Manchete que mancha

Parece que a nossa direita é tão decadente, tão ridícula, que está agora dependente do que aparece no Público, no Expresso e no Observador para fazer prova de vida. É a própria que o assume. E que aparece nesses bastiões onde se luta de espada na mão e faca na liga pela defesa da liberdade e das crianças num pobre país dominado pelos criminosos socialistas? No jornal da Sonae, o director especializou-se em fazer listas de perguntas sobre ocorrências variadas, as quais envia por email para ali e para acolá, igualmente lhe servindo o paleio para se fantasiar como um jornalista que põe o Governo e o Estado de cócoras. Ao mesmo tempo, este director usa um caluniador profissional para, como se lê no último trabalhinho, espalhar veneno no espaço público e fazer declarações de amor ao populismo. É uma fórmula, e o dinheiro é deles, mas gostava de conhecer os resultados comerciais por mera curiosidade. No jornal do militante nº 1 do PSD a situação é muito mais divertida. Para além da presença alada do mano Costa, temos um Guerreiro que está quase a merecer uma estátua graças à criação de um novo estilo de prosa jornalística: o pornolirismo para encher o chouriço. Foi assim que chegaram àquela magnífica manchete onde se lia “Lista dos 64 mortos exclui vítimas de Pedrógão”, a típica arte de enganar o patego recorrendo à superior inteligência do Ricardo e ao majestoso coração do Pedro. Parece que depois uns malandros se aproveitaram desses 8 termos, incapazes de se ficarem pela contemplação estética da maravilha. Merdas que acontecem. Finalmente, no jornal não se sabe bem de quem, estamos numa típica madraça da direita fanática, ressentida, golpista, caluniadora e complexada. São uma extensão do Correio da Manhã, no que diz respeito à estratégia de combate ao PS, embora tenham outra embalagem por se dirigirem a um público com um bocadinho mais de literacia. As peças que fizeram agora sobre umas manigâncias menores no PSD estão a servir para corrigir um posicionamento que se tinha esgotado num nicho sem peso político. De facto, se é para crescerem, vão ter de ser um bocadinho mais sofisticados no sectarismo.

O Expresso é, dos três, o caso mais interessante. Impossível alegarem falta de experiência na profissão, pelo que aqueles bacanos devem ser julgados implacavelmente. Podemos começar por um laivo de coragem moral de um deles, Filipe Santos Costa:

"Um último comentário, sobre a manchete desta edição. Por uma questão de lealdade, fiz as minhas apreciações a quem de direito dentro do jornal. Serei, por isso, parcimonioso na crítica pública. Digo apenas que achei a formulação infeliz, pela simples razão de que aquela manchete não se percebe. Eu, pelo menos, não a percebi - ou seja, não consigo tirar dali um sentido. E isto significa que não leio ali uma manchete contra o Governo, contra a oposição ou a favor do que quer que seja. Não percebo, ponto final. E uma manchete que não se percebe não pode ser boa."

O ódio ao jornalismo livre

Apesar da sonsa confusão em que se enreda para não ser frontal, tem pelo menos o mérito de ter falado no assunto. O assunto consiste no facto de estarmos perante um manchete intencionalmente mentirosa, intencionalmente sensacionalista, intencionalmente alarmista, intencionalmente tóxica. Este amigo, que até tem um curso de Ciências da Comunicação e anda nisto desde 1994, faz-nos rir a bom rir ao teclar que a manchete “não se percebe”, ficando depois agarrado, qual desesperado no cadafalso, à sua incapacidade para “perceber” o que lhe está a acontecer. Quero daqui dizer-lhe que nós percebemos, que ele já pode adormecer descansado.

Antes da parangona demasiado críptica até para a elite do jornalismo político nacional, tivemos direito a mais uma obscenidade do Guerreiro:

"Uma morte é uma tragédia. 64. 65. Todas. Uma tragédia. Esquecê-las é uma covardia. Jurar nunca esquecê-las é então ter mentido. E "se uma notícia mudar a vida de uma pessoa então já valeu a pena escrevê-la", é através da transparência e da verdade que o fazemos. Pelos sobrevivos que ficam. Pela solenidade da homenagem aos que morreram.

É aqui que tudo começa: nas pessoas. Quem anda pelos conselhos queimados pela desgraça não conta apenas lápides, mas histórias, mas nomes, mas traumas, mas pessoas, mas quem peça que acudam, mas quem se sente demasiado sozinho mesmo que (ainda) não abandonado. E sim, há quem perdeu a confiança no Estado. No Estado cujas estruturas de prevenção e socorro falharam, como já se demonstrou e o Ministério Público investiga.

[...]

E assim voltamos ao início, este é ainda o tempo da investigação das causas, da preparação de reformas no Estado para que a tragédia não volte a acontecer, para uma cultura de responsabilidade de quem representa o bem público. Este é ainda o tempo das perguntas por responder. Este é já o tempo da homenagem e de não esquecermos que cada morte é uma tragédia. Todas. 65. 64. Uma.


Não esqueço os mortos
Não esqueço os heróis
Não esqueço
o luto
das famílias

todos silenciosos

Denuncio
publicamente
a nossa cobardia

e quem mente

António Reis, “poemas quotidianos” (1957)

A 65ª vítima

É um prato cheio. Desde a acusação genérica, vaga, insultuosa, de que os governantes e demais funcionários públicos são irresponsáveis à associação directa entre o incêndio e seu desfecho letal com umas certas “reformas” que vão acabar com esses acontecimentos, garante. Mas o que mais importa está no contexto em que sai esta lábia: a discussão sobre a manchete do Expresso e seus efeitos mediáticos, sociais e políticos. E o que lemos é a justificação para valer tudo, inclusive explorar todas as mortes que possam ter real ou imaginada ligação ao incêndio. Vale tudo, explica o director da coisa tocando o seu violino no Olimpo sobre a cidade, porque basta invocar os interesses de alguém para se poder publicar o que lhe der na gana. Dêem-lhe uma suposta vítima de Pedrógão como ponto de apoio e ele levantará uma tempestade que abrirá rachas em S. Bento. E é tão simples, basta escolher o título errado para a notícia certinha.

Depois de o próprio Marcelo ter mostrado que já chegava de deboche, e de Lobo Xavier se ter publicamente afastado do cadáver chamado PSD, o Expresso fez um editorial onde continuou ao ataque, culpando os socialistas pela situação que o próprio jornal tinha criado: O Governo e o Expresso. O despudor é tal que chegam a escrever que a sua notícia encerrou uma especulação a respeito do número de mortos. Aposto os 10 euros que tenho no bolso como a prosa e a arrogância é do mano Costa.

Este episódio é significativo de algo mais do que o pedantismo narcísico de certos jornalistas na sua miserável condição de meros espectadores da política com pretensões a profetas e mágicos. O que está em causa é uma crise profunda na direita portuguesa, onde as sucessivas lideranças desde Barroso têm sempre optado pelo cinismo e pela baixa política, quando não pelo golpismo. Com Barroso, foi-nos vendido um sonho pessoal que se filiava no legado cavaquista quando tal ainda era credível e tragável para muitos. Depois da sua traição, apenas temos tido operacionais do poder pelo poder, às descaradas. Daí o arsenal que utilizam, essa mistela de retórica feirante com violência mediática e populismo pragmático. Merecem a nossa radical ausência de tolerância.

22 thoughts on “Manchete que mancha”

  1. Muito bem.
    Escrevam os responsáveis do Expresso o que quiserem, aquela manchete é fazer política, baixa e sórdida.
    Não é jornalismo e, sobretudo, não é o Expresso que me habituei a ter em casa desde pequeno.
    O Expresso nunca foi de Esquerda, e está no seu direito, mas também nunca foi o pasquim em que se está a tornar.
    Porquê esta mudança?

  2. O Expresso foi para mim, durante mais de 30 anos, o jornal obrigatório em cada fim de semana. Não houve uma única em que o não tenha comprado. Desde há mais um menos 10 anos que deixei de me rever, não só na maioria dos comentaristas, como principalmente na linha editorial do semanário,isto desde que por lá passou um tal de Henrique Monteiro como Director, pessoa, aliás, por quem anos antes tinha tido algum apreço. Presentemente é jornal que não só deixei de comprar como, tampouco leio, mesmo em espaços públicos. Para mim tornou-se num execrável pasquim, pleno de gente da ultra-direita facciosa e fanática e com linha editorial sem um mínimo de independência. Um autêntico esgoto a céu aberto, a acompanhar outros que tais, como o Sol, o Público, o I, Correio da manha, etc. etc.

  3. Os media de direita (Expresso, Observador, Público, Correio da Manhã, i, Sol, Sic, RTP, TVI, Visão, Sábado,…) cumprem o seu papel. Muito curiosa é a extraordinária subida do centro- esquerda nas sondagens com o seu espaço mediático assumido resumido a 3 páginas no facebook e um blogue anónimos (mais 3 ou 4 comentaristas espalhados no maralhal, para disfarçar).

  4. uma avaliação psicológica a cada jornalista destes daria um resultado interessante. depois, todos juntos, um diagnóstico altamente patológico.

  5. Todos os referidos por Lucas Galuxo mais as notícias de prime time são um deserto de copianço ao segundo.
    Óbvio estilo mãnhas arrebanhando comentadores direitolas e artolas já muito requentados.
    Fizeram de gente um dia interessante (todos já muito idosos) papagaios de retórica da calúnia, mentira e desgraça.
    Não querem nem sabem analisar.
    Entraram de olhos fechados no target de ideologia taxista mal verbalizada e rasteira.
    Correm atrás do descarnado osso já ruído pela matilha de soalheiro.
    Mudar significa despedir muitos.
    Ser diferente é convidar quem sabe falar com bases sem medo de ser diferente do mãnhas.
    Múmias e marretas já não servem o difícil negócio de chamar audiência que pode pagar e gosta de ouvir se for contraponto inteligente.
    Eixo do mal, o espelho da bruxa revirando-se sem ângulo que satisfaça.
    Atropelam-se num “eu acho” de credibilidade perdida.
    Lá vai o M. Lopes com alguma inteligência tentando passar pelos pingos da chuva garantindo que sempre disse o que agora parece mais correcto quando a condenação moral só servia para um e o final da frase desmentia o que parecia querer dizer.
    Início fatal do estilo mãnhas que a todos vai perdendo.
    O País já não arde.
    Que imagens da desgraça terão a mesma força para atirar ao Costa?
    Que dizer ou escrever alegando interesse público que sirva uma triste, mentirosa e burra oposição.
    Venha de lá uma lista criativa e medonha.

  6. É que parece a Valupi a afirmação de Santos Costa de que uma coisa é a linha das opiniões publucadas do jornal online outra coisa bem diferente são as notícias dessa publicação.

    Diz até Santos Costa que o tal artigo acerca das eleições do PSD é bem feito e contra o nicho representado pela opinião da publicação. E defende o uso das câmaras ocultas.

  7. “Lista dos 64 mortos exclui vítimas de Pedrógão”
    O que é que Santos Costa diz não ter “percebido” nesta manchete bombástica e descaradamente aldrabona do Expresso que vai ficar para a história das manipulações jornalísticas?
    Santos Costa não parece ser analfabeto nem estúpido e julgo que tem sempre os óculos à mão.
    Porque é que, então, se refugia na afirmação absurda de que a manchete “não se percebe”?
    É óbvio o que aconteceu.
    Santos Costa percebeu muitíssimo bem a manchete e até sabe perfeitamente quem foi o responsável por ela ter sido estampada na primeira página do pasquim.
    Santos Costa não quis foi reconhecer publicamente que o Expresso mentiu e manipulou deliberadamente, porque entre jornalistas sem escrúpulos dizer essas verdades na praça pública é considerado um golpe baixo, uma traição. Além do mais, jornalista não desmente director.
    Ora acima da verdade estão os interesses do Expresso e os interesses pessoais de Santos Costa, que talvez ambicione um dia mandar no pasquim, quem sabe…
    Mas é justo assinalar que nem todos alinham pelo diapasão do Expresso do Guerreiro. O que Santos Costa se negou a entender e a reconhecer, entendeu-o e reconheceu-o publicamente José Soeiro no blogue da casa. Ora leia-se “A tragédia de Pedrógão e o jornalismo de arrastão”, em
    http://expresso.sapo.pt/blogues/jose-soeiro/2017-07-28-A-tragedia-de-Pedrogao-e-o-jornalismo-de-arrastao

  8. Excelente texto, sem dúvida! Tomara o velhaco do Balsemão ter pérolas destas lá no seu “guarda-jóias” nojento, infecto e a abarrotar das pústulas que ele grosseiramente apelida de “lixeira das redes sociais”, o miserável pedante…

    O Autor VALUPI aborda aqui dois assuntos magnos do atual momento político português, ou talvez mesmo do nosso Regime na sua fase pós-adesão à União Europeia, que são: 1) o papel dos meios de comunicação comerciais e de massas – vulgo “Jornalismo” – na Política e 2) a decadência moral e intelectual da Direita portuguesa.

    1) Por muito que isto possa custar aos líricos bem-intencionados e partir o coração às boas almas românticas, saudosas dos maios de 68, dos “watergates”, das revoluções de veludo, das quedas de muros e doutras façanhas épicas do século passado, alimentadas e bem pela Liberdade de Imprensa, o velho Jornalismo de causas e lutas – livre, isento e independente -, hoje em dia não tem qualquer lugar decente e digno no seio dessa máquina de controle e condicionamento mental potentíssima, vulgarmente chamada de “meios de comunicação comerciais de massas”, originalmente criada por Göbbels (primeiro com base na Rádio), nos anos 30, e que em poucas décadas se transformou, sobretudo com o impulso da televisão (e agora da “internet”), num complexo gigantesco de produção de “realidade alternativa”, que começa nos tablóides, passa pelas rádios “livres” e pelas televisões mercantis, prossegue pelas agências de comunicação e os “nutridores” comerciais de notícias da “net” e acaba nos produtores cinematográficos, musicais, culturais e mediáticos em geral. Este complexo comercial e ideológico, que é internacional, mas que tem “delegações” especificamente nacionais, constitui hoje uma forma de pressão fortíssima sobre as opiniões públicas, não no sentido do seu esclarecimento, mas antes no do seu maciço ENCANDEAMENTO, que aliás tem obtido resultados tão bons ou até melhores, sobretudo nos Países mais atrasados, do que os que eram conseguidos outrora com o obscurantismo, a censura e o condicionamento moral dos Púlpitos. Quem não tiver ainda percebido bem este fenómeno crucial da nossa era, que abra os olhos, tal como eu e ali o Renzo (como o compreendo bem…), isto se ainda for a tempo;

    2) A Direita portuguesa está hoje profundamente órfã. Ficou órfã dos seus egrégios avós, quando perdeu Salazar, Caetano e a seguir Spínola, depois ficou mais órfã quando perdeu os seus melhores Pais fundadores democráticos, como Sá Carneiro, Amaro da Costa e Lucas Pires, e mais órfã ficou ainda quando perdeu as últimas grandes referências intelectuais e políticas, com as “deserções” de Freitas do Amaral, Basílio Horta, José Miguel Júdice e até Marcelo Rebelo de Sousa, bem como com o inevitável envelhecimento (embora sempre muito digno) de Adriano Moreira. Mais prosaicamente, essa orfandade foi ampliada até à última miséria com a fuga do Burrão D’Aroso e depois a do Paulinho feirante, mais a hecatombe que constituíram a queda, no mais imundo charco, do ex-“herói” Cavaquistoso y todos sus muchachos (de Duarte Lima a Dias Loureiro) e as desilusões e desenganos das recentes calamidades constituídas pelos últimos pantomineiros de serviço: Santana Lopes, Vítor Gaspar, Doutor Relvas, Marilú Albuqueca, Vítor Bento e aquele pateta, aldrabão e ronceiro, que a cavalo no tabloidismo chegou a 1º-menistro de Brutogal após ter sido injustamente rejeitado pelo diretor, num espetáculo de vaudeville e palhaçada…

    E, pior do que tudo, estando assim tão desesperadamente órfã, a Direita brutoguesa teve a insuperável desdita de conhecer aquele que mais invejou ter como Pai adoptivo: José Sócrates! É demais, realmente.

    Mas que ninguém se iluda: por mais baixo que esta desgraçada Direita desça ou mais fraca que nos pareça, com a sua “herança genética” de fanatismo e violência e num País ainda muito sub-desenvolvido como Portugal, nunca deixará de ser um perigo sempre latente para a Democracia, a Justiça e a Liberdade!

    Por isso, cito:
    «Cuidado, minha gente! (…) Não é preciso ser Casimiro para ter cuidado sempre para não se deixar levar…» (S. Godinho)

  9. A realidade, que estes vermes finórios não querem admitir, é que o verdadeiro Jornalismo livre é praticado aqui e, sobretudo, foi exemplarmente praticado pelo blogue “Câmara Corporativa”, nos tempos do degradante desgoverno passista-portista-cavaquista! E se útil ele foi para a defesa das Liberdades!!

    E o imenso ódio que estes e outros blogues semelhantes («O Jumento», o «Jugular», etc.) então geraram nesses fascizóides é o autêntico ÓDIO À IMPRENSA LIVRE, de que agora nos vêm hipocritamente falar, de barriga cheia (e intestino grosso a pontos de rebentar…).

  10. Curiosamente, há já algumas semanas, que verifico uma nova maneira de fazer a notícia, nos pasquins anunciados. Radica-se somente em que passaram a citar-se uns aos outros … Isto é estranho, para mim, porque eram sempre referidas “fontes”… Agora não. ESTEJAMOS ATENTOS

  11. bom , isto aqui tem uma falsidade do camandro , que é dizer que o Público patati patata direita pq escreve lá o tavares , quando aquilo é o avante do berloque de esquerda e dos lgtb e dos funcionários públicos universitários ( se calhar é tudo o mesmo , não sei ). a partir de aí , sei lá se o resto tem ponta por onde se pegue , se uma andorinha penada faz a primavera ?

  12. Júlio, o José Soeiro não é jornalista da casa, pelo que não se pode comparar com o Filipe Santos Costa. Este meteu os pés pelas mãos mas, pelo menos, publicitou a sua crítica. Nesse sentido, tem um mérito que ultrapassa o do Soeiro, apesar da maior frontalidade deste.

    Também é muito curioso o ataque do editorial do Expresso ao Galamba por causa de uma simples frase, revelando o ressabiamento descontrolado de quem escreveu o editorial – para mim, tendo sido de caras o Ricardo Costa.

  13. Caro Valupi, o Santos Costa, além de ter enaltecido a porcaria de jornalismo do Observador e de ter tratado de talibãs os que o rejeitam, agiu como chico esperto: sacudiu a água do capote, demarcou-se da manchete do Expresso alegando simplesmente que “não se percebe” (o que até é mentira), mas escusou-se a revelar as tais críticas que terá feito internamente, se é que as fez, junto do(s) autor(es) da golpada. Se não queria revelar as críticas que diz ter feito, não falava delas. Muito menos inventava o argumento mistificador de que a manchete não se percebe.
    O Soeiro não é da casa, mas escreve no blogue da casa — por enquanto. Se continuar a expor os podres do Expresso, não é propriamente despedido como qualquer jornalista incómodo, mas tiram-lhe a coluna.
    Um abraço!
    Júlio

  14. Júlio, vou até mais longe: o Santos Costa, com aquela vitimização hipócrita do “ódio ao jornalismo livre”, está a assumir a sua cumplicidade com as distorções que o tal “jornalismo livre” faz para ir promovendo a sua agenda política. E daí, também, a sonsice da sua referência à manchete. Sentiu o peso na consciência e quis agradar a Deus e ao Diabo.

    Abraço

  15. Valupi, mas que tens a dizer da afirmação de Santos Costa de que o Observador faz Jornalismo sério e não engajado. De que é apenas a opinião que é engajada.

  16. Miguel, isso é falso. Basta ler as notícias para encontrarmos invariavelmente um ponto de vista sobre os factos alinhado com a agenda daquilo.

  17. Eu só perguntei que não dou hits aquilo. Mas o Santos Costa afirma-o com todas as letras numa parte do texto de não pedido de desculpas que toda a gente ignora. Ora, ele afirma uma falsidade enganosa dos leitores e ninguém diz nada.

  18. Miguel, o Santos Costa está a servir-se da reportagem sobre o PSD para atacar quem denuncia o Observador por ser aquilo que é: um instrumento de propaganda ao serviço do PSD e CDS. Mas tal distorção não tem importância nenhuma, limita-se a mostrar que está igualmente alinhado com essa agenda.

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