Comovente o entusiasmo de Vieira da Silva apelando ao partido para honrar o que de mais importante Mário Soares deu a Portugal: a defesa intransigente da liberdade — ou seja, do Estado de direito democrático e respectiva Constituição.
Acontece que Vieira da Silva, como Ferro Rodrigues e António Vitorino que também foram vocais no congresso do PS a respeito de questões judiciais, fala em nome pessoal. A denúncia de termos um Ministério Público politizado, ou mesmo como ameaça à legalidade, esboroa-se e desaparece de imediato na voracidade da agenda mediática. Aos procuradores criminosos basta esperar sentados, com a certeza absoluta de estarem numa posição blindada e inexpugnável. Ninguém os vai investigar, jamais um político ou partido com ambições de vitória eleitoral iniciará um movimento de exposição e responsabilização dos seus abusos. Dos seus objectivos, indeléveis e públicos crimes.
Comovente mas grito rouco na tempestade da actualidade. Vieira da Silva também deixa saudades, foi um magnífico governante, é um exemplar cidadão. Só que o seu partido já não é o de Mário Soares desde (pelo menos) 22 de Novembro de 2014.
Um DISCURSO. Excelente. Maravilhoso porque responde ao dramático momento que vivemos. Desconhecia. Passou-me ao lado. Obrigado.
Mas Vieira da Silva não respeitou os 3 minutos…. (À atenção do Ministério Público)