Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
Violentissima reacção do Daniel Oliviera… extraordinario. Vá lá que o senhor embaixador não desatou a fazer caricaturas senão o DO tinha-lhe lançado uma fatah
Bruno, não te chega? Queres mais? Vê lá, é só pedir? Queres uma reacção com que intensidade? Não te acanhes, estou cá para te servir.
Até agora achava-a apenas estúpida, agora acho esta coisa Bigornas repugnante.
Eu só me autorizo a acreditar naquilo de que me é permitido duvidar.
Eu nunca estudei a questão, mas uma coisa que me deixa perplexo, é como é que se conseguia incinerar tanto corpo humano. Queimar um corpo humano é obra: custa combustível e demora bastante tempo. Um moderno crematório funciona a gás, que fornece uma alta temperatura, e, mesmo assim, demora uns 15 minutos a queimar o corpo. Lembremos que a Alemanha nazi sofria de uma cruel escassez de petróleo: mal havia petróleo para pôr os tanques a rodar e os aviões a voar. A Polónia tem carvão, mas não devia ser tão abundante que o pudessem gastar em grandes quantidades. Em face destes factos, custa-me a acreditar que os fornos crematórios tivessem podido eliminar a quantidade gigantesca de cadáveres que lhes são atribuídos.
Acho extraordinário que alguém como o Luís Lavoura se permita fazer o comentário que aqui fez sem qualquer conhecimento técnico ou histórico do assunto, limitando-se a dizer que a Alemanha nazi tinha falta de petróleo. Aliás, o comentário começa com “Eu nunca estudei a questão…”, o que diz muito de que o escreve.
Rui Casto | fevereiro 16, 2006 10:13 AM
Se o Rui Castro me puder esclarecer, eu agradeço. Eu confesso a minha ignorância e perplexidade, mas talvez o Rui Castro saiba mais e melhor do que eu.
O Rui castro é outro dos anormais que andam por aqui (o outro é o Euroliberal). Afinal ainda há muitos genes dos mouros por aqui! E com defeitos.
Errata (peço desculpa ao Rui castro pela troca de nomes)
O Luis Lavoura é outro dos anormais que andam por aqui (o outro é o Euroliberal). Afinal ainda há muitos genes dos mouros por aqui! E com defeitos.
Cláudia, eu não sou mouro. Nasci no Porto. A minha mãe era de lá. O meu pai é do distrito de Aveiro.
Luís Lavoura,
Não o esclareço pois pouco sei acerca do assunto. É por esse motivo que me escuso a dar palpites sobre ums matéria em que sou pouco mais que ignorante.
Para lerem, aprenderem e meditarem e porque não é decente brincar-se com o sofrimento, deixo aqui este artigo publicado do Avante , em Fevereiro de 2005
“O camarada Anatoli surgiu em Auschwitz com a bandeira do futuro
O invencível humanismo dos comunistas
Por Manoel de Lencastre
O mundo comemorou a 27 de Janeiro a passagem do 60º aniversário da libertação dos sobreviventes do complexo da morte de Auschwitz-Birkenau por unidades do Exército Vermelho. Naquele trágico lugar milhões de inocentes deixaram as suas vidas depois de haverem sido arrancados aos seus lares, às suas terras, aos seus países. Estima-se que no ponto mais alto da política de exterminações levada a cabo pelos nazis em Auschwitz cerca de 9000 pessoas tivessem sido assassinadas, diariamente. No total, um milhão e meio de pessoas (judeus, comunistas, prisioneiros de guerra soviéticos, gente de outras etnias consideradas não arianas, pobres, desalojados) foram vítimas da chamada ‘solução final’ inventada pelos hitlerianos.
No dia 27 de Janeiro de 1945, um homem surgiu sobre a neve nas lonjuras de Auschwitz, a sul de Katowice. Montava um cavalo branco. Estranha figura, só, enquadrava-se no desolador conjunto onde os derradeiros sobreviventes do campo da morte esperavam. Os SS tinham desaparecido. Restavam, apenas, alguns membros dos tristemente célebres ‘sonderkommando’, judeus ucranianos, anti-comunistas, anti-soviéticos, servidores do mal. Mas a figura isolada que acabava de surgir no horizonte, a do sargento Anatoli Chapiro, não vinha, de facto, só. Cem metros atrás, apareceram dois regimentos do Exército Vermelho, unidades incorporadas nas Frentes comandadas pelo marechal Koniev e pelo general Petrov, empenhadas no ataque a Breslau, Katowice, Ozestochava, Sandomierz. Já tinham conquistado Lodz, Varsóvia e Cracov. O campo de extermínios de Auschwitz e, mais abaixo, o de Birkenau, surgiram na frente dos libertadores da Polónia. À entrada do primeiro, a inscrição ‘Arbeit Macht Frei’, sobre o portão principal ao fim da linha ferroviária dominava a conjuntura.
Auschwitz é o nome germânico da cidade polaca de Oswiecim. Foi usada pelos nazis a partir de Maio de 1940 como centro de um complexo de campos de concentração. Os outros eram, além de Birkenau, Treblinka, Belzec, Sabibor, Chelmno, Majdanek. A organização dos campos e o seu funcionamento e manutenção estavam entregues a 35 ‘kommandos’ sob a superior direcção das SS. Birkenau tinha como função quase única o extermínio dos prisioneiros. Em Auschwitz também funcionavam indústrias que, sem gastos de mão de obra, produziam para a máquina de guerra do Reich. A IG Farben, por exemplo, produzia produtos químicos e a Krupp construía o material de guerra que alimentava a ‘Wehrmacht’. Foi a mais gigantesca operação criminal de toda a História.
Esperança da humanidade
Se fosse necessário voltar a referir a completa superioridade moral e material dos comunistas relativamente ao imperialismo o aparecimento do sargento Anatoli nas terras geladas do campo de Auschwitz, explicaria tudo. O que tinham os nazis, filhos supremos dos imperialistas, para oferecer ao mundo? As cinzas de milhões de inocentes assassinados, os crematórios, as câmaras de morte em Birkenau, a sua ‘obra’ de desumanização e extermínio, a sua revoltante orquestra sinfónica, os seus bordéis, os seus verdugos ucranianos. Pelo contrário, o Exército Vermelho, personificado pelo sargento Anatoli, que ainda está vivo e tem 80 anos, era a esperança da Humanidade.
Surgia, ali, vindo de uma longa e estrénua caminhada, a dos povos soviéticos que, inspirados pelos comunistas, tinham feito apelo aos inumeráveis recursos da História e do marxismo-leninismo, da vontade dos homens e das mulheres que não queriam ser esmagados ou despachados para campos de extermínio e se afirmaram na reconstrução de tudo o que os alemães tinham arrasado. Assim fazendo, os comunistas, aí estavam a libertar a Polónia, senhores da mais poderosa máquina de guerra jamais colocada ao serviço dos principais valores do Homem, como o próprio Guderian reconheceu ao afirmar: «Nunca se vira ao longo da História uma tal capacidade para construir e lançar nas frentes de batalha tantos aviões, tantos carros de combate, tantas peças de artilharia» – e tantos homens e mulheres, dizemos nós, que tinham, afinal, de ser alimentados, vestidos e calçados, mas prontos para o sacrifício supremo em nome de dois poderosos ideais, o da Pátria soviética e o do socialismo. E Heinz Guderian (1888-1954) que, como todos sabemos, não devia nada a ninguém em matérias do conhecimento da ciência da guerra – vencera em França, ultrapassara Orel e Tula e o seu grupo de exércitos ‘panzer’ só fora contido já muito perto de Moscovo – sabia tudo sobre Clausewitz e Moltke e lera os despachos de Schlieffen.
Tragédia e morte
Os judeus chegavam, inicialmente, de quase todos os cantos da Polónia e, também, da Eslováquia. Mais tarde, eram feitos viajar em condições revoltantes de outros países situados no Ocidente da Europa. Mesmo em Portugal, duas das mais importantes fábricas de cortiça da região do Barreiro já tinham cessado a sua função industrial e, caracteristicamente pintadas de negro, estavam preparadas para receber refugiados de várias origens no nosso país, assim como comunistas. Seriam todos feitos seguir, mais tarde, para os seus trágicos destinos.
Os campos tinham categorias distintas. Havia campos de trabalho, campos de concentração e campos de morte. A vida nas duas primeiras classes desses campos era, simplesmente, bárbara – em Belsen (sul de Hamburgo), em Dachau (norte de Munique), os presos, que incluíam activistas políticos e judeus de mais elevada categoria social, resistiam, apenas, algumas semanas. Os campos de morte, entretanto, localizavam-se a Leste. Nomes de que nunca se ouvira falar. Em fins de 1943 as SS começaram a plantar árvores em volta do campo de Auschwitz. Tinham, então, começado a assassinar judeus, funcionários do Partido Comunista soviético e prisioneiros de guerra, verdadeiramente em massa. A morte dos inocentes era provocada pelo gás Zyklon-B, uma especialidade recentemente inventada naquele complexo. Os ‘ghettos’ de Varsóvia tinham sido esvaziados dos seus habitantes. Mas no trajecto para Auschwitz e Birkenau, a confusão espalhava-se. Dizia-se que existiam piscinas, ali, bordéis, sauna, uma orquestra sinfónica. Podia Auschwitz, ser assim coisa tão má para se viver? Aquilo até parecia uma concentração de unidades militares ou uma pequena cidade universitária.
Rudolf Hoss, o comandante do campo, era especialista na criação de métodos novos de extermínio dos presos. O Zyklon-B tornou-se o produto base das câmaras de gás. Foi também em Auschwitz que o Dr. Josef Mengele começou a conduzir experiências médicas em crianças, gémeos e mulheres grávidas. A piscina e os bordéis existiam, de facto, mas destinavam-se, exclusivamente, aos chamados ‘kapos’ ou aos presos julgados capazes de tornarem-se úteis para os nazis. Quando um combóio chegava (1500 pessoas era a lotação habitual), os presos viam-se divididos em duas colunas, uma formada por homens, a outra por mulheres e crianças. Os médicos e guardas das SS, quase sempre, pateticamente, deixando transparecer modos gentis, faziam logo uma selecção de 200 homens e outras tantas mulheres, todos jovens, que se destinavam aos campos de escravos da máquina de guerra nazi. Os restantes eram encaminhados para a zona das câmaras de gás onde lhes era dito ser importante tomar um duche. Para tal, deviam despir-se. Depois de mortos, os ‘sonderkommando’ retiravam-lhes dentes de oiro, anéis e outros objectos que tivessem. Antes de os cadáveres serem feitos queimar, cortavam-lhes o cabelo que era usado no fabrico de vários produtos.
Ao mandar derrubar o fatídico portão de Auschwitz, o camarada Anatoli encontrou 7000 sobreviventes perplexos em corpos esqueléticos. Mas as câmaras de gás e as incineradoras de Birkenau tinham já devorado milhões de vidas humanas, incluindo cerca de 7000 homens de valor que tinham sido funcionários do Partido Comunista da URSS.
O nacional-socialismo
Trata-se da doutrina hitleriana que, incorporando a expressão ‘socialismo’, se destinava a confundir os espíritos que acreditavam naquela fórmula já bastante debatida, mas ignoravam até onde os levaria o projecto nazi do Reich de 1000 anos. No livro ‘Mein Kampf’ (A Minha Luta), escrita por Adolf Hitler, na prisão, em 1923-24, encontram-se tentativas de justificação do nacional-socialismo, mas com baixo teor histórico. Também Alfred Rosenberg (O Mito do Século XX) aborda a impossível questão do socialismo, segundo um plano divisado por assassinos. A doutrina hitleriana é sempre feita de ‘slogans’ mas oferece um ponto de partida com alguma originalidade, o da superioridade racial dos arianos relativamente aos judeus e a todas as outras raças. Mesmo assim, este princípio, desde logo duvidoso, já vinha de Gobineau (Ensaio sobre a Desigualdade das Raças Humanas, 1853-55), e da noção do homem superior desenvolvida por Nietsche.
O anti-semitismo, entretanto, conhecera um violento despertar através dos actos do burgomestre de Viena, Lueger, antes de 1914. O desejo do recurso à força e a à guerra apareciam em Arndt e em teóricos do Estado-Maior prussiano. Mas o movimento dos hitlerianos ficaria marcado, essencialmente, pelo carácter vibrante, de extremo fanatismo, daquele que seria o ‘Fuhrer’ e pelas desastrosas consequências para o povo alemão surgidas da 1ª Guerra Mundial. A obsessão racista afirmou-se com renovada intensidade.
Em 1932, o Partido Nacional Socialista alemão era já uma organização poderosa e atingiria, em 1939, o número de oito milhões de aderentes. Hitler entrega a direcção das S.A.(Sturmabteilungen), secções de assalto ou camisas castanhas), a outras figuras menos visíveis do seu movimento. As SS (Schutztaffeln) ficam encarregadas de garantir a segurança do regime e delineiam o plano de exterminação dos judeus e dos comunistas de modo a que se crie o chamado espaço vital (Lebensraum) ou, por outras palavras, o princípio da colonização do mundo. As SS, forças escolhidas e recrutadas com o mais intratável dos rigores, contavam com 250 000 membros, apenas, em 1939, quando passaram para o controlo de Himmler (1900-1945). Mas Heydrich (1904-1942) destacava-se desde 1936 como responsável pela polícia secreta (Geheime Staatspolizei), ou Gestapo, e em 1941 sucedia a von Neurath como ‘protector do Reich’ na Checoslováquia onde comandos patriotas o assassinaram.
Os números dolorosos do holocausto
Os nazis assassinaram pelo menos 7 milhões de pessoas no decorrer do programa de solução final que atingiu judeus, comunistas, polacos, prisioneiros de guerra soviéticos, pessoas de religiões diversas, resistentes anti-fascistas e muitos outros. Tinham 39 campos de concentração, trabalho e extermínio, disseminados por vários países. A solução final foi aplicada, principalmente, em Auschwitz-Birkenau, Treblinka e Sobibor, na Polónia, em Mathausen-Gusen, na Áustria, em Belsen, Buchenwald e Dachau na própria Alemanha. Entre 1941e fins de 1944 já mais de 4 milhões de pessoas tinham sido assassinadas em seis campos. Em Auschwitz, estima-se que as câmaras de gás absorviam mais de 9000 vidas, diariamente. No total, só no complexo de Auschwitz-Birkenau, teriam perecido vários milhões de inocentes, mas só na Polónia a população judaica terá sido feita liquidar em cerca de 90% (três milhões de pessoas). Adolf Hitler assumia que os polacos não passavam de uma raça sub-humana cujo destino apontava aos campos de trabalho.
Os chamados indesejáveis sociais, capturados nos vários países, também eram feitos seguir para campos de concentração – pedintes, alcoólicos, desempregados, sem abrigo. Os grupos de assassinos das SS surgiam, habitualmente, na esteira da ‘Wehrmacht’ e entregavam-se à sua desumana actividade logo que as operações militares eram dadas por terminadas.
O Exército Vermelho libertou a Polónia
A chegada de tropas soviéticas às imediações de Auschwitz e Katowice, inscreve-se no conjunto das operações militares das 1ª e 4ª Frentes Ucranianas, comandadas, respectivamente, pelo marechal Koniev, e pelo general Petrov. Outras frentes de exércitos (Jukov, Rokossovski, Malinovski, etc.), atravessaram o território polaco a uma velocidade incrível, principalmente as unidades de carros de combate dado que o objectivo era Berlim e o extermínio da máquina de guerra hitleriana.
Ivan Koniev (1897-1973)
Marechal da URSS. Graduado em 1926 pela Academia Militar Frunze. Em 1941, nos primeiros meses da guerra e da invasão nazi, serviu na região de Smolensk. Em 1942, os exércitos do seu comando tomavam parte na defesa de Moscovo. No ano seguinte, conseguiu suster a ofensiva nazi em Kursk e passou à ofensiva libertando as cidades de Oriel, Belgorod e Poltava. Uma das mais famosas vitórias do Exército Vermelho teve lugar na região de Korsun-Chevchenko e, aí, Koniev conseguiu cercar 10 divisões alemãs cujas baixas ascenderam a mais de 20.000 homens. Na ofensiva sobre a Polónia, capturou Lvov. No avanço em território germânico (na histórica campanha do Vístula ao Oder) entrou na região de Berlim. Ordens do Kremlin, entretanto, fizeram-no desviar a rota das suas tropas para ir libertar Praga em Maio de 1945.
Ivan Iefimovitch Petrov (1896-1958)
General do Exército Vermelho e membro do Partido Comunista desde 1918. Defendeu Odessa mas teve de ser evacuado quando as possibilidades de segurar a cidade se manifestaram precárias. Com toda a Crimeia já nas mãos dos nazis, defendeu Sevastopol até Junho de 1942. Em Setembro e Outubro de 1943, o general Petrov libertava Novorossisk e as penínsulas de Taman e Kerch. A partir de Agosto de 1944, já no comando da 4ª Frente Ucraniana, avançou para a libertação do sul da Polónia e, depois, da Eslováquia. Em Janeiro de 1945, as suas tropas achavam-se, efectivamente, na zona de Katowice de onde o sargento Anatoli partiu para encontrar e libertar Auschwitz.”
Notável artigo, o publicado no “Avante” sobre o nazismo. Desfigurado, contudo, por uma ou outra imprecisão e alguns lapsos do redactor. Onde se diz que o Exército Vermelho “libertou” a Polónia, melhor seria ter-se dito que “ocupou” a Polónia. Mas uma vez que o autor do artigo se esqueceu de mencionar o Pacto germano-soviético de ’39 (enfim, não lembra tudo!), não seria de esperar outra coisa que não uma tal confusão terminológica. Mais estranho é que nada tenha sido dito sobre o destino dos milhares de sobreviventes russos, polacos, ucranianos, etc., do holocausto, que acabaram perdidos no gelo siberiano por ordem de Estaline. Afinal, também eles eram na sua maioria “homens de valor que tinham sido funcionários do Partido Comunista”.
Mas, exceptuando estas pequenas imprecisões (perdoáveis, no fundo, já que o articulista não é dos que se deixam enganar pela verdade histórica, preferindo a pureza da “verdade” ideológica), é um artigo notável. Notável.
Quem assinou o vergonhoso acordo de Munique, entregou a Checoslováquia a Hitler e o empurrou para a agressão à URSS não pode nunca falar do Pacto Germano-Soviético, que o Marechal Stalin concebeu para ganhar tempo e depois de a Polónia dos coronéis ter recusado a sua assistência em caso de ataque alemão. Nem um reaccionário como Churchill se atraveria a dizer tais baixezas da gloriosa URSS, que perdeu tantos dos seus filhos na libertação da Europa.
Aliás, este Manuel Lencastre tem outros artigos notáveis.
Já que o D.O. é minimalista na análise e parodia os factos deixo aqui o que de facto disse o Embaixador do Irão:
Embaixador do Irão em Lisboa elogia Freitas
Público, 15/02/06
Por Carolina Reis
“Ficámos muito satisfeitos e queria aproveitar a ocasião para agradecer a posição do Governo português, do sr. Sócrates e do ministro Freitas do Amaral”, disse Mohammed Taheri sobre a posição do Executivo português na crise provocada pela publicação das caricaturas de Maomé. Taheri fez questão de sublinhar a atitude do ministro dos Estrangeiros: “O sr. Amaral disse coisas muito boas e muito lógicas.”
O embaixador iraniano está igualmente convicto da origem desta crise: “Nós pensamos que isto é uma conspiração dos sionistas que querem pôr os muçulmanos contra os cristãos na Europa. Mas o nosso líder religioso apelou aos muçulmanos para que respeitem os valores dos cristãos.”
Taheri justificou ainda a revolta dos muçulmanos com a publicação dos cartoons: “O nosso profeta é muito valioso e importante para nós. Como Cristo é para os cristãos e Moisés para os judeus”. Aproveitou a entrevista também para criticar o Governo dinamarquês: ”Lamentamos que o primeiro-ministro da Dinamarca tenha dito apenas que era liberdade de expressão. Mas, não é!” E questionou a liberdade de expressão europeia: “Mas que liberdade de expressão é esta que vocês europeus têm que permite insultar outros tantos de outras religiões?”
O representante do Irão acusou o europeus de serem contraditórios sobre o Holocausto: “Quando o nosso presidente quer falar do Holocausto com historiadores e cientistas todo o mundo fica contra ele. Mesmo quando europeus fizeram investigações acabaram presos. Como é o caso em França de Roger Garaudy. Onde está a liberdade de expressão, quando querem fazer perguntas sobre o Holocausto. Isto é uma dualidade.”
Mohammed Taheri pôs em causa a dimensão do número de vítimas do Holocausto, e invocou para isso a sua experiência diplomática na Polónia. “Quando era embaixador em Varsóvia visitei por duas vezes Auschwitz e Birkenau e fiz as minhas contas. Para se incinerar seis milhões de pessoas são precisos 15 anos. Portanto, é preciso que os historiadores se reúnam e dêem a sua opinião.” E manifestou a vontade do Irão em organizar um seminário internacional com historiadores e peritos para debater o Holocausto, “para que digam a dimensão dessa realidade, para que digam quantos morreram.” (…)
Ah, bom, se foi pra ganhar tempo, está tudo explicado. Já a detenção ou execução sumária de toda a oposição e as deportações dos ex-combatentes para a sibéria, terão sido, dentro da mesma lógica, para . . . ganhar espaço? Nunca tinha pensado nisso mas, de facto, um opositor ocupa sempre imenso espaço, ou não tivessem eles (burgueses como são) forte tendência para engordar. Está bem visto, sim senhor.
Óh Luís Lavoura: o senhor às vezes é desconcertante. Não lhe conhecia ainda esta faceta, pode crer…qual é a sua dúvida???? É só a quantidade? Bem nos basta o DO, agora o senhor…
Saloio, sim, a minha dúvida é a quantidade. Não é indiferente saber quantas pessoas morreram durante a Segunda Guerra, nem como morreram (se de fome, se de doença, se com uma bala na testa, se gaseadas), nem onde estão os seus corpos (se no cemitério da sua aldeia, se numa vala comum, se incinerados). Isto são pormenores históricos que não são indiferentes nem irrelevantes. Se a história fosse apenas saber generalidades, não haveria muitos historiadores.
Sabemos que em Auschwitz muitas pessoas foram mortas, e muitos cadáveres foram incinerados. Sabemos que houve uma “solução final” e judeus mortos às centenas de milhar, ou aos milhões. Mas os números exatos e os procedimentos exatos não são indiferentes.
Deixa lá, Lavoura, para os saloios a moralidade daqueles que acrescentam um conto ao ponto ou vice-versa não interessa. Este último comentário da insistente e leal camarada Margaridieva Aldrabanova, depois daquelas quatro páginas gorkianas do ilustre Lencastre retiradas da Enciclopedia dos Povos Oprimidos que Nunca Tiveram mais Nada para Ler, fez com que ela subisse temporáriamente na minha escala das decências mínimas. Será que a super adoradora do Grande Exercito Vermelho está a ficar, finalmente, democrática ao ponto de não lhe meter medo o repto do embaixador para um debate sobre a veracidade das aritméticas cheias de teias de aranha e aguardente de batata com grelo?Também não podemos pôr de parte masoquismos, lá isso é verdade. Ou então uma tendência para transformar esta conversa numa campanha pessoal muito vesga contra o Daniel Oliveira. Se assim for, não lhe gabo o gosto e até a previno contra os dissabores que poderá ter na próxima reunião de autocrítica dos funcionários do partido para a região da Internet.
Até me apetece dizer isto à Margaridivieva. Eu também teria vários lençois para escarrapachar aqui, se quizesse imitar o ex-Lopes que foi rendido pelo pau-de-cabeleira do Unreconstructed. Mas não o faço para evitar embaraçá-la forçando-a a desembainhar a heroica espada de militante antinegacionista (whatever that rubbish means) também já a ficar ferrugenta e sem gume. Mas vou dar-lhe uma pinguinha, para ir bebericando e ganhando coragem para o tal encontro com os camaradas. A teoria dos sete milhões é velha, e só gente labrega é que não sabe que contestá-la não é o mesmo que dizer que precisamos de sete milhões para nos indignarmos. Amordaçar e meter na prisão é quanto basta, e é isto que já andam a fazer a quem discorda consigo sobre esta questão noutras paragens da Europa. A teoria é ainda contra os ensinamentos básicos que a padeira de Aljubarrota nos deixou em termos de tempos de cozeduras ou assadelas extremas e não resiste a uma comparação com a evolução dos cálculos rectificados dos últimos 60 anos, comparações que envolvem jornais de nomeada por todo o lado, escritores da especialidade, intelectuais judeus com muito boas reputações, cientistas, investigadores, a Cruz Vermelha, os arquivos Soviéticos, decisões do governo polaco depois da dissolução do Pacto de Varsóvia, e muito mais.
E você ainda tem o descaramento de nos dizer que o professor Lencastre veio aqui para nos ensinar. Pior que isso só na assembleia nacional lusa dos povos oprimidos pela desinformação.
desculpem lá, mas esta da do texto do Manoel de Lencastre é, no mínimo, questionável:
“a completa superioridade moral e material dos comunistas relativamente ao imperialismo”
1- Estaline era aliado de Hitler até este lhe declarar guerra
2- os Estados Unidos da América enviaram 16 529 791 toneladas de material para a União Soviética durante a II Guerra Mundial
Tudo é questionável, Salvador, tudo na vida é questionável, aliàs as questões que põe também são.
Vejamos: eu faço um pacto de não agressão, consigo, quer isto dizer que eu fico sua aliada ou tão somente que ambos combinámos não nos agredirmos mútuamente?
Diz ainda que Hitler declarou guerra à URSS? Não declarou não, pura e simplesmente no dia 22 de Junho de 1941 o exército alemão nazi entrou de rompante pela fronteira ocidental da URSS. Sem pedir licença e sem mostrar o passaporte na fronteira!
Diz que os USA “entregaram” material à URSS? Qual o espanto de aliados negociarem entre eles! É que a 23 de Junho, os USA declararam o seu apoio à URSS. E entre aliados negocei-se. Já agora pode adiantar que “materiais” enviaram os norte-americanos para os russos? E como é que os russos pagaram?
Manoel de Lencastre tem toda a razão quando fala naquela altura “na completa superioridade moral e material dos comunistas relativamente ao imperialismo””. É que não só foram os únicos que lhes fizeram frente, como os derrotaram.
Eu sei que isto é o que mais incomoda certos salvadores: terem de reconhecer que foram os soviéticos os únicos que sozinhos derrotaram e expulsaram os alemães do seu território. Mas vão-se habituando porque é a verdade…
Aos imbecis!!!
Enquanto as forças aliadas, enfrentaram ao mesmo tempo, o máximo de apenas 6 divisões alemães completas, os russos, então soviéticos, enfrentaram 137. Não levo em consideração divisões colocadas em reserva, para não ser covardia.
Apenas o desconhcimento de estúpidos e imbecís, como de alguns, pode tentar atribuir a destruição do nazismo aos aliados ocidentais.
Retirado o manto esquizofrênico da guerra-fria, sabe-se hoje, que o dia-D foi uma piada, já que a guerra havia ganha no leste, sob sangue eslavo.
Portanto, saibam as víuvas do dollar, que lamentavelmente, a história registra a bandeira vermelha, como algoz do nazismo.
Quer queiram ou não!!!
Como tem imbecis degenerados no Ocidente, que ainda hoje acreditam na “vitória soviética” na Segunda Guerra! Seus covardes traidores e parasitas “democratas” ocidentais, devem saber que sem a sua ajuda criminosa aos soviéticos os bandidos comunistas sovieticos nunca iriam “ganhar” a guerra, pois os alemães esmagaram o covarde “exército vermelho” como uma pulga podre logo no começo! O Ocidente podre, degenerado e “democrata” nos trouxe o comunismo na Europa do Leste! Vão pra o Inferno!
Violentissima reacção do Daniel Oliviera… extraordinario. Vá lá que o senhor embaixador não desatou a fazer caricaturas senão o DO tinha-lhe lançado uma fatah
Bruno, não te chega? Queres mais? Vê lá, é só pedir? Queres uma reacção com que intensidade? Não te acanhes, estou cá para te servir.
Até agora achava-a apenas estúpida, agora acho esta coisa Bigornas repugnante.
Eu só me autorizo a acreditar naquilo de que me é permitido duvidar.
http://vancouver.indymedia.org/news/2004/08/156377.php
Eu nunca estudei a questão, mas uma coisa que me deixa perplexo, é como é que se conseguia incinerar tanto corpo humano. Queimar um corpo humano é obra: custa combustível e demora bastante tempo. Um moderno crematório funciona a gás, que fornece uma alta temperatura, e, mesmo assim, demora uns 15 minutos a queimar o corpo. Lembremos que a Alemanha nazi sofria de uma cruel escassez de petróleo: mal havia petróleo para pôr os tanques a rodar e os aviões a voar. A Polónia tem carvão, mas não devia ser tão abundante que o pudessem gastar em grandes quantidades. Em face destes factos, custa-me a acreditar que os fornos crematórios tivessem podido eliminar a quantidade gigantesca de cadáveres que lhes são atribuídos.
Acho extraordinário que alguém como o Luís Lavoura se permita fazer o comentário que aqui fez sem qualquer conhecimento técnico ou histórico do assunto, limitando-se a dizer que a Alemanha nazi tinha falta de petróleo. Aliás, o comentário começa com “Eu nunca estudei a questão…”, o que diz muito de que o escreve.
Rui Casto | fevereiro 16, 2006 10:13 AM
Se o Rui Castro me puder esclarecer, eu agradeço. Eu confesso a minha ignorância e perplexidade, mas talvez o Rui Castro saiba mais e melhor do que eu.
O Rui castro é outro dos anormais que andam por aqui (o outro é o Euroliberal). Afinal ainda há muitos genes dos mouros por aqui! E com defeitos.
Errata (peço desculpa ao Rui castro pela troca de nomes)
O Luis Lavoura é outro dos anormais que andam por aqui (o outro é o Euroliberal). Afinal ainda há muitos genes dos mouros por aqui! E com defeitos.
Cláudia, eu não sou mouro. Nasci no Porto. A minha mãe era de lá. O meu pai é do distrito de Aveiro.
Luís Lavoura,
Não o esclareço pois pouco sei acerca do assunto. É por esse motivo que me escuso a dar palpites sobre ums matéria em que sou pouco mais que ignorante.
Para lerem, aprenderem e meditarem e porque não é decente brincar-se com o sofrimento, deixo aqui este artigo publicado do Avante , em Fevereiro de 2005
“O camarada Anatoli surgiu em Auschwitz com a bandeira do futuro
O invencível humanismo dos comunistas
Por Manoel de Lencastre
O mundo comemorou a 27 de Janeiro a passagem do 60º aniversário da libertação dos sobreviventes do complexo da morte de Auschwitz-Birkenau por unidades do Exército Vermelho. Naquele trágico lugar milhões de inocentes deixaram as suas vidas depois de haverem sido arrancados aos seus lares, às suas terras, aos seus países. Estima-se que no ponto mais alto da política de exterminações levada a cabo pelos nazis em Auschwitz cerca de 9000 pessoas tivessem sido assassinadas, diariamente. No total, um milhão e meio de pessoas (judeus, comunistas, prisioneiros de guerra soviéticos, gente de outras etnias consideradas não arianas, pobres, desalojados) foram vítimas da chamada ‘solução final’ inventada pelos hitlerianos.
No dia 27 de Janeiro de 1945, um homem surgiu sobre a neve nas lonjuras de Auschwitz, a sul de Katowice. Montava um cavalo branco. Estranha figura, só, enquadrava-se no desolador conjunto onde os derradeiros sobreviventes do campo da morte esperavam. Os SS tinham desaparecido. Restavam, apenas, alguns membros dos tristemente célebres ‘sonderkommando’, judeus ucranianos, anti-comunistas, anti-soviéticos, servidores do mal. Mas a figura isolada que acabava de surgir no horizonte, a do sargento Anatoli Chapiro, não vinha, de facto, só. Cem metros atrás, apareceram dois regimentos do Exército Vermelho, unidades incorporadas nas Frentes comandadas pelo marechal Koniev e pelo general Petrov, empenhadas no ataque a Breslau, Katowice, Ozestochava, Sandomierz. Já tinham conquistado Lodz, Varsóvia e Cracov. O campo de extermínios de Auschwitz e, mais abaixo, o de Birkenau, surgiram na frente dos libertadores da Polónia. À entrada do primeiro, a inscrição ‘Arbeit Macht Frei’, sobre o portão principal ao fim da linha ferroviária dominava a conjuntura.
Auschwitz é o nome germânico da cidade polaca de Oswiecim. Foi usada pelos nazis a partir de Maio de 1940 como centro de um complexo de campos de concentração. Os outros eram, além de Birkenau, Treblinka, Belzec, Sabibor, Chelmno, Majdanek. A organização dos campos e o seu funcionamento e manutenção estavam entregues a 35 ‘kommandos’ sob a superior direcção das SS. Birkenau tinha como função quase única o extermínio dos prisioneiros. Em Auschwitz também funcionavam indústrias que, sem gastos de mão de obra, produziam para a máquina de guerra do Reich. A IG Farben, por exemplo, produzia produtos químicos e a Krupp construía o material de guerra que alimentava a ‘Wehrmacht’. Foi a mais gigantesca operação criminal de toda a História.
Esperança da humanidade
Se fosse necessário voltar a referir a completa superioridade moral e material dos comunistas relativamente ao imperialismo o aparecimento do sargento Anatoli nas terras geladas do campo de Auschwitz, explicaria tudo. O que tinham os nazis, filhos supremos dos imperialistas, para oferecer ao mundo? As cinzas de milhões de inocentes assassinados, os crematórios, as câmaras de morte em Birkenau, a sua ‘obra’ de desumanização e extermínio, a sua revoltante orquestra sinfónica, os seus bordéis, os seus verdugos ucranianos. Pelo contrário, o Exército Vermelho, personificado pelo sargento Anatoli, que ainda está vivo e tem 80 anos, era a esperança da Humanidade.
Surgia, ali, vindo de uma longa e estrénua caminhada, a dos povos soviéticos que, inspirados pelos comunistas, tinham feito apelo aos inumeráveis recursos da História e do marxismo-leninismo, da vontade dos homens e das mulheres que não queriam ser esmagados ou despachados para campos de extermínio e se afirmaram na reconstrução de tudo o que os alemães tinham arrasado. Assim fazendo, os comunistas, aí estavam a libertar a Polónia, senhores da mais poderosa máquina de guerra jamais colocada ao serviço dos principais valores do Homem, como o próprio Guderian reconheceu ao afirmar: «Nunca se vira ao longo da História uma tal capacidade para construir e lançar nas frentes de batalha tantos aviões, tantos carros de combate, tantas peças de artilharia» – e tantos homens e mulheres, dizemos nós, que tinham, afinal, de ser alimentados, vestidos e calçados, mas prontos para o sacrifício supremo em nome de dois poderosos ideais, o da Pátria soviética e o do socialismo. E Heinz Guderian (1888-1954) que, como todos sabemos, não devia nada a ninguém em matérias do conhecimento da ciência da guerra – vencera em França, ultrapassara Orel e Tula e o seu grupo de exércitos ‘panzer’ só fora contido já muito perto de Moscovo – sabia tudo sobre Clausewitz e Moltke e lera os despachos de Schlieffen.
Tragédia e morte
Os judeus chegavam, inicialmente, de quase todos os cantos da Polónia e, também, da Eslováquia. Mais tarde, eram feitos viajar em condições revoltantes de outros países situados no Ocidente da Europa. Mesmo em Portugal, duas das mais importantes fábricas de cortiça da região do Barreiro já tinham cessado a sua função industrial e, caracteristicamente pintadas de negro, estavam preparadas para receber refugiados de várias origens no nosso país, assim como comunistas. Seriam todos feitos seguir, mais tarde, para os seus trágicos destinos.
Os campos tinham categorias distintas. Havia campos de trabalho, campos de concentração e campos de morte. A vida nas duas primeiras classes desses campos era, simplesmente, bárbara – em Belsen (sul de Hamburgo), em Dachau (norte de Munique), os presos, que incluíam activistas políticos e judeus de mais elevada categoria social, resistiam, apenas, algumas semanas. Os campos de morte, entretanto, localizavam-se a Leste. Nomes de que nunca se ouvira falar. Em fins de 1943 as SS começaram a plantar árvores em volta do campo de Auschwitz. Tinham, então, começado a assassinar judeus, funcionários do Partido Comunista soviético e prisioneiros de guerra, verdadeiramente em massa. A morte dos inocentes era provocada pelo gás Zyklon-B, uma especialidade recentemente inventada naquele complexo. Os ‘ghettos’ de Varsóvia tinham sido esvaziados dos seus habitantes. Mas no trajecto para Auschwitz e Birkenau, a confusão espalhava-se. Dizia-se que existiam piscinas, ali, bordéis, sauna, uma orquestra sinfónica. Podia Auschwitz, ser assim coisa tão má para se viver? Aquilo até parecia uma concentração de unidades militares ou uma pequena cidade universitária.
Rudolf Hoss, o comandante do campo, era especialista na criação de métodos novos de extermínio dos presos. O Zyklon-B tornou-se o produto base das câmaras de gás. Foi também em Auschwitz que o Dr. Josef Mengele começou a conduzir experiências médicas em crianças, gémeos e mulheres grávidas. A piscina e os bordéis existiam, de facto, mas destinavam-se, exclusivamente, aos chamados ‘kapos’ ou aos presos julgados capazes de tornarem-se úteis para os nazis. Quando um combóio chegava (1500 pessoas era a lotação habitual), os presos viam-se divididos em duas colunas, uma formada por homens, a outra por mulheres e crianças. Os médicos e guardas das SS, quase sempre, pateticamente, deixando transparecer modos gentis, faziam logo uma selecção de 200 homens e outras tantas mulheres, todos jovens, que se destinavam aos campos de escravos da máquina de guerra nazi. Os restantes eram encaminhados para a zona das câmaras de gás onde lhes era dito ser importante tomar um duche. Para tal, deviam despir-se. Depois de mortos, os ‘sonderkommando’ retiravam-lhes dentes de oiro, anéis e outros objectos que tivessem. Antes de os cadáveres serem feitos queimar, cortavam-lhes o cabelo que era usado no fabrico de vários produtos.
Ao mandar derrubar o fatídico portão de Auschwitz, o camarada Anatoli encontrou 7000 sobreviventes perplexos em corpos esqueléticos. Mas as câmaras de gás e as incineradoras de Birkenau tinham já devorado milhões de vidas humanas, incluindo cerca de 7000 homens de valor que tinham sido funcionários do Partido Comunista da URSS.
O nacional-socialismo
Trata-se da doutrina hitleriana que, incorporando a expressão ‘socialismo’, se destinava a confundir os espíritos que acreditavam naquela fórmula já bastante debatida, mas ignoravam até onde os levaria o projecto nazi do Reich de 1000 anos. No livro ‘Mein Kampf’ (A Minha Luta), escrita por Adolf Hitler, na prisão, em 1923-24, encontram-se tentativas de justificação do nacional-socialismo, mas com baixo teor histórico. Também Alfred Rosenberg (O Mito do Século XX) aborda a impossível questão do socialismo, segundo um plano divisado por assassinos. A doutrina hitleriana é sempre feita de ‘slogans’ mas oferece um ponto de partida com alguma originalidade, o da superioridade racial dos arianos relativamente aos judeus e a todas as outras raças. Mesmo assim, este princípio, desde logo duvidoso, já vinha de Gobineau (Ensaio sobre a Desigualdade das Raças Humanas, 1853-55), e da noção do homem superior desenvolvida por Nietsche.
O anti-semitismo, entretanto, conhecera um violento despertar através dos actos do burgomestre de Viena, Lueger, antes de 1914. O desejo do recurso à força e a à guerra apareciam em Arndt e em teóricos do Estado-Maior prussiano. Mas o movimento dos hitlerianos ficaria marcado, essencialmente, pelo carácter vibrante, de extremo fanatismo, daquele que seria o ‘Fuhrer’ e pelas desastrosas consequências para o povo alemão surgidas da 1ª Guerra Mundial. A obsessão racista afirmou-se com renovada intensidade.
Em 1932, o Partido Nacional Socialista alemão era já uma organização poderosa e atingiria, em 1939, o número de oito milhões de aderentes. Hitler entrega a direcção das S.A.(Sturmabteilungen), secções de assalto ou camisas castanhas), a outras figuras menos visíveis do seu movimento. As SS (Schutztaffeln) ficam encarregadas de garantir a segurança do regime e delineiam o plano de exterminação dos judeus e dos comunistas de modo a que se crie o chamado espaço vital (Lebensraum) ou, por outras palavras, o princípio da colonização do mundo. As SS, forças escolhidas e recrutadas com o mais intratável dos rigores, contavam com 250 000 membros, apenas, em 1939, quando passaram para o controlo de Himmler (1900-1945). Mas Heydrich (1904-1942) destacava-se desde 1936 como responsável pela polícia secreta (Geheime Staatspolizei), ou Gestapo, e em 1941 sucedia a von Neurath como ‘protector do Reich’ na Checoslováquia onde comandos patriotas o assassinaram.
Os números dolorosos do holocausto
Os nazis assassinaram pelo menos 7 milhões de pessoas no decorrer do programa de solução final que atingiu judeus, comunistas, polacos, prisioneiros de guerra soviéticos, pessoas de religiões diversas, resistentes anti-fascistas e muitos outros. Tinham 39 campos de concentração, trabalho e extermínio, disseminados por vários países. A solução final foi aplicada, principalmente, em Auschwitz-Birkenau, Treblinka e Sobibor, na Polónia, em Mathausen-Gusen, na Áustria, em Belsen, Buchenwald e Dachau na própria Alemanha. Entre 1941e fins de 1944 já mais de 4 milhões de pessoas tinham sido assassinadas em seis campos. Em Auschwitz, estima-se que as câmaras de gás absorviam mais de 9000 vidas, diariamente. No total, só no complexo de Auschwitz-Birkenau, teriam perecido vários milhões de inocentes, mas só na Polónia a população judaica terá sido feita liquidar em cerca de 90% (três milhões de pessoas). Adolf Hitler assumia que os polacos não passavam de uma raça sub-humana cujo destino apontava aos campos de trabalho.
Os chamados indesejáveis sociais, capturados nos vários países, também eram feitos seguir para campos de concentração – pedintes, alcoólicos, desempregados, sem abrigo. Os grupos de assassinos das SS surgiam, habitualmente, na esteira da ‘Wehrmacht’ e entregavam-se à sua desumana actividade logo que as operações militares eram dadas por terminadas.
O Exército Vermelho libertou a Polónia
A chegada de tropas soviéticas às imediações de Auschwitz e Katowice, inscreve-se no conjunto das operações militares das 1ª e 4ª Frentes Ucranianas, comandadas, respectivamente, pelo marechal Koniev, e pelo general Petrov. Outras frentes de exércitos (Jukov, Rokossovski, Malinovski, etc.), atravessaram o território polaco a uma velocidade incrível, principalmente as unidades de carros de combate dado que o objectivo era Berlim e o extermínio da máquina de guerra hitleriana.
Ivan Koniev (1897-1973)
Marechal da URSS. Graduado em 1926 pela Academia Militar Frunze. Em 1941, nos primeiros meses da guerra e da invasão nazi, serviu na região de Smolensk. Em 1942, os exércitos do seu comando tomavam parte na defesa de Moscovo. No ano seguinte, conseguiu suster a ofensiva nazi em Kursk e passou à ofensiva libertando as cidades de Oriel, Belgorod e Poltava. Uma das mais famosas vitórias do Exército Vermelho teve lugar na região de Korsun-Chevchenko e, aí, Koniev conseguiu cercar 10 divisões alemãs cujas baixas ascenderam a mais de 20.000 homens. Na ofensiva sobre a Polónia, capturou Lvov. No avanço em território germânico (na histórica campanha do Vístula ao Oder) entrou na região de Berlim. Ordens do Kremlin, entretanto, fizeram-no desviar a rota das suas tropas para ir libertar Praga em Maio de 1945.
Ivan Iefimovitch Petrov (1896-1958)
General do Exército Vermelho e membro do Partido Comunista desde 1918. Defendeu Odessa mas teve de ser evacuado quando as possibilidades de segurar a cidade se manifestaram precárias. Com toda a Crimeia já nas mãos dos nazis, defendeu Sevastopol até Junho de 1942. Em Setembro e Outubro de 1943, o general Petrov libertava Novorossisk e as penínsulas de Taman e Kerch. A partir de Agosto de 1944, já no comando da 4ª Frente Ucraniana, avançou para a libertação do sul da Polónia e, depois, da Eslováquia. Em Janeiro de 1945, as suas tropas achavam-se, efectivamente, na zona de Katowice de onde o sargento Anatoli partiu para encontrar e libertar Auschwitz.”
Artigo publicado no Avante, na Edição Nº1627, de 03/02/2005 (http://www.avante.pt/noticia.asp?id=8390&area=19&edicao=1627)
Notável artigo, o publicado no “Avante” sobre o nazismo. Desfigurado, contudo, por uma ou outra imprecisão e alguns lapsos do redactor. Onde se diz que o Exército Vermelho “libertou” a Polónia, melhor seria ter-se dito que “ocupou” a Polónia. Mas uma vez que o autor do artigo se esqueceu de mencionar o Pacto germano-soviético de ’39 (enfim, não lembra tudo!), não seria de esperar outra coisa que não uma tal confusão terminológica. Mais estranho é que nada tenha sido dito sobre o destino dos milhares de sobreviventes russos, polacos, ucranianos, etc., do holocausto, que acabaram perdidos no gelo siberiano por ordem de Estaline. Afinal, também eles eram na sua maioria “homens de valor que tinham sido funcionários do Partido Comunista”.
Mas, exceptuando estas pequenas imprecisões (perdoáveis, no fundo, já que o articulista não é dos que se deixam enganar pela verdade histórica, preferindo a pureza da “verdade” ideológica), é um artigo notável. Notável.
Quem assinou o vergonhoso acordo de Munique, entregou a Checoslováquia a Hitler e o empurrou para a agressão à URSS não pode nunca falar do Pacto Germano-Soviético, que o Marechal Stalin concebeu para ganhar tempo e depois de a Polónia dos coronéis ter recusado a sua assistência em caso de ataque alemão. Nem um reaccionário como Churchill se atraveria a dizer tais baixezas da gloriosa URSS, que perdeu tantos dos seus filhos na libertação da Europa.
Aliás, este Manuel Lencastre tem outros artigos notáveis.
Já que o D.O. é minimalista na análise e parodia os factos deixo aqui o que de facto disse o Embaixador do Irão:
Embaixador do Irão em Lisboa elogia Freitas
Público, 15/02/06
Por Carolina Reis
“Ficámos muito satisfeitos e queria aproveitar a ocasião para agradecer a posição do Governo português, do sr. Sócrates e do ministro Freitas do Amaral”, disse Mohammed Taheri sobre a posição do Executivo português na crise provocada pela publicação das caricaturas de Maomé. Taheri fez questão de sublinhar a atitude do ministro dos Estrangeiros: “O sr. Amaral disse coisas muito boas e muito lógicas.”
O embaixador iraniano está igualmente convicto da origem desta crise: “Nós pensamos que isto é uma conspiração dos sionistas que querem pôr os muçulmanos contra os cristãos na Europa. Mas o nosso líder religioso apelou aos muçulmanos para que respeitem os valores dos cristãos.”
Taheri justificou ainda a revolta dos muçulmanos com a publicação dos cartoons: “O nosso profeta é muito valioso e importante para nós. Como Cristo é para os cristãos e Moisés para os judeus”. Aproveitou a entrevista também para criticar o Governo dinamarquês: ”Lamentamos que o primeiro-ministro da Dinamarca tenha dito apenas que era liberdade de expressão. Mas, não é!” E questionou a liberdade de expressão europeia: “Mas que liberdade de expressão é esta que vocês europeus têm que permite insultar outros tantos de outras religiões?”
O representante do Irão acusou o europeus de serem contraditórios sobre o Holocausto: “Quando o nosso presidente quer falar do Holocausto com historiadores e cientistas todo o mundo fica contra ele. Mesmo quando europeus fizeram investigações acabaram presos. Como é o caso em França de Roger Garaudy. Onde está a liberdade de expressão, quando querem fazer perguntas sobre o Holocausto. Isto é uma dualidade.”
Mohammed Taheri pôs em causa a dimensão do número de vítimas do Holocausto, e invocou para isso a sua experiência diplomática na Polónia. “Quando era embaixador em Varsóvia visitei por duas vezes Auschwitz e Birkenau e fiz as minhas contas. Para se incinerar seis milhões de pessoas são precisos 15 anos. Portanto, é preciso que os historiadores se reúnam e dêem a sua opinião.” E manifestou a vontade do Irão em organizar um seminário internacional com historiadores e peritos para debater o Holocausto, “para que digam a dimensão dessa realidade, para que digam quantos morreram.” (…)
Ah, bom, se foi pra ganhar tempo, está tudo explicado. Já a detenção ou execução sumária de toda a oposição e as deportações dos ex-combatentes para a sibéria, terão sido, dentro da mesma lógica, para . . . ganhar espaço? Nunca tinha pensado nisso mas, de facto, um opositor ocupa sempre imenso espaço, ou não tivessem eles (burgueses como são) forte tendência para engordar. Está bem visto, sim senhor.
Óh Luís Lavoura: o senhor às vezes é desconcertante. Não lhe conhecia ainda esta faceta, pode crer…qual é a sua dúvida???? É só a quantidade? Bem nos basta o DO, agora o senhor…
Saloio, sim, a minha dúvida é a quantidade. Não é indiferente saber quantas pessoas morreram durante a Segunda Guerra, nem como morreram (se de fome, se de doença, se com uma bala na testa, se gaseadas), nem onde estão os seus corpos (se no cemitério da sua aldeia, se numa vala comum, se incinerados). Isto são pormenores históricos que não são indiferentes nem irrelevantes. Se a história fosse apenas saber generalidades, não haveria muitos historiadores.
Sabemos que em Auschwitz muitas pessoas foram mortas, e muitos cadáveres foram incinerados. Sabemos que houve uma “solução final” e judeus mortos às centenas de milhar, ou aos milhões. Mas os números exatos e os procedimentos exatos não são indiferentes.
Deixa lá, Lavoura, para os saloios a moralidade daqueles que acrescentam um conto ao ponto ou vice-versa não interessa. Este último comentário da insistente e leal camarada Margaridieva Aldrabanova, depois daquelas quatro páginas gorkianas do ilustre Lencastre retiradas da Enciclopedia dos Povos Oprimidos que Nunca Tiveram mais Nada para Ler, fez com que ela subisse temporáriamente na minha escala das decências mínimas. Será que a super adoradora do Grande Exercito Vermelho está a ficar, finalmente, democrática ao ponto de não lhe meter medo o repto do embaixador para um debate sobre a veracidade das aritméticas cheias de teias de aranha e aguardente de batata com grelo?Também não podemos pôr de parte masoquismos, lá isso é verdade. Ou então uma tendência para transformar esta conversa numa campanha pessoal muito vesga contra o Daniel Oliveira. Se assim for, não lhe gabo o gosto e até a previno contra os dissabores que poderá ter na próxima reunião de autocrítica dos funcionários do partido para a região da Internet.
Até me apetece dizer isto à Margaridivieva. Eu também teria vários lençois para escarrapachar aqui, se quizesse imitar o ex-Lopes que foi rendido pelo pau-de-cabeleira do Unreconstructed. Mas não o faço para evitar embaraçá-la forçando-a a desembainhar a heroica espada de militante antinegacionista (whatever that rubbish means) também já a ficar ferrugenta e sem gume. Mas vou dar-lhe uma pinguinha, para ir bebericando e ganhando coragem para o tal encontro com os camaradas. A teoria dos sete milhões é velha, e só gente labrega é que não sabe que contestá-la não é o mesmo que dizer que precisamos de sete milhões para nos indignarmos. Amordaçar e meter na prisão é quanto basta, e é isto que já andam a fazer a quem discorda consigo sobre esta questão noutras paragens da Europa. A teoria é ainda contra os ensinamentos básicos que a padeira de Aljubarrota nos deixou em termos de tempos de cozeduras ou assadelas extremas e não resiste a uma comparação com a evolução dos cálculos rectificados dos últimos 60 anos, comparações que envolvem jornais de nomeada por todo o lado, escritores da especialidade, intelectuais judeus com muito boas reputações, cientistas, investigadores, a Cruz Vermelha, os arquivos Soviéticos, decisões do governo polaco depois da dissolução do Pacto de Varsóvia, e muito mais.
E você ainda tem o descaramento de nos dizer que o professor Lencastre veio aqui para nos ensinar. Pior que isso só na assembleia nacional lusa dos povos oprimidos pela desinformação.
desculpem lá, mas esta da do texto do Manoel de Lencastre é, no mínimo, questionável:
“a completa superioridade moral e material dos comunistas relativamente ao imperialismo”
1- Estaline era aliado de Hitler até este lhe declarar guerra
2- os Estados Unidos da América enviaram 16 529 791 toneladas de material para a União Soviética durante a II Guerra Mundial
http://abibliotecadebabel.blogspot.com/2006/02/post-nuno-rogeiro.html
Tudo é questionável, Salvador, tudo na vida é questionável, aliàs as questões que põe também são.
Vejamos: eu faço um pacto de não agressão, consigo, quer isto dizer que eu fico sua aliada ou tão somente que ambos combinámos não nos agredirmos mútuamente?
Diz ainda que Hitler declarou guerra à URSS? Não declarou não, pura e simplesmente no dia 22 de Junho de 1941 o exército alemão nazi entrou de rompante pela fronteira ocidental da URSS. Sem pedir licença e sem mostrar o passaporte na fronteira!
Diz que os USA “entregaram” material à URSS? Qual o espanto de aliados negociarem entre eles! É que a 23 de Junho, os USA declararam o seu apoio à URSS. E entre aliados negocei-se. Já agora pode adiantar que “materiais” enviaram os norte-americanos para os russos? E como é que os russos pagaram?
Manoel de Lencastre tem toda a razão quando fala naquela altura “na completa superioridade moral e material dos comunistas relativamente ao imperialismo””. É que não só foram os únicos que lhes fizeram frente, como os derrotaram.
Eu sei que isto é o que mais incomoda certos salvadores: terem de reconhecer que foram os soviéticos os únicos que sozinhos derrotaram e expulsaram os alemães do seu território. Mas vão-se habituando porque é a verdade…
Aos imbecis!!!
Enquanto as forças aliadas, enfrentaram ao mesmo tempo, o máximo de apenas 6 divisões alemães completas, os russos, então soviéticos, enfrentaram 137. Não levo em consideração divisões colocadas em reserva, para não ser covardia.
Apenas o desconhcimento de estúpidos e imbecís, como de alguns, pode tentar atribuir a destruição do nazismo aos aliados ocidentais.
Retirado o manto esquizofrênico da guerra-fria, sabe-se hoje, que o dia-D foi uma piada, já que a guerra havia ganha no leste, sob sangue eslavo.
Portanto, saibam as víuvas do dollar, que lamentavelmente, a história registra a bandeira vermelha, como algoz do nazismo.
Quer queiram ou não!!!
Como tem imbecis degenerados no Ocidente, que ainda hoje acreditam na “vitória soviética” na Segunda Guerra! Seus covardes traidores e parasitas “democratas” ocidentais, devem saber que sem a sua ajuda criminosa aos soviéticos os bandidos comunistas sovieticos nunca iriam “ganhar” a guerra, pois os alemães esmagaram o covarde “exército vermelho” como uma pulga podre logo no começo! O Ocidente podre, degenerado e “democrata” nos trouxe o comunismo na Europa do Leste! Vão pra o Inferno!