Ventura pede mais mortos

Ontem, Ventura festejou a morte de um cidadão pela polícia. Fez a apologia da execução a tiro de pessoas que tenham comportamentos suspeitos ou reacções agressivas. Sem ser preciso saber mais nada a respeito delas do que os agentes policiais considerem suficiente, no momento, para disparar a matar — mesmo que a sua integridade física não esteja em perigo. Devem matar desde que os alvos em causa tenham aparência de “bandidos”, especialmente se forem escurinhos, é a tese do pulha.

Ele disse isto. Várias vezes. Embora não seja a primeira vez que lança apelos à violência contra adversários políticos e certos segmentos da população, a opção de ser explícito ao defender o crime de assassinato por polícias coloca uma questão interessante ao regime, ao sistema partidário e à comunidade.

Que é esta: do actual Presidente da República, passando por todos os governantes e líderes partidários, e acabando nos editores e jornalistas da imprensa dita “de referência”, haverá alguém que não aceite ser cúmplice, com o seu silêncio, deste sórdido ex-candidato autárquico do PSD? Ou estaremos, definitivamente, no reino da cobardia?

3 thoughts on “Ventura pede mais mortos”

  1. quiz da semana, quem é foi o autor desta eufrásia?
    “camelos e burros isto com os militares é sempre a mesma merda,”

  2. “Ventura pede mais mortos”

    o governo dá o dobro e a psp já está na rua a fazer por isso, é só ligar a têbê, em qualquer canal a qualquer hora.

  3. «…haverá alguém que não aceite ser cúmplice, com o seu silêncio, deste sórdido ex-candidato autárquico do PSD? Ou estaremos, definitivamente, no reino da cobardia?»

    O volupi parece não ter ouvido falar do PCP e do BE: estes podem ser muitas coisas, mas cúmplices do pulha Ventura não são. Nos pseudodebates das legislativas os olhos da Mortágua até chispavam.

    Já o seu caro Centrão Podre só é contra o Chega pela concorrência desleal que este lhes faz – com a sua postura ‘anti-sistema’, i.e. dizer alto o que meio país (ou mais…) pensa, está a roubar-lhes tachos.

    Os media são as rameiras do costume: se vende eles alinham. O pulha vende: é tudo o que ele sabe.

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