Pedro, não sejas piegas

Agora que algum socrático (quem mais teria perfídia, e vagar, para tanto?) veio pôr porcaria na ventoinha só para assustar os portugueses, deves sair da tua zona de conforto, dar por terminadas as malabarices com a Assembleia da República e a Procuradoria, e contares finalmente à malta se aquilo com a Tecnoforma foi de facto o regabofe de levantar voo que todos temos a certeza que foi.

As eleições que se lixem, Pedro, como estás sempre a lembrar. Nós queremos é que tu tenhas uma política de verdade, custe o que custar. O desvio colossal entre o que até agora disseste e o que o mero bom senso manda que tivesses dito está a sair-te do lombo. Vê lá isso, não te refundes antes do tempo.

11 thoughts on “Pedro, não sejas piegas”

  1. A coisa morre hoje. Sem documentos, e sem oposição no parlamento, o PPC vai poder dizer o que lhe apetece e continuar como se nada fosse.

  2. Infelizmente concordo com o Kamarada.
    Será tudo abafado.
    A menos que surjam, de dentro do PSD, documentos bem comprometedores . A ver vamos, talvez tenha chegado mesmo a hora deste estafermo ser posto a andar. Pelo próprio partido.
    É que de facto, já chega disto.

  3. Porque é que o Coelho, simples deputado que se aboletou com uns trocados, vai ser julgado se Pinto da Costa nem negociou em fruta, Soares nem conheceu Melancia e só Vale e Azevedo é que virou vinho?

  4. Seguro a levar no focinho e a repetir-se até à exaustão e, claro, a fazer propaganda politica para as primarias. O tosco não percebe que se tiver havido dinheiro em cash ( para o PPC ou outra entidade) os extratos do banco não servem de nada.

  5. Na época em que Passos foi deputado e acumulou com trabalho na Tecnoforma, havia dois tipos de despesas de representação: as que eram pagas contra apresentação de documentos comprovativos das despesas efectivamente feitas, e que estavam isentas de IRS, e as que eram pagas sem que houvesse, de facto, nenhuma despesa efectuada. Neste último caso, e até 1998, era obrigatório o pagamento de IRS. A partir de 1998, além do IRS, passou a ser igualmente obrigatório o pagamento da contribuição para a Segurança Social.

    Sei do que falo, porque entre 1986 e 2002, trabalhei numa empresa onde recebia, a título de despesas de representação, 30% do vencimento ilíquido, que não era senão a forma que a entidade patronal tinha de me pagar mais, sem ter de descontar (até 1998) 23,75% para a Segurança Social.

    Todas as outras despesas que eu fazia efectivamente ao serviço da empresa (refeições, transportes, hotéis, etc.), eram suportadas pelas respectivas facturas, pelo que não havia contribuições a pagar.

    E não colhe usar o argumento de utilizava um cartão de crédito da firma. Também neste caso, ou as despesas foram efectuadas realmente ao serviço da empresa, com facturas em nome, e com o NIF da Tecnoforma (embora também aqui fosse possível aldrabar o fisco), ou era devido o pagamento das contribuções acima citadas.

    O que me surpreende é que os assessores de imprensa vão vomitando estes teses, e que os jornalistas as engulam sem averiguar nada. E, ao que parece, a oposição também parece não o saber. A menos que se esteja a guardar para momento mais oportuno.

  6. Com as novas regras da UE, que impedem a desorçamentação de certas rubricas, a nossa dívida pública irá brevemente ultrapassar os 150% do PIB.

    O que é interessante contemplar é que Passos Coelho escapa ileso de responsabilização pela destruição económica de Portugal, mas poderá acabar castigado como o típico tuga, no tribunal da opinião popular, por suspeita de uma pequena burla ao fisco; mais ainda, por ter recebido o subsídio de reintegração de deputado, com o valor de 10 anos de salário mínimo, que se alega ter sido pago indevidamente.

    De facto, o direito dos parlamentares regressados ao hemiciclo — de receber o subsídio de reintegração — foi revogado pela maioria absoluta de José Sócrates; pelo que mais nenhum outro deputado laranja, daqueles que foram reintegrados após a vitória de Passos Coelho, em 2011, teve “direito” a tal pecúlio.

    É justiça divina…

  7. Se este ataque a Passos Coelho vem dos DDT (donos disto tudo) , o homem está feito, porque amanhã ou depois aparecem documentos a desmentir o PM. Se isto não é mais que uma manobra para esquecer o colapso da justiça, a catastrófica abertura do ano escolar e o monumental buraco escavado à volta do BES/GES, Passos Coelho vai passar incólume. A justiça está, claramente, nas mãos dos DDT e essa história de trafico de influências (na Tecnoforma) é exclusividade dos xuxas da Face Oculta, tal como já o foi na pedofilia da Casa Pia. Ainda há aí alguém que acredita nesta merda?

  8. depois da intervençao do cds no parlamento,passos coelho como nada tem a temer,depois de ter vestido a pele de cordeiro( ele lá sabe porquê…) num repente transformou-se e voltou a ser o pm que afirmava alto e bom som que ia para alem da troika.é um homem remediado e por isso digo eu, andou varios anos a trabalhar de borla por amor à causa. só recebia o pagamento das despesas. nem o papa francisco, consegue ser tão caridoso!

  9. atão ninguém comenta a figura de parvo que o tótózero fez hoje no parlamento, deve estar a guardar-se para fazer oposição quando o costa for primeiro.

  10. Prontos, tudo isto foi uma manobra de diversão para esquecer o desastre em curso. Passos vai continuar mais forte que nunca. Aturem-no mais um ano. Cavaco já veio pôr os pontos nos ii: Passos disse tudo: e disse bem.

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