«Mas há uma dinâmica particularmente perversa nesta lógica. É que, exemplifica Sara Correia, “se Espanha tiver níveis de precipitação muito altos, vai libertar muito mais água. Se estiverem numa situação de seca, libertam o mínimo possível”. Os países podem, portanto, jogar com as metas dos caudais para libertar menos água em períodos de seca e libertar mais quando têm mais água, mesmo que isso prejudique os ecossistemas ou níveis de águas de barragens do país vizinho. E esse jogo tem impactos na agricultura.»
Exploração partilhada: como a competição luso-espanhola fomentou a seca
Pormenor curioso. Este escrito do público não tem um só comentário dos assinantes. Por que será?
Este post tamém não tinha.
A Espanha das nações, por agora, sub-repticiamente, num futuro próximo, abertamente, vai tentar reduzir o nosso país a uma comunidade autónoma. E não lhe faltarão por aqui apoiantes na ridícula alta estirpe cá da terra. Duvido que apareça um novo Álvaro Pais a mobilizar o povo nas ruas e alguém a quem ele possa dar aquele conselho: promete-lhes guita, pá, mesmo que…
Do outro lado têm mais poder de compra – e, especialmente, sedução. Não viram o outro…? Foi viver para Lanzarote. Danado.
(Álvaro Pais, a primeira (?) revolução burguesa na Europa -1383-1385 -, esquecidos, enterrados. Os nossos intelectuais, na sua esmagadora maioria são matéria fecal. “Obrigado pelo convite”. Hoje só me apetece é morder)
“O outro” exilou-se em Lanzarote depois do governo portugues lhe ter censurado obra literaria em 1991. Lembro que “o outro” era escritor a tempo inteiro desde 1976. E verdade que se casou segunda vez em 1988 com com uma senhora espanhola que tera conhecido (no sentido biblico do termo possivelmente…) em 1986 e com quem permaneceu casado ate que a morte os separou.
Antes da intervencao perfeitamente patetica e abominavel do governo portugues em 1991, era a senhora espanhola que morava em Portugal e nao o contrario.
Nao renunciou a sua nacionalidade e investiu substancial parte da fortuna (such as it was) acumulada com o seu trabalho de escritor em Portugal. As cinzas d”o outro” foram depositadas em Portugal conforme desejo pessoal.
Talvez o tema atraia poucos comentários, Fernando, porque não se vê grande solução: Espanha e Portugal não vão mudar de sítio, os rios também não, e enquanto vivermos num mundo tão primitivo e competitivo os países (e as regiões, as cidades, os bairros, as empresas, as famílias, e muitos indivíduos) continuarão a colocar os seus interesses à frente das necessidades de todos os outros.
Qualquer acordo ou solução política valerá o que as circunstâncias permitirem: em caso de seca, de cheias, de crise agrícola, de mudança de governo, etc. esse acordo irá por água abaixo, como já acontece agora. A única solução parece ser técnica – os transvases mencionados no artigo.
Haverá dinheiro e vontade pulhítica para essa solução? Duvidoso: aeroportos rendem mais à Mota-Engil e às contas offshore dos nossos ‘representantes’; e se a Banca não mamar o dela não há obras para ninguém. Talvez se arranjasse uns trocos se fosse a Fundação da senhora espanhola, viúva d”o outro’, a pedi-los… a senhora parece mamar bem na CML. O ‘outro’ apoiou o António Bosta.