"Eu acho que não só o juiz Rui Rangel é bem afastado como, neste momento, para mim, deviam afastar todos os juízes porque já não é preciso. Para mim, pá, não é preciso. Está feito, está feito! Para mim, o julgamento está feito. Não há margem para dúvidas! Não estraguem. Não mexe mais, não estraguem."
José Diogo Quintela, 12 de Março, TVI24
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Poucos dias depois de o Governo Sombra ter feito a risonha apologia da justiça popular e dos linchamentos mediáticos aqui citada, os seus protagonistas oficiais foram ao Centro Cultural de Belém receber o prémio Autores 2017 para o Melhor Programa de Rádio, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores. Coisa fina, a que o Marcelo não faltou, e vinda de quem percebe do assunto. Percebem tanto do que andam a distribuir pelas capelinhas, estes sábios autores, que até conseguiram colocar na categoria Rádio um programa que bazou para a TV em 2012. O que passa na TSF é apenas a banda sonora de um formato actualmente pensado pelos participantes para se consumir audiovisualmente. Ainda por cima, ninguém consegue imaginar que o João Miguel Tavares – e logo o nosso João Miguel! – tenha qualquer tipo de ligação profissional e/ou monetária com o Daniel Proença de Carvalho, famigerado corrupto defensor de corruptos famosos e um malandro que usa a Global Media para os seus sinistros e criminosos interesses, pelo que isto que a SPA organizou é uma autêntica fantochada, só pode.
É justo reconhecer que não foi a primeira, nem a segunda, nem a quinquagésima vez que nesse programa “radiofónico” se celebrou efusivamente a falência do Estado de direito e se agitaram as forquilhas e os archotes na caça aos corruptos. É uma especialidade lá deles dado estarem servidos por consagrados especialistas na matéria. Contudo, foi preciso vir um reforço de fora para que se tivesse atingido um novo patamar, algo que levou o Sr. Araújo para um estado de descontrolo e êxtase. Calhou o Pedro Mexia não poder aparecer, pelo que foram buscar José Diogo Quintela como substituto. Esta criatura anda a fazer um excelente trabalho no Correio da Manhã, desenvolvendo um estilo opinativo que pode ser intitulado como “bronquite crónica”. A parte da crónica não carece de explicação, a parte da bronquite remete para a sua condição de bronco. E não se trata de um insulto, antes de respeitarmos as palavras do Zé Diogo. É o próprio que, ao minuto 36.29, admite ser um “bronco”. Com isso estava a justificar uma ideia giríssima, que muito fez rir a assistência em estúdio e os seus colegas de palco: a de que podemos atacar alvos políticos na comunicação social recorrendo a um discurso fascista.
Nos dias e semanas seguintes, ninguém de ninguém, que saiba, protestou contra este tempo de antena a um tipo de justiça ao estilo daquele que policializou a justiça nos tribunais plenários e que acabou por despachar o Humberto Delgado como corolário do sistema repressivo do Estado Novo e seu espírito ditatorial. A sociedade, presumo, igualmente se fartou de rir com as facécias do Zé Diogo, mais as do João Miguel, mais o júbilo do Carlos Vaz Marques e a hilaridade do sr. Araújo, umas das coqueluches da Nação que santifica qualquer entusiasmo pidesco. Porquê? Porque Sócrates. É dar-lhe, a ele e a quem conseguirmos meter nessa pira. Juízes, processo, advogados, direitos, provas, leis? Pura perda de tempo. O julgamento está feito, anunciou o bravíssimo Quintela. Haja alguém que trate do castigo para não termos de gastar mais dinheiro com o monstro, ficou o recado. [mais risos]
Aproveito para deixar uma sugestão aos responsáveis da TVI, da SIC, da Cofina e até da RTP: levem esta rapaziada para as vossas estações e deixem-nos definir a próxima grelha. Eis alguns exemplos do que poderiam oferecer ao entretenimento e risota dos portugueses:
– MasterProcurador – Concurso onde os participantes competem entre si para mostrarem o seu talento nas áreas da prisão sem provas e do conúbio com os jornalistas para lançar calúnias na praça pública. Também admite uma versão infantil, naturalmente com aprisionamentos de menor duração e notícias caluniosas mais curtinhas.
– Dança Com os Juízes – Concurso onde os participantes têm de conseguir dançar com os juízes que lhes calharem por sorteio sem lhes pisarem os calos. Haverá juízes de Primeira Instância, Desembargadores e Conselheiros, de acordo com a dificuldade das danças.
– Got Delação – Concurso onde os participantes se apresentam perante um júri com a sua delação relativa a um ou mais corruptos. As melhores delações serão premiadas.
– O Corrupto Certo – Concurso onde os participantes são confrontados com casos de corrupção – já julgados, ainda em investigação ou que tenham aparecido nos jornais como suspeita – para os quais terão de escolher os corruptos certos em cada caso. Pode-se ganhar um automóvel.
– Salazar, o génio injustiçado – Documentário da autoria do Zé Diogo e do João Miguel, apresentado pelo simpático Carlos Vaz Marques. A tese será a de que durante 48 anos não tivemos qualquer socrático neste país, o que equivale a dizer que não tivemos corrupção durante quase 50 anos graças a Salazar, e que tal foi apagado dos livros de História pelo Daniel Proença de Carvalho e pelo seu homem para os trabalhos mais sujos, o Paulo Tavares.
Finalmente, aqui fica o registo fotográfico do estado selvagem em que ficou o sr. Araújo graças ao brilhante desempenho do seu amigo Zé Diogo.
José Diogo Quintela, Diogo José Quintela (!), José Diogo Quintela, José Diogo Quintela.
Valupi, larga o vinho.
Eheheh, alteras as tuas bacoradas para ninguém ver?
E, pelo sim pelo não, censuras os comentários não vá a coisa dar barraca mais uma vez?
[C’a cómico, o RAP dava-te cabo do canastro.]
24 DE ABRIL DE 2017 ÀS 15:09
24 DE ABRIL DE 2017 ÀS 16:34
24 DE ABRIL DE 2017 ÀS 16:43
25 DE ABRIL DE 2017 ÀS 19:05
25 DE ABRIL DE 2017 ÀS 18:03
25 DE ABRIL DE 2017 ÀS 18:54
25 DE ABRIL DE 2017 ÀS 18:58
São às dezenas os exemplos de censura no Aspirina B, senhores! De que tens medo, Valupi?
https://aspirinab.com/valupi/o-fa-no-1-de-passos/#comment-750396
dessa lenga lenga toda calimérica a única coisa que se aproveita é a frase ” Salazar , génio injustiçado”.
O que acho pior da palhaçada do “governo sombra” já não é os três mosqueteiros da Ciª rosário & alexandre à cata de corruptos que um dia falaram, deram a mão ou roçaram em Sócrates.
Estes são os engraçadistas palhaceiros que precisam alimentar o seu público boçal, mesmo que universitários, sentados atrás para fazerem de carpideiras do riso alarve provocado por piadas nojentas. Estes são assim por oportunismo pois precisam alimentar a ignorância e idiotice afim de manter o seu público para o seu ganha pão nos media.
Muito mais grave é o senhor mexia que aparece, como ainda hoje nas condecorações a Sisa VIeira e outros, junto do Presidente da República no palácio de Belém na sua função oficial de conselheiro cultural do Presidente Marcelo. Só de pensar que tal conselheiro pode dar conselhos da mesma forma e igual ligeireza com que comenta no “governo sombra” uma pessoa fica arrepiada. Hoje ao ver o dito cujo mexia na solenidade da cerimónia condecorativa com o mesmo ar de riso galhofa que põe como engraçadista na TV me meteu algum nojo incontido.
Estes letrados pensam-se mais letrados que realmente são e pior já pensam que são os únicos que lêem e sabem pensar como sábios mas que, ao vê-los, ouvi-los e pensar acerca do que dizem, vai-se ver e são apenas gajos sabidos.
Tudo parece indiciar que se está tentando fazer passar o discurso fascista para ideia dominante como antecedente do mesmo na política.
Sobre o pudim, o alvar e o vendedor de graçolas para sustento :
– já por aqui disse.
Texto, análise e conclusões do autor :
– perfeitas.
Assusta a valer em dia de hoje :
– 25 de Abril 2017
ouvir José Afonso em Os tribunais se perceber que tudo desandou para onde estávamos quando seu génio cantava a injustiça e autoritarismo selvagem obscurantista.
A publicação pelo pasquim que se dá ares de coisa séria do Portugal Amordaçado de Dr. Mário Soares provoca-me suores frios pela oportunista falta de vergonha.
Que as palavras e músicas de José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, José Mário Branco e Ary voltem para que saibamos onde estamos i.é. :
– para onde vamos regressando de cravos na lapela ou em mão envergonhada e cínica.
ai que risota! :-)
falta aí a corrupção on top – uma orgia de corruptos dispostos a exporem as suas vidas na privacidade com o objectivo de serem eleitos, pela imprensa populucha, por isso mesmo – vence o mais pornograficamente, quero dizer a olho nu, corrupto.
Valupi, larga o tinto e deixa de estende r a mão à caridade.
(e vai ao médico que o alcoolismo tem remédio)
jose neves
25 DE ABRIL DE 2017 ÀS 21:09
primaveraverão
25 DE ABRIL DE 2017 ÀS 22:10
Olinda
26 DE ABRIL DE 2017 ÀS 8:54
três-3-três “elogios” em dois dias, glup!