Não ter berço afecta o destino do cidadão em vexantes modalidades e com vexantes consequências. Nas BASF LH de 60 minutos que os meus pais me serviram nepotista e imperialmente nos trajectos automóveis que fui obrigado a fazer no banco de trás de modestos automóveis, década de 70 e princípios de 80, não constava qualquer vestígio da cantora Joyce. Foram milhares de quilómetros desperdiçados, anos de ignorância que muito prejudicaram, até atrasaram, a minha vivência da puberdade. Que falta me fez essa mulher.
Ia jurar que conheço essa voz e forma de cantar de qq lado!
Estás mesmo decidido a complicar a resposta à grande questão que levantas ali mais em baixo acerca de quem será a melhor cantora brasileira. Para mim, a escolha está cada vez mais difícil. :)
Por falar em voz e canto.
Gostaria de chamar a atenção para a estratégia actual do PSD e que é a seguinte: apresentar-se como uma onda de frescura, para o que começou por depor os velhos jarretas da anterior direcção e que, de facto, não faziam subir as sondagens.
Depois, cavalgando algum lixo e teias de aranha que realmente existem na nossa Constituição (mas que, por favor, não são obstáculo a nenhumas boas soluções para a crise), apresentar um programa de revisão da mesma, que mais não é do que lançar as linhas do seu suposto programa de governo e ao mesmo tempo observar a reacção (com calma, até porque ainda estamos longe de eleições). Digo «suposto» programa, porque, uma vez conquistado o poder, não o iria executar por não fazer a mais pálida ideia de como. A meu ver, uma segunda edição do período Santana Lopes é de admitir (teria até graça ver Cavaco Silva a ter de dissolver o Parlamento, devido ao desnorte).
Para assim se apresentar, diferente, teve que arranjar uma doutrina. A que pareceu estar mais à mão, porque não assumidamente explorada pelo CDS, foi a do liberalismo radical (para continuarmos na onda de frescura).
Tudo isto tem por principal protagonista um melodioso barítono (mas que tem, começa a ver-se, potencial de manipulador). E pronto. Aqui, encaixa aquela célebre frase proferida no Parlamento e que, sem ser textual, diz o seguinte: elejam-nos e quando lá chegarmos saberão o nosso programa.
O bendito do programa à parte, será que queremos isto?
Pois, é uma questão complicadíssima. Não sei como vamos conseguir resolver isto…
Pois……..e para ‘simplificar’… aqui vai:
http://static.publico.clix.pt/coleccoes/bossanova/
A fabulosa colecção são este 12 4 extras.
Sendo o 16º dedicado à Leny Andrade.
Tenho re-re-re-re-re-ouvido o 8º (MIUCHA)…. :)
12 mais 4 extras
Recomenda aí um disco dela, primo. Que isto de ouvir temas avulsos engana.
Primo, recomendar-te um disco é como tentar ensinar a missa ao padre, mas cá vai:
Samba-Jazz & Outras Bossas com Tutty Moreno (2008) Far Out Recordings CD
Não querendo denegrir a Joyce, vai esta pérola brasileira: http://www.youtube.com/watch?v=F6pfK1ok9vk
Para mim a música do Sertão Brasileiro é o máximo.
e se for uma portuguesa?
http://www.youtube.com/watch?v=70FsDaVGiF4
Gosto muito dessa amostra, Manuel Pacheco. Fez-me recordar as Vidas Secas de Graciliano Ramos.
http://www.youtube.com/watch?v=KAggWL7WuGo&feature=related
Cláudia e esta./a>
É a canção do Nordeste. Tem o seu quê de fado (“fatum”).