UM JORNALISTA DESASTRADO

O drama que atingiu a família inglesa de férias no Algarve devido ao desaparecimento da sua filha Madeleine, de três anos de idade, levou o jornalista Hernâni Carvalho a fazer alguns comentários sobre o assunto no programa “As tardes da Júlia” (Júlia Pinheiro) na TVI.

O jornalista começou por referir “a taxa de desemprego que se verifica no Algarve”. Estaria Hernâni Carvalho a referir-se ao nosso Algarve? Pelos vistos, não.

Soledade Martinho Costa


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Todos sabemos que o Algarve nunca foi uma província virada para a indústria, a não ser a conserveira, praticamente desaparecida. Tem a pesca, embora não como antigamente, e a vida agrícola, hoje menos produtiva.
Ainda assim, se há em Portugal região onde o desemprego não se faz sentir, é aqui. Digo aqui, porque estou no Algarve, onde passo alguns meses no ano (Areias de S. João, Albufeira) há já perto de 20 anos. Desde sempre notei (hoje mais) que emprego é coisa que não falta por estes lados. Falta, por vezes, isso sim, é mão-de-obra. Os anúncios são uma constante: “Precisa-se de empregado(a)”, colocados em montras ou noutros lugares públicos e visíveis.

É no Algarve que uma mesma pessoa (mulher ou homem) consegue ter dois ou mesmo três empregos ao mesmo tempo. Não ponho em causa o ordenado que recebe. Se as pessoas são bem ou mal pagas. Se trabalham de dia e de noite. O que está em causa é que não há desempregados!

Jovens estudantes há, que em tempo de férias, vêm trabalhar para o Algarve com o fim de ganhar algum dinheiro.
Todos sabemos também que foi nesta província que o turismo mais se desenvolveu. É aqui que crescem (em parte, infelizmente) as grandes urbanizações, os grandes empreendimentos turísticos que englobam spas e resorts, quase sempre associados aos hotéis de luxo. É aqui que prolifera o grande negócio, o grande comércio: aldeamentos turísticos, apartamentos de condomínio fechado, restaurantes, pastelarias, bares, discotecas… Não há canto onde não exista uma loja. Turismo e comércio são irmãos siameses! Tudo isto a necessitar de muito pessoal. E nem sequer me refiro à mão-de-obra utilizada na construção civil ou na construção ou remodelação de estradas e afins…

O senhor Hernâni Carvalho que tente arranjar por aqui um jardineiro, alguém que tome conta da sua piscina, uma empregada para as limpezas da sua casa, ou para a limpeza de escadas e acessos nos condomínios (esporádica ou permanentemente), um pedreiro, um carpinteiro, um canalizador, etc., etc. Tente e depois diga-me. E não esqueça que a maioria dos emigrantes estrangeiros se encontra no Algarve (principalmente brasileiros), e todos eles empregados…

O jornalista associa ainda “a falta de emprego no Algarve” ao rapto de Madeleine. Afirma ele que “quase todos os algarvios falam inglês”, podendo, “um qualquer desempregado, a troco de dinheiro” ter feito “o serviço” e ter entregue a criança ao “verdadeiro mandante”. Que brilho de raciocínio! E como tem em boa conta os (possíveis) desempregados algarvios!

Diz também “que nunca conseguiu pôr os filhos a dormir às sete e meia da tarde”, esquecendo que os horários dos ingleses não são os nossos. E avança com uma suspeita: “Sendo os pais das crianças médicos” e “sabendo lidar com medicamentos”, poderiam “ter utilizado medicação para pôr as crianças a dormir”!

Nesse caso, porque se revezavam para irem ver os filhos? Seria porque a medicação “ministrada” não era suficientemente forte?

O que o jornalista parece desconhecer é que no Algarve é normal verem-se os ingleses a jantar no interior dos restaurantes ou nas esplanadas às sete horas da tarde. Naturalmente, que os filhos jantam à mesma hora. Para quem se encontra num spa, como a família McCann, é normal que deite os filhos meia hora depois – e que as crianças adormeçam.

Por essa hora muitas crianças estão a cair de sono. Sei-o por experiência própria. Uma criança que passa a manhã na praia, que corre, brinca, apanha sol, toma banhos de mar, que continua a despender energias pelo dia adiante, não estará exausta às sete e meia da tarde? Será assim tão estranho que esteja a dormir a essa hora?

Comenta-se, em relação ao rapto de Madeleine, que ninguém ouviu gritos ou o choro da menina. É natural. Uma criança profundamente adormecida não dá por nada: se a põem a fazer chichi, se lhe dão um biberão de leite, se a mudam de uma cama para outra. Qualquer pessoa pode levar nos braços, com jeito, uma criança “ferrada” no sono sem que esta se aperceba disso. Assim sendo, quem levou Madeleine nem sequer teria necessidade de falar inglês, como sugere desastradamente o senhor Hernâni Carvalho!

Tenho Júlia Pinheiro como uma excelente profissional, dentro do género de trabalho que faz na TVI. Estranhei, por isso, que tivesse pactuado com as afirmações e insinuações (desajustadas e perigosas) de Hernâni Carvalho. Será por ele ser, ultimamente, “prata da casa”? Permita-me um conselho cara Júlia: em certos casos, escolha melhor os convidados que leva “às suas tardes”. Todos ficaremos a ganhar com isso.

Soledade Martinho Costa

29 thoughts on “UM JORNALISTA DESASTRADO”

  1. H.Carvalho costuma aparecer em tais contextos como comentador de casos, normalmente policiais. Isso puxa-lhe pela costela de Sherlock Holmes, e às vezes leva-o à calinada.
    Mesmo assim acho-o figura escorreita, no campo do jornalismo, onde campeia o improviso e a iliteracia dos tirocinantes.

    Já sobre a Júlia, ‘excelente profissional’, suspeito da generosidade da Soledade. Mas prefiro não dizer mais.

  2. Não fora o tema ser absolutamente trágico, para além de que não sei quem é o senhor Hernâni Carvalho e de não ver a Júlia Pinheiro, e bastar-me-ia este parágrafo do post: «O senhor Hernâni Carvalho que tente arranjar por aqui um jardineiro, alguém que tome conta da sua piscina, uma empregada para as limpezas da sua casa, ou para a limpeza de escadas e acessos nos condomínios (esporádica ou permanentemente), um pedreiro, um carpinteiro, um canalizador, etc., etc. Tente e depois diga-me», para passar à frente. Ou seja, e fazendo de conta que não estamos a falar da pequenina inglesa desaparecida, porque é que a senhora que assina este post só dá como exemplos de pleno emprego no Algarve, profissões desqualificadas, sazonais e precárias? Será que no seu contacto com algarvios, que, pelos vistos frequenta há tanto tempo, nunca encontrou pescadores, biólogos, empregados de hotelaria, funcionários públicos ou advogados? E, já agora, carpinteiros e canalizadores, consta que é difícil arranjá-los em qualquer ponto do país… Só para resumir: realmente, ter alguém que me tratasse da piscina ou que limpasse as escadas do meu condomínio, seria sempre um assunto que me ocorreria a propósito do rapto de uma criança! Por favor, um pouco de decoro.

  3. A Ana é apressada e injusta.
    O drama da família inglesa é, no post, uma questão lateral.
    A principal é outra.

  4. O que no Algarve não há… são empregos.
    Há trabalho, sim senhor, mas… mas também muito perguiçoso que não quer trabalhar.
    E quando se quer um pessoa para fazer um trabalho qualquer paga-se o triplo de, por exemplo, em Lisboa.
    Quanto ao senhor Hernani de Carvalho é um profissional de corpo inteiro e deve faltar qualquer coisa no texto para se poder ajuizar do comentário. O senhor Hernani Carvalho não é pessoa de tiradas gratuitas. E que o Algarve é uma miséria, a custos altissimos e sem justificação é verdade!
    Porque é que o aldeamento não tem vigilãncia privada e camara de filmar nos corredores?
    As Leis e as exigências de segurança são só para os portugueses?
    Os ingleses que deixem de gozar connosco.
    Primeiro: aprendam português.
    Segundo: Não estão em casa.
    Terceiro: Em férias deixar três crianças sozinhas a dormir?….

  5. Caro anonymus, se no post a questão do drama da família inglesa é lateral e a principal é outra, qual é a «outra?» A falta de mulheres a dias no Algarve ou o aconselhamento editorial da Júlia Pinheiro?
    Quanto a deixar três crianças sozinhas a dormir, caro carlos arinto, tb. me parece estranho. Principalmente, sendo tão pequenas… Mas não conheço nem a distância do restaurante para o apartamento, nem quantas vezes os pais se levantavam para as irem espreitar, para poder falar em negligência. De qualquer modo, parece-me que, nestas circunstâncias, as bravatas antibritânicas não vêm a propósito.

  6. Ana
    Não vi o programa, leio apenas o post.
    Parece-me que, nele, a questão principal é a reacção de Soledade aos exercícios de imaginação do jornalista, que o levam por atalhos aleivosos no comentário que faz. O drama da família inglesa é apenas pano de fundo, e a autora do post não se pronuncia sobre ele. Nem sequer nos adianta um adjectivo. E o resto são considerandos (bons ou maus!) em que fundamenta a sua reacção.
    Partindo da “taxa de desemprego que se verifica no Algarve”, a fantasia de H.Carvalho associa a falta de emprego ao rapto. E como quase todos os algarvios falam inglês, bem podia ter acontecido que um qualquer desempregado, a troco de dinheiro, tivesse feito o serviço para o verdadeiro mandante.
    Repito, não vi o programa. Mas uma teia destas não é mais que uma sucessão de tontices plausíveis, que se não esperam do jornalista.
    Ler um parágrafo e passar adiante, é no que dá. E o decoro, menina?!

  7. ana cristina leonardo:

    Pedreiro, carpinteiro, canalizador (que cito no meu texto) são, para si, profissões “desqualificadas”. E é a mim que pede “um pouco de decoro”!? Não melindre quem trabalha em profissões tão necessárias e úteis como estas. O mundo não vive só de doutores!
    Releia o seu comentário. Nele refere os “pescadores”, os “funcionários públicos” e os “profissionais de hotelaria”. Minha cara, então, em que ficamos!?
    Não sei se reparou, mas estou a falar de uma região de TURISMO. Sabe o que é?
    Mas não tenha receio. No Algarve o que não falta são advogados. E, naturalmente, biólogos também (julgo eu, pelo menos…).

  8. Só mais uma coisa, ana cristina leonardo:

    No Algarve tinha a sua graça, um advogado, qual empregado de mesa, a servir-lhe o almoço num restaurante, ou um biólogo, munido de aspirador, a fazer a limpeza ao seu quarto de hotel!Lá isso, tinha…

  9. Minha cara Soledade, em Portugal as profissões que cita são desqualificadas, precárias e sazonais. Quanto aos pedreiros, carpinteiros e canalizadores, só um bocadinho menos do que outras, embora a dificuldade de os arranjar seja tão difícil no Algarve como em qualquer outro ponto do país, incluindo aqueles onde há muito desemprego. Mas só para rematar: a sua crítica ao Hernâni Carvalho, que não sei quem é, mas cuja argumentação me foi gentilmente resumida e explicada por Anonymous, carece de tanto sentido como o raciocínio do referido convidado de Júlia Pinheiro. Estamos ao nível do absurdo. Um diz: pode ter sido um português a raptar a criança a mando porque há muito desemprego no Algarve; a senhora cometa: a ideia de ser um portugues a raptar a mando é despropositada porque no Algarve não há desemprego. Estão os dois a falar de quê?! E para finalizar mesmo: haja decoro!

  10. Carlos Arinto:

    Trabalho é sinónimo de emprego, ou não será?
    “No Algarve paga-se o triplo” por um qualquer trabalho, diz você. É sinal de que se ganha mais.
    “O Algarve é uma miséria”, afirma também. Nunca tinha ouvido dizer…
    Deu-se mal por cá, foi? As férias sairam-lhe mais caras do que previa? Só tem uma coisa a fazer: não voltar!
    Quanto às suas perguntas, dirija-se aos investigadores do caso.

  11. Prezado Anonymous:

    Fico satisfeita por ter entendido o meu post.
    Foi inteligente, gentil e um prestimoso “professor” para “alunos” menos dotados…

  12. Cara Soledade Martinho Costa:
    -Ir de férias para o Allgarve? Julga que sou burro? Para ser explorado por uma cambada de mandriões, serviços de má qualidade e profissionais ociosos no trabalho mas gananciosos no dinheiro?
    Felizmente que nem todo o Allgarve é assim,mas a grande maioria, destino da classe média portuguesa, é-o. (sem qualquer dúvida)
    Tudo escrito em inglês? Porquê?
    E minha cara Soledade…trabalho não é sinónimo de emprego. Deve estar confundida, trabalho é outra coisa, mas não lho vou explicar porque se ainda o não entendeu, também não vai ser agora!

    Aproveiro para explicar que a distãncia entre o restaurante e o local onde as crianças dormiam era pequena (50/70 metros?) e ambos dentro do perimetro do aldeamento.A acreditar nos pais iam verificar, de meia em meia hora se *tudo estava bem* não duvido. Mas quando V. vai para um aldeamento, um hotel, um turismo rural não se sente confortável em possuir segurança dentro do perimetro das instalações?
    Onde está essa segurança, neste caso????
    Não me atrevo a dizer que os pais foram *irresponsáveis*, mas não existem raptos por acaso (ia a passar e disse para comigo, e se eu agora raptasse aquela menina ali? Não é assim que funciona, pois não?)

    Quanto á actuação da nossa policia, até bem pouco há a dizer o que há a dizer e a perguntar é: que é isso do segredo de justiça?Querem-nos tomar por parvos para legalizar e justificar o arquivamento, a ausência de esclarecimentos e a fraude? A questão é politica e pretende apenas dividir o mundo em os que se ocultam e os que e dobram.(O sargento Luis Gomes raptou a sua menina? Foi sequestro? Alguém deve estar a brincar com os conceitos e a meter a mão no bolso de alguém)

    Cumprimentos.

  13. E depois temos o satanismo, e a pedofilia, e a pornografia de crianças, com todas as suas ligações a marmanjos da alta e da política e do esotérico manhoso por essa Europa fora , de que ninguém fala.ui, ui, ui, senhores portugas do gargarejo…

  14. No passado dia 7 desapareceu mais uma criança e a MERDA dos nossos órgãos de comunicação social nada disseram.
    Infelizmente a prova de que necessitávamos para ver que há muitas diferenças entre o ALLgarve dos Ingleses e o POORtimão dos portugueses…

  15. Fontes da PJ, da PSP e da GNR de Portimão não confirmam o desaparecimento “de mais uma criança no passado dia 7”.

  16. Posso agora acrescentar que “no passado dia 7 se ausentou de Portimão uma jovem de 13 anos de idade, na companhia do namorado de 20, tendo este efectuado um telefonema para a mãe a informar que estavam em Lisboa”.

  17. hernani posso desejar-te muita força para a tua profissao es um senhor sem papas na lingua em quanto muitos se escondem eu tenho uma amiga k adorava de falar contigo pq causa dum problema mas depois diz algo. muitas felecidades para si e para toda a sua familia.

  18. Sra Dona Soledade

    Aconselharam-me a ler as letras que me dedicou. E aqui estou.
    Se de facto viu o programa da Júlia Pinheiro, devo dizer-lhe que terá, no mínimo, percebido várias coisas mal. Certamente por falta de capacidade de comunicação da minha parte. Afasto-me das incorrecções que aqui pôs na minha boca para lhe garantir que não acredito que a mova contra mim algum rancor. Nunca tinha ouvido falar na sua existência. Coisa de que lhe peço desculpa.

    Em verdade, o tempo ajuda.
    Hoje, ao contrário do que se fazia crer há 2 meses, percebe-se que:
    1-os pais não foram inspeccionar os 3 meninos que abandonaram na casa;
    2-os pais estavam bem dispostos num bar a mais de 50 metros da casa onde deixaram os meninos
    3- Do bar não se vislumbra a casa onde os Macann deixaram os 3 meninos;
    4-Os pais rejeitaram os serviços que o hotel pôe à disposição para acompanhamento de crianças;
    5-Este comportamento dos Macann é crime em Inglaterra;
    6-Poderia avançar com mais esclarecimentos, mas reconheço (tal como diz no seu simpático texto)que sou desastrado. Tão desastrado que por muito que aqui viesse explicar, estou convicto, a senhora iria encontrar de novo coisas que eu não disse. E a culpa seria de novo minha.

    Peço-lhe desculpa por não entender os exemplos que me deixou no texto(a culpa é de novo minha) e aproveito para lhe dizer que nunca tive dinheiro para ter casa, com piscina e muito menos no Algarve. De facto, eu sou mesmo doutros lugares a vários níveis. Peço-lhe desculpa pelo incómodo e agradeço-lhe a atenção.

    PS Não é meu hábito intrometer-me nestas conversas e comentários. Mas como a Júlia Pinheiro é aqui acusada de ter feito uma má escolha (ao convidar-me para o seu programa), entendo ser da mais elementar justiça vir aqui pedir desculpas à Júlia Pinheiro e agradecer à Dona Soledade ter-me apelidado de prata da casa. É bom sinal e fico orgulhoso disso.

    Hernani Carvalho

  19. Sr.Hernâni Carvalho
    Preciso de lhe falar de um caso que me veio parar ás mãos e que não sei bem o que fazer porque receio ser ilegal e acho que até era um bom caso para analisar e talvez alertar os Portugueses para não cairem neste poço.Estive a ler um artigo seu no AEIOU onde deixei o meu email para que me pudesse contactar ou mesmo para que se o Senhor concordasse eu o pudesse contactar, isto é um caso que eu não sei bem o que fazer repito, e precisava que me ajudasse mas sinceramente isto cheira -me a esturro. Com os melhores cumprimentos Carmen Soares

  20. uma criança se questrada na junta de freguesia , 2 horas , amiassada de prender a mão siela não ficar com o pai

  21. Pois dona soledade parece que o sr hernani nao anda muito longe da verdade.Sabe o que é que faz falta no nosso pais sao mais Hernanis Carvalhos e que felizmente ele incumoda muita gente.
    Continue assim sr hernani

  22. Tenho de concordar com a Cristina. Fazem falta mais “Hernânis”, muitos mais. Estou neste momento a ver estes posts porque perdi o trabalho que tinha, não…não era emprego. Tenho mais tempo livre agora. Talvez devesse mudar para o Allgarve, já que até dou uns toques no Inglês. Parece realmente haver lá de tudo. Como sou do centro, agradeço que haja Homens como o Sr. Hernani Carvalho. Há muito por dizer neste país. Por agora fala-se de um caso em que todos temos sido marionetas (aliás o papel de Portugal na UE). Espero que haja cada vez mais vozes a preocupar-se com a situação que os portugueses vivem, e a defender a “pessoa portuguesa”. Algarve, srª dona Soledad? Pode ficar com ele. Votos de melhor compreensão da língua portuguesa, e das indirectas dos comunicadores de qualidade!
    P.S. – Por vezes vejo a Júlia Pinheiro, conheço textos e livro de Hernâni Carvalho, e não é por isso que me caem os parentes na lama. Preocupo-me mais por ser uma professora desempregada.

  23. Você é uma atrasada mental. Vá você ser explorada aí nas Areias de São João, onde pagam 450 euros para trabalhar 14 horas por dia atrás de um balcão.

  24. Hernani Carvaho para mim é o melhor jornalista de investigação português.
    Tudo o que disse sobre caso Maddie há uns meses está a acontecer agora.
    Força e continua Hernani.

  25. Olá, eu sou a Rosa e tenho uma filha que anda a estudar comunicação e jornalismo, na Lusófuna em Lisboa. Ela adora o trabalho do Hernani, assim como eu, a minha esperança é que alguém leia estas letras e consiga de alguma maneira ceder-me o contacto do SR. Hernani, pelo seguinte:
    A minha filha enviou um e-mail para a T.V.I. a fazer esse pedido, mas até agora não obteve resposta. Ela necessita de fazer um trabalho, e como admira tanto, mas tanto o Sr. Hernani, assim como o Sr. Paulo Critovão, ela queria tanto que esse trabalho passa-se por entrivistar, ou um, ou outro. Se alguém me puder ajudar neste sentido era óptimo. Quem sabe, se com um pouco de sorte, não seja um dos Senhores a responder-me. Ficaria imensamente grata.
    Cumprimentos cordeais,
    Rosa Santos

  26. Pois é alguem que consegue ver as coisas como realmente elas são, que consegue dizer tudo e toda a verdade, sem medo de represalias, coisa que os sindicatos de policia, nao conseguem fazer, nem mesmo o facto de serem enumeros… Era melhor nem haver sindicatos, sao todos iguais… Qual é a motivaçao que um profissional de policia tem para fazer o seu trabalho, quando os juizes põem os detidos na rua e questionam os agentes se procederam da melhor forma.. Em Exemplos presenciados por mim que alguem foi detido por Carjaking, mais uma vez entre centenas de vezes, e mais uma vez veio para a rua… O meu desejo é que esse ser que eu não consigo qualificar por motivos obvios, um dia furte o veiculo do proprio juiz… Ai eu quero ver se continua tudo na mesma, e com o desenrolar disto nao vai faltar muito, acreditem…. Força Hernani…
    Um Agente da PSP que te apoia a 1000%…

  27. Um amigo informou-me que no Aspirina tinham voltado a falar no meu nome. Vim ler. Como não vi a minha resposta dada na altura ao Hernâni Carvalho, achei por bem publicá-la inserida nos comentários. Já lá vai tempo, mas o assunto continua em aberto. Reconheço que, em certos pontos, poderia ter-me enganado. Noutros não. Já o mesmo parece não acontecer com o senhor Hernâni Carvalho. Negar o que todos ouviram quando foi entrevistado pela primeira vez na TVI pela Júlia Pinheiro, não me parece medida acertada.

    Alguns dos pontos abordados por Hernâni de Carvalho:

    1 – “Os pais não foram inspeccionar os 3 meninos que abandonaram na casa”. – Não terá sido por julgarem as crianças em segurança? Estavam num quarto de um condomínio fechado (SPA?) e não, propriamente, numa tenda de campismo…
    2 – “Os pais estavam bem-dispostos num bar a mais de 50 metros da casa onde deixaram os meninos”. – E porque razão não deviam estar bem-dispostos? Pagaram caro essa boa disposição. Não passava pela cabeça do casal McCann que algo de terrível estava para acontecer. Será de bom-tom criticá-los? Estamos sempre a aprender e nunca aprendemos o suficiente, essa é que é a verdade…
    3 – “Do bar não se vislumbrava a casa onde os McCann deixaram os 3 meninos”. – Não faz grande diferença. Mesmo que a vissem, não viam o que se passava dentro do quarto…
    4 – “Os pais rejeitaram os serviços que o hotel põe à disposição para acompanhamento de crianças”. – O grau de segurança relativamente ao hotel e ao nosso país talvez fizesse com que não achassem necessária essa precaução…Da qual bem se arrependem, decerto.
    5 – “Este comportamento é crime em Inglaterra”. – Em Portugal também (artigo 138 do Código Penal). Chama-se “crime de abandono” (o que dá vontade de rir). Mas não é por isso que não se verificam dezenas de raptos de crianças em Inglaterra, casos que nunca foram resolvidos – além de crimes violentos sobre menores, sendo considerado o país com mais crianças desaparecidas a nível da comunidade europeia.
    6 – “Poderia avançar com mais esclarecimentos, mas reconheço (tal como diz no seu simpático texto) que sou desastrado. Tão desastrado que por muito que aqui viesse explicar estou convicto, a senhora iria encontrar de novo coisas que eu não disse. E a culpa será de novo minha.”. – Pois. Mas nem o meu texto é simpático (não o sabia tão mentiroso…), nem o Hernâni se reconhece como pessoa desastrada. Sejamos sinceros…

    Outras coisas que você diz que não disse quando a Júlia Pinheiro o entrevistou:

    1 – A taxa elevada de desemprego no Algarve.
    2 – Qualquer algarvio desempregado, a troco de dinheiro, poderia fazer o “trabalho” (rapto de Madeleine) e ter entregue a criança ao verdadeiro mandante.
    3 – Sendo os pais das crianças ambos médicos e sabendo lidar com medicamentos (insinuação de terem drogado as crianças para as pôr a dormir)…
    4 – Quase todos os algarvios falam inglês, era fácil estabelecer conversa com Madeleine.

    Nas palavras que me envia, acrescenta: “…nunca tive dinheiro para ter casa com piscina e muito menos no Algarve”. Teria sido por eu referir que passo vários meses do ano no Algarve? Provavelmente. Mas, caro Hernâni, não mencionei se a minha casa tinha piscina…Por acaso, tem: grande, relvada, com árvores, com flores. É precisamente na piscina que estou a alinhavar estas linhas. Gosto pouco de escrever directamente no computador. Mas quando quiser, terei todo o gosto em recebê-lo em minha casa. E podemos, depois, ir até à piscina. É um local muito calmo e aprazível.

    Diz também “que nunca tinha ouvido falar na minha existência”. É natural. Tão natural como eu nunca ter ouvido falar (até essa data) num jornalista chamado Hernâni Carvalho! Mas para quem não me conhece, parece saber bastante a respeito da minha vida privada: dinheiro (segundo parece), casa, piscina…Coisa que me causa algum espanto – não fora a ironia (para não lhe dar outro nome) , que nivela as insinuações que faz.

    Soledade Martinho Costa

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