    Reparei, surpreso, que fizeste uma referência aos meus tomates. Uma vez que puseste as mãos nessa massa, queres desenvolver o assunto?

  14. Ah, Susana, já me esquecia: e é também esta patética pulsão pela última palavra, mesmo que não tenha nada a dizer (ou não queria dizer nada, o que vai dar ao mesmo).

  15. O Jorge,

    Então isto é uma coisa bonita, não é:

    “O que se pode dizer com toda a segurança é, isso sim, que o sim significa menos aborto realizado em condições medievais, com as consequências óbvias que isso tem quanto à mortalidade feminina e a problemas de saúde graves que os abortos clandestinos provocam”.

    How menos podias especeficar, quer dizer, século XIII, XI, ou outro etc para eu investigar na Internete.
    Achas ou não?

    E depois eu não sei escrever, há Sim, menino mas, se não soubesse então como é que estava a escrever estas palavras? Esperto, ainda não tinhas nascido já eu tinha lido montes, montes de obras entre essas os Mistérios da Russia e o Inferno de Edmundo Dantes e a encicolopêdia do Dêcarte, at least sei falar as verdades e as verdades que tu não gostas e que acima de tudo interessam às pessoas que vêem aqui não? Não venhas é fingir-te em escritor de novelas e obras lá no teu blogue e chamar de talibãs aos que tem idade de ser teus tios e onde estão as provas, Sim? Onde estão elas? Tu percisavas ser posto em Guantámano só de falares assim. Mas perdouo-te porque sou um humano e orgulhoso Não e tenho uma alma assiada e limpa., espero entre tanto que esta escrita já esteja mais do teu agrado e não vás ao Valupi dizer mal dos filmes antigos porque isso digo-te já que não percebes nada. Tu, só deves ter houvido falar é dos actores italianos fascistas como Amedeo Naziari. Tu se calhar nem sabes que a Eunice Munhoz é da Amarleija lá ao pé do Algarve calha bem? Pff pff tch tch

  16. OK, Chico, tá melhor. Mas ficava melhor ainda com as seguintes alterações:

    – Ao menos em vez de How menos;
    – Especificar em vez de especeficar;
    – hã em vez de há (se é que percebi bem a intenção);
    – Rússia em vez de Russia;
    – Edmundo Dantes se calhar era dantes; hoje é Dante Alighieri;
    – Descartes em vez de Décarte;
    – Pelo menos em vez de at least;
    – Têm em vez de tem;
    – Precisavas em vez de percisavas;
    – Guantanamo em vez de Guantámano;
    – Perdoo-te em vez de perdouo-te;
    – Asseada em vez de assiada;
    – Entretanto em vez de entre tanto;
    – Ouvido em vez de houvido;
    – Muñoz em vez de Munhoz;
    – Amareleja em vez de Amareleija.
    E mais uma porção de coisinhas que têm a ver com pontuação ou que tenham passado ou que são demasiado chatinhas para explicar rapidamente.

    Bom, isto é o envelope. Quanto ao substrato:

    Que é que tem essa frase de errado? Sabes por acaso em que condições é feito o aborto clandestino em Portugal? Conheces por acaso a falta de condições básicas de higiene em que uma parte significativa desses abortos acontece? Especialmente quando a mulher é pobre e não pode pagar as clínicas clandestinas que há por aí ou uma viagem a Espanha ou Inglaterra?

    Medieval é exagero? É. Mas só porque hoje há electricidade em quase todo o lado. De resto, muitos abortos e praticamente todos os abortos pobres, são perfeitas histórias de terror.

    Quanto à minha viagem até “Guantámano”, dispenso, obrigado, embora registe a amável intenção. Em Cuba há sítios bem mais aprazíveis. parece que Varadero é porreiro nesta época do ano. Quanto ao que me finjo ou deixo de fingir, enfim, para saberes se é fingimento ou não só tens de comprar os livros que afirmo ter escrito ou traduzido. É fácil, é barato e dá milhões.

    Para o fim ficaram os talibãs porque exige um pouco mais de elaboração. Os talibãs originais, isto é, os estudantes de teologia das madrassas do mundo Paquistão, eram e são defensores de uma concepção teológica de sociedade, em que tudo nela deveria ser determinado pelos mandamentos da *sua* religião. Que parte tenha pegado em armas para impôr essa concepção é relevante mas não determinante. O que me interessa são as linhas de raciocínio que os levaram a isso. E afirmo que são as mesmíssimas linhas de raciocínio que orientam gente como o “nosso” César das Neves (sabes quem é?), os “nossos” padres que usam crianças para a distribuição de folhetos repugnantes, quem faz comparações estapafúrdias entre o 11 de Setembro e o Domingo passado… tal como quem mantém em funcionamento ou deu origem a coisas que parece que te são caras como Guantanamo ou Abu Ghraib, gente que também é muito “pró-vida” como é público e notório.

    Se por acaso pensaste ler em algum sítio que os “talibãs do não” vão além desta malta, isso é prova irrefutável apenas de uma coisa: de que não sabes ler.

  17. Ok JOrge,

    Já tou em pjamas mas agradeço a tua longa resposta, é sinal que tens concideração por mim, argumentas muito bem mas infelizmente não me disses-te nada excitante politicamente falando. Responderte-ei amanhã e obrigado pelas corrigidelas que me fizeste, também tenho que ser franco a este frespeito, porque eu sei dos meus limites e capacidades.

  18. «Amok
    Tens de gastar menos tempo com os negritos e mais com as nódoas ortográficas. São os teus leitores, os teus fãs, que to pedem.»
    Comentário de: Valupi | fevereiro 13,

    Resposta tonta de quem andou pr’aqui a disparar tonterias…eu diria antes impotente, a resposta!, mas…por certo a tua imbecilidade (depois pago os direitos de autor!) irá logo direitinha para um certo sentido…meu caro, impotencia intelectual! é dessa q padeces!

    Mas…pq ñ tenho a presunção de não cometer erros…aponta-mos lá, já agora, para que se possa retirar algo de útil destas tuas arengadas todas…

    E já q admiras tanto os meus bolds…Esta é a forma dos desonestos da ‘intelectualidade’ fazerem desviar o rumo à conversa…do q interessa mesmo!…o conteúdo, não a forma em estilo purista…q tb o não tens!…qt aos meus supostos leitores e/ou fãs, estás mt enganado…eu ñ faço parte desses círculos, sou uma bloger absolutamente anónima, ñ me movimento em nenhum círculo, seja ele de q espécie for…pelo q ñ ando por aqui à espera de ser descoberta pra nada, menos ainda pra qq tipo de tacho em qq jornaleco…Esta é a verdadeira discussão pífia q os pseudo-intelectuais, como tu, gostam de fazer descambar quando a inteligência lhes falta para responder a preceito…

  19. Amok

    Como é que estão as coisas com o Jorge? Corre tudo bem? Já chegaram àquela fase, tão bonita, em que sonham ter um blogue juntos, só para vocês os dois?…

  20. Amok
    Como é que estão as coisas com o Jorge? Corre tudo bem? Já chegaram àquela fase, tão bonita, em que sonham ter um blogue juntos, só para vocês os dois?… Comentário de: Valupi

    …ai agora deu-te para a infantilidade???!
    Ok…bye…bye…:=>

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