Politicopsicose não era termo que o Google conhecesse, logo, não existia no Universo conhecido; e até um pouco mais além. Faz falta? Nenhuma. Mas dá jeito quando se vai botar faladura sobre este manifesto de gravíssima perturbação mental.
É muito difícil escolher a passagem mais hilariante, registo só comparável ao que se escreveu na imprensa inglesa antes da primeira viagem de comboio, mas vou arriscar:
O que é que estará naquele ecrã? Não deve ser nada de interessante visto que nem as crianças que não levantam o braço, olham para lá.
O Pacheco está a precisar de tirar umas longas férias. A sua sócratesmania queimou-lhe os fusíveis todos.
Valupi, deve ter sido dificil escolher essa como a passagem mais hilariante.
O texto é todo de ir às lágrimas.
Realmente um “manifesto de uma gravíssimma perturbação mental”.
PP enloqueceu.
Não sei se o Pacheco Pereira é do PSD, tampouco quero saber se ele é comunista reformado ou fiscal de casas atribuídas a amigos ou jornalistas da cor, nem sequer sei das suas Socratesmanias (?) mas o que sei é que a maior parte daquilo que o homem escreveu tem muito pouco de hilariante, mas, enfim, o vinho afecta cada um de maneira diferente, talvez pela razão do enxofre que leva. De facto, os publicistas é que me fazem rir, pois esqueceram de botar o menino preto na foto como mandam as regras democráticas. Imperdoável.
O Pacheco incinerador de livros – personagem não de Orwell, mas de Ray Bradbury ou Truffaut – está aparentemente a reciclar-se para a queima de Magalhães. Quando alguma coisa politicamente o irrita, o Pacheco aconselha queimá-la. Passados alguns anos diz que era em sentido figurado, mas, pelo sim, pelo não, ponham os computadores das vossas crianças a bom recato. O Magalhães tira o sono ao Pacheco. Raia-lhe os olhos de sangue. Fá-lo espumar da boca. Cuidado com ele!
A frase do Pacheco que citas, além de ter uma vírgula a mais, mostra como uma inteligência acima da média se pode obnubilar completamente pelo efeito da raiva obsessiva. Todo o post ressuma de ódio cego a Sócrates, especialmente ao que ele faz de melhor. É uma dor de cotovelo que vai do calcanhar até à moleirinha do Pacheco. Mas é, acima de tudo, dum despropósito grotesco, a raiar a loucura, dizes bem. O anúncio da PT é figurado como mais uma peça de propaganda do governo. E não podia lá faltar o Orwell, porque se trata sempre de representar Sócrates como um abjecto manipulador das consciências e um inimigo da liberdade.
Um comentador do post, fan do Abrupto, diz esta coisa anedótica acerca do anúncio em questão, do melhor que tenho lido no género ironia involuntária:
“Sim, é tão, tão, tão orwelliano que o mais espantoso é que, se não fosse o JPP a chamar a atenção para aquilo, teria passado despercebido.”
A frase citada do Pacheco revela também cegueira stricto sensu do autor. Visão ocular turvada pelo ódio. Ele supõe que na foto há crianças que não têm o braço no ar, mas, se reparares, todas têm.
De acordo com a conversa do Nik, o tal de muito tino e verdades expressas doa a quem doer (daí que seria mais apropriado chamá-lo de Veronik) temos que o Pacheco Pereira é:
Conhecido incinerador de livros que agora anda a fazer apelos à queima de computadores;
E que no pobre PP há (mas não se vê muito bem no artigo em causa):
Raiva e ódio cego (a Sócrates) com olhos que fulgem sangues e boca espumosa e enzimada a acompanhar;
Dor de cotovelo com propagação eléctrica sistémica;
Despropósito grotesco;
Loucura (como Valupi, muito bem, não disse);
Intenção de acusar Sócrates de abjecto manipulador das consciências e um inimigo da liberdade, e de usar anúncios comerciais como propaganda do governo;
Visão ocular turvada pelo ódio e raiva obssessiva que por sua vez obnubila a inteligência acima da média que possui e que possivelmente levanta alguns problemas com o envio de animosidades pelo correio.
Vamos lá a ver quem é que concorda comigo que no Nik há mais disto tudo em relação a um dos seus familiares (possivelmente em razão por de problemas de partilhas de herança) que há no Pacheco Pereira em relação ao Primeiro-Ministro?
Quem concordar levante o bracinho! Mas bem esticado e que se veja!
Tens mesmo conversa de PIDE, estaca. Está-te no sangue. Mas PIDE zarolho, não vês um boi.
Prefiro o agente da GESTAPO, em esteriotipada gabardine de pele até às canelas dos filmes americanos que te educaram, se não te importas.
Mas quem é que precisa de ver um boi, boy? Garanto-te que a tua figura de furriel de três divisas e meio galão do regimento das más línguas encobre mais sol que um paquiderme em contente apascentação. Logo, mais notado nos reflexos do meu olho de vidro inconspícuo.
Heil Hitler!, pois.
Durga, muito difícil, sim. Que virá a seguir daquela cabeça devairada?
__
CHICO, não confundas os publicistas com os publicitários.
__
Nik, muito bem apanhado esse pormenor dos braços no ar. É tal e qual como dizes, a cegueira do ódio.
Quanto à vírgula, e dentro do que possa ser a liberdade estilística, para mim falta uma.