Quem, descendo o mapa, vai para Monte Gordo, ou para toda a metade leste do Algarve, pode deixar a auto-estrada e ir conhecer mais um recanto do país: Mértola, o maior museu do Alentejo. Ali o espera, há bem dez séculos, uma das maravilhas de Portugal.
O autor do «post» é, concedamos, suspeitíssimo. Calhou-lhe nascer lá. Mas vá, você mesmo, tirar teimas.
É como dizes, de maravilha. E também à volta.
É muito lindo, sim. Ainda tem lá na dobra da esquina do rio aquelas minas de pirite abandonadas?
Noutro dia em Tavira deu-me uma revelação: consegui ver nas principais igrejas os traços da fundação em mesquita, ora essa história não é contada, a não ser em Mértola.
E tem um belo ensopado de borrego, com uma ervinha.
Agora cá para mim é mais no Outono, que agora dá estorricanço…
Valupi,
Obrigado. Sim, faltava ela, a volta.
Z,
As minas abandonadas são no concelho de Mértola, mas bastante longe da vila. Trata-se das Minas de São Domingos, a uns vinte e tantos quilómetros (estamos a lidar com o segundo maior concelho do país), na estrada para Serpa. É outro lugar a descobrir, cheio de mistério, caído ali do «outer space».
Quanto às temperaturas, tens razão. Os 42 graus de hoje em Beja são alguns mais em Mértola. Mas aponta-se na agenda. Mesmo no Inverno (ou sobretudo no reverdescente Inverno) a visita é um sonho.
Já sei, não era as minas, era os restos de um porto cheio de coisas de metal, vagões, carris, coisas e loisas. Ou fui eu que sonhei?
Meus Deus, isso é um espectáculo.
Z,
Esses restos foram arrumados. É o progresso. Não sonhaste.
Cláudia,
É, de facto, de evocar deuses plurais.
fv, não fiz de propósito, mas deve ser influência inconsciente de andar a ler narrativas pré-monoteístas.
Fernando, Mértola com este CALOR!!!
Ana,
Tens razão. Aguarde-se (lembro-o acima) por época amena.
Aqui chove e como a terra está cansada de absorver água surgem inundações. Afinal o mundo não é tão pequeno como parece. Um abraço ao «nativo» como se diz aqui…
«Aqui», JCF? Onde? Em Lisboa, no Alentejo, em Inglaterra (como suponho, mas sou um privilegiado), na Cochinchina? A malta é suposta – desculpa o anglicismo – seguir-te agora os passos?
Aqui é mesmo Blackheath Park, algures entre o Parque de Greenwich com a casa de Newton e Lewisham, um lugar onde no passado havia ciganas a ler a sina porque aqui não mandava nenhuma Câmara Municipal. Só em 1986 ficou a divisão clarificada. De um lado Greenwich; do outro Lewisham. Um abraço
Zé,
Parece que há por aí um paralelo. Ou era um meridiano?
Abraço.
Já tou a abalari. É amanhê. (Agora tem um planetário mesmo ao lado do meridiano.)
Estão quê? uns 50ºC?
Este Zezito das passetas londrinas anda às voltas por Blackheath e só vê ciganitas. Filho, debaixo dessa relva de Blackheath estão enterradas milhares de vítimas da Peste Negra, daí essa vasta área não ter sido urbanizada.
Busca uma cigana para te exorcizar quando chegares a Lisboa, senão vamos temos que aguentar mais montes dos teus posts negros. Amen, cruzes canhoto!
É tudo mentira: no tempo da peste negra não vivia aqui quase ninguém e isto nunca foi um cemitério. Foi sim uma «terra de ninguém» nos limites dos terrenos do Duque de Gloucester. O Heath serviu para jogos de futebol a partir de 1862, exercícios militares, desfiles, golf, feiras e etc. Tão terra de ninguém que só em 1986 ficou definido o que era de Lewisham e de Greenwich. Não é nada disso: é uma lenda mal enjorcada. Safa!
Vale mais que o desvio, vale a estadia!