Daniel de Sá e a Frente de Libertação dos Açores

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Daniel de Sá (à esq.) com o realizador brasileiro Douglas Machado. As janelas da casa do Daniel, na esquina, com barras verdes, foram reforçadas contra possíveis atentados à bomba por parte da FLA.
A casa foi ainda protegida a partir da escola à direita, de que se vê o gradeamento.

Num comentário, foi pedido ao Daniel de Sá alguma informação sobre as suas relações com a FLA (Frente de Libertação dos Açores). O Daniel fixa-se num episódio, que foi relatado no jornal Açores, em Outubro de 1975.

Foi queimada uma bandeira da FLA, na Maia. O autocarro da carreira Ponta Delgada – Maia chegou meia hora mais cedo para os passageiros assistirem ao acto. A bandeira fora hasteada às escondidas, durante a noite, numa casa desabitada em frente da igreja por um grupo de socialistas, dos quais faziam parte eu e um colega chamado Francisco Sousa [veio a ser presidente nacional do Sindicato de Professores]. Essa queima fora preparada em minha casa, durante um lauto banquete, com a presença de dois altos dignitários do PS. A bandeira terá sido arrastada pelo chão, pisada, lançada à lixeira, e depois queimada.

DANIEL DE SÁ

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Os factos

Às sete horas da tarde da véspera, Jaime Gama e outro alto dirigente regional do PS estiveram comigo, em casa do Francisco Sousa, a preparar as eleições autárquicas que se aproximavam. Por volta das sete e trinta, aqueles dois dirigentes seguiram para a Achadinha, a 17 km da Maia, com idêntica agenda de trabalho. Cerca das nove horas reuniu-se um grupo de amigos em minha casa, para a despedida de dois deles que iam regressar à universidade em Lisboa. Petiscámos caracóis guisados e chouriço à bombeiro.

No dia seguinte fui informado da existência da bandeira na tal casa. Havia quem a quisesse queimar, e eu disse que não valia a pena. Mas a ideia prevaleceu. À hora marcada, para coincidir de facto com a chegada do autocarro (cujo horário, que ainda se mantém, fora alterado cerca de seis meses antes para meia hora mais cedo), a bandeira foi arriada. Eu fui ver, bem como centenas de pessoas. Como não gosto de ver queimar bandeiras (para mim esse gesto deveria ter ficado apenas como símbolo da revolta contra o nazismo), aconselhei a que não a queimassem, que era preferível arrastá-la pelo chão e deitá-la à lixeira, a cerca de 600 metros de distância. Mas queimaram-na mesmo ali.

Explicação para a alteração radical da verdade

Um senhor que assistiu a tudo, e que era muito trapalhão a falar, foi de propósito à sede do jornal contar o episódio. Foi mal e ridiculamente interpretado, bastando para isso atentar no pormenor de que a viagem do autocarro entre a Ribeira Grande (onde tinha paragem com pausa obrigatória) e a Maia demorava cerca de quarenta minutos, pelo que era impossível chegar meia hora mais cedo. As outras confusões percebem-se facilmente. Atribuir-nos o içar da bandeira foi pura imaginação. Ela fora comprada por um simpatizante da FLA, que pediu a três rapazes do PPD para a içarem. A intenção era mesmo provocar, mas os moços não faziam ideia do significado do acto. O jornal nunca aceitou desmentir a notícia.

Consequências mais graves

Depois de uma reunião do sindicato em Ponta Delgada, o Francisco Sousa e eu, bem como um terceiro “inimigo” da FLA que estava connosco, fomos cercados por várias dezenas de arruaceiros daquele movimento. Tivemos de ficar refugiados no edifício até à chegada da PSP. Fomos levados para as instalações da Polícia em Ponta Delgada, onde uma multidão enfurecida gritou ameaças de morte contra nós. Tentei dialogar com eles, mas a PSP não mo permitiu. Fomos trazidos à Maia por toda a força policial disponível, mais as nossas mulheres, que tinham ido também a Ponta Delgada. Viemos pelo caminho alternativo da Lagoa, porque a FLA barricara a estrada da Ribeira Grande num sítio conhecido como Caldeirão. A situação afigurava-se tão grave que, pela primeira vez, o comandante da PSP autorizou que fossem usadas armas de fogo, se necessário.

Seguiram-se dias de constante pressão e vigilância das nossas casas. Com a queda de Vasco Gonçalves, os ânimos foram acalmando.

DANIEL DE SÁ

68 thoughts on “Daniel de Sá e a Frente de Libertação dos Açores”

  1. Fica a saber a muito pouco. E fico a saber muito pouco. Problema meu, sei bem, mas outrossim por ainda não se ter revelado quase nada desse tempo. Há um véu denso tanto sobre o salazarismo como sobre o período quente pós-Abril. Muita gente, que depois levou vidinhas discretas e burguesas, fez grosso disparate. E muita gente foi criminosa. Ninguém se deu como culpado, ninguém pagou pelo mal que fez. E deu nisto, o Portugal que temos hoje.

  2. Em 1977, dois anos depois desses factos, estive em Ponta Delgada e ainda vi bandeiras separatistas e autocarros pintados de alto a baixo com a sigla da FLA. A saga do separatismo insular pós-25 Abril ainda não foi contada como deve ser, com a descrição detalhada dos factos, os nomes e as ligações políticas dos que estiveram pró e contra. Será um dia? Uma correcção: as primeiras eleições autárquicas realizadas em democracia tiveram lugar em Dezembro de 1976, muito depois da queda do Vasco Gonçalves.

  3. Explicação a Silveira
    Eu sei, meu caro, porque até participei nessas primeiras eleições autárquicas. No entanto, lembre-se de que a maior parte das pessoas nada sabia do assunto, sobretudo nas freguesias rurais, e foi preciso começar com muita antecedência a explicar o processo e a pensar em gente capaz de fazer parte das listas.
    Valupi
    Se arranjares o oitavo volume da História de Portugal, dirigida por José Mattoso, encontras lá o capítulo “Regimes autonómicos dos Açores e da Madeira”, escrito pelo Medeiros Ferreira. Está dito o essencial. Se preferires, e quando eu tiver tempo, resumo-te a história, com conhecimento directo, como participante, e por revelações que me foram feitas por alguns dos responsáveis desse período louco.

  4. Daniel, muito obrigado. Se afirmas estar lá o essencial, melhor garantia não pode haver.

    Mas eu sinto falta da transmutação da História em histórias. Falta a inscrição, no sentido em que José Gil usou esta expressão e conceito. Olha, falta um documentário que fosse ter contigo, e outros, e colhesse a memória viva desse espaço visto deste tempo.

  5. Daniel:
    Fico feliz por ainda se manter nesta casa. Espero, então, saber de si mais histórias do Emanuel, sem querer que isto tenha qualquer coisa de discos pedidos, ora agora a FLA, ora agora Emanuel… Talvez tenha abusado, mas acabei por publicar os seus dois comentários sobre o “poeta perfeito” (são palavras do Álamo) no meu blogue.
    Sei que começámos a escrever-nos por uma discórdia, mas sinto-me hoje muito próximo de si por tão bem ter exprimido alguém que me faz muita falta. Foi ainda miúdo que quis ser escritor e, então, só conhecia um, o Emanuel. Peço-lhe desculpa por, ainda que um pouco mais delicadamente, ter juntado a minha voz à turbamulta insultuosa num momento em que talvez estivesse um tanto ou quanto debilitado.
    Abusarei mais tarde em publicar também o texto do livro de homenagem… e se não tiver a alegria de o ler aqui, o que se pudesse ter prometido o teria feito, sobre este tão grande nosso eterno amigo, saiba desde já que procurarei trazê-lo mais vezes à minha página. Entretanto fico com vontade de conhecer mais sobre a obra literária do próprio Daniel.
    Aceite um abraço!

  6. O FV tem de explicar a diferença destes separatismos linguísticos.

    Do galego já aprendemos- é por causa do galaico-português.

    Agora o dos sotaques é que é todo um mundo por estudar

  7. Tens plena razão, Valupi. Aquilo de que o Medeiros Ferreira fala é o que se viu, o que foi público. Eu conheço o que se passou nos bastidores, porque hoje quase todos os da FLA estão arrependidos de o terem sido, e alguns são meus amigos. Hei-de contar-te isso e a quem mais interessar.

  8. Zazie,

    Não sei até que ponto anda estudado o micaelense (porque é nele que estás pensando, ou deverá ser). Suponho que, à parte um léxico local (como há léxicos locais do Minho ao Algarve), o mais interessante é a fonologia do vocalismo.

    Não te sei contar o fino da questão, mas um dia mostraram-me como, no micaelense, se dá uma rotação do trapézio que configura o nosso sistema vocálico. Isso basta para nós, os continentais, não entendermos quase nada do micaelense autêntico (sublinho, autêntico, o do falante incontaminado pelo padrão).

    Saberá alguém expor-nos bem o que eu desajeitadamente sugiro?

    Daniel,

    Por este Continente fora (e aqui «Continente» apanha também a Holanda) somos todos ouvidos.

  9. Quer dizer, pelos beiços do Jaime Gama e do “outro ALTO dirigente regional do PS”, algum homem de gravata, suponho, não passaram os caracóis guisados nem o chouriço à bombeiro. Que pena, D. Filomena.

    Não sou eu que irei escrever História baseado neste relato de Histórias de bandeirantes e queimadores de bandeiras tocados a pífaros da maçonaria e da opus! E tem razão: os arruaceiros são sempre aqueles que fazem barulho nas ruas mas não os do nosso partido. Os do nosso partido chamam-se arreganhadores da tacha patriótica de classe.

    Daniel,

    Olhando para esses cabelos brancos quase me fazes chorar pensando que pensas que a influência do nazismo organizado nas coisas más que ainda hoje vão acontecendo por este mundo acabou em 1945. Põe-me esse grão de molho, meu caro.

    E peço-te que voltes para começares aprender umas coisas sobre fascismo e nazismo, quando me apanhares bem disposto.

  10. Interessam a muitíssima gente. Mas a história não pode olhar a conveniências, susceptibilidades, amizades e arrependimentos, ou não é história. Se não puder contá-la publicamente para não ferir cordas sensíveis, conte-a a quem a queira estudar. Não se trata de julgar pessoas, actos ou factos com mais de 30 anos. Trata-se de impedir que a conspiração do silêncio abafe a nossa memória colectiva.

  11. Estava a brincar.

    Nunca se fala da história do PREC passado nas ilhas e o que se seguiu.

    São estas memórias que convem não deixar apagar. E ainda menos branquear.
    Mas os papões estão vivos e reproduzem-se que nem coelhos.

    Só esse aspecto dá que pensar. Os tabus que ainda existem em 2007 provêm de uma história que foi reescrita com o 25 de Abril.

  12. Ao “Livrorium Proibitorium”
    Uma das razões que me têm levado a falar pouco no assunto em público é preciamente o melindre da situação que Silveira refere. No entanto, em texto que vou escrever para satisfazer a compreensível curiosidade de alguns dos comentadores, porei os nomes essenciais para que, se um acaso fizer com que alguém daqui as conheça ou possa chegar à fala com essas pessoas, ouça a sua versão.
    Bastará assim?

  13. Já agora, a queima de bandeiras de quem não gostamos soa hoje a uma coisa assim a modos que fundamentalista ou pior. Embora arrastá-las pelo chão e deitá-las ao lixo também não seja propriamente exemplar de tolerância e pedagogia democrática. Se calhar, nem a nossa Constituição é muito democrática e tolerante nesse aspecto. Achando eu na altura a maltósia separatista um bocado execrável, penso hoje que, no fundo, no fundo, eles tinham todo o direito a propagandear as suas ideias e os seus símbolos. Mais, se fosse actualmente caso disso, eu não veria com maus olhos o aparecimento de um ou dois novos países de língua portuguesa.

  14. Também não é conspiração do silêncio.

    Parece-me ser mais grave, é julgamento moral e “memórias inventadas” como lhe chamou o José (GL) numa excelente série que iniciou há tempos.

    Não temos silêncios, temos questões tabu (um passado do tempo de salazar) e memórias inventadas acerca dele, a par de História reescrita que se seguiu.

  15. Tem toda a razão, Zazie. E aqui me esqueceu de referir já o nome do tal outro alto dirigente regional, que terá tido pena de que os seu beiços não tocassem os caracóis nem o chouriço: Francisco Amâncio de Macedo, actual director da Caixa Agrícola Açoriana.

  16. Só largando a ganga das ideologias.

    O problema é largá-las. O excesso ideológico de Portugal é um fenómeno em que se devia pegar.

    É um virus que contamina tudo. Ainda serve de muleta em qualquer campo social para onde nos viremos

  17. Não vou poder estar aqui a responder a cada um, mas declaro que concedo inteira razão ao Silveira uma vez mais. Mas a alternativa que tentei arranjar para a queima da bandeira não passou mesmo de uma solução para evitar um acto que me repugna.

  18. Fico satisfeita pelo regresso do Daniel. O tema do separatismo também me interessa. Defendo o direito dos povos à autodeterminação; mas parece-me que açorianos, madeirenses e continentais são um único povo. Parece-me até, pelo menos no que diz respeito aos Açores, que estão mais próximos das tradições portuguesas do que nós, continentais, mais influenciados por outras culturas. Até o vosso sotaque, se calhar, está mais próximo do do português antigo do que o nosso.
    Quero lembrar, ao Sr. Silveira, que os outros países de Língua Oficial Portuguesa são antigas colónias, habitadas por outros povos que os portugueses dominaram. Tiveram todo o direito à sua independência. Açorianos e madeirenses são portugueses, descendentes de portugueses como nós e, também, de alguns estrangeiros também como nós. Os meus filhos, por exemplo, são descendentes, pelo lado do pai de alsacianos e ingleses.
    Já somos tão poucos… ainda haveríamos de nos dividir mais? Porquê? A mim repugna-me tanto essa ideia como a de alguns nortenhos que dizem que “a sul do Douro” só há mouros. E ao mais sou do Norte.
    Acredite: gosto mais dos Açores do que muitos dos que nasceram aí.
    Parece que o Aspirina está mais calmo. Gosto disso!

  19. Daniel podes explicar a relacão entre a Bandeira da FLA e a Bandeira do Divino?

    Desconhecia que o teu depoimento para o Douglas Machado foi sobre a tua relação com a FLA.
    O lançamento oficial do documentário será em novembro na Feira de livros de P.Alegre. Quero estar lá.
    Um abraço regressante…e Obrigada. Não perdi a esperança, vais?
    Diz SIM…

  20. Elisabete e Lélia
    Obrigado pelas palavras amigas. Mas, minha Lélia querida, a entrevista com o Douglas foi apenas sobre o nosso amigo Assis Brasil, claro. E a bandeira da FLA não tem nada que ver com o Espírito Santo. O que houve foi o uso abusivo do Hino do Espírito Santo como hino da FLA. Mas isso seria outra história dentro da História.

  21. Daniel, por favor quando puderes conta-me?
    Vou precisar saber…
    O fato do uso abusivo do Hino do E.Sto. como hino da Fla não maculou a tradição????
    Ela continua viva por onde vá um açoriano neste Divino mundo.
    Não respondeste, vais?
    Um abraço da regressante…
    Fica o poema-oração de Sophia de Mello Breyner: “Onde o que estava lavado se relava para o rito do espanto e do começo. Onde sou a mim mesma devolvida em sal, espuma e concha regressada à praia inicial da minha vida”.
    Ponto final!

  22. antes de mais, fez muito bem em não ir embora daniel. há poucas razões para se fugir com o rabo entre as pernas (embora de momento me ocorra nenhuma) e o que acontece num blog não será certamente uma delas.

    quanto ao resto, ficamos todos a aguardar desenvolvimentos. pode até ser que a protecção pelo anonimato, dado o mote, venho a trazer mais informação na forma de comentários (que o anonimato também tem vantagens, pois).

    por fim não deixa de ter graça a pontuação dos eventos pela comezaina, tão distintamente portuguesa.

  23. Lélia
    O povo sabia tão pouco o que era a FLA quanto o que era a autonomia com que o PPD tentou ganhar (e conseguiu) as primeiras eleições. Aquela gente tinha coisas tão parvas que, ao falar perante o cadáver de um rapaz que morrera num acidente de mota por excesso de velocidade, o José de Almeida disse que o seu sangue não tinha sido derramado em vão pelos Açores. O Hino continua imaculado.
    Susana, essa da grande comezaina foi invenção do “Açores”,porque nem nós sabíamos da existência da bandeira nem comemos mais, como eu disse, do que caracóis guisados (iguaria introduzida por mim entre os amigos aqui na Maia) e chouriço à bombeiro.

  24. “Fez muito bem em não se ir embora daniel” (diz susana no seu comentário)
    No blog Monstruosidades do Tempo e da Fortuna, respondendo a um post publicado por nils, escreve Daniel de Sá (voltando a Emanuel Felix): “É a convivência com Homens como o Emanuel que tornam mais difícil aceitar o enxovalho da bestialidade (…)Ele não teria aguentado a décima parte do que eu aguentei. Sem dúvida porque era mais íntegro.” (referindo-se, é claro, ao Aspirina)
    Ah,pois era mais íntegro Daniel! Você o disse.
    Resposta de nils: “Que ele, se sabe deste diálogo, compreenda que eu tenha voltado à pocilga.” (Aspirina outra vez).
    Então, nils, o Aspirina deixou de ser pocilga? É que escreves lá em cima:”Daniel: fico feliz por ainda se manter nesta casa.”
    Ó nils, afinal em que é que ficamos!? Gostas de ver o Daniel na pocilga, é isso? Nesse caso, porque razão transcreveste estes textos no teu blog!? Será que tens duas caras? Se calhar, tens…

  25. F. C.
    Estou aqui apenas em atenção a uma pessoa: o Fernando Venâncio. Como expliquei no outro comentário, só por ele voltei e só por ele poderei eventualmente aparecer aqui de vez em quando.
    E que o grande Emanuel Félix, que sofreu de outros modos a indefinição daqueles tempos, compreenda que é mais importante repor a verdade dos factos do que impor o nosso orgulho.

  26. FC:
    Num contexto que já se havia perdido, o de uma discussão interessante do ponto de vista do html se estava certo ou errado um post do Daniel de Sá, concordei que não e argumentei. Também me solidarizei com o autor do post quando me pareceu justo não dar à coisa aquele aspecto de fim do mundo. Então descobri o Daniel de Sá, que é um poeta assim como o Emanuel, das ilhas, nascendo e vivendo insular e pagando sobre isso não viver os círculos literários de Lisboa e do Porto.
    Só li o poema do Guilherme por causa da lápide, mas gostei, e acho que Daniel de Sá, como o Emanuel, tem de grande poeta ter uma alma à altura,porque os há também grandes que a usam pequena, independente do tamanho de que efectivamente a tenham. Não me compete a mim fazer juízos de valor sobre este ou qualquer blogue, mas também não sei se o Daniel de Sá estava a chamar pocilga à caixa de comentários, ao blogue, à Internet ou, vá lá, ao espaço público… O que é certo, é que tendo o Daniel falado de Emanuel, reconheci-o de imediato nas suas palavras e vi que conhecia a obra e a palavra, reconhecendo-o na sua enorme dimensão humana. Por isso, como sempre fiz, torci para ouvir outro amigo falar do poeta.
    Não estou à espera que o Daniel vá falar do Emanuel em exclusivo para o Monstruosidades. Estou já certo que teria muitas daquelas divertidas histórias que costumava ouvir da sua boca. E outras. Como esta do “onde é que estavas no 25 de Abril?” que agradou a tanta gente. O Daniel é bem vindo porque melhora a qualidade do aspirina, para mim, e para muitos. Ainda que não lhe tenha lido mais do que um ou dois posts antes do post do Guilherme, sei que é poeta porque tem alma que defende um amigo morto perante a sanha impune dos vivos.Essa é do Emanuel que conheci. Por isso reproduzi os comentários quase na íntegra e testemunhei da sua justiça.
    Assuntos do Monstruosidades, discuta-os lá, que também é bem-vindo. Reparará que ao longo dos tempos mantive bastantes polémicas com inúmeras pessoas que não me acharam digno de obter resposta. Eu próprio acabei por me convencer disso e fico muito feliz que tenha pensado o contrário. Agradecia que fosse possível esquecer o Aspirina, o Daniel de Sá e, se assim o entender o Emanuel, e após uma leitura atenta do meu blogue encontrasse outro aspecto em que lhe apetecesse malhar, o que não será difícil porque é muito vazio de ideias e suficientemente mal escrito. Não tenho por hábito parasitar caixas de comentários ou tentar ganhar notoriedade através de outros blogues e muit menos através de loas, a mortos ou vivos, familiares ou desconhecidos. Espero compreenda que não estou disponível para grandes debates sobre esta matéria.
    PS: Não posso deixar de agradecer ao Daniel de Sá ter-se considerado destinatário da sua pergunta.

  27. Espero ser esta a última explicação que tenho de dar sobre o assunto. É que o comentário de NILS resume, a certa altura, a condição de insular e uma das visões que no Continente se tem de ser ilhéu. Eu sei que, não tendo os portugueses continentais outras referências sobre os portugueses insulares que não sejam as da imagem dos seus políticos ou das notícias de TV, dificilmente nos imaginarão grande coisa, ou sequer coisa normal. Curiosamente, nós por cá não nos ficamos por visão tão redutora, embora haja também a nível popular quem pense que os continentais não são recomendáveis. Imaginem o que seria julgar os continentais pela luta entre Luís Filipe Meneses e Luís Marques Mendes, ou pelos crimes que fazem a abertura dos telejornais.
    Felimente há mais, muito mais País do que que isso. Para quem cá vem, ou para quem tenta saber alguma coisa a sério destas ilhas e desta gente, há com frequência surpresas muito agradáveis. O Emanuel Félix, por exemplo, teria sido, e pode continuar a ser, uma das maiores. Mas eu sei que para lá do meridiano de Moscavide ou do paralelo de Odivelas, com o Tejo por fronteira a Sul, não há mais mundo para Lisboa ouvir. Por isso, quando alguém se queixa do esquecimento dos escritores e artistas açorianos, eu lembro sempre que o fenómeno é este, e não o de um desprezo concreto contra os açorianos.
    Quanto à maneira dúbia como possa ter-me comportado aqui, pelo menos aparentemente, digo que sou capaz de arriscar a honra pela honra de um amigo. Foi esse risco que assumi pela honra do Fernando Venâncio. E é melhor ninguém arriscar mais alguma piada de mau gosto quanto ao Emanuel Félix, para que não lhe caia um ridiculo enorme em cima. Leiam-no, e digam depois se conhecem melhor em Língua Portuguesa.
    Ah, e por último, mas não de somenos importância: o Antero Gonçalves agradeceu-me o “post” da discórdia ignóbil, e aconselhou-me a não dar importância a quem a não merece.

  28. VIVA A FLA sem dúvida!

    Desde quando o povo açoriano é apenas descendente de portugueses? Seria muito egoísmo pensar assim..Se os continentais mal sabem o nome de todas as ilhas, cidades freguesias e vilas, seria pedir muito que se pronunciassem sobre a diversidade étnica verificada nos Açores.

    Cambada de ignorantes que só sabem para pedinchar e roubar dinheiro aos outros…

    O que os portugueses de Portugal sabe dos Açores é o mesmo que eu sei de chinês.

    Para o povoamento dos Açores participaram

    Algarvios

    Alentejanos

    Flamengos

    Bretões

    Escravos negros

    Mouriscos

    Judeus

    Italianos

    Espanhóis

    Alemães

    Escoceses

    Ingleses

    Americanos

    O povo açoriano é uma mistura étnica desse processo de miscigenação.
    O povo açoriano tem uma IDENTIDADE aliada ao factor INSULARIDADE!

    Não precisamos de Portugal continental pra nada! Antes pelo contrário se ainda hoje estamos de pés e braços amarrados é porque ainda estamos ligados a Portugal que nos controla a nossa economia ainda que não totalmente porque graças a deus conseguimos a nossa AUTONOMIA, portanto meus “senhores” dos continentes, vão lá dar uma curva e preocupem-se mais com a vidinha miserável, periférica, pobre e de atrasos estruturais que tem o vosso país e deixem os açorianos seguirem com as suas próprias vidas.

    Não precisamos de ninguém de fora a vir para aqui dizer o que os açorianos têm ou não de fazer., BASTA!

    Vão lá cantar o vosso fado e bacalhau ou então preocupem-se antes sim em não serem expulsos da CEE porque segundo os ultimos dados da Comissão Europeia Portugal será o país mais pobre da Europa em 2050 e atingindo níveis ímpares e extremos de pobreza.

    Os Açores de uma forma ou outra já têm o seu destino traçado ao lado dos EUA e verdade seja dita que os EUA têm muito interesse estratégico na nossa terra e só eles um dia podiam apoiar a nossa independência e Portugal não podia fazer NADA em relação a isso. Portugal seria EXPULSO das nossas águas com o rabinho entre as pernas tal como os ingleses fizeram uma vez com os portugueses em África aquando do Ultimato Britânico.

    Os açorianos ficarem ligados a um país desses que nada de bom nos traz? Não obrigado!

    Os Açores pertencem unica e exclusivamente a quem é filho desta terra: OS AÇORIANOS e só a eles!

    Temos o nosso Turismo que é considerado o 2 melhor do MUNDO e ele daria para equilibrar a nossa balança com gastos e despesas.

    Párem de roubar o que não lhes pertence. Os Açores já são AUTÓNOMOS graças a Deus.

    Olhem o caso da Bermuda, um arquipélago minúsculo mais pequeno que os Açores e a Madeira mas no entanto muito mais rico que Portugal desde que se emancipou de Inglaterra e se tornou independente.

    Não sejam egoístas ao pensarem que os Açores e a Madeira não sobreviveriam sem a ajuda do continente. A isso chama-se presunção!

    Os Açorianos valem o que valem e os madeirenses também! Mandem lá no vosso território continental que aqui quem mandam são os ilhéus.

    VIVA A FLA!

    VIVA A FLAMA!

    AÇORES AOS AÇORIANOS!
    MADEIRA AOS MADEIRENSES!
    PORTUGAL AOS PORTUGUESES!

  29. Cara senhora Carla, ou seja lá isso quem que for, isto é um blog sério, não é nenhum carnaval. Os Açores e a Madeira são 100% portugueses e sempre serão. Portugal, do Minho aos Açores é um dos países mais homogéneos da Europa. Isto aqui não é a versão insular e troglodítica do Partido Nacional Renovador. Se há indivíduos intelectualmente analfabetos e que sofrem de estupidez incurável, peço o favor ao Daniel de Sá de os eliminar deste blog, porque isto é suposto ser um blog sério.

    Em relação ao Partido Nazi de São Miguel, vulgo FLA, este nasceu de um complexo de orfandade em relação ao 24 de Abril de 1974. Quem for ler as fantochadas dos movimentos fascistas-separatistas de então percebe que estes apenas quiseram preencher o vazio político e ideológico deixado pelo derrube do fascismo. O “MAPA” pretendia ser o “movimento de unidade de todos os açorianos”, como a ANP já tinha sido, e os seus maiores figurões tinham sido militantes do regime fascista. Não poderíamos aspirar a nenhuma “liberdade” de quem sempre se tinha oposto à liberdade e estivera por detrás da PIDE, da censura, da repressão, do Tarrafal, dos assassiníos do general Humberto Delgado e de outros democratas, e de quem nos transformara no país mais atrasado da Europa.
    Podemos fazer uma simples equação: União Nacional ANP Legião Portuguesa Mocidade Portuguesa Censura Repressão=FEAF-Frente de Escravização dos Açores ao Fascismo.

  30. Ainda me estou a rir de todas aquelas bacoradas que estão ali para cima. Há mesmo gentalha que padece de estupidez inata e incurável, e que se vivesse na Alemanha do Hitler certamente teria sido do Partido Nazi.

  31. Não percebo como é que este “post”, de há mais de dois anos, “ressuscitou” de um momento para o outro! Há um par de anos que deixei de fazer parte da redacção do Aspirina B, e nunca tive nele qualquer capacidade de “comando”, apesar de gozar de inteira liberdade aqui.
    De qualquer modo, e independentemente de eu estar ou não de acordo com quem quer que seja (percebe-se bem com quem estarei ou não), agradeço o interesse demonstrado.
    Daniel

  32. Pessoalmente, se querem ser independentes, façam o favor, por mim, estejam à vontade.

    Acabo de saber pelos noticiários das TV’s que, Lisboa é a região com mais riqueza do País, seguida pela Madeira.
    O norte do país, ao qual eu pertenço, figura como a região mais empobrecida. Pese embora, seja a região em que mais se trabalhou no passado, e penso, ainda se trabalha no presente.

    A Madeira, é um transatlântico de luxo, que nos fica muito caro.
    Não manda um centavo para o Continente, e é um sorvedouro de dinheiro do Continente.

    Esta coisa dum país três sistemas (ainda é pior que na China, em que vigora um país dois sistemas) é coisa que não me cai bem, e não me entra na cabeça: taxas de IRS e de IVA pesadíssimas no Continente, muito mais leves na madeira, e levíssimas nos Açores.

    E depois, aquando da controvérsia recente (fez bem Cavaco Silva em ter vetado aquela lei sobre a assembleia dos Açores) tem o desplante de vir o líder regional açoriano, dizer que, aquilo “é um grande contributo para a coesão nacional”.

    Alguém já viu um contributo para a coesão nacional em nome do separatismo?
    (embora sob a forma soft de separatismo gradual).

    Isto de custos de insularidade, e de interioridade, são tonterias inaceitáveis, apenas e só entendíveis à luz do regabofe democrático actual.

    E já agora, porque não custos de litoralidade, de capitalidade (para o caso de Lisboa), de ventosidade (para as regiões mais ventosas) e por aí adiante. Na hora de inventar arrazoados pata obter mais privilégios e sacar mais dinheiro ao Estado, a imaginação no que toca aos argumentos, não tem limites.

    Quem não está bem na região aonde se encontra, só tem uma solução: trabalhar para desenvolver localmente, ou emigrar.

  33. Para responder ao senhor Nuno: Prepare-se que vai ser longo…

    Caro senhor, existe alguma lei no seu país que obrigue os cidadãos a sentirem-se portugueses? Que eu saiba não existe portanto é de muito mau tom querer me obrigar a mim e aos açorianos a sentirem-se portugueses.

    Não sou obrigada a sentir-me portuguesa ou será que sou? A Revolução dos Cravos já lá vai e não volta mais.

    Tenho só uma identidade, e não vou abdicar dela nem que a vaca tussa porque sou filha desta terra!!! AÇORES 9 ILHAS!!! A INSULARIDADE só está viva a quem é ilhéu, portanto poupe-me das suas teorias porque você nunca chegará lá. Só quem é ilhéu compreende o que quero dizer, logo você não está incluído.

    Sabe como se costuma dizer cá na minha terra? AÇORIANA DE CORAÇÃO e portuguesa à força!

    Os Açorianos são portugueses? Engraçado… os brancos descendentes de portugueses no Brasil, Cabo Verde, Timor e até Macau também o eram até terem tido consciência da sua verdadeira identidade!!!

    Os Açorianos são portugueses só no B.I porque nas suas veias corre-lhes sangue também de várias outras mesclas. Estude por favor.. Só tinha a ganhar com isso.

    O povoamento dos Açores foi constituído por:
    1- Algarvios;
    2- Alentejanos
    3- Flamengos
    4- Bretões
    5- Ingleses
    6- Escravos Negros
    7- Mouros
    8- Espanhóis
    9- Italianos
    10 – Judeus

    Até uma criança de 7 anos dos Açores na disciplina de Historia dos Açores sabe isso. A Influencia inglesa, bretã e flamenga foi ENORME nos Açores e ficou na tradição dos Açores seja nos topónimos locais, seja em certos regionalismos, seja nos próprios nomes de origem Flamenga de várias famílias açorianas, como BRUM, DUTRA, SILVEIRA, TERRA, GOULART, Bettencourt que tem origem no nome “Betancour” que foram dos povoadores franceses que ajudaram na mescla étnica do povoamento dos Açores, e por último vários apelidos ingleses de famílias Açorianas mas  como “Stone” “Read”, “Dart”, Hicking”, “Riley” etc etc etc…O artesanato açoriano também difere do de Portugal, seja também no vestuário de Folclore, seja também no próprio falar das gentes destas ilhas. O peculiar exemplo é o sotaque flamengo e espanhol da Terceira São Jorge Pico e Faial, e o sotaque afrancesado de São Miguel entenda-se!

    Façam um favor aos açorianos, e ao povinho inculto de Portugal que nem sabe quantas ilhas e freguesias compõem os Açores: VÃO ESTUDAR HISTORIA DOS AÇORES.
    Muito obrigado!

    Os Açores e a Madeira são regiões AUTÓNOMAS dotadas de um estatuto político-administrativo e de órgãos de governo próprios. Perceba! Existe mais alguma província portuguesa ou região dotada de tais atributos? Não me parece…!

    Os Açores não estão dependentes do exterior, nem do Orçamento de Estado, nem das transferências da União Europeia, para financiar o funcionamento da administração regional. Os Açores dependem exclusivamente de si mesmos. Quem manda nos Açores são os próprios açorianos! Os nossos impostos são canalizados directamente para o continente e, depois, vem algum de retorno, sob a forma de esmola. Os Açorianos estão fartos!!!

    Portugal é um país periférico, pobre, com atrasos estruturais enormes e não tem capacidade para “sustentar ilhas no meio mar” entenda! Até porque se fossemos a esperar pelo sustento do seu país, a essa hora estaríamos todos aqui a emigrar de novo para os E.U.A e nos mínimos a morrer à fome..

    Peçam ao vosso Sócrates que vos tire a barriguinha da miséria já que ele é tão bom!

    O facto de os Açores alcançarem a sua AUTONOMIA veio favorecer em muito ao Estado português… mas mesmo assim o seu país ganha lucro à custa da Propaganda turística dos Açores.
    Portugal serve-se do Turismo dos Açores para tentar “arrancar” mais uns tostõezinhos para a sua algibeira. Afinal Portugal só lucra se os Açores e a Madeira de uma maneira ou ou outra estiverem ainda ligados ao seu país.
    Não obrigado!

    Se Alberto João Jardim até vos considera como a Sicília Hispânica, acho que não é necessário dizer mais nada. Por favor não pensem que todos os madeirenses e todos os açorianos têm a vossa “simpatia” porque não têm MESMO!!! Acordem por favor e abram os olhos..

    O problema grave de Portugal é e sempre será o facto de não conseguir enxergar o véu da realidade e passar a vida a gloriar-se dos seus feitos do passado como se isso fosse lhe trazer algum benefício para o presente… Portugal é um MUSEU!!!

    Pena que 2010 não seja passado…

    Mandem lá na vossa casinha que na casa dos outros mandam os seus!

    Portugal não tem grande viabilidade como país e só os Açorianos é que têm de defender os Açores e os interesses do povo dos Açores.

    Como facilmente se pode constatar ainda há muitos independentistas açorianos…e , com os tempos que se avizinham, ainda vai haver muito mais…
    Pena é que ainda continuemos com uma ” militância” puramente retórica- mas , mais tarde ou mais cedo, também isto mudará…

    O dia 6 de Junho deveria ter sido instituído o dia dos Açores- só não o foi porque se gritou por LIBERDADE!

    Se Portugal é o país mais atrasado do mundo, o único país do terceiro mundo na Europa, como é que pode ajudar os Açores?? Se por uma razão de educação portuguesa os açorianos não se podem governar a si próprios, o que esperam obter de Portugal?
    Vamos acabar com isso!

    Olhem o exemplo de Cabo Verde. Cabo verde tem problemas de seca e de fome, mas é um país em vias de desenvolvimento e só conseguiu este desenvolvimento após a sua independência como país.

    Os Açores, se não fizerem nada, já tem o seu destino traçado ao lado dos EUA. Os Açores sao “chasse gardée” dos americanos. Só estes poderiam um dia ocupar os Açores e nunca permitiriam que outro estado lhes disputasse o arquipélago. Os EUA por exemplo fazem o que querem nos Açores, e diga-se de passagem que são eles que contribuem em muito para a economia local gerando muitos e muitos empregos a muitas famílias açorianas. A influência americana foi, é e continuará a ser sempre muito grande.

    A escolha dos Açores por exemplo para a famosa reunião do Bush com os seus aliados e que precedeu a invasão do Iraque, foi bem uma prova em como os EUA se sentem em casa nos Açores.

    Os açorianos foram obrigados a procurar em terras estranhas o que a pátria mãe sempre nos negou desde sempre.

    E queiram ou não e doa a quem doer, os Açores vão governar-se a si próprios. Começou pelo processo autonómico em jeito de preparação mas, culminará com o reconhecimento de pais independente.

    Até porque não se compreende, no século vinte e um, estar um povo ilhéu subjugado a uma macrocefalia de Lisboa à beira do colapso. Os açorianos não têm nada a provar a quem quer que seja.
    São uma população que sabe o que quer e para onde ir. Não necessitam de cicerones nem de caixas de correio de São Bento.
    Aliás, Portugal só deveria dar vivas a independência do arquipélago por se tratar de uma vitória da liberdade.

    A democracia não vive à custa de discursos pálidos e sem nexo nem tão pouco de votos ou vetos sobre o que será melhor ou pior para os açorianos.

    A mentalidade colonial portuguesa ainda paira muito nas mentes de muito boa gente que, mais não faz, que exercer o direito de parasitas da sociedade. A população dos Açores não enferma desta patologia. Crescemos, emancipamos-nos e agora queremos ditar os nossos próprios destinos. Normal em qualquer democracia ocidental. Não está em causa se vamos estar com estes ou com os outros. Queremos isso sim ter boas relações com todos os países sem nos enfeudarmos a A, B ou C. Temos a perfeita noção da nossa dimensão territorial que, comparativamente a outras nações – incluindo a zona económica exclusiva – nos garantirá subsistência a um extracto significativo da população.
    Que venha a independencia o mais depressa possível para que não nos envergonhemos mais de ter um cordão umbilical na maioridade.

    Os Açores: colónia portuguesa em (1427-1766);
    Capitania-geral em (1766-1831);
    Antigo distrito além-mar em (1831-1976);
    Região autónoma desde 1976.
    E em breve alcançaremos a nossa INDEPENDÊNCIA!

    Viva a nossa independência!!!

    AÇORIANA DE CORAÇÃO e portuguesa à força!

  34. Essa de viver à custa do continente
    para todos aqueles tugas que acham que as ilhas vivem à custa do Continente, experimentem ver as contas das dezenas de institutos públicos cheios de “cubanos” lisboetas que vivem à grande do erário público, dos excelentes funcionários da CM Lisboa que mamam casas de borla enquanto esta tem 1,7 mil milhões de dívidas, da malta porreira continental que não faz a ponta de um corno nas CP’s, TAP’s e demais EP’s com biliões de passivo ou então dos herois do BPN, BPP e demais cidadãos sérios e honestos (todos CONTINENTAIS como a besta do EU PAGO, TU COMES…) do BCP e demais banqueiros que mamaram o que puderam nos últimos anos.
    SABEM UMA COISA: deixem-nos ser ESPANHÓIS!!!!! JÁ!!!! e engasguem-se todos vocês com a vossa miserável língua…

    6 de Junho de 1975, a Revolta.
    O renascer da açorianidade.
    Pela primeira vez a palavra Independência.

    Independência para os Açores e Madeira JÁ!

  35. quando dizem que os açoreanos nem são portugueses não é verdade, o estudo genetico dos açoreanos feito por luisa mota vieira e sua equipa descobriu que o fundo genetico dos açoreanos é constituido assim:

    constituição genetica açoreana
    Português-59,3%
    Judaica- 13,4%
    Mouros- 10,5%
    Africa subsariana- 1,2%
    Flamenco- 1,2%
    Espanhol- 0,6%
    Mongol- 0,6%

    o povo açoreano em relação ao povo do continente so tem a diferença de 1,8%

    Judeus tambem estão aqui no continente á seculos, eu por exemplo até tenho 1 apelido judaico por parte de um dos meus avôs, mouros tambem se misturaram aqui no continente em maioria nas zona centro e sul (os do norte até chamam os do sul de mouros), africanos tambem vieram para o continente desde á varios seculos, espanhois tambem estiveram no tempo da invasão espanhola durante 60 anos e fizeram cá alguns filhos.
    Portanto so temos a diferença no flamenco e mongol, uma diferença minima.

    Em vez de andarem por ai a dizer asneiras que o povo açoreano é descendente de varios povos e que não é totalmente portugues informem-se, os proprios portugueses do continente tambem não são 100% puros como os açoreanos, o povo do continente e o povo dos açores são praticamente identicos a nivel genetico.

  36. Caro Ricky

    A sua tese de acerca da Etnia Açoriana não chega para fazer valer os seus argumentos e sabe porquê?
    Porque se toda a população branca descendente dos portugueses das ex colónias de Portugal que tomaram consciência da sua verdadeira identidade fossem pensar que os seus bisavós ou trisavós eram portugueses, hoje nunca teriam se emancipado de Portugal e quem sabe hoje seriam ainda províncias ultramarinas portuguesas, mas felizmente que assim não é.

    Aliás ainda bem que todas as ex colónias portuguesas se tornaram independentes, porque se fossem ainda hoje regiões portuguesas, com certeza que a essa hora seriam as províncias mais pobres do mundo porque Portugal não teria condições económicas para “sustentar” tais províncias. Aliás se Portugal mal tem para se sustentar a si próprio, acha que teria para os outros?
    Portugal só tem que agradecer e dar vivas à liberdade do povo da Madeira e dos Açores, porque o seu país não tem capacidade para fazer enriquecer a nossa terra.

    Aliás se fossemos a esperar por Portugal a essa hora seríamos ainda pior que o Kosovo. Felizmente que os Açores e a Madeira, assim como as Canárias conseguiram a sua Autonomia, porque assim já não temos maioritariamente que vos prestar contas de nada.
    Temos a nossa própria economia local regida por um Governo e com leis que nada têm a ver com as leis do seu país. Temos indústrias que estão predipostas para abastecerem a nossa região, temos uma Companhia Aérea só nossa que é a SATA, portanto como vê graças a deus estamos bem fornecidos, sem falar que os Açores são a 2 região da Europa depois do Tirol (Austria) que tem o desemprego mais baixo de todos e a Madeira a segunda mais rica região de Portugal.

    Rezem para que os Açores e a Madeira se tornem os futuros mais recente países do mundo, porque segundo o que consta, Portugal será segundo as últimas previsões o país mais pobre da Europa dentro de poucos anos e cada ano que passa a sua economia regride.

    Com um país desses, você acha mesmo que os povos ilhéus querem ser e desculpe o pleonasmo, “portugueses”???
    Só em sonhos.

    Tudo aquilo que conseguimos foi tudo à custa do nosso próprio esforço e suor porque Portugal só nos deu zero vezes zero.

    O que está aqui em causa não é a raça, até porque ela é toda uma mescla de todos os povos que vieram habitar estas ilhas, mas sim o conceito de IDENTIDADE! AÇORIANIDADE! Sinónimos que os “senhores” do continente não entendem porque querem obrigar os açorianos e os madeirenses a sentirem-se portugueses. A minha terra já não é mais colónia. A minha terra é uma região ultra periférica com governo e regras específicas, logo Portugal manda no seu país e não no que lhe fica alheio.

    Em pleno século 21, você acha que o povo açoriano/madeirense quer continuar a ficar ligado a Portugal (ainda que de forma indirecta)???? Continue a ver novelas…

    A realidade dos Açores e da Madeira hoje no século 21 não é a de há 100 ou 200 anos atrás. Temos Estatuto próprio e como tal somos nós (filhos desta terra) que temos o direito de achar o que queremos ou não de melhor para o nosso povo.

  37. Carla Ferreira eu não tenho que fazer ver argumentos nenhuns, as provas cientificas estão ai.
    Dizerem que o povo açoreano não tem a mesma raça do povo do continente é uma completa mentira, existem provas cientificas que que provam que tem um fundo genetico semelhante com uma diferença minima.
    Agora onde estão as provas que possam contrariar esse estudo?

    Quererem a independencia é uma coisa, outra coisa é tentar fugir da verdade dizendo que não tem a mesma raça do povo do continente quando na verdade existe um estudo genetico que prova que os açoreanos e os continentais são geneticamente quase identicos com uma diferença de 1,8%.

  38. Segundo o meu ultimo ano na Universidade dos Açores, ainda ensinava-se que GENETICAMENTE o povo açoriano possui uma grande e variável génese estrangeira, na constituição do seu povo, além da portuguesa.
    Basta dizer-lhe que por exemplo, ilhas como Santa Maria, São Miguel foram todas elas povoadas maioritariamente por mouriscos norte africanos e escravos negros, sendo mesmo a ilha mais pequena do arquipélago (Corvo) sido povoada apenas e exclusivamente por Escravos Negros. Mais tarde no século XVIII fizeram parte no processo de povoamento daquela ilha populações brancas de origens variadas desde a portuguesa (reino) e França ou Flandres.
    Acrescenta-se ainda o facto de hoje a população corvina apesar de aparentemente ser ou parecer “branca”, possui o carácter negróide acusado em toda a sua população e facilmente notória nas feições “mulatas” dos Corvinos.
    O caso de Santa Maria e São Miguel além dos portugueses sofreu forte impacto também de flamengos e de mouriscos. As restantes foram além dos portugueses, presenteadas por povos de diferentes origem e foi essa composição étnica verificada nos Açores e associada ao carácter insular que moldou a característica e a realidade do homem açoriano.

    Não queira comparar as influências étnicas do povo continental com o povo açoriano. Em 1 lugar porque as diferenças de impacto de outras raças no Continente são bem menos visíveis do que nos Açores, atendendo à realidade geográfica dos Açores que aliada ao seu pequeno ( ou não) tamanho geográfico tornou-se bem mais visível. Não compare a realidade do seu país com a realidade da minha terra. É muito mais fácil encontrarem-se aqui pessoas muito escuras e morenas ( influência de mouriscos e de escravos negros), a pessoas de pele muito branca, ruiva e de olhos verdes ou azuis (influência flamenga e bretã). É mais fácil estudar-se e proceder-se a um estudo étnico nos Açores, (devido uma vez mais à pequenez do território e com ele uma maior facilidade na busca exacta da origem étnica das populações), do que em Portugal Continental onde os territórios são muito maiores e com eles maior dificuldade em afigurar a origem étnica de várias cidades, vilas freguesias ou aldeias.
    Não compare a população do seu país com a população do meu território sim?

  39. Carla, eu sou português e concordo inteiramente consigo. Até pela primeira vez vejo uma açoriana falar do sangue mourisco, judeus e da áfrica negra. A maioria dos açorianos com quem já falei, falaram-me sempre de bretões e de flamengos. Às vezes, punha-me a pensar que eles pensavam que eram uma raça da europa do norte. Eu penso, sem ofensa, de alguma complexidade frágil dos açorianos, pois negavam a sua própria raça, pois no jornal açoriano oriental já tinha lido isso. Os portugueses também são assim têm complexo de ser mouros: marroquinos, argelinos, tunisinos. E são essa a sua verdadeira base muito maior que os de raça europeia, mas é a mentalidade de inferior. Para além destes que referiu permita-me também falar dos mongóis, da qual os açorianos também descendem. Parece, que está comprovado que os índios da américa, canada e eua, com medo dos europeus terão fugido em barcos e chegado às vossas ilhas. Testes de adn também comprovam isso e também os turcos. Esses, com vários barcos também assolaram, “violaram” os açores durante muito tempo deixando também a sua presença do adn dos açorianos. Essa treta de virem para aqui comparar “linhagens” de portugueses com açorianos é a maior estupidez do mundo. Por esse caminho até os de Cabo Verde, Brasil poderiam reivindicar a mesma origem para a continuidade de Portugal fora daqui.
    Os que vocês têm connosco é a mesma cultura: língua, costumes, tradições, mas que assim que se chegar à ruptura total também surgirão as diferenças devido a essa mesma ruptura. Exemplos: Goa, Timor…
    Eu tal como tu, sou um fervoroso independentista dos açores e também da madeira. Até por uma razão muito simples e fácil de compreender: Portugal não se aguenta financeiramente com os custos da insularidade em que saliento, governo regional, deputados, secretarias, educação, segurança social, electricidade…
    Vocês ficam caríssimos e Portugal não consegue substanciar-vos. Daí ser a favor da ruptura convosco e também com a madeira.
    Penso mesmo, que se fizerem acções e manifestações em São Miguel, Portugal, veja, nós estamos muito mal financeiramente, esse poderá ser um dos pretextos para iniciar a ruptura total. Não veja a independência como um marasmo, mas sim como algo que está muito perto, se calhar até perto de mais. Basta um pequeno impulso, que ela chega.
    Para quem perdeu o Brasil ou Angola, perder os Açores é apenas mais um.
    O que gostei de si Carla, foi essa sua espontaneidade e liberdade a origem do povo açoriano desde o sul da europa, ao norte, mas também à África do norte e negra. Só por isso, já que é a primeira açoriana que vejo falar na minha vida, os meus parabéns.

  40. Carla, pensei que fosses mais moderada, mas dizes muito mal do meu país. Estive a ler melhor e afinal és um pouco radical. Uma coisa é ser independentista, na qual eu também me insiro, outra é falar assim de Portugal. Podemos ser independentistas sem estarmos a ferir os sentimentos dos outros. Eu sou o primeiro a reconhecer que o meu país está mal, mas não digo mal dos Açores, só quero que siga um caminho diferente.

    Os Açores, acredita, basta hoje um pequeno impulso, que tem de ser dado por vós e serão independentes. Nós aqui estamos muito mal de dinheiro. Estamos fragilizados. Aproveitem-se agora para dar o salto. Não vejo melhor altura do que agora. Estando aglutinados a Portugal verão o orçamento regional a ser diminuído, verão menos obras, memos oportunidades de crescimento. Sentirão empobrecimento.

    Por mim, estou de alma e coração com a vossa causa. Mandem-se à estrada, encham as ruas de Ponta Delgada e façam história. Viva um novo país: Viva a República dos Açores.

  41. Recusei-me a ler os escritos mal paridos de uma tal Carla, pela sua estupidez, pela sua idiotice, pela sua falta de conteúdo. É vê-los nos Estados Unidos, os «assurianus», vivendo os tempos do antigamente, nada tendo aprendido com a migração. Excepções raras se salvam, mas é vê -los a viverem a sua insularidade bacoca, sem norte, negando as origens, negando a cultura, negando a história, a portuguesa.

    Carla, você é uma BESTA! Você não merece ser PORTUGUESA. Mas é-o. É uma portuguesa que envergonha os portugueses, que vive à custa dos impostos dos «continentais» e só o seu tédio e amragura, desespero de estar tão longe, é que pode levá-la a falar assim.

    Portugal é PORTUGAL COM AÇORES,com MADEIRA, até com Barrancos. Gajinhas como você devima ser levadas à barra por proferirem os impropérios que faz e escreve sobre Portugal Continental.

    Conselho: enfie-se na casa de banho, leia historia, leia um livro, qualqiuer coisa, mas faça um exercício que a ajude a dignificar o seu País. Se não quiser ser Portuguesa, naturalize-se chinesa, porque é isso que você é; uma bailarina armada em culta, com os pézinhos para dentro, a pensar qual o tipo de gafanhoto que vai manjar logo à noite.

    Portugueses que desprezam o seu País, envergonham-me, faem vomitar-me as entranhas, e neles de boa vontade lhes ferraria o maior pontapé na peida possível.

    A mensagem vale para si e para os que partilham da sua opinião. Estufe-a, queime-a, porque por aqui, ninguém está interessado em ouvir as suas balelas libertárias, de cochonne armada em nacionalista saloia.

    (Texto não revisto)

  42. Os “Açorianos não Portugueses” (sim, porque também há os Açorianos Portugueses com os quais felizmente tenho o prazer de conviver) querem deixar de estar ligados a Portugal?? Penso que poderá haver uma solução: arranjem outro sítio para se instalar, inventem uma nacionalidade e devolvam esse maravilhoso Arquipélago ao País que o descobriu e povoou inicialmente – Portugal.

    Com o devido respeito por esses emigrantes, que foram parar ao Arquípélago dos Açores, mas não me interessam os apelidos francófonos, hispânicos ou anglófonos… Esses não têm origem no Povo que, corajosamente, se lançou ao Mar para sobreviver e que “deu” novos mundos ao Mundo.

    Os maus exemplos de decisão em relação a São Tomé e Principe e de Cabo Verde não se repetirão…

    Cumprimentos Lusitanos

    (Texto não revisto)

  43. Eu só digo uma coisa como já referi num outro blogue. Portugal é uma VERGONHA, por favor entendam isso. A existência de Portugal como país é um engano da história. Portugal e os portugueses já demonstraram que não se sabem governar. Não sabem viver INDEPENDENTES sem depender sempre de ajuda ex…terior. …Mais valia nc tivessem sido independentes, já que fracassaram. Já os romanos diziam que na península havia um povo que não se sabe governar e que não se deixa governar. Portugal mais valia ser Espanha, já que até cerca de 48% dos portugueses davam tudo para serem espanhóis. Portugal depende de Espanha e de tudo. Experimentem perguntar a um espanhol o que eles pensam de Portugal. Eles até riem-se e referem-se a Portugal apenas como uma mera província espanhola ( e de facto eles até têm razão). Em Espanha NINGUÉM consome o mercado português até porque ele em Espanha é pura e simplesmente inexistente.

    Os portugueses quer queiramos quer não são um povo muito INFERIOR ao povo europeu. Sempre foi e não é de agora por mais que se esforçem. Só se lembrem que são portugueses na merda do futebol é? E o resto para quem fica? Portugueses de treta. Por isso são considerados como cidadãos de segunda na Europa. Na Europa ninguém se lembra de Portugal.. já os portugueses porque sempre tiveram um complexo de inferioridade enorme perante os europeus, passam a vida a comparar-se com os demais países. Simplesmente PATÉTICO. Deviam de ter mais vergonha na cara e não esperarem que seja sempre o Estado e os outros países a resolverem os seus problemas. Eu não ando aqui com falinhas mansas! A verdade é para ser dita doa a quem doer! Portugal não vale NADA como nação e os portugueses idem aspas.

    Daí lutar pela independência dos Açores e da Madeira a todo o custo. Já o americano Gerald Ford quis nos dar a independência… mas Portugal adquiriu até submarinos para evitar essa mesma independência. Portugal lucra muito tendo os Açores e a madeira. Eles aqui n sustentam NADA até porque somos AUTÓNOMOS. As outras ex colónias tb na altura eram Portugal….Não nos podemos equiparar a esses trogloditas do Continente. Os Açores não precisam mais de se sujeitar a esses pedintes da Europa. Os Açores têm RENOME internacional (ainda)… mas poderá perder esses estatuto caso continue ligado ao quintal de Espanha.

    Açores livres!

  44. E como já disseram também aqui, o exemplo da Islândia é um bom exemplo.. Eles são praticamente todos descendentes de noruegueses (ao contrário dos açorianos que têm alguma mistura étnica), mas mesmo assim eles conseguiram ser independentes da Noruega… é uma questão de descoberta de identidade. Será que os senhores do continente conseguem entender isso? Claro que não conseguem… só querem saber da vossa mentalidade colonialista ultrapassada e não nos podem obrigar a sentirmo-nos portugueses. Não podem!!!

  45. Não consegui ler o comentário de um tal “toute a ber” sem dar uma gargalhada. Vcs irisórios mesmo. Ó povinho o vosso. É assim que vcs falam com as vossas mulheres aí no vosso país é? Pois não me admira serem o país da Europa com a mais alta taxa de violência doméstica.

    Senhor “toute a ber”, veja se entende uma coisa. Eu por exemplo tb n me considero português. Considero-me acime de tudo AÇORIANO ponto final parágrafo. Na sua óptica se eu sou português é porque o meu B.I. e de todo e qualquer açoriano ou madeirense assim o obriga entende isso ou é preciso um desenho?

    O meu conceito de identidade não é o mesmo que o seu percebe? Os macaenses ou brasileiros brancos também eram descendentes de portugueses. E depois? Olhe para eles como estão. São independentes hoje! O mesmo se irá passar aqui com a nossa terra num futuro próximo. Durante séculos a fio vcs deixaram-nos aqui perdidos e abandonados à nossa sorte e nc ninguém daí se preocupou com o nosso povo. Agora é que vênm com falinhas mansas? Tarde já meu amigo. Os Açores cada vez mais estão a descobrir-se. Vcs não nos podem sustentar por 2 motivos: Em 1 lugar porque são os mais POBRES da U.E. e em 2 lugar porque se Portugal fosse sustentar todas as suas ex colónias, nessa altura estava pior que muitos países terceiro mundistas.

    O seu país lucra e muito com as regiões autónomas. Os americanos quiseram nos dar independência porque os Açores sempre foram uma prioridade para eles e não para vcs. Vcs só adquiriram submarinos até para evitar a nossa independência porque sabiam de antemão que lucrariam muito aqui com essas colónias do atlântico.. Os Açores são Autónomos. A Madeira idem aspas, logo vcs aqui não sustentam rigorosamente NADA. São é sustentados pelo nosso turismo de luxo e pela nossa economia local que sempre vai dando para equilibrar as vossas dívidas/ gastos. Vocês sim vêm aos bandos para cá como ratos que são para depois roubarem os postos de trabalho do povo açoriano, obrigando o nosso povo a ter de emigrar porque vcs vêm para a casa dos outros roubarem-nos o nosso trabalho e a nossa vida. Aliás vcs sempre foram assim. São um dos maiores sanguinários da história que só sabem viver às custas das outros como sempre dependeram das vossas ex colónias para sobreviverem. Faça-me um favor e retire-se daqui pra fora. Portugueses como0 o senhor são vistos aqui na nossa terra como “personas non gratas”.

    Diga-me qual é a lei que obriga no seu país um cidadão a sentir-se português? Que eu saiba n existe nenhuma. Não queriam a porra da revolução dos cravos? N queriam viver em Liberdade? Pois agora há liberdade de expressão para dizer TUDO e mais alguma coisa, doa a quem doer. O vosso destino é negro e será engolido pelo poder espanhol. Vocês aqui na casa dos outros são apenas meros convidados e não os donos dela percebeu ou quer um desenho?

    Reveja novamente o seu conceito de aportuguesamento porque ele aqui nas ilhas já não tem o peso que tinha.. aliás aqui nos Açores nc houve um sentido grande de patriotismo nacional devido à distância geográfica.

    Viva os Açores e somente os Açores!

  46. PTEB essa é para si.

    Devolvam? mas devolver o quê? e a quem? A nossa terra n está à venda para ninguém e mto menos para os maiores ladrões que a Europa já conheceu.

    Se tivéssemos que devolver a nossa terra então todas as ex colónias portuguesas teriam de ser devolvidas o que seria impossível… Vcs são minusculos e pequeninos no contexto europeu e por serem tão pequenos precisam de dizer que Açores e Madeira são Portugal para n se sentirem mais pequenos e inexpressivos do que já são… Cambada de merdosos. Só sabem é roubar.

    Não vos damos nada. Dão vcs a vossa merda de pais de pais minusculo a Espanha de onde nc deveria ter saído.. Vcs são Espanha… são a merda de Espanha.

    Chega de 500 anos de exploração na nossa terra. se n fossem vcs a descobrir-nos seriam outros… pena q n tivessem sido outros…. pulhas!

    Morram no vosso próprio veneno!

  47. Para os que falam em independecia para os açores porque estão fartos de portugal tem bom remedio, emigrem.
    Os açores não é um caso identico ao Brasil, Angola ou a qualquer outra colonia que já era habitada por nativos e que sofreram uma invasão por parte dos portugueses, no caso dos açores e madeira eram ilhas inabitadas que foram descobertas e povoadas por portugueses, devidamente reconhecidas como portuguesas em todas as instancias internacionais desde muitos seculos, essa meia duzia de independentistas que está insatisfeita com o nosso pais que é portugal tem bom remedio e faça como muitos aqui no continente que tambem não estavam satisfeitos e emigraram assim como muitos açoreanos tambem o tem feito.
    Portugal pode não estar bem economicamente neste momento, mas toda a europa e norte america sofrem de uma crise economica sem precedentes, portugal é um pais de um lote de meia duzia que está em risco assim, mas se essa meia duzia cair os outros restantes paises tambem caiem que nem um castelo de cartas, e é engraçado falarem na islandia mas vejam o exemplo islandes em que está completamente falido e em muito pior situação que portugal, em que os proprios islandeses já desejam uma anexação á noruega por serem incapazes de sobreviverem como pais, em que os islandeses fogem do seu pais com uma enorme vaga de emigração.
    Mais uma vez repito se não satisfeitos em viver em uma terra portuguesa que são os açores tem bom remedio e emigrem.

  48. Emigrante fica sabendo que se vivesse nesse portugal pequenino que é o quintal de Espanha com certeza que emigrava mesmo, e fica sabendo que aqui à uns anos foram encontrados numas grutas documentos datados antes da data da vossa suposta descoberta voçês não descobriram absolutamente NADA! AÇOREANO SEMPRE!

  49. Se Portugal é um quintal na espanha então os açores é uma formiguinha, não tem nem metade da area do distrito mais pequeno de Portugal, e olha que portugal a nivel europeu é um pais de tamanho medio, então se portugal fosse um quintal da espanha na europa so existiam quintais porque apenas existem 7 ou 8 paises como espanha e o resto é tudo do mesmo tamanho ou mais pequeno que portugal.
    Quanto a documentos não acredito nisso, o que eu acredito é em falsificações de documentos de pessoas desesperadas que tentam atingir um objectivo, se alguem tivesse descoberto os açores antes de Portugal certamente que centenas de anos antes esse pais iria reclamar como sua descoberta coisa que nunca aconteceu porque a verdade é que foi Portugal que descobriu, povou e construiu os açores, o resto é tudo treta de independentistas desesperados.

  50. Caro senhor Emigrante… Espanha-me muito você estar a defender um país que foi o principal culpado de vc ter saido dos Açores. Sim aquele pseudo país que até os historiadores dizem ser um verdadeiro engano da história. Um lapso melhor dizendo…

    O senhor se virou as costas à sua terra, (daí ser emigrante) não foi devido aos Açores mas sim por causa da PORCARIA do país que tto defende agora, porque se o país que tanto defende tivesse ao menos sabido gerir os Açores, quem sabe você hoje não estaria aí onde está. Portanto é de muito mau tom você vir aqui e dizer o que é melhor ou não para os açorianos, quando foi você que virou as costas à sua terra… não eu e muito menos as 265.000 pessoas que cá vivem.

    Tudo o que os Açores são e têm hoje, independentemente de serem formiguinhas ou não como você diz, é tudo à sua custa. Não temos que agradecer nada a ninguém porque ninguém nos deu nada. Aliás só nos cortam!

    Além disso, caso não saiba ( mas eu faço o favor de lhe informar porque ao menos ainda tenho estudos e não precisei de emigrar) os Açores de Santa Maria ao Corvo são MUITO MAIORES que o paisinho que você defende chamado Portugal, portanto como pode ver a nossa realidade geográfica é bem maior. Além disso existem outros casos de ilhas ou arquipélagos pequenos que são ricos economicamente, portanto a sua comparação foi muito triste. O que realmente importa é a QUALIDADE e não o tamanho. O caso está aí. Portugal um mísero rectangulo e no entanto o país mais pobre da Europa. Vergonhoso não acha?

    Você não pode obrigar o povo açoriano a querer sentir-se português, quando é a canalha de Portugal que vem para os Açores roubar os postos de trabalho do povo açoriano.

    Que você queira ser parasita, até aí compreendemos… mas agora querer obrigar os outros a serem também “sustentados” pelos outros, aí já é demais.

    E para que saiba numa Região Autónoma não costuma existir roubo ou parasitismo!

  51. eu sou português, mas não posso ser a favor do meu compatriota emigrante. Estou mais próximo de joao betencourt, que penso tal como eu ser a favor separação total dos açores em relação ao meu país. Claro que temos visões diferentes, mas a base é comum. Quanto a ti emigrante, eu penso que o melhor para nós portugueses é a separação dessas regiões porque sem elas Portugal ficará e controlará muito melhor a questão financeira. Nós não podemos estar a tirar a nós para darmos aos outros. Os nossos distritos ficarão com mais dinheiro para se desenvolverem. açores e madeira terão que ser sustentados por outros países, pois, nós não podemos continuar a viver desta forma: regiões portugueses a pouparem, ilhas a gastarem. Vejo as questões insulares de uma forma completamente desapaixonada e o que me interessa é o meu e o nosso PORTUGAL emigrante.

  52. Que raio de discussão mais estéril…

    Independência dos Açores?!… Sim , claro, porque não

    Da Madeira?!… Já devia ser independente há muito tempo.

    Aliás, a Alemanha é que não quis comprar ilhas, senão o nosso problema financeiro era menor.

    Tenham juízo !!! Falem de coisa sérias

  53. o meu comentário e de outra conterrânea portuguesa foram apagados por sermos a favor da independência dos açores. É triste ver que alguns comentários secessionistas continuaram e os nossos desapareceram. O moderador não foi neutral não percebo porquê. Sou favor da independência dos açores há muito tempo e tenho uma visão muito mais próxima de joão bettencourt do que do meu conterrâneo emigrante. Ao meu conterrâneo, apenas lhe digo, que Portugal não consegue custear autonomias desta natureza. Homem, os açores ficam-nos caríssimos e nós não temos meios para pagar este tipo de luxos.
    Emigrante, compreendo o teu ponto de vista, mas o melhor será separar-nos destes arquipélagos e ficarmos apenas com o nosso rectângulo PORTUGUÊS. É muito melhor para nós. Atenção, nada tenho contra as ilhas, mas neste caso sou completamente desapaixonado e realista.

  54. Tanta traição e falta de respeito pelos próprios e pelos antepassados. Quando voltarão os Portugueses a serem donos de Portugal d’ aquém e d’ além mar? Repovoar Portugal com verdadeiros portugueses, quem não o quer ser que emigre… O único direito que nos cabe é o dever de manter e engrandecer a herança histórica que recebemos… não há outros “direitos” e muito menos a traição…

  55. Para os que não sabem, o crápula sem escrúpulos, pedaço de bosta humana, racista e nazi José de Almeida, era deputado da ANP à Assembleia Nacional fascista no dia 25 de Abril de 1974 e esteve lá nesse dia.
    Foi a favor da Guerra Colonial, da PIDE/DGS, da censura, apoiou o regime fascista incondicionalmente.
    Depois do 25 de Abril de 1974, esteve ligado à organização de extrema-direita MAPA, que defendia inicialmente uma “autonomia” disfarçada de separatismo. Em Maio de 1975, o pulha, militante do MAPA, defendia a autonomia numa entrevista ao “Açores”.
    Só depois da farsa criminosa do 6 de Junho, dizem que por incitação de Mota Amaral, passou a advogar o separatismo e a transformação dos Açores numa ditadura fascista, subordinada ao neocolonialismo americano.
    Quem é que pode dar crédito a esterco humano desse nível? Basta ver a linguagem desses babuínos para perceber que mamaram muito nas tetas fascistas antes do 25 de Abril de 1974. São da marca de Rosa Casaco.

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