Aprender à nossa custa

Evidentemente que o presidente do GRA e o partido que o sustenta, o PS (no caso nem se faria a minima diferença entre “nacional” e “regional”) estaria simplesmente tão frito quanto fizeram com Sócrates. E com o BE e o PCP de braço dado com a direita que levou ao poder, alegremente, sabendo exctamente o que estavam a fazer.

Claro que esta esquerda que se faz de sonsa, agora não tem os microfones da direita a toda a hora e momento como tinha para malhar no PS. Agora tem o mínimo dos mínimos para esses sonsinhos pensarem que ainda há democracia. BE e PCP foram quase completamente silenciados e se-lo-ão cada vez mais pela comunicaçâo social soberanamente controlada pela direita. E eles sabiam que ia ser assim, quando se aliaram para derrubar o governo Sócrates. Mas o seu ódio pelo PS e o desprezo pelas pessoas que dizem defender foi mais forte.

Não sei até quando as pessoas que ainda dão o voto ao BE e PCP continuarão na ilusão. Mas penso que o que se está a passar é tão grave que vai forçar esses eleitores a abrir os olhos. Vão convencer-se que o PS, apesar das suas graves falhas, não tem nada a ver com a direita salazarenta que assaltou o poder com a colaboração total do BE e PCP. Finalmente vão rejeitar a trafulhice que lhes é martelada por estes partidos de que PS e Direita são a mesma coisa.

Os portugueses vão aprender à sua custa.

Infelizmente, neste momento, têm uma direcção PS do mais pobrezinho que eu me recordo. É caso para dizer que o país que clama justiça está órfão.

E como se fosse coisa pouca a desgraça partidária, o mesmo povo órfão assiste, impotente, ao desmoronar das instituições da república, a começar pela presidência da república, entregue a um “mísero professor”, como diz o próprio, e eu digo miserável economista.

Politizou-se a justiça e as policias. Arrebanhou-se a comunicaçâo social. Os senadores da nação acobardaram-se como sempre aconteceu ao longo de muitos séculos de história. Resta-nos o exército da revolta deste espaço silencioso das redes sociais.

Não calemos a revolta. Não paremos a denúncia.

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Oferta do nosso amigo Mário

13 thoughts on “Aprender à nossa custa”

  1. Andas, andas, camarada Mário, e um dia destes estamos todos a ver-te devolver o cartão ao Partido e fazeres-te à vida que vem por aí um tsunami. Se decidires isso, tens várias opções à tua frente, entre elas tornares-te independente e filosófico como o Valupi ou ecuménico progressista como o Policarpo.

    E como gostei muito da parte onde incitas o povo à revolta (no fundo, sou um pieguinhas que se comove com tudo) peço-te que me digas quando escreveres aqui um post que não lamente a sorte do pobre Sócrates, pois virei logo a correr e mandarei um foguete ao ar.

  2. que as maos nunca vos doam e continuem a escrever e a abrir os olhos a muita gente, mesmo que por aqui apareçam aves raras tipo KALATI MATANUS…

  3. Estou a ver, jpferra, que as “aves raras” não são assim tão raras afinal, já que falas no plural. Mas ave rara como tu só o diamante às riscas, porque em várias cores temo-los e em abundância. Pergunta ao Mandela.

    E força, vai incitando outros a escrever bem e outros a abrir os olhos, enquanto o resto das almas pacientes como a minha continua à espera que da tua corneta saia um som que se possa harmonizar com uma ideia de jeito que não se confunda com graxa ou cassete.

  4. Discordo. Em Portugal a Esquerda é culturalmente dominante.
    O seu discurso é tão atractivo quanto politicamente irrealista.
    Do desmoronar da Rapública nada de mal virá.
    «Senadores da Nação»? Quem são?

    Cumprimts.

  5. Eu também subescreveria com muito gosto, mas receio que o er esteja a falar verdade. Não há nada como jogar pelo Seguro. A descida do rublo também não ajuda nada.

  6. E fizeste muito bem em não subscrever, anonimo. Vou tomar devida nota que começas a ser bom na arte injustamente pouco apreciada de apanhar bolota. Mais grato que gratíssimo não há, e é nisso que me fico com a humildade do costume.

    Et à bas le double langage, bien sûr.

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