O Aspirina está a saber-me mal. E não, não me refiro aos arrufos dos camaradas nem sequer às promessas de que a coisa está por dias. É que bastou estar uns tempos fora para este blogue ser citado pelo Pacheco Pereira. Espero que o responsável saiba assumir as consequências. RMD
Rodrigo,
A culpa já é velha, meu velho. Há um mês, no último dia de Fevereiro, o Abrupto dizia:
«Bom retrato de Sócrates feito por Valupi no Aspirina B».
E citava:
«Sócrates é muito irritante. Tem uma pose sempre no limite da arrogância possidónia, tendência que se tem agravado com a idade e os papéis do poder. Mas Sócrates torna-se simpático quando se irrita; o que lhe acontece com facilidade, de resto. Aí, o seu temperamento sanguíneo tem uma genuinidade que se distingue dos artificialismos da circundante pandilha. Sente-se-lhe o gosto em passar responsos paternalistas, exercício que atinge o auge quando a vítima é Marques Mendes. A sua voz também se modula de acordo com a bancada do interlocutor: o CDS é tratado com indiferença fria, o PSD com agressividade cúmplice, o PCP com petulância agastada e o Bloco com bonomia agreste.»
Um leitor activo do Abrupto, de seu nome João Boaventura, comentava ainda:
«O que Valupi diz de Sócrates é apenas a confirmação do que diz o nosso clássico Vieira: “Se olharmos para as coisas com simpatia, até um cisne preto nos parece branco; se olharmos, com antipatia, até uma rato branco nos parece preto”.»
Enfim, já vês: o Senhor Abrupto traz-nos na mira há mais algum tempo.
Fernando,
Parece-me que o Senhor Abrupto não só vos traz na mira, como se terá tornado ele próprio um comentador de destaque do vosso blog, pelo menos dos textos de FV.
A propósito, e espero que não me leve a mal, no seu post “Valentes Críticos” há um comentário à 01.31 PM de ontem que lhe é dirigido explicitamente e que pedia resposta.
Fernando,
Bem vistas as coisas acho que meti água e muita no comentário anterior. Peço-lhe, por isso, que o ignore. As minhas desculpas. Do mal o menos: julgo que não ofendi ninguém.
Não, Cláudia. Tem toda a razão. Mas acredite que eu próprio sempre tive a intenção de responder. Simplesmente, há mais vida fora do Aspirina…
Lá há-de ir.