Nhurrice II

Agora, JPH embarcou numa longa viagem de circum-navegação em redor daquilo que primeiro teve a dizer sobre o meu post. Já não me acusa de ver no Hamas uma IPPS. Agora, prefere passear por outras paragens, afirmando que a componente social do Hamas é desprezível por incluir apoio às famílias dos bombistas suicidas; que Israel se está nas tintas para essa acção social; que a facção bélica do Hamas é sinistra e que foi esta que venceu as eleições. (Até a foto que escolhi para ilustrar o post, que me parecia explicitar o carácter ameaçador do Hamas, depois de sujeita a um pouco de psicanálise caseira, é “reveladora sobre quem a escolheu” e “chic”.)
Nada disto me preocupa, conclui ele num fabuloso exercício mediúnico. Apesar de eu não ter escamoteado o lado negro do movimento nem o facto de este não reconhecer o direito à existência de Israel. Apesar de eu me ter limitado a reafirmar a complexidade de um fenómeno como o Hamas: não disse que a sua política social era boa ou má, não profetizei uma reacção definitiva de Israel a esta vitória.
Mas tudo bem. Se JPH prefere responder a afirmações que eu não fiz, estará no seu direito.

7 thoughts on “Nhurrice II”

  1. Hum,
    estou a ver que as respostas ao tema estão a ficar um autêntico nonsense. Talvez esteja na altura de embalar a trouxa e zarpar. Daqui a nada ainda ouço falar do terrorista do Xanana Gusmão, com quem a Indonésia se recusava a negociar…

  2. Camaradas: esqueçam por minutos as vossas desavenças e dêem um vista de olhos rápida ao Quadrado: aquilo está uma loucura!!!

  3. Está sim senhor. Mas aquilo sempre foi do melhor; espero que não o fechem só porque acabou a campanha…

  4. JPH é um terrorista useiro e vezeiro em provocações sharonescas na blogosfera. Nem merece resposta e muito menos “justificações”. Quem tem de justificar-se são os sionistas ladrões de terras e genocidas. Não a heróica resistência palestiniana que se limita a retribuir os golpes que recebe do ocupante. Se os terroristas da kippa já massacraram, só desde 2000, 3750 civis palestinianos, 600 dos quais crianças abatidas por snipers, por que razão não hão-de os oprimidos e ocupados levar o luto a 1000 e poucas famílias sionistas ? Só o sangue vinga o sangue. É a guerra e foram os sionistas que a começaram quando ousaram limpar etnicamente um território que não lhes pertence para aí instalar um estado racista, fundamentalista, apartheidesco e anti-democrático (não aceita o princípio one man, one vote).

    Força, Hamas ! A Nação árabe unir-se-á e libertará a Palestina dos cruzados sionistas, tal como há 800 anos Saladino o fez em relação aos cruzados cristãos.

  5. Pergunta de um provocador nazi- sionista, o grunho JPH:

    “No contexto desta interessante discussão antropológica, pergunto-me: poderão os palestinianos ser um pouco estúpidos?”

    Heil, JPH ! Nem todos podem ser “povos eleitos”…

  6. Luís,

    basta vêr a diferença de qualidade entre o debate que se faz sobre esta questão na blogosfera nacional e o que ocorre entre bloggers americanos (conservadores ou “liberals”). Estes, pasme-se, não páram de analisar e dissecar a “complexidade” do hamas.

  7. Precisões sobre o programa do glorioso Hamas

    «Israel nasceu de uma agressão, da ocupação de terras», insistiu.
    O principal dirigente do Hamas negou, no entanto, que o movimento queira a destruição de Israel: «Vocês, os ocidentais, estão enganados. O que está escrito em árabe é ‘pôr termo à ocupação israelita da Palestina’. Nós não queremos eliminar o outro, apenas conseguir os nossos direitos. É por isso que esse parágrafo se mantém«, disse.
    Khaled Mechaal declarou, ainda, que «o Hamas não fecha a porta ao diálogo» e que é «Israel que o impede», não lhe deixando «outra opção que não a resistência».
    Presidente da comissão política do Hamas – e, nessa qualidade, tido como «número um» do movimento -, Khaled Mechaal foi escolhido para estas funções após os assassínios, por Israel, do xeque Yassim e do sucessor deste, Abdelaziz Rantissi.”

    Assinale-se que o próprio Mechaal foi envenenado em plena rua de Amã por dois nazis da Mossad, depois presos, só se tendo salvo porque a moeda de teroca dos Mossads foi a entrega do antídoto… Mas os nazi-sionistas assassinaram os mártires Yassin, Rantissi e Arafat (este também por envenenamento). A hora da vingança chegará…eles não perdem pela demora…

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