Na direita, Cocó, Ranheta e Facada já anunciaram que continuarão ao leme dos seus partidos, seja qual for o resultado eleitoral, sendo que as sondagens têm permitido que andem a sonhar com um acordo a 4 (mais a IL) para ocuparem S. Bento e meterem os portugueses na ordem. Na esquerda, ao contrário, há a certeza de termos alterações na liderança e a possibilidade de elas atingirem PCP, PS e BE ao mesmo tempo. Seguramente que estas foram as últimas eleições para Jerónimo de Sousa como secretário-geral do PCP, António Costa abandonará a mesma função no seu partido se os socialistas não forem os mais votados, e aos bloquistas coloca-se a questão do sentido de terem Catarina Martins a repetir a estratégia de Louçã para o futuro do Bloco.
Quem tiver menos de 30 anos, quiçá menos de 40, não conheceu o entusiasmo que as eleições de 1991 trouxeram aos que então já se angustiavam com o bloqueio partidário à esquerda. Tudo por causa do candidato do PSR, um certo Anacleto de 35 primaveras, que ficou a 200 votos de ser eleito para o Parlamento. Resvés Dona Maria, a localidade em Sintra que tinha boicotado o acto eleitoral por falta de água canalizada e saneamento básico, e que foi transformada no centro nacional para levar esse esquerdista inteligentíssimo, arejado e moderno para junto da maioria absoluta de Cavaco. Com esse objectivo, os eleitores grevistas da Dona Maria só teriam de dar os votos necessários ao rapaz, assim se vingando do laranjal que os desprezava. O candidato foi lá e tentou convencer a malta a meter o pauzinho na engrenagem. O próprio António Costa, que liderava o PS em Lisboa, deslocou-se à Rua da Palma, onde estava a sede do PSR, para manifestar o interesse do PS na eleição dessa grande esperança da política nacional. A sua eleição não aconteceu nesse ano, pois Dona Maria não quis mesmo ir a votos nem para dar tal satisfação à esquerda e irritar a direita. Francisco Louçã conseguiu entrar no Parlamento 8 anos mais tarde e, como recorda Fernanda Câncio, «ainda há no Bloco quem se lembre de que este foi apresentado, em 1999, na sua criação, como o novo partido à esquerda do PS que, ao contrário do monolítico e inamovível PCP, estava disposto a fazer pontes, a puxar o PS para a esquerda e até, talvez, a governar. O BE que surgia, com o seu grupo parlamentar paritário e sem gravata, as suas causas igualitárias, feministas, ambientalistas, como a lufada de ar fresco de que a esquerda portuguesa tanto precisava, um possível “desempatador” de um panorama parlamentar em que a direita conseguia fazer maiorias compostas e a esquerda nunca.»
Salto para a madrugada de 28 de Setembro de 2009. Louçã apareceu eufórico, tinha destruído a maioria absoluta do PS e ficado pela primeira vez à frente da CDU, com a entrada no pódio a menos de 1 ponto percentual. A exploração da crise dos professores correra excelentemente bem aos bloquistas, tendo recebido 200 mil votos dessa classe e seus familiares que se queriam vingar da tal “bruxa”, como lhe chamaram em cartazes ostentados sem a mínima vergonha, que teve a ousadia de propor uma real avaliação dos docentes. O êxtase com que discursou nesse momento, dando o verbo à alucinação de uma “esquerda grande” de que ele se considerava o Napoleão, é o evento inaugural da entrada da Troika em Portugal menos de 2 anos depois, e é também o que explica o chumbo do Orçamento e consequente queda do Governo socialista 12 anos mais tarde. Isto porque, logo em 2009, vendo-se com poder para tal, Louçã revelou que não queria negociar com o PS, teria de ser o PS a negociar com o BE – isto é, os socialistas teriam de capitular, arrependerem-se, converterem-se à esquerda verdadeira. Jamais Louçã, depois da fulgurante ascensão, iria perder a possibilidade de tentar realizar o que a sua megalomania delirava. Caso os socialistas não lhe depusessem as armas capitalistas aos pés, pagariam o preço de serem derrotados as vezes que fossem precisas. E assim foi, em 2011 Louçã preferiu oferecer a Passos, Relvas e Portas a oportunidade para brincarem à reengenharia social enquanto vendiam mais empresas públicas. E, em 2021, Catarina Martins preferiu meter o País em eleições no meio de uma pandemia alegando que o Orçamento mais à esquerda de sempre não era de esquerda o suficiente – e com essa hipócrita e abstrusa opção garantindo que a extrema-direita vai crescer na Assembleia da República, quiçá ficando com força suficiente para levar a direita a governar.
A questão que gostaria de colocar a quem vai votar em 2022 no BE é a seguinte: “É mais do mesmo que querem para o vosso partido, e para Portugal, nos próximos 10, 20 e 30 anos?”. É que os bloquistas não estavam obrigados a chumbar o Orçamento para manifestarem o seu desacordo. Podiam abster-se e dizer porquê, permanecendo a lutar pelas suas ideias e propostas durante a legislatura. Não estavam, especialmente, obrigados a chumbar o Orçamento de Estado sem sequer permitir que fosse discutido na especialidade, assim também permitindo que as negociações continuassem e permanecendo com o poder de chumbar o documento na votação final. Ao votarem contra, repetindo o voto contra que tinham decidido para o Orçamento anterior, o único sentido que essa acção tem é a de revelar que a sua oposição à governação socialista, apesar de esta incluir medidas que o BE e o PCP tinham proposto, é absoluta. Preferem o risco e prejuízos da interrupção da legislatura a aceitarem negociar de forma a viabilizar o que fosse melhor para o conjunto mais alargado dos portugueses.
Donde, esta votação igualmente irá aferir quantos votos recolhe a soberba de um homem para quem a terra queimada e a aliança com a direita decadente é preferível ao bem comum.
caramba, que coisa potente e deliciosa de se ler; que texto tão feliz. é que ao mesmo tempo rio e faço esgares de espanto e pisco os olhos a pensar e a concordar e a tentar lembrar. confesso que Cocó, Ranheta e Facada me partiram toda de riso. depois lá me fui edificando com a seriedade mas voltei ao início. adoro. queria conseguir meter isto na cabeça das pessoas todas: abria-lhes a tampinha e despejava-lhes o texto aos pouquinhos com uma concha da sopa. isso é que era. depois cada cabeça fazia o quilo e o resultado só poderia ser altamente nutritivo de ficar. adoro, adoro, olá, olá, adoro, adoro.
A arrogância do Costa ainda vai conseguir fazer perder a maioria à esquerda. E ainda continuam a falar dos outros. Bravo!
Ó Miguel, se quem ganha é arrogante, o que chamas aos que não ganharam?
Segunda feira lá temos a Catarina “para conversarmos”
Faltam dois dias para as eleições. Receio ser surpreendido (as últimas sondagens não são animadoras), mas prevejo uma vitória do PS, com maioria relativa, desejando-a absoluta. ou seja, desejo o fim da crise, desejo a estabilidade. Mas toda a direita (era aliás o seu papel), com a indigna ajuda da esquerda extremista, BE e PCP, lutaram contra tal resultado: maioria absoluta do PS, estabilidade, fim da crise. Nem toda a esquerda acompanha as críticas ao BE e ao PCP pela irresponsabilidade de terem chumbado o orçamento e provocado a queda do governo, preferem assobiar para o ar, silenciar. Mas foi o que fizeram. E fizeram mais: passaram toda a campanha a gritar contra o PS, contra António Costa. Só agora, já no fim, insinuam estarem dispostos a um novo acordo, talvez uma espécie duma qualquer geringonça, digo eu. Mas como pode o PS aceitar tal companhia depois da traição sofrida?
QUE FAZER? Apenas termos esperança, muita esperança, na clarividência do nosso eleitorado.
O Costa perdeu as legislativas em 2015, não conseguiu fazer passar o orçamento em 2021 e arrisca-se a perder a maioria de esquerda em 2022. A sua imagem é a de um líder dependente da boa vontade dos parceiros à esquerda, aqueles que o “resgataram” em 2015, e de quem ele agora apenas se queixa e que recrimina. As recorrentes acusações de irresponsabilidade dos parceiros são um sinal de fraqueza: os portugueses deixaram de poder contar com ele para liderar uma maioria de esquerda. Falta de imaginação, fraca capacidade de liderança. Pouca capacidade de introspecção. Húbris.
tudo ao contrário, a resiliência de Costa mostra é paciência de jó para aturar ingratos como o Miguel.
Manojas, o Chevrolet já te explicou, mas eu vou insistir. Na (provável) ausência de uma maioria absoluta socialista, o PS precisará do PCP e do Bloco para governar. Dizes, à 1:00, que “Só agora, já no fim, insinuam estarem dispostos a um novo acordo, talvez uma espécie duma qualquer geringonça, digo eu. Mas como pode o PS aceitar tal companhia depois da traição sofrida?”.
O que o PCP e o Bloco fizeram não foi uma “traição” ao PS, foi uma traição a si próprios, aos seus eleitores e a todos os que, neste país, não querem a direita no poder. Mas, se não houver maioria absoluta, recusar “aceitar tal companhia” será uma traição do PS a si próprio, aos seus eleitores e a todos os que, neste país, não querem a direita no poder, exactamente o mesmo que o PCP e o Bloco fizeram com o chumbo do Orçamento. E o resultado será apenas um: entregar de novo os nossos destinos a essa direita, pôr-nos mais uma vez nas mãos dos Passos Coelho, Relvas, Cavacoisos, Rio, Rangel e resto da quadrilha, como aconteceu demasiadas vezes até ao advento da geringonça. Se é isso que preferes, lamento, e penso que devias talvez tentar perceber se não será esse o motivo da benevolência que o pide residente porcalhatz tem tido ultimamente contigo.
não é benevolência, o pide porcalhatz tem a mesma opinião do sr. manojas, mas vai um pouco mais longe e repete, para os mais distraídos, que o objectivo do bloco de esterco é a destruição do partido socialista e qualquer acordo com estes camicasés só serve para os rejuvenescer e contribuir com mais uns deputados para a guerrilha parlamentar. foi assim no passado e continuará a ser assim, é ver o louceiro a espumar ódio pelos cantos da boca e a sonsa a declamar conversa de puta que alterna em todos os canais de televisão. vão ficar com metade dos deputados, mas isso não interessa, o importante é retirar a maioria absoluta ao ps para poderem continuar a chantagem e colaborar no objectivo da direita, expresso pelo ilusionista liberal, acabar com o socialismo. isto só acabará quando o costa resolver mostrar ao país quem é o bloco de esquerda, enquanto comer e calar em nome da unidade de esquerda, será cozinhado em lume brando pelo chefe marcelo de acordo com o livro de receitas do louçã. se o próximo governo depender do bloco e as sondagens forem favoráveis à direita, voltamos à casa de partida com marcelo a dissolver e novas eleições para forçar um governo de direita.
enquanto existirem ranhosos que chamem democrata ao putin e parvos que acreditem nisso a democracia emperra.
realmente ao votante ps não se lhe pode perguntar se quer mais do mesmo para o país, porque jà levou com de tudo, já levou com soares e sampaio, mas também já passou por um socrates e um seguro e pouco faltará para levar com um sousa pinto.
ao votate ps tem de se lhe perguntar, “o que é que achas que te vai sair na rifa para o portugal dos proximos 10 anos?”
Porque é ele próprio, o eleitorado, que sofrerá e se arrependerá, se optar pelo abstencionismo, ou se se deixar levar pelo reacionarismo, populismo e extremismo da Direita, ou pela cegueira teimosa e arrogante dos esquerdistas (do BE e também do PCP. Factos são factos senhores Camacho), virando as costas a quem, com seriedade, equilíbrio e a possível tranquilidade, nos tem governado nos últimos seis anos. Nota final: senhores Camacho e Chevrolet, não esqueçam que o BE e o PCP estiveram, directa ou indirectamente, no chumbo do PCIV, na queda governo Sócrates, no chumbo do Orçamento, na queda do governo Costa. Factos são factos, e estes bem desagradáveis. Esquece-los é alinhar com eles.
se factos são factos, também são factos que foi o ps que esteve ao lado da direita em todas as politicas que agora assolam a tal população portuguesa, desde as privatizações de áreas fundamentais para a soberania como a energia, passando pela redução da proteção laboral, e acabando nas parcerias publico-privadas que tão bom resultado deram nas ultimas duas décadas. esquecer estes factos é meio caminho para repetir esses erros.
Querida Olinda, eu fiz o que podia: já votei e foi no PS (ele não merece, mas vota no PS). Mantenho o que disse. Fraco líder. Fraca visão.
Um exemplo eloquente da falta de visão de Costa (e da húbris ou, pior, revelador da sua preguiça intelectual) foi quando, frente a Catarina Martins, completemente a despropósito e disparando não apenas no seu próprio pé como no de todos os portugueses de esquerda, se lembrou de invocar as nacionalizações propostas no programa do BE (que já constavam no programa de 2015 e de 2019, mas que não estiveram em nenhuma das negociações entre os três partidos).
miguel, a olinda tem razão. temos de agradecer ao costa o facto do costa ter perdido as eleições em 2015. sem isso nada teria sido possivel. obrigado pela tua fraca prestação, costa!
O PCP faz parte de uma força política que extravasa as fronteiras nacionais. Quando em qualquer país a Esquerda ganha as eleições lá está o PCP sob a forma de um outro PC qualquer. Os comunistas só descansarão quando em todo o Mundo houver Paz e justiça Social e a economia estiver ao serviço do povo e não dos capitalistas e exploradores. Há avanços e recuos mas neste momento Histórico nunca o Povo sonhou tão alto tanto no domínio económico como político e militar. O maior inimigo que os comunistas têm pela frente, diz Xi Linping, é a comunicação social que nos procura confundir e arruinar, mas mais 2 Planos Quinquenais e o Socialismo começara á brotar, adeus Louçãs, Rios e Costas, Venturas e Desventuras nacionais e estrangeiras, anda um espectro no ar, como dizia Marx em 1848 ao lançar o Manifesto do Partido Comunista.
Miguel, o Costa é um humano que também é, por acaso, o responsável por governar um país assombrado pela doença e muitas injustiças. também dá peidos, também se desvia, também tropeça em cascas de banana na calçada – mas também se cansa, deve estar exaurido. ademais, quando fazemos o que conseguimos, está tudo bem. e quando fazemos o que podemos, também.
concordo : votem em qualquer um , menos no berloque!! imaginem viver num país governado por eles , cohorror , quem é que ia sustentar a população activa composta por 100% de empregados públicos ?
JC,
fui verificar e descobri que a china é a segunda maior economia do mundo. quando o costa conseguir tal feito, podes vir comparar o partido socialista com o tal do espectro.
Tens razão, teste. Ele começou por ir a reboque e as coisas correram bem. Em seguida, achou que era capaz de ir para a locomotiva, chegara a hora de levar os outros a reboque. No fim, quer convencer-nos que se a locomotiva não ganhou velocidade a culpa foi da mecânica defeituosa do reboque. Pois.
Olinda, se ele se recandidatou para o cargo de primeiro-ministro não vale invocar o cansaço. Quando não aguentar mais (ninguém o criticará por isso), passa a flecha a outro. Esses postos de responsabilidade política são de serviço público, não são profissão.
ora aí está, Miguel: eu não considero que Costa se recandidatou. Costa quer dar continuidade ao árduo trabalho de serviço público que estava a fazer, mesmo exaurido, depois de os judas e de os badalhocos o terem fodido valentemente. é isto.
os do berloque são umas pessoas muito especiais , por exemplo , têm inveja do dinheiro dos outros ( ai ai ai , os ricos , os ricos!!) , mas não querem trabalhar para conseguirem algum ( semanas de 20 horas ??? escola , saúde comida bebida alojamento etc , por 20 horas /semana ?? tadinhos , querem governar mas não têm ideia do que custa a vida ) . suponho que esperariam que chovesse maná , ou assim.
Um Guaidò !!!
É o que Portugal precisa, neste momento !
Um Guaidò que reúna o apoio do mundo “livre” e dispense a utilização do guarda livros do Porto, que mete os pés pelas mãos e quase empatou com o Rangelito !
Para quê eleições ? Basta uma indicação de quem tudo pode e o rebanho acata. A esquerda vai para o Tarrafal,nunca de lá devia ter saído. E viveremos felizes para sempre, ámen .
o costa não se recandidatou, ele apenas se candidatou novamente para dar continuidade. quem é que não percebe isto, pá? tão evidente
o yo é daqueles que quando calha de ver imagens daqueles países do terceiro mundo com pessoas a morrer à fome e diz “estes gajos são é uns invejosos”. deve ser da iniciativa anti-social
quando, pela primeira vez, na história da nossa democracia, o parlamento vê-se dissolvido sem haver Governo demitido e limitado a funções de gestão, pois claro que não há recandidatura: antes há vontade de continuidade de trabalhar para o bem comum por dentro da cabala de crise política que andaram a preparar.
isto é simples e audaz. e só não acrescento pá porque prefiro colherzinhas de chá, !ai! que riso
exacto. não houve qualquer recandidatura, apenas uma nova candidatura dos mesmos intervenientes. é algo completamente diferente! chachachachachacha
É uma cabala urdida pelo BE e o PC com a direita, Olinda. Óbvio. O BE e o PC (mancomunados com Passos e Portas) apoiaram Costa em 2015 apenas para terem a oportunidade de lhe puxarem o tapete em 2021. Faz sentido. Quem sabe, sabe. Jogada de mestre! ;-)
Pelo que foi dito, e parece que assertivamente, coloco questões intrigantes à v/ consideração. (admito que por desconhecimento completo de qualquer teoria conspirativa):
1. O prémio foi a escolha como Conselheiro de Estado, já com a gravata?
2. O prémio foi o de comentador “residente” na SIC, esse paradigma da “informação” em Portugal?
3. Ou foi prémio duplo e cumulativo?
Deixem-me recordar que Teixeira dos Santos também foi agraciado pelo Cavaco, essa figura incontornável da direita rançosa, pelos bons serviços prestados. (Recordo que TS enquanto Ministro das Finanças de Sócrates foi o rastilho para o chumbo do PEC e consequente vinda da Troika)
bem lembrado manuel.
os direitolas ainda hoje cantam alegremente aquela grandolada acerca do país só ter dinheiro até maio de 2011 que ele oportunamente lhes escreveu, sempre que alguém os questiona acerca da tal “bancarrota” do país.
foi de facto um belo serviço.
Porquê o be (e o pcp) deitou o governo abaixo? Tenho uma teoria sobre isso.
Era imperioso impedir que este governo cumprisse a legislatura – um ano mais e seria tarde. A governação de Costa tem sido positiva, a crise pandémica enfrentada com assinalável sucesso, bons resultados na economia e no emprego, não esquecendo previsíveis bons resultados daquela coisita chamada PRR e, já agora, um mais que certo agravamento da crise nas hostes da direita detentora de poderosa e eficiente artilharia pesada, as televisões, com alguns municiadores escolhidos entre os bandos. Consequências nas futuras eleições legislativas (final deste mandato): maioria absoluta do ps, caos nos bandos do be. No pcp não sei bem o que aconteceria.
(António Costa é talvez o político mais bem preparado que conheci desde Abril para dirigir um governo português. É uma nódoa em campanhas eleitorais. Só vi um militante do ps debater com qualidade nesta campanha: Isabel Moreira, na passada terça feira, na cnn portugal, com um deputado do psd, cujo nome não malembra)
“António Costa é talvez o político mais bem preparado que conheci desde Abril para dirigir um governo português. É uma nódoa em campanhas eleitorais.”
para o rio chega e sobra, mas concordo que é um desbaratar de capital eleitoral adquirido com trabalho de governação.
“Só vi um militante do ps debater com qualidade nesta campanha: Isabel Moreira”
eu vi mariana destruir o justino e o santos silva a dar baile ao mesmo. vi o nuno santos, o delgado, o galamba e mais uns quantos. desves ter visto poucos debates
não , Teste , quando vejo isso o que pergunto é se não existe pílula no 3 º mundo e o que andam a fazer a Unicef e outras ongs : ter filhos não é um direito nem uma inevitabilidade…ter filhos para passar fome é uma barbaridade , ou seja , aquelas pessoas são irresponsáveis , egoístas e cruéis.
ter filhos não é um direito diz o gajo que defende a liberdade acima de tudo
Yo tão burrinha que és, até metes pena!
YO, ISTO É PARA SI.
Às vezes fico banzado com certas enormidades escritas neste blogue de gente aparentemente culta e com bom domínio da caneta; eu, que fui tipógrafo de profissão e nunca pus os pezunhos numa universidade (adorava), muito embora a minha mãe, contra a vontade do meu pai, tinha eu 16 anos, decidisse matricular-me no ensino secundário noturno, onde conheci alguns professores (2) que me puxaram para a leitura com o apoio de um poeta ainda vivo, Carlos Loures, que era o responsável por uma biblioteca itinerante da Gulbenkian (nosso ex-ministério da educação) lá na cidade perto da minha santa terrinha onde conheci a Essa que não pôde matricular-se porque nesse tempo o ensino técnico noturno estava acessível só a gajos. Isso valeu-me um ano depois merecer, ainda mero aprendiz, uma distinção do meu patrão, entregando-me a primeira máquina automática de impressão que entrou naquela região, uma Heidelberg, 5 mil impressos por hora, provocando estupefação nos colegas mais velhos, a maior parte dos quais abusava dos copos – maravilhosas pessoas que recordo com saudade e ternura… quase me veem as lágrimas aos olhos. Logo no 1º. de Maio do primeiro ano levaram-me para o campo – petiscos, almoçarada, cantigas e… poesia, – e vinhaça, sim, foi nesse meu primeiro de maio que ouvi e vi pela primeira vez recitar poesia ao vivo. Era o “Terra Seca”… Já lá está. Prontos. Ao longo da vida li (e leio) muitos livros, uns atrás dos outros. Fui sempre muito atrevido a atirar-me a livros mais complicados. Resultado: o meu arquivo interior é bastíssimo mas desordenado – muito desordenado. Um caos. Uma complicação para ligar umas coisas com as outras. Sem professores fica tudo aos trambulhões.
Tudo isto vem a propósito desta frase:
“ter filhos não é um direito nem uma inevitabilidade…ter filhos para passar fome é uma barbaridade , ou seja , aquelas pessoas são irresponsáveis , egoístas e cruéis.”
A minha mãe, que foi analfabeta até aos 25 anos, certo dia respondeu a esta minha pergunta, era eu adolescente – por que é que os avós (pais dela) tinham tido tantos filhos – onze (11). A resposta não foi curta, mas o que dela retive foi: …era também a pensar na velhice. E pensei nas cenas da vida animal do National Geografic-Wild, de que sou fã – os bichinhos aparentam-se muito com os humanos. Ou vice-versa.
Mas ao ler aquela frase veio-me à ideia um livro que li há muitos anos sobre ( e espero não estar equivocado), qualquer coisa como o que consideram ter sido a primeira greve de que há memória, a eleição do primeiro Tribuno da plebe, luta entre patrícios e plebeus, Monte Sacro, Secessão, etc.. Lembro-me dos patrícios ficarem à rasca. Espero que ninguém esteja à espera que eu aprofunde o tema. Não me lembro do título do livro. Sou leitor de biblioteca.
Senhora YO, este pobre escrito pode parecer-lhe mais adequado para a revista Maria, de que -sei! – não gosta nada. Mas veja se encontra alguma relação entre aquela sua frase e a história da eleição do primeiro Tribuno da plebe.
um apelo: VAMOS VOTAR PS!
(Não tinha essa ideia do homem. Mas será que a Rosa Mota tem razão…?)
Leia-se Vastíssimo. Não sou do Porto.
quem vai a votos é o gajo que decidiu dissolver o parlamento e convocar eleições antecipadas, mas tem estado caladinho para ver se escapa.