Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
Em Trás-os-Montes temos sítios com calhaus muito mais bonitos do que estes e não é preciso gastar tanto para lá chegar, apesar dos aumentos da gasolina.
Bom, já percebo como morreram os marcianos.
À pedrada!
deixá-lo. eu só de saber que é em marte fico toda comovida. mesmo se por cá também temos céus cinza-rosado.
Susana, tu comoves-te com qualquer coisa, rapariga. Estás carente. Come bonbons kisso passa.
pelo contrário, nik, não se comove assim quem esteja carente. mas estou a comer uns quadradinhos de chocolate preto, degustação, e não passa, graças a deus. era uma chatice ter que deixar de comer chocolate por impedir que me comovesse.
Também já tive esse vício. Comia tabletes inteiras de chocolate preto Belleville, da Favorita. Quando recomecei a namorar, parei.
porquê, por causa da linha? eu sempre comi chocolate, namorando ou não. e sou a prova cabal de que o chocolate não engorda.
Até dói a alma pensar nesse mundo triste, tão grande vastidão sem uma única ervinha.
Nik, Susana:
Arrangem um quarto por favor!
luis, se estás sem abrigo arranja tu um quarto para ti. era o que faltava, não sou estalajadeira.
Ai tanta parvoíce por aí derramada. Safa!
Aqui está uma boa oportunidade para o Z recomeçar, longe dos burocratas assépticos do instituto…
Ai Nik, Nik, se te apanho no meu pikenike, transformo-te em compota de framboesas.
Ó jcf, apedreje-nos com um seu “poema”!
aqui? Mas como é que eu pasto ali?
e se é do instituto que eu cá penso, de asséptico não têm nada: têm as mãos sujas do carvão de tantos corpos ardidos nos últimos 20 anos em que o escalitral foi plantado a eito, para arder sim
(mas entretanto ando numa fase Didi, mestre Didi de Itaparica)
Susana:
Se reparares bem eu não te pedi um quarto, e estava só a brincar.
Podes flirtar com os outros comentadores à vontade. Eu prometo não dizer nada à ASAE.
ai pediste pediste: «arrangem um quarto, por favor!».
obrigada pela autorização. estava só à espera dela para começar. (ou andas a fazer-te às galhetas?)
Ai estás a levar uma na tarda estás!
A foto, Valupi, recorda-me que é mister haver aridez para haver um tanto ou quanto de criação. Não pode haver árvores por tudo quanto é canto.
(val,
publiquei este texto em 17Jan para ilustrar uma foto com uns buracos parecidos. De Mercúrio, aqueles. Estes são de alguma quintinha que tens em vista? Também sã jêtoses.)
Querida Amélinha:
Espere que têjão tôdes bên, tu e más o Águste, o Vô Zéi e más a avó Lucilina e os gaiates. Nós cá por Mercúrie tôdes bên, tambên. Mande-te este pestalinhe da nossa nova terra qué pra vêres côme é tude tã benite, tude cinzentinhe que dá gost’ acordar aqui, filha! (vê lá tu qu’até o mê João nã me larga de manhã, deve ser do ári, ráie do home, parece qu’ éi o mercúro que lhe sobe o tremómetre, ê sê lá, sempre de roda, sempre de roda, já nã tênhe paciência, filhâ!). Êsti é o primêre retrate qu’o mundo tá vénde aqui de Mercúrie e ê quis logue mandar pra ti e pró tê espôse, quê sê que gosta muite destas coisas do espaçe.
Só sê que tãmes tôdes muite felizes. A casinha é muite jêtosa, neste retrate vê-se máli, mas ali ó pé do tercêre buraque, tás vénde?, fica o caminhe que vá dar à quintinha daquele senhor careca, (lá daquele olival ên frent’ó chaparre da Ti Estrudes, nã sabes?, aquêli, qu’ a mulher fugiu c’ o Zé da Burra, que tinha os pés tortes, alembras-ti?) Pôs ên encontrande esse caminhe nã tên qu’ enganari: é sempr’im frente até à nossa casinha. Pôs se te perdêres vás ó gugli, ó nã têns gêpê éssi?
Tambên vês logue, tên a becicleta d’ Alicinha à porta encostada ao jêpê éssi do mê João, ó lade d’ uma coisa assim grande com’à porra qu’ é a perfuradora do Mané Manêta, quêle trusse do Kóvaite e a gente apruvêtou pra tentar prantar alfácis, qu’aqui o chão é rije que nên córnes, filha, nên imaginas. Se nã vires a becicleta tambên nã faz máli. Procuras uma casita assim benitinha, toda ên alumínie galvanizade e c’ os pánés selares ên cima. Vês logue, que ná outra num ráie de quinhentes e óitentissês kilómetres.
Prantes, ê tenhe é que me despâchar a fazer o almôçe qu’ o mê João tá chegande, já ê o tou ouvinde gritande c’ o róbôt (é tã parva, aquela lata!, vê lá tu filha que nên uma sepinha de Beldroegas sabe fazêri, ê é que cozinhe que nên uma moura e inda tênhe que lhe dar o Castróli, qu’ ele nên isse faz sózinhe, nã consegue abrir as latas, diz êli).
Amélinha, muites bêjinhes, filha, pra ti e pra tôdes. No próxime sputniki qu’ abalar daqui ê mande más retrates. Bêjinhes, filha. Bêjinhes.
Em Trás-os-Montes temos sítios com calhaus muito mais bonitos do que estes e não é preciso gastar tanto para lá chegar, apesar dos aumentos da gasolina.
Bom, já percebo como morreram os marcianos.
À pedrada!
deixá-lo. eu só de saber que é em marte fico toda comovida. mesmo se por cá também temos céus cinza-rosado.
Susana, tu comoves-te com qualquer coisa, rapariga. Estás carente. Come bonbons kisso passa.
pelo contrário, nik, não se comove assim quem esteja carente. mas estou a comer uns quadradinhos de chocolate preto, degustação, e não passa, graças a deus. era uma chatice ter que deixar de comer chocolate por impedir que me comovesse.
Também já tive esse vício. Comia tabletes inteiras de chocolate preto Belleville, da Favorita. Quando recomecei a namorar, parei.
porquê, por causa da linha? eu sempre comi chocolate, namorando ou não. e sou a prova cabal de que o chocolate não engorda.
Até dói a alma pensar nesse mundo triste, tão grande vastidão sem uma única ervinha.
Nik, Susana:
Arrangem um quarto por favor!
luis, se estás sem abrigo arranja tu um quarto para ti. era o que faltava, não sou estalajadeira.
Ai tanta parvoíce por aí derramada. Safa!
Aqui está uma boa oportunidade para o Z recomeçar, longe dos burocratas assépticos do instituto…
Ai Nik, Nik, se te apanho no meu pikenike, transformo-te em compota de framboesas.
Ó jcf, apedreje-nos com um seu “poema”!
aqui? Mas como é que eu pasto ali?
e se é do instituto que eu cá penso, de asséptico não têm nada: têm as mãos sujas do carvão de tantos corpos ardidos nos últimos 20 anos em que o escalitral foi plantado a eito, para arder sim
(mas entretanto ando numa fase Didi, mestre Didi de Itaparica)
Susana:
Se reparares bem eu não te pedi um quarto, e estava só a brincar.
Podes flirtar com os outros comentadores à vontade. Eu prometo não dizer nada à ASAE.
ai pediste pediste: «arrangem um quarto, por favor!».
obrigada pela autorização. estava só à espera dela para começar. (ou andas a fazer-te às galhetas?)
Ai estás a levar uma na tarda estás!
A foto, Valupi, recorda-me que é mister haver aridez para haver um tanto ou quanto de criação. Não pode haver árvores por tudo quanto é canto.
(val,
publiquei este texto em 17Jan para ilustrar uma foto com uns buracos parecidos. De Mercúrio, aqueles. Estes são de alguma quintinha que tens em vista? Também sã jêtoses.)
Querida Amélinha:
Espere que têjão tôdes bên, tu e más o Águste, o Vô Zéi e más a avó Lucilina e os gaiates. Nós cá por Mercúrie tôdes bên, tambên. Mande-te este pestalinhe da nossa nova terra qué pra vêres côme é tude tã benite, tude cinzentinhe que dá gost’ acordar aqui, filha! (vê lá tu qu’até o mê João nã me larga de manhã, deve ser do ári, ráie do home, parece qu’ éi o mercúro que lhe sobe o tremómetre, ê sê lá, sempre de roda, sempre de roda, já nã tênhe paciência, filhâ!). Êsti é o primêre retrate qu’o mundo tá vénde aqui de Mercúrie e ê quis logue mandar pra ti e pró tê espôse, quê sê que gosta muite destas coisas do espaçe.
Só sê que tãmes tôdes muite felizes. A casinha é muite jêtosa, neste retrate vê-se máli, mas ali ó pé do tercêre buraque, tás vénde?, fica o caminhe que vá dar à quintinha daquele senhor careca, (lá daquele olival ên frent’ó chaparre da Ti Estrudes, nã sabes?, aquêli, qu’ a mulher fugiu c’ o Zé da Burra, que tinha os pés tortes, alembras-ti?) Pôs ên encontrande esse caminhe nã tên qu’ enganari: é sempr’im frente até à nossa casinha. Pôs se te perdêres vás ó gugli, ó nã têns gêpê éssi?
Tambên vês logue, tên a becicleta d’ Alicinha à porta encostada ao jêpê éssi do mê João, ó lade d’ uma coisa assim grande com’à porra qu’ é a perfuradora do Mané Manêta, quêle trusse do Kóvaite e a gente apruvêtou pra tentar prantar alfácis, qu’aqui o chão é rije que nên córnes, filha, nên imaginas. Se nã vires a becicleta tambên nã faz máli. Procuras uma casita assim benitinha, toda ên alumínie galvanizade e c’ os pánés selares ên cima. Vês logue, que ná outra num ráie de quinhentes e óitentissês kilómetres.
Prantes, ê tenhe é que me despâchar a fazer o almôçe qu’ o mê João tá chegande, já ê o tou ouvinde gritande c’ o róbôt (é tã parva, aquela lata!, vê lá tu filha que nên uma sepinha de Beldroegas sabe fazêri, ê é que cozinhe que nên uma moura e inda tênhe que lhe dar o Castróli, qu’ ele nên isse faz sózinhe, nã consegue abrir as latas, diz êli).
Amélinha, muites bêjinhes, filha, pra ti e pra tôdes. No próxime sputniki qu’ abalar daqui ê mande más retrates. Bêjinhes, filha. Bêjinhes.
tua ês vezinha muntamiga
Soraia Márléne