Lições do Douro Vinhateiro

"É um outro espírito, crença e vontade de vencer, um otimismo perante o futuro e a convicção de que com trabalho podem ultrapassar as dificuldades. Não encontrei aqui o discurso da desgraça, do miserabilismo, da descrença que encontramos com frequência nos agentes políticos em Lisboa ou na comunicação social", disse.

"Gostaria de convidar os políticos e os líderes sindicais que se fixam apenas nos corredores e gabinetes de Lisboa a virem aqui ao norte, eixo do Douro Vinhateiro, a contactar com as pessoas e os autarcas. Estou convencido que voltariam mais abertos a trabalhar em conjunto, à cultura do compromisso e diálogo para resolver os problemas do país: voltariam menos crispados e até menos violentos na linguagem, porque qualquer um, quando vem aqui, enche a alma, porque o espírito é diferente", referiu.

Diz que é uma espécie de Presidente da República

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Cavaco, aproveitando estar a passeio pelo Norte, apela à cultura do compromisso lançando ataques rancorosos contra terceiros não identificados que trabalham em Lisboa e que terão o hábito de se queixarem e fazerem reclamações. E ninguém reage, a elite nacional finge que não tomou conhecimento.

Cavaco, o tal que fez o que pôde para difamar e caluniar um Governo em funções, e que até fez o que não podia ter feito sem ser logo destituído calhando viver num regime que prezasse o Estado de direito. Cavaco, o tal que insultou os restantes candidatos presidenciais no revanchismo da vitória. Cavaco, o tal que foi para a Assembleia da República apelar à revolta contra os políticos. Cavaco, o tal que ficou impávido e feliz a ver o País ser empurrado para o resgate e para o empobrecimento fanático e desmiolado.

Isto significa que temos no Palácio de Belém um fulano que anda a ser pago pelo Orçamento do Estado só para que se saiba que em Portugal qualquer desgraçado pode chegar a Presidente da República.

11 thoughts on “Lições do Douro Vinhateiro”

  1. “… em Portugal qualquer desgraçado pode chegar a Presidente da República.”

    desgraçados estamos nós. enquanto essa coisa medíocre e ressabiada existir haverá fome, miséria e vingança, há que exorcizar a besta da política. não vai ser fácil, já disse e acabou de repetir que não empossa governo com menos 50%, tou para ver qual vai ser a próxima pedra a mover.

  2. Realmente o cavaco representa tudo o que há de pior no pior dos portugueses: o rancor, a inveja, a mesquinhez, a mediocridade, a falta de visão, o provincianismo, o chico-espertismo, a sonsice, etc, etc. E foi esse pior dos portugueses que o elegeu e o reelegeu como presidente (já para não falar dos penosos 10 anos como primeiro ministro). Talvez sejam muitos a reverem-se nele. Ou então houve chapelada. Cada vez mais tendo a pensar que, se o gang que ocupa o governo e o partido é capaz das maiores aldrabices, porque haviam de ser sérios em relação ao processo eleitoral? É uma dúvida que me assalta.

  3. Ariane, a coisa (a chapelada) podemos considerá-la improvável, mas que, perante tanta indigência deste pr, dá ganas de equacionar, lá isso dá.

  4. a casa pia, a intentona de belém, o freeporcos, prisão do sócras e as recentes declarações do paspalho insistindo que só dará posse a um governo maioritário são o quê? exemplos de chapelas anteriores e em curso.

  5. Maria Abril, que muito considero e admiro
    A chapelada é sempre possível. Quando se quer mesmo fazer arranja-se maneira, não é assim tão complicado. Basta uma desatenção, basta uma ausência momentânea de alguém da mesa, basta um engano na contagem, há sempre uma oportunidade para aldrabar quando se tem vontade e vocação. A reeleição do cavaco é para mim um mistério. É mesmo assim este país? Ou então é vigarice. Presumimos sempre que certo tipo de pessoas são sérias. Mas porque motivo haveriam de estar acima de qualquer suspeita? Durante muito tempo também pensei (pensámos) que os juízes eram sérios… :-).

  6. Cavaco foi uma invenção da direita reacionária, são públicos os
    apoios que, ao longo da sua carreira política obteve da comuni-
    cação social detida pelos grandes grupos económicos, criou-se
    o mito do “homem do leme”, gozou do apoio do chamado Cava-
    quistão o coração do interior norte, onde ainda hoje predomina
    o velho caciquísmo … não é de todo impossível a “chapelada”!
    É a face visível das negociatas feitas com os dinheiros destinados
    à modernização do País, basta lembrar a SLN que até criou um
    banco o BPN que estamos a pagar com língua de palmo! Não
    trouxe qualquer inovação ou uma visão para o nosso desenvolvi-
    mento, tudo se ficou por uma parasitagem à volta de alguns in-
    vestimentos feitos aliás, hoje alguns dos “arrependidos” lá vão
    pondo a boca no trombone e, apontam os “facilitadores” que
    à conta da política vão safando a boa vidinha que levam!
    Não restam quaisquer dúvidas, foi o pior presidente que a Repú-
    blica teve desde a sua implantação, no último mandato conse-
    guiu ser eleito por 24% dos potenciais eleitores, com uma absten-
    ção na ordem dos 65%, razão para ser mais comedido quando
    abre a boca !!!

  7. Mais um IGNORANTEZS de serviço, que se gaba a soi – même. Um berdadeiro monturo de pequenez inteletuerda.

  8. Ó arrastadeira ordinária, pela quantidade industrial de lixo que escreves o Relvas deve te estar a pagar à linha!

  9. Portugal foi sempre um país de “escolhidos” para nos “salvar” pela imposição da desgraça como remédio da “salvação”.
    Primeiro foi D.Afonso Henriques o “escolhido” para nos “fundar”, depois, quando a vida do povo começa a correr mal foi “escolhida” a Inquisição e logo depois foram “escolhidos” pelo cardeal D. Henrique e demais “patriotas” os Filipes de Castela para nos “governar”, depois, face à podridão moral e intelectual dos braganças foram “escolhidos” os Maçons republicanos para acabar com eles e pouco depois, dada a ingovernabilidade perante os discursos e proclamações declamatórias inconsequentes, foi “escolhido”, como “salvador e redentor da pátria”, o beato rural e mísero avarento professor de finanças que gramámos 48 anos cujo regime foi violentamente derrubado por um grupo de capitães “escolhidos” para “salvar” a pele da pátria em guerra de armas e palavras contra o mundo.
    E sempre, após lenta mas tenaz perseguição aos melhores e mais competentes, em nome das velhas tradições beatas e novos medos de desgraças para redimir pecados, tudo regressa ao ponto de partida e deste modo andar em círculos sem sairmos do mesmo lugar.

    Nesta actualidade da nossa história surgiu “escolhido” por vontade popular o Grande-Mestre-Empreendedor precisamente no momento que a Europa nos mandava fundos e mais fundos para empreender.
    E o Gramde-Empreendedor empreendeu à grande; foi o maior empreendedor de todos os tempos a fabricar e promover corruptos e enriquecimento supersónico de ministros, secretários de Estado, amigos, deputados e tudo que pululava à volta cantando hossanas ao Grande-Emprendedor. Este vendeu a agricultura, as pescas e a indústria a troco de “fundos” que os cantadores de hossanas ao Grande-Empreendedor metiam ao bolso através de esquemas de corrupção oficializadas e legalizadas.
    O Grande-Emprendedor, entusiasmado com os hossanistas de loas à sua grandeza, chegou a falar na criação de um “homem novo”, um português elevado ao nível dos ricos europeus e, sobretudo, superiormente educado à sua semelhança de Grande-Mestre-Empreendedor.
    O Grande-Mestre-Empreendedor depois de estabelecer o modelo educacional de sua escola de empreendedorismo apadrinhou a implantação de um “banco” onde se sentaram os seus melhores e mais empreendedores alunos e estes, por sua vez, retribuiram o Grande-Mestre-Empreendedor com generosos abonos e dádivas para sua manutenção como líder e Grande-Mestre-Empreendedor para amigos.
    Contudo, este, prenhe de falsa honestidade mesquinha e miserável, por atavismo parolo, incapaz até de um astuto golpe assumido com grandeza, limitou-se a querer e receber as migalhas de pardal de esplanada que os alunos lhe dispensavam para manter as aparências de honestidade rural, como gostava de se mostrar e enganar os portugueses ingénuos.
    O Grande-Mestre-Empreendedor anda há 30 anos 30 neste monumental logro de aparências, fabricando, apoiando e lançando no mercado negro da nação hordas de corruptos que mamam, sugam e secam o Estado sob a capa da legalidade instituida pelo Grande-Mestre- Empreendedor-Presidente.
    A Paula Rego, a propósito, pintou o quadro “a última mamada”, ainda não diulgada ao povão mas, não é claro que seja a última pois o Grande-Mestre-Empreendedor, já decrépito e caquético, ainda quer deixar em herança aos seus discípulos, o sangue, a carne e os ossos da nação esquelética.
    Não há dúvida, Portugal foi e continuará sendo uma terra de gente “escolhida” para ser altar de sacrifícios às mãos de ignorantes convencidos ao serviço de estranhos poderosos que nos desprezam na medida do servilismo que lhes prestamos.

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