Emma Small e o Freeport

John McIvers e Emma Small têm boas razões para estarem zangados com o Expresso. É que o Johnny Guitar está a ser julgado por corrupção e o sacana desse Expresso não deixa que o País saiba o que já se descobriu ainda vai a procissão a meio.

Só que nem todos se acobardam perante os poderes sinistros do sinistro Expresso, pelo que a Emma Small tudo fará para expor as verdades que o Correio da Manhã, honra lhe seja, vem trazendo para ilustração e consolo do seu público.

Emma Small gosta de esperar nas esquinas dos acontecimentos de pistola na mão. Aparece sempre um incauto em quem disparar.

Mas pudesse ela escolher o alvo e a esta hora o Johnny Guitar estava cravadinho de balázios. Qual julgamento, qual quê.

Hey, Johnny Guitar! Chega cá, meu cabrão! Vou-te matar, e depois vou-te obrigar a devolver os milhões que andaste a pedir aos construtores do saloon da Vienna, e depois ainda te vou esfregar a manhosa licenciatura de pistoleiro na tromba! Fode-te, cabrão!

Emma Small tem um plano. Um plano simples, como é apanágio da gente séria. Ela, muito simplesmente, pretende destruir o saloon Freeport, a fonte da terrivel corrupção que está a ser meticulosamente provada e comprovada no tal julgamento que o Expresso abafa só para poder atacar com toda a força o Dancin’ Kid, um bacano que nem sequer é do PS.

Ah, nada como uma bela fogueira para nos livrar do mal… (de preferência com o Johnny Guitar lá dentro)

8 thoughts on “Emma Small e o Freeport”

  1. Fonte de confiança garante-me que, na sua Sicília natal, o Dancin’ Kid (que então respondia pela graça de Michael Corleone Grass) se licenciou em Biologia Marítima, graças à experiência que adquiriu a apanhar mexilhão num esgotante fim-de-semana de férias.
    O generoso patrocínio de Emma Small, no Novo Continente, valeu-lhe, com toda a justiça, a equivalência em nova licenciatura, desta vez Sociologia. Foi evidente para os regentes do curso e para o magnífico reitor que a experiência do Dancin’ Kid com o mexilhão (do qual se diz que fodido é sempre, como o povão) o qualificava automaticamente para receber o diploma e usá-lo para fornicar as massas. Não que para fornicar seja lá o que for seja necessário diploma, mas há quem acredite que, deste modo, os fornicados aceitam melhor a coisa.

  2. Durante seis anos o país foi informado, por todas as formas e por todos os meios, que que Sócrates fora corrompido com milhôes dos patrões do Freeport. Que os pagamentos foram feitos desta forma e daquela. Tudo muito bem documentado e perfeitamente exposto no famigerado Jornal das Sextas da Moura Guedes. De todo este mar de corrupção ao mais alto nível, sobrou uma acusaçâo de extorção na forma tentada que uma firma de advogados exigiu a dois caras e estes endossaram o pedido à Freeport que não aceitou o “negócio”.
    Como é possivel que a justiça tenha deixado alimentar uma versão perversa, a do “negócio consumado”, estando em causa nada menos que a pessoa do PM de Portugal?
    Uma justiça que aceitou uma tal situação durante seis anos, sem esclarecer, condenar ou absolver, acabou por destruir a moral da nação. Tudo o que os mais altos resposnsáveis na política ou fora dela possam fazer passou a ser considerado como “mais uma trambiquice”, que a nação tolera com a mesma complacência com que tolerou durante seis anos um PM de Portugal comprovadamente corrupto, como todos os meios judicias, toda a comunicação social, todos fazedores de opinião demonstraram à saciedade.
    Quando foram invocadas sistematicamente as “fontes ligadas ao processo” para criar a infâmia contra Sócrates, sem que as “fontes” cuidassem de repor a verdade, estava a destruir-se o edificio da justiça e a moral da nação.
    Se Sócrates foi PM corrupto e nada lhe aconteceu, se aldraboiu a licenciatura, se atentou contra a presidencia da república e o Estado de Direito, o que fizeram os homens do BPN, o que fez Jardim na Madeira, o que fez Relvas com espiões, jornalistas e a licenciatura, que relevância pode ter?
    Por isso Sócrates não pode ser deixado em paz pela patifaria nacional. Ele é o criminoso-mor com que compara a corrupção das eleites políticas e todas as outras, quase que as absolvendo ou fazendo-as irrelevantes. É preciso que os olhos dos portugueses estejam cravados em Sócrates o PM corrupto que se encehu de dinheiro e arruinou o país. Os outros, loureiros, limas. cavacos ou relvas são pequenos e inofensivos delinquentes.
    E o descalabro desta governação actual é pintado como um colossal sucesso, quando compara com a bancarrota de seis anos de governação socrática.
    Até que um dia se reponha a verdade. Será?

  3. Grande longa metragem! A direita para manipular a consciencia dos portugueses,serve-nos este filme em repetidos episodios até à exaustão (tipo tvi), para ver se poe mais uma vez,os portugueses com sede de vingança.O fim dizem-nos que está proximo.e o suposto artista principal está inocente,para tristeza desta nossa direita ranhosa,que vai à missa rezar aos domingos, para na segunda-feira poder voltar às pulhices a que já nos habituou .Nota: dentro de dias, a direita vai repetir a mesma PPP. fiquem descansados que não é mais um hospital privado,mas simplesmente mais uma comissão de inquerito à morte do “estadista” sá carneiro.ainda estamos a pagar as comissões anteriores e volta mais uma para entreter o povo. era bom, que josé seguro levasse na agenda mais esta macabra despesa quando for falar com a troika.

  4. Vá lá, agora a sério (tanto quanto possível, claro)… Porque é que nunca ninguém se preocupou com uma coisinha simples, que seria tão só e apenas isto: SE HOUVE PAGAMENTOS NO CASO FREEPORT NÃO SERIA SIMPLES E FÁCIL ARRANJAR O COMPROVATIVO DA TRANSFERÊNCIA BANCÁRIA? Ou a cópia do cheque? Ou foi tudo feito com uma mala de dinheiro cheia de notas de 500 euros…? Mas nesse caso também haveria registo do levantamento do dito guito de um banco algures… Ou houve um peditório e afinal era tudo em moedas de 50 cêntimos?
    É que dizer em tribunal algo como “ouvi dizer a fulano que não-sei-o-quê” é fácil. Arranjar prova do diz-que-disse é que parece ser mais difícil.
    Por outro lado, e num registo que não tem nada a ver, no caso Relvas está tudo preto no branco e também (ainda) não aconteceu nada…

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