13 thoughts on “Nas muralhas da cidade”

  1. “O que é um discurso securitário? É, por definição, um discurso que privilegia a segurança face a outros valores – a liberdade individual, a dignidade pessoal, a igualdade.”

    É isto, algures no tempo e no Bairro Alto, alguém pôs na cabeça desta abeloira que é ela que define o que privilegiar, em termos de valores. Conforme lhe convém, claro, porque quando é preciso é policia de discurso e a liberdade individual é sempre que a Fernanda quiser.

    Temos uma classe jornalística impregnada disto, saem das faculdades a pingar desta peçonha.

  2. Miguel Elias, esperava-se que se ocupasse com as incongruências do básico primeiro-ministro, de que devia sentir vergonha de suportar na sociedade de que faz parte(?).
    Eu sinto.
    Exigia-se, numa atitude de boa cidadania, que desse atenção especial às contradições dessa bestunta altamente perturbadora e ameaçadora da harmonia da nossa sociedade, de nome André Ventura, que merecia uma coisa que eu cá sei….
    De modo nenhum obrigatório, podia, no entanto, enaltecer a coragem desta excelente jornalista que ousa abordar temas que acagaçam a esmagadora maioria dos da sua classe….
    .
    …e a si, Miguel Elias.

  3. Caro Fernando, eu sinto por este primeiro ministro a mesma vergonha que senti com Costa, mas menos que a que em certa altura senti com o vosso noivo.

    O problema é que a jornalista faz com este artigo de opinião um tratado de populismo igual aos populismos do André Ventura, vendendo-se como moderada. E isso é que me acagaça, isso e o facto do Fernando não o perceber. A diferença está em que o Ventura já nem se importa que lhe chamem populista, ao passo que a jornalista se apresenta como guerreira contra esse mal, mas é igual a ele.

    O amigo Fernando devia, na minha opinião, perceber que palavras como populismo, ativista, sexismo, racismo, perceção… deixaram de significar o que nos ensinaram e passaram a ser as pedras dos apedrejamentos contemporâneos, sendo que os instigadores são os mesmos de sempre e os atiradores também.

  4. «Temos uma classe jornalística impregnada disto, saem das faculdades a pingar desta peçonha.»

    Temos uma classe jornalística? Muito nos conta: há décadas que só se vê copy-pasters do Google, hoje do chatGPT, freteiros do governo que esteja sentado no pote ou das grandes empresas que lhes vão dando uns trocos, e sorridentes bonecos para ler o teleponto e dizer amen à trupe comentadeira.

    Quando se anda pelos canais de notícias os ‘jornalistas’ são indistinguíveis de modelos, aquelas carinhas larocas que passeiam farpelas e outras futilidades. Quase esperamos que encerrem o telejornal a desfilar as fatiotas dos patrocinadores enquanto informam o nº de televendas para comprarmos a nossa.

    A Câncio tem 60 anos, pode já dizer-se da velha guarda, e deve estar uns furos – não muitos – acima da classe plástico-jornaleira-gpteira actual. Sim, é xuxa, andou a mamar no saque do 44, andou pelas Marie Claires e Cosmopolitans, mas de tempos a tempos escreve algo menos mal. Em terra de cegos é quase… zarolha. Neste caso ataca a desigualdade e o namoro Montenegro/Ventura; tem alguma razão.

    Se em Portugal houvesse jornalistas dignos do nome, Miguel, estariam todos os dias à porta do 44, mas não só: também da Dona Portas, do Arnaut, do Relvas, do pulha Ventura, e também do Mamão Salgado, do Bava, do Mexia e restante canalha que saqueou o país bem mais que o 44. E investigavam não só os partidos e os pulhíticos, como sobretudo os mamões que os compram – e que mandam no país.

  5. Miguel Elias, quando afirma “eu sinto por este primeiro ministro a mesma vergonha que senti com Costa”, deixa claro que, sobre política, não adianta retorquir-lhe.
    Porém, não deixo de largar aqui umas sugestões sobre como testar as suas ideias. Eu faço isso com frequência. É como voltar à primária, fazer revisões em certas matérias. É coisa que se pode fazer sozinho para que ninguém tope. É que há quem sinta vergonha.
    Dou-lhe um exemplo. Ontem à noite, em casa, não vi os telejornais das 20. Levantei-me da mesa e fui jantar sozinho na minha toca, onde estou a escrevinhar isto, e sintonizei a rtp3 para ver um excelente programa, Factos vs Ficção, Ep. 1, sobre coisas nas Filipinas que até já sabemos, mas que faz bem rever, mantém a forma, quando não, somos arrastados, *as vezes em pequenas coisas, pelo mais vil oportunismo. Pode ver na RTP PLAY.
    Só a cordialidade como sempre me trata me leva a deixar-lhe estes bons conselhos.
    Olhe que sou mui bom nisso.

  6. “quando afirma “eu sinto por este primeiro ministro a mesma vergonha que senti com Costa”, deixa claro que, sobre política, não adianta retorquir-lhe.”

    Então o Fernando não quer que me envergonhe com PMs que mandam regras não escritas de convivência politica às urtigas (como respeitar resultados de eleições), que se atiram ao pescoço de jornalistas quando estes “saem detrás de carros” para fazer perguntas, ou que quando em momentos verdadeiramente importantes do pais devia ser um homem com H e o que tem para dizer é “se quer ouvir-me pedir desculpas eu peço desculpas”? E com este catavento vou pelo mesmo caminho, é um sonso em marcha, posso enganar-me, mas não lhe auguro um lugar na história.

    Os PMs estão proibidos de dizer a verdade e aceitam. Eu e o Fernando não, talvez por isso, mesmo discordando, nos conseguimos respeitar.

  7. A “desigualdade” da Fernanda Câncio é a mesma que ignorará os momentos em que, por omissões, o PS se entenderá com o Ventura. Serão acidentes. E você sabe que eu e “igualdade” que não seja a da lei, do outro e de oportunidades, não nos casamos.

    “Se em Portugal houvesse jornalistas dignos do nome, Miguel, estariam todos os dias à porta do 44, mas não só: também da Dona Portas, do Arnaut, do Relvas, do pulha Ventura, e também do Mamão Salgado, do Bava, do Mexia e restante canalha que saqueou o país bem mais que o 44. E investigavam não só os partidos e os pulhíticos, como sobretudo os mamões que os compram – e que mandam no país.”

    Como pode haver? Se quem descreve são quem paga o salário aos jornalistas. Ou as figuras que enumera não exerceram como puderam controlo sobre a cs? Ou fui eu que mandei alguém ir a Madrid comprar um canal de televisão? Ou por acaso é inatingível e inconfrontável a detenção do capital social dos média? Ou por acaso o grosso das faculdades não está a criar apanhados do clima perfeitamente arregimentados e de pensamento único incontestável? Ou parece-lhe que algum dos a quem chama mamões está muito preocupado com as consequências dos seus maus atos, quando, no pior dos cenários, sabe da existência de uma legislação à medida das suas necessidades de litigância e do “tempo da justiça”?

  8. «Como pode haver? Se quem descreve são quem paga o salário aos jornalistas. Ou as figuras que enumera não exerceram como puderam controlo sobre a cs? … Ou parece-lhe que algum dos a quem chama mamões está preocupado com as consequências dos seus maus atos, quando, no pior dos cenários, sabe da existência de uma legislação à medida das suas necessidades de litigância e do “tempo da justiça”?»

    Folgo em ver que concordamos: deve então concordar que ninguém pode ter tanta riqueza e tanto poder. Porque é daí que vem o poder destas figuras – não é da ‘democracia’, da sua alta inteligência nem da graça divina. É do dinheiro. Dinheirinho, está a ver? Centenas, milhares de milhões de euros. É isso que compra advogados, leis, jornais, governos. Até isto mudar, nada mais pode mudar.

    O mesmo para as decisões políticas, sobretudo aquelas acima de certo valor: enquanto forem tomadas atrás de portas fechadas por políticos venais e inimputáveis, é evidente que só podemos continuar a ser chulados, roubados e gozados por esta canalha. Mas se alguém sugere uma democracia MAIS directa, ou pelo menos passar a controlar esta canalha, ai-jesus que o mundo vai acabar.

    (Notou as maiúsculas no MAIS? É para os os palermas que assumem que falo numa transição imediata para uma democracia 100% directa. Adoram essa desculpa para rejeitar tudo.)

    E se queremos uma CS independente e isenta, lamento, não pode ser privada. Ou só privada. E isto não é exclusivo da CS – tudo aquilo que deve servir todos não pode ser de uns poucos. Se o for, passa a servir esses poucos. Não é óbvio? Ah e tal, criamos leis para o evitar… não, não vai evitar. Como vimos acima. Utopia? Manter este sistema e esperar outros resultados é, isso sim, utópico.

  9. como não há estatísticas discriminadas , nem sequer da população prisional , temos de observar factos : fogem de vale de judeus 3 estranjas e dois ciganos.
    rusgas em todo lado , não. nos bairros de ciganos e gangs escurinhos.
    a suécia , tão civilizada e segura , enfrenta um grave problema de segurança por politicas de emigração e gangues a mato. têm vários exemplos na europa que sugerem que é melhor actuar antes do problema ser mesmo grave,

  10. os grupos mais ativos no crime têm sua origem no gangue do cavaco onde portugal recebeu um grande número de arbustos: óliveiras, lóreiros, relvas e quejandos do subtipo minigandanóia.
    não ponho linque porque todos sabem onde encontrar, menos os achadores da república e os meirinhos.

  11. “É para os os palermas que assumem que falo numa transição imediata para uma democracia 100% directa. Adoram essa desculpa para rejeitar tudo.”

    eh pá! não se assustem, isto é para pagar 5% taeg e se votarem em mim ate posso perdoar a dívida, mas por amor à santa não rejeitem esta oportunidade única duma democracia a 100%. seja um dos primeiros a subscrever e receba grátis, sem encargos, um voto extra de boas-vindas que poderá usar numa próxima eleição, à sua escolha ou oferecer de presente a uma pessoa amiga. poderá usar o poder dos votos entretanto adquiridos para trocar por pontos na aquisição de uma moca de rio maior, adereço imprescindível na próxima época venatória de mamões, pederastas e chupistas de morcelas com grelos.

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