O que eu acho mais obsceno no relatório desta canalha, pomposamente intitulada “Grupo de trabalho para a definição do conceito de serviço público de comunicação social” é o quererem justificar a redução ao silêncio do serviço público de comunicação social, e muito particularmente da vertente informação, com o sofisma de que “não há ditadura – a começar pela portuguesa (1926-1974) – que não tenha desenvolvido aparelhos de comunicação e propaganda financiados pelo Estado”.
Pois, como o Hitler fez auto-estradas, uma democracia liberal não deve fazê-las. Como o Mussolini fez a Cinecittà (ainda hoje propriedade do ministério da Economia italiano), o regime democrático italiano deveria tê-la fechado.
Essa canalha abjecta, apostada em calar a informação mais isenta que há em Portugal, vem com o argumento de que os ditadores se serviram da comunicação social para a propaganda!
Argumento igualmente falacioso, ignorante e imbecil é o de que “o chamado ‘serviço público’ de comunicação social, maxime de televisão, cujo modelo se desenvolveu na Europa ocidental depois da 2.ª Guerra Mundial, é um fenómeno histórico que se deve essencialmente à escassez de meios financeiros e tecnológicos privados”.
O modelo é posterior à 2.ª Guerra? Grandes imbecis! Então e a BBC, criada em 1927, verdadeiro modelo mundial, então e ainda hoje, do serviço público de comunicação social?
Oferta do nosso amigo Júlio
Grande porra até nos ditadores ficamos atrás dos outros. Não se arranja ai qualquer coisa feita pelo Salazar para animar a malta?
Pergunta inocente: quem é este Relvas de que toda a gente fala?